segunda-feira, 31 de maio de 2010

Carlos Lessa: Belo Monte e o diabo !

http://www.noticiasdaamazonia.com.br/arquivos/2009/09/tucurui.jpg
O Brasil dispõe de três grandes bacias hidrográficas, cada uma regida por um calendário pluviométrico e regime climático próprio e diferenciado. Isto permitiu ao Brasil instalar a geração hidráulica como fonte prioritária de eletricidade e desenvolver um sistema integrado de usinas de geração e linhas de transmissão que possibilitou ao Brasil uma energia limpa, renovável e barata. O esquartejamento da privatização levou o país a uma situação que combina energia elétrica barata para as atividades eletrointensivas (como a produção de alumínio, cimento, papel e celulose) com energia extremamente cara para uso residencial, iluminação pública e empresas não eletrointensivas.

Pelo sistema "de mercado" instalado, o consumidor brasileiro é sangrado pelo custo de energia elétrica e "subsidia" as exportações de alumínio, aço, celulose de fibra curta, ferro-silício, ferro-manganês, entre outros. As cidades brasileiras estão subabastecidas para iluminação pública, o que tem graves consequências sobre a qualidade da vida urbana. A lucratividade das concessionárias, predominantemente estrangeiras, que adquiriram as empresas privatizadas - pagando em parte com moedas podres e financiadas com créditos de banco públicos, é hoje recordista em lucratividade sobre patrimônio (superior a 20% a.a., na maioria das empresas). Os lucros anuais das elétricas (acompanhadas pela CVM) cresceram durante os oito anos do governo Lula em 230%.

O investimento produtivo das elétricas, ao contrário do proclamado pelos privatizantes, foi reduzido e insuficiente. As distribuidoras de energia, nas grandes cidades, em sua maioria cortaram e comprimiram os gastos de operação e manutenção. Qualquer carioca ou paulista sabe a frequência das interrupções e oscilações de carga. Em resumo, com o sistema estatal, o Brasil construiu a melhor matriz energética renovável do planeta. Com a privatização, esta renovabilidade está sendo corroída, pois a crise de suprimento energético estimulou a instalação da termeletricidade, que consome gás, óleo, combustível e outros itens não renováveis. A termeletricidade tem custos muito elevados, é altamente poluidora, mas é implantada com relativa rapidez. Essa "solução" foi implantada devido à atrofia do investimento público em hidreletricidade e "timidez" das empresas privadas.

Qualquer matriz energética deve ter termelétricas para cobrir situações ocasionais de escassez e/ou dominar a tecnologia de operação de eletricidade termonuclear. Entretanto, é uma estupidez que um país com amplo potencial hidrelétrico não lhe confira prioridade a partir de um planejamento eficiente para instalar novas usinas hidrelétricas. A pressa em privatizar, no governo FHC, não apenas desmantelou o setor elétrico estatal, como também implodiu o sistema de planejamento e financiamento do setor energético. Utilizou consultoria britânica, ou seja, de um país que não dispõe de significativa hidreletricidade. Acatou, em nome da "competição", o esquartejamento do sistema elétrico brasileiro. O governo Lula herdou uma situação caótica, cujo marco foi o grande apagão do final de FHC. Foi capaz de reduzir algumas dimensões da herança maldita, porém foi tímido em relação à restauração da presença estatal.

No atual sistema "de mercado", as hidrelétricas estatais não se apropriam da enorme lucratividade potencial de suas usinas. São obrigadas a vender lotes que darão sustentabilidade às atividades eletrointensivas e exportadoras e à espetacular lucratividade das empresas privadas, notadamente das distribuidoras. Segundo Campos Ferreira, em "O sistema elétrico brasileiro" (Economia e Energia, n.3, 2002), o custo de geração hidrelétrica no Brasil é de apenas US$ 4/MWh. Deveria prevalecer outro mix tarifário que beneficiasse o consumidor. Não é assim. Neste caso há uma perversa contribuição da termeletricidade. Com custos de produção mais elevados, sua lucratividade depende de tarifas elevadas. Em um sistema esquartejado, o consumidor é penalizado, pois paga por toda e qualquer energia uma tarifa impulsionada pelos custos termelétricos.

Desde o fim do regime militar já havia a indicação de "domar" o Rio Xingu e iniciar o aproveitamento dessa sub-bacia da Região Amazônica (14% do potencial inventariado do Brasil estão no Xingu). Em Estudo Xingu, a Eletronorte identifica cinco aproveitamentos, sendo o principal deles o de Belo Monte. Entre o escudo cristalino do Planalto Central e a Planície Amazônica, está o Cânion de Volta Grande, que faz uma curva (quase uma ferradura) com um desnível de 90 metros entre seu início e o final. O fluxo turbinável de quase 14 mil m3/s permitiria instalar um aproveitamento com 11 mil MWh. A usina seria a 3ª maior hidrelétrica do planeta. Contudo, exigiria a remoção de cerca de 400 habitantes de uma ilha fluvial e a inundação de toda a área abrangida pela ferradura.

Há uma crescente oposição ambientalista à construção de novas grandes hidrelétricas na Região Amazônica. Os ambientalistas avaliaram externalidades negativas de Belo Monte. Apontam perdas na atividade pesqueira (na represa não haveria peixes?); perda na qualidade (?) da água; inundação de floresta remanescente e de propriedades rurais e emissão de CO2 e metano (CH4). Cabe perguntar aos ambientalistas por que não avaliam a emissão alternativa de dióxido de carbono a partir da termeletricidade a ser alternativamente implantada. Os ambientalistas deploram os custos por evaporação da lâmina de água da represa (ao que eu saiba, toda água que evapora retorna sob a forma de chuva). Perdas por atividade turística (não há turismo para um grande reservatório?). Finalmente, aparece o argumento de perda de biodiversidade (até o presente, não avaliada).

É inquestionável que Belo Monte vai gerar progresso para a sub bacia do Xungu e criará empregos durante e após a construção. Porém o ambientalismo considera que o aumento populacional ocasionado pela presença da força operária e da mão de obra especializada durante a construção "provocará variações nos estilos de vida, hábitos e culturas". É óbvia a preferência da população local pelos estilos de vida, hábitos e culturas de operários e profissionais com salários dignos, carteira assinada e consumidores de bens e serviços civilizados.

Para os ambientalistas radicais, o aumento do uso intensivo de energia (o brasileiro dispõe de uma reduzida energia por habitante) irá aumentar o consumo de bens e serviços demandantes de energia. O aumento da oferta irá "consumir recursos naturais como matéria prima e poluir o ambiente". Para o ambientalista radical, a intervenção antrópica é sempre condenável; é contrário ao desenvolvimento social. Gosta do padrão neolítico e admira a "paz de cemitério".

É incongruente o ambientalismo brasileiro ser contra a hidreletricidade na Bacia Amazônica e, ao mesmo tempo, ficar em silêncio com as exportações crescentes de carne vermelha e soja, que impelem o capim e a lavoura de grãos destruindo as florestas e sua biodiversidade. Ficam em silêncio com a expansão da termeletricidade. Não se mobilizam politicamente contra o Brasil optar por exportar eletricidade (incorporada ao alumínio, celulose, minério de ferro etc).

Tiveram força, entretanto, para mutilar o projeto de Belo Monte. Será uma usina a fio d'água, que operará de forma reduzida durante os meses sem chuva do Brasil Central. O governo - que festeja exportações eletrointensivas e se orgulha do Brasil virar um "celeiro mundial" - reduziu em 26 metros a barragem, que terá um reservatório 70% inferior ao possível. Aliás, as barragens do Rio Madeira também não terão eclusas e o Brasil abre mão de 4 mil quilômetros de hidrovias navegáveis. O transporte aquaviário é o de mais baixo custo logístico para o Brasil, porém o ambientalismo não faz a defesa das hidrovias reguladas por grandes aproveitamentos hidrelétricos e navegáveis a partir de eclusas. É impressionante o silêncio da versão domesticada do ambientalismo que se diz favorável ao desenvolvimento renovável. Nada é, no domínio energético, mais renovável que a hidreletricidade. O governo Lula merece parabéns por, finalmente, tocar Belo Monte. Porém, como se sabe, "o diabo mora nos detalhes" do projeto de uma usina a fio d ' água e sem eclusa. É uma pena que o governo Lula seja tímido. Lembro que a timidez é oriunda de medos, produtos favoritos do diabo.

Carlos Lessa é doutor em economia, professor emérito e ex reitor da UFRJ e ex-presidente do BNDES.

Brasil descobre maior aquífero do mundo!


Pesquisadores descobrem o maior depósito de água doce subterrânea da América do Sul e, provavelmente, do mundo na região amazônica. Com uma área estimada de 437,7 mil quilômetros quadrados e potencial volumétrico de 84,4 quilômetros cúbicos (84,4 trilhões de litros), o Aquífero Alter do Chão é 2,5 vezes maior que o Aquífero Guarani, mas com a vantagem de estar totalmente sob solo brasileiro.

“Tem-se certeza de que com a água desse aquífero pode-se abastecer a população mundial por algumas centenas de anos, além de proporcionar água suficiente para industria e agricultura”, avalia Milton Matta, professor que ajudou a coordenar os estudos da reserva que está sob os estados do Pará, Amazonas e Amapá. O levantamento foi feito em conjunto com pesquisadores das universidades federais do Pará e do Ceará.

Os padrões hidrodinâmicos de Alter do Chão, isso é, capacidade de armazenar e facilidade de circulação da água, são a chave para o potencial hídrico do aquífero. Como está localizado em profundidades menores que o Guarani, o custo de obras de captação também tende a ser menor.

O potencial agrícola brasileiro está intrinsecamente ligado ao seu potencial hídrico. A agricultura do país consome anualmente cerca de 8 trilhões de litros de água. Estima-se que 70% da água captada pela humanidade são para atividades agrícolas, 20% para indústrias e apenas 10% para abastecimento público.


Para se ter ideia, apesar de 70% da Terra ser coberta de água, apenas 2,5% constitui-se de água doce. Desse total, 99% correspondem à parcela de águas subterrâneas, e os outros 1% ao volume de água doce superficial (rios e lagos). O Brasil tem 18% da água doce do planeta.

Para Lula, governo de FHC foi 'década perdida' da economia .



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou o período do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) como parte das décadas perdidas na economia. Lula afirmou em discurso na abertura do Michelin Challenge Bibendum, no Riocentro, no Rio de janeiro, que o país agora tomou gosto pelo crescimento.


"Qualquer um de vocês pode checar que poucas vezes investimos tanto em infraestrutura no país como agora. Tivemos algo próximo disso em 1975, mas na época o governo tomou dinheiro emprestado a 6% e, logo depois, os juros subiram 21%. Sabemos o que se passou com isso. Passamos duas décadas perdidas, entre 1980 e 2000", afirmou Lula.

Em seu discurso, Lula criticou ainda os países ricos dizendo que o Brasil mostrou ao mundo, "humildemente", como se faz política econômica com seriedade. "O Brasil aprendeu que o que acontece no mundo hoje é de uma irresponsabilidade muito grande. O mercado não é Deus e o estado não é o diabo. Aprendemos que se os dois funcionarem bem juntos é um tanto melhor", disse. "No Brasil, não vacilamos", disse.

"Acabamos também com essa história de PIB potencial, que era uma bobagem de alguns economistas que diziam que o Brasil não podia crescer mais de 3% que a casa caía. Agora, vimos que é gostoso crescer 4%, 5%, 6%. Também não queremos crescer demais porque não queremos ser uma sanfona, que vai a 10%, volta a 2%, que vai a 10% e volta a 2%. Queremos crescer de forma sustentável", completou Lula.

Tragédia ambiental

No evento, Lula também comentou as ações de combate ao vazamento de petróleo no Golfo do México e afirmou que problema semelhante no Brasil seria motivo para um escândalo internacional. "Os grandes não sabem parar o vazamento. "Acho engraçado, se fosse a Petrobrás, na Baía de Guanabara, seria um escândalo o que o mundo desenvolvido faria contra nós", disse. A declaração de Lula sobre o desastre ambiental foi motivo de aplausos da plateia que participa da abertura do Michelin Challenge Bibendum.

O presidente ainda defendeu o biodiesel como importante matriz energética do país e disse que vai incentivar a produção de combustível a partir da palma do dendê. "Além de fornecer combustível, vai dar para recuperar uma área degradada de mais de 30 milhões de hectares no Pará", disse.

Renovação da frota

O evento do qual o presidente participou apresenta uma série de soluções para mobilidade rodoviária sustentável como veículos que usam energia limpa. O presidente defendeu a renovação da frota brasileira. Lula chegou ao pavilhão da abertura da feira em um ônibus movido a hidrogênio desenvolvido pelo Laboratório de Hidrogênio da Coppe/UFRJ, apontado como oção de transporte sustentável para o Rio na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.

Segundo Lula, há algum tempo o Brasil tomou consciência de que era preciso renovar sua frota de automóveis, que segundo ele, tinha a idade média avançada. Ele destacou que essa renovação ocorrida nos últimos anos aumentou o nível de emprego e ajudou na redução da emissão de gases do efeito estufa. "Hoje, praticamente 100% dos carros produzidos no país são flex fuel, sendo que 60% da preferência dos motoristas desses carros é pelo etanol na hora de encher o tanque. Isso reafirma o etanol como importante matriz energética brasileira", disse.


O presidente afirmou ainda que houve renovação da frota de caminhões e tratores. Ele lembrou que foram realizados avanços no programa de financiamento para prefeituras para que tenham possibilidade de renovar sua frota de ônibus. "Temos ônibus com mais de 20 anos de uso rodando, ou seja, não só poluindo, mas colocando a vida das pessoas em risco. Vamos aumentar a produção para atender não só o Brasil mas a América do Sul, a América Latina e o continente africano", disse.

Vermelho, com agências

HITLER!! ao mestre com carinho.


O estado racista e terrorista de Israel atacou hoje um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, causando 16 mortos e 30 feridos. O ataque ocorreu em águas internacionais, a 128 quilômetros da Faixa de Gaza, próximo ao Chipre, no Mar Mediterrâneo.

A frota levava 10 mil toneladas de ajuda humanitária para as vítimas palestinas do terror do estado sionista.

Dilma afirma que pré-sal é “passaporte para o futuro


Do R7.


Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, afirmou nesta segunda-feira (31) que o pré-sal é o “passaporte para o futuro”. A ex-ministra defendeu o uso dos recursos do pré-sal para investimentos na indústria nacional.

O pré-sal é o nosso passaporte para o futuro. [...] Tem o poder imenso para o desenvolvimento da indústria do Brasil. Até 2013, nós teremos um salto na qualidade do parque industrial brasileiro, ao contrário dos outros produtores de petróleo.

Aproximando-se do discurso da pré-candidata do PV, Marina Silva, afirmou que as potencias renováveis são um diferencial brasileiro em relação a outros países.

- A energia hidrelétrica é mais barata e tem o bicombustível, crucial para o Brasil se tornar um país sustentável.

Dilma chegou por volta das 12 horas, acompanhada de petistas, como o pré-candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, a pré-candidata ao Senado, Marta Suplicy, e de um dos coordenadores de sua pré-campanha presidencial, e ex-ministro Antonio Palocci. O tucano José Serra também deve participar do evento na tarde de hoje.

Em seu discurso, Dilma lembrou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tirou da miséria "em torno de 24 milhões de brasileiros", mas que outros 54 milhões ainda precisam sair desta condição.

- É absolutamente necessário elevar o padrão dos brasileiros de baixa renda intensificando um processo que é a volta da mobilidade social, como na década de 70 [...] Hoje 70% dos brasileiros são das classes A, B e C.

A pré-candidata do PT destacou que a educação deve ser prioridade nesse período, afastando os jovens das drogas e do crime organizado. Dilma defendeu a política econômica adotada pelo governo Lula, como equilíbrio fiscal com meta de superávit primário e câmbio flutuante.

domingo, 30 de maio de 2010

Arruda dava dinheiro a partido que apóia Serra.



Vote em um careca e leve dois.

Saiu no Estadão:

Barbosa liga Rodrigo Maia a esquema de Arruda

O delator do “mensalão do DEM” do Distrito Federal, Durval Barbosa, afirmou ao Estado que o presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), era um dos beneficiários do esquema montado pelo governador cassado José Roberto Arruda.

“O acerto do Rodrigo era direto com o Arruda”, disse Barbosa. Autor dos vídeos que levaram à queda de Arruda, de quem foi secretário de Relações Institucionais, Barbosa afirmou que a participação do presidente nacional do DEM é uma das vertentes da nova fase das investigações, com as quais colabora por meio de um acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal.



Clique aqui para ler a matéria completa no Estadão.



Clique aqui para ver o vídeo “Vote num careca e ganhe dois”.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Aí está Serra, o “santinho” inocente!


Olha, vocês me desculpem, mas José Serra está se revelando uma pessoa que não dá para tratar com palavras menos duras que as do título aí. As declarações que deu hoje à Folha de S. Paulo não merecem outro nome.

“Não vi, mas não gravei diretamente para o programa”

“Passaram trechos de discurso que fiz no dia 10 de abril. Pegaram trechos e puseram no programa deles”

“Vamos analisar, se a Justiça achar algo errado, a gente vê o que faz. Mas a responsabilidade no caso é do próprio partido que fez o programa, porque minha imagem foi utilizada, acho isso perfeitamente normal. Vamos ver como é avaliado”.

Que sem-vergonhice! Foi preparado, foi coordenado pelo marqueteiro dele, Luiz Gonzalez, e está sendo preparado o mesmo para os programas do PPS e do PTB.O senhor não tem vergonha, candidato Serra, de mentir com esta cara-dura? O senhor pensa que as pessoas, inclusive seus eleitores, acreditam nisso?

Vou atrás do áudio da entrevista que ele deu, dizendo isso, em Pernambuco.
Brizola Neto

A lei e a moralidade!

Acaba de entrar no ar a ilegalidade.José Serra está ocupando, ao total arrepio da lei, o horário do “Democratas”, apresentado pelo mesmo Paulo Bornahausen que disse que Lula estava “esbofeteando” o tribunal ao apenasm encionar o nome de Dilma.

Já não há censura prévia a alegar. Foi ferido escandalosamente o disposto no Art. 45. parágrafo 1°, inciso I da Lei 9.096. Serão mais oito longos minutos de transgressão.

Espero que amanhã, os nossos editorialistas e, imediatamente, os blogueiros dos grandes portais estejam bradando aos céus por punições.

Afinal, não são imparciais?

post do tijolaço.

Hillary Clinton tem razão!!

Madame Hillary Clinton tem toda a razão no que declarou ontem à noite no lançamento da nova estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos, segundo a BBC.
Disse ela que tem “divergências muito sérias com a diplomacia brasileira em relação ao Irã”.
Pura verdade.
Nós queremos uma negociação digna, que supere as desconfianças e dê ao mundo a tranquilidade de ver eliminado um foco de tensão militar e – mais! – nuclear.
O Departamento de Estado, que ela chefia, quer o contrário: tensão e desconfiança para criar uma situação que é comum nos EUA: quando o país está em crise política, moral ou econômica, valer-se de um “inimigo externo” que alivie as pressões sobre a Casa Branca.
E lá, crise é o que não falta, desde a situação recessiva a um vazamento de óleo que deixou o Governo Obama como ficou Bush durante o furacão Katrina: tendo que explicar a falta de capacidade do Governo em enfrentar crises internas.
As externas são mais fáceis: em materia bélica, os EUA podem submeter – ou tentar submeter – qualquer um, mas os EUA têm de enfrentar um mundo cada vez menos disposto a ser seu caudatário.

Brizola Neto

LEGALIDADE JÁ!!!!

Petrobrás compra no Brasil R$ 50 bi em navios. FHC e Serra iam comprar em Cingapura.

Eles gostavam de criar emprego - em Cingapura

Saiu na Folha (*), pág. B1: “Petrobrás compra 28 navios-sonda por R$ 50 bi”

Licitação recorde da estatal obriga (sic) a construção de embarcações no Brasil.

Nove empresas e consórcios apresentaram proposta.

É para atender à demanda do pré-sal.”

Navalha

Na Petrobrás do FHC/Serra, a Petrobrás estava para encomendar um super-navio a um estaleiro de Cingapura, quando Lula, em campanha, em 2002, foi ao Rio e avisou: se eleito, desmancharia a concorrência.

Não só desfez a concorrência, como re-instalou, através da Petrobras, a industria naval brasileira.

O Brasil é hoje um dos maiores produtores de navios dom mundo.

Em Suape – clique aqui para ler “Suape é uma revolução – Eduardo Campos dá de 10 a 0 em Serra”

No Rio.

E em Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

Entre as muitas besteiras com lógica – clique aqui para ler “como tem logica o preconceito do Serra contra a Bolívia”- que pronunciou recentemente, Serra foi a Recife, a 100 quilômetros de Suape, defender a decisão dele e de FHC de comprar navio em Cingapura.

Ele é um jenio.

Um dos concorrentes nessa licitação para 28 navios-sonda é o Atlântico Sul, da Camargo e da Queiroz Galvão, que acabaram de lançar, com Lula, o primeiro navio produzido em Suape, em homenagem ao “almirante negro”.

O custo de cada navio-sonda ficará entre US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão.

Imagine, amigo navegante, quantos empregos isso criará no Brasil.

(E o Serra e o FHC queriam criar em Cingapura.)

Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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A bancada ruralista não deixa votar a abolição da escravatura!!

Por que a senadora Katia Abreu não mobiliza sua base para abolir a escravatura ?

O Conversa Afiada chama a atenção do amigo navegante para a importante entrevista de Bernardo Sakamoto na CBN, onde denuncia: a bancada ruralista não deixa a Câmara votar a abolição da escravatura no Brasil.

Parece brincadeira.

Pense nisso com seriredade.

Sakamoto é do Movimento pela Abolição da Escravidão no Brasil.

E leia aqui um resumo da entrevista que fiz na Record News com o professor Marcelo Paixão, que trata dos escravos negros no Brasil, HOJE.

E sinta ver gonha da Câmara dos Deputados:

E deseje os melhores votos ao Ali Kamel, que diz que nós (nós quem ?) não somos racistas.

Paulo Henrique Amorim

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ficções dos nossos dias: que mercados financeiros?



Este artigo assinala que os mal denominados mercados financeiros não correspondem às características que definem os mercados, pois os seus agentes – os bancos – gozam dum grande protecionismo fornecido pelos estados, assim como por instituições internacionais – como o Fundo Monetário Internacional – que garantem os seus exuberantes lucros à custa de enormes reduções dos gastos públicos e da proteção social das classes populares. O artigo mostra exemplos deste protecionismo no caso dos EUA e na mal denominada “ajuda” do FMI-Euro aos países com elevados déficits e dívida pública, como a Grécia, que é em realidade ajuda primordialmente para os bancos europeus.

A linguagem que se utiliza para explicar a crise é uma linguagem que aparenta ser neutra, meramente técnica, quando, na realidade, é profundamente política. Assim, dizem-nos que os “mercados financeiros” estão forçando os países da União Europeia e, muito em especial, os países mediterrânicos – Grécia, Portugal e Espanha – e Irlanda, a seguir políticas de grande austeridade, reduzindo os seus déficits e dívida públicos, com o objetivo de recuperar a confiança dos mercados, condição necessária para alcançar a recuperação econômica. Como disse há uns dias Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE): “A condição para a recuperação econômica é a disciplina fiscal, sem a qual os mercados financeiros não certificam a credibilidade dos estados” (Financial Times, 15-05-10).

A realidade, contudo, é muito diferente. Estas medidas de austeridade, promovidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela União Europeia (UE), estão criando uma grande deterioração da qualidade de vida das classes populares, pois estão afectando negativamente a sua proteção social e destruindo emprego, dificultando a sua recuperação econômica. Assim aconteceu na Lituânia, onde o PIB diminuiu 17% e o desemprego alcançou 22% da população ativa (veja-se o meu artigo Quién paga los costes del euro?). Uma situação semelhante ocorrerá nos países citados anteriormente.

Pareceria, pois, que são os mercados financeiros que estão a impor estas políticas aos governos. Ora bem, que quer dizer “os mercados financeiros”? Em teoria, na dogmática liberal que domina os establishments europeus (o Conselho Europeu, o BCE e a Comissão Europeu, assim como nos governos da maioria dos países da UE), os mercados são um processo de livre comércio entre agentes financeiros – os bancos – que obtêm benefícios para compensar os seus riscos, pois que se assume que existem riscos em tais mercados. Mas tal retórica não define a realidade, pois tais entidades – os bancos – operam em âmbitos e instituições enormemente protecionistas dos seus interesses, nos quais o risco, em geral, brilha pela ausência. Na realidade, os mal denominados mercados têm muito pouco de mercado. São bancos com muito lucro e poucos riscos. E o que está a acontecer mostra a certeza deste diagnóstico.

Nos EUA, onde existe amplo consenso sobre o fato de que a crise financeira foi iniciada pelos comportamentos de Wall Street, a crise bancária foi resolvida com a entrega aos bancos de quase um bilião de dólares pagos pelo Estado, que beneficiou enormemente os banqueiros e os seus acionistas, conseguindo inclusive mais benefícios do que os que tinham antes da crise. A obscenidade de tais benefícios e as práticas desonestas e criminosas dos banqueiros (causadores da crise) explicam a sua enorme impopularidade e a de tais medidas, que não se repercutiram favoravelmente sobre a população, que viu como os seus padrões de vida diminuíram devido à crise provocada pelos bancos. Não foram os mercados, mas os bancos e os seus políticos no Congresso (com nomes e apelidos conhecidos) e nas administrações Clinton, Bush e Obama (também com nomes e apelidos conhecidos) que criaram a crise, salvaram os bancos e agora apelam à austeridade.

Uma situação quase idêntica está acontecendo na UE. Os comportamentos especulativos da banca europeia foram consequência de decisões políticas que desregularam a banca, decisões que se tomaram particularmente, não apenas em Wall Street, mas também nos centros financeiros, principalmente a City de Londres e Frankfurt, consequência da enorme influência da banca sobre os governos britânico e alemão. A mal denominada “ajuda” do FMI-EU (de 750 bilhões de euros) aos países com dificuldades não é uma ajuda às populações daqueles países, mas sim aos bancos (e muito em especial aos alemães e franceses) para assegurar-lhes que os Estados lhes pagarão as dívidas com os juros confiscatórios que exigiram. Na realidade, se os mercados financeiros fossem mercados de verdade (e, portanto, houvesse competitividade e risco no seu comportamento), os bancos teriam de absorver as perdas em investimentos financeiros falidos. Se o Governo da Grécia, por exemplo, fosse à bancarrota, a banca alemã teria de absorver as perdas por ter tomado a decisão de comprar títulos do Estado grego.

Ora bem, isto não acontece nos mal denominados mercados financeiros devido a haver toda uma série de instituições que protege os bancos. E a mais importante é o FMI, que empresta dinheiro aos Estados para que o paguem aos bancos. Daí que, como nos EUA, os bancos nunca perdem. Quem perde são as classes populares, pois o FMI exige aos governos que extraiam o dinheiro dos serviços públicos das tais classes populares para pagar aos bancos. O que o FMI faz é a transferência de fundos das classes populares para os bancos. Isto é o que se chama “conseguir a credibilidade dos Estados face aos mercados”.

Estas transferências, contudo, além de serem profundamente injustas, são enormemente ineficientes. O fracasso das políticas de austeridade propostas pelo FMI nos países em crise é bem conhecido, o que explica o descrédito de tal instituição. O FMI, desde a era Reagan, é a organização financeira que impôs mais sacrifícios às classes populares dos países que receberam a “sua ajuda”, com resultados económicos altamente negativos, tal como denunciou correctamente Joseph Stiglitz. Não são os mercados, mas os interesses bancários e seus aliados – entre os quais se destacam o FMI e o BCE – que estão a impor estes sacrifícios. Ao menos, chamemos os culpados pelo nome.

Artigo publicado por Vicenç Navarro no diário PÚBLICO, 20 de Maio de 2010

(*) Vicenç Navarro ha sido Catedrático de Economía Aplicada en la Universidad de Barcelona. Actualmente es Catedrático de Ciencias Políticas y Sociales, Universidad Pompeu Fabra (Barcelona, España). Es también profesor de Políticas Públicas en The Johns Hopkins University (Baltimore, EEUU) donde ha impartido docencia durante 35 años. Dirige el Programa en Políticas Públicas y Sociales patrocinado conjuntamente por la Universidad Pompeu Fabra y The Johns Hopkins University. Dirige también el Observatorio Social de España


Tradução para o Esquerda.net de Paula Sequeiros

Transparência total:A partir de hoje, gastos do governo estarão disponíveis na internet

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O Portal da Transparência do governo federal terá, a partir de hoje, uma sessão com informações diárias dos gastos públicos da União. Criado em 2004, o portal atualizava as informações mensalmente.

A nova ferramenta, desenvolvida pela CGU (Controladoria-Geral da União) em parceria com a Secretaria do Tesouro Nacional e o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), cumpre a Lei Complementar 131/2009 que determina a divulgação em tempo real, pelos governos federal, estaduais e municipais, de informações pormenorizadas sobre os gastos públicos.

A data limite para o cumprimento da norma para as cidades de mais de 100 mil habitantes e Estados também é hoje.

De acordo com a CGU, o Portal será recarregado, em média, com 200 mil novos documentos a cada dia, referentes a empenho, liquidação e pagamento de despesas.

"Será a abertura completa dos dados do Siafi, em linguagem compreensível pelo cidadão", afirmou o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, referindo-se ao sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais, cujo acesso é feito atualmente mediante senha. AB

No que diz respeito à receita, além das informações já apresentadas no Portal da Transparência, o governo passará a divulgar também os dados sobre a fase de lançamento, com atualização diária das informações.

Desta forma, a nova consulta permite ao cidadão acompanhar a execução orçamentária e financeira dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal que utilizam o Siafi, com informações completas e atualizadas diariamente.

Para o ministro, o Brasil dá, com a iniciativa, "um passo da maior importância na sua consolidação como uma das grandes democracias do mundo, saindo na frente da maioria dos demais países e abrindo a todos os cidadãos o acesso diário às informações sobre as receitas arrecadadas [o imposto pago pela população] e as despesas realizadas pelos órgãos públicos".

Segundo Hage, "este caminho é irreversível".

O PCC agradece!!!

Pior Salário Do Brasil
ALOÍSIO DE TOLEDO CÉSAR - O Estado de S.Paulo

Qualquer pessoa que vá a uma delegacia de polícia no Estado de São Paulo não deverá ter pressa, porque nelas o ambiente se mostra contaminado por situação preocupante: os delegados paulistas recebem o pior salário do Brasil, relativamente aos colegas dos demais Estados.

A expressão "o pior salário do Brasil" pode parecer exagerada, porém reflete a verdade real e angustiante vivida por esses delegados, os únicos profissionais que exercem carreira jurídica acompanhada de permanente risco de vida, representado pelo necessário enfrentamento com os criminosos.

Em vista de vencimentos que são de fato os mais baixos do Brasil, quase todas as delegacias de polícia estão numa espécie de greve branca, chamada de "operação-padrão", com a realização apenas dos serviços essenciais. Fácil imaginar como isso afeta a vida de cada um de nós, nestes dias angustiantes de insegurança cada vez maior.

Para que se tenha uma ideia do ambiente vivido nas delegacias basta registrar que desde a última posse de novos delegados, por concurso público, seis meses atrás, 10% deles já pediram exoneração, seja porque optaram por outra carreira jurídica, seja porque migraram para trabalhar no mesmo cargo em outros Estados.

Em Brasília, por exemplo, um delegado recebe no início da carreira R$ 13.368,68, o mesmo que os delegados federais, enquanto os colegas de São Paulo, em último lugar na escala de vencimentos, chegam a apenas R$ 5.203.

Acima de São Paulo, nessa relação de vencimentos, estão todos os outros Estados, mesmo os mais carentes, como Piauí (R$ 7.141), Maranhão (R$ 6.653) e Ceará (R$ 7.210). Os delegados paulistas evitam divulgar essa lista por entenderem que serve para diminuí-los e humilhá-los perante os colegas dos outros Estados.

Desde 2008, quando fizeram uma greve de 59 dias (a maior da história da Polícia Civil), houve promessas do governo estadual de melhorias para a classe, não só no que se refere a vencimentos, como também, e principalmente, quanto à estrutura administrativa. Nenhuma delas foi cumprida e o clima interno nas delegacias acabou carregado pelo desânimo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

1º Mensagem do blog do Chaves!


http://www.chavez.org.ve/

Como sabemos, twitter @chavezcandanga possui 440.000 seguidores, a cada minuto chegam cem mensagens, pedindo ajuda, empréstimos de trabalho, oferecendo projetos. Eu mando uma mensagem aos colegas que escrevem para o twitter: estamos tomando nota, temos 200 pessoas, vários comandos para reagir e encontrar soluções para todas as mensagens que precisam de apoio. Vimos que agora a Missão Chávez Candanga é uma emoção, mas acontece que as pessoas enviam o seu número e endereço, o que não é tão seguro, algumas pessoas têm sido enganadas por sabotadores: é uma guerra. Para proteger os seguidores da Missão Chavez Candanga decidimos criar o blog oficial deste que vos fala, www.chavez.org.ve.

Vemos as redes sociais como um comando político no ciberespaço, que a tecnologia de para que é utilizada. O que eu li sobre o twitter me permite que faça seguinte reflexão, uma reflexão em três aspectos:

1 -. Ainda que vivamos no reino da injustiça do capitalismo, de onde nos custará muito a sair. É um modo de controle metabólico social e cultural, bem como diz Meszaros. Estamos apenas aprumando a bússola para o socialismo.

2.- Que estamos longe do objetivo: o socialismo.

3 .- Para acreditar em alguém. Vocês sabem o que é triste? Um povo que não acredita em ninguém que não tem a quem escrever, a quem pedir ajuda.

Portanto o que temos a fazer aqui é nos organizarmos. Bem, porque há uma infinidade de projetos. Quantos empregos serão necessários nos próximos 5 ou 10 anos? Milhares e milhares! Por isso da Missão Chávez Candanga. Agora estamos reunidos, isto é como um tsunami, e as instruções são para ouvir, organizar grupos, coletivos, e buscar soluções. Lembre-se que há problemas rápidos e urgentes, como a saúde, outros, como o problema da habitação em que temos que ter paciência. Na questão do trabalho., vamos nos organizar por localização, vamos fazer cursos de preparatórios, usaremos a nossa criatividade à criação de empreendimentos produtivos ou para assumir projetos que já existem e estão se expandindo. Nós vamos, portanto, nos organizar e realizar treinamento para logo irmos para missões nas frentes de trabalho.

Vamos fazer disto uma revolução.

NÃO DIGA QUE NÃO AVISEI!!!

Sandra Cureau

Esse é o nome desta senhora que está ajudando a "Folha de São paulo" a realizar um sórdido ensaio sobre ganhar a eleição no tapetão na base do golpismo. No caso desta senhora não saber,pois no mundo em que ela vive as coisas mudam bem pouco ou quase nada, o país chamado BRASIL não é aquele dos anos sessenta, nossa sociedade mudou muito e não toleraremos em QUALQUER HIPÒTESE, um novo retrocesso , e digo com toda a certeza que se for necessário o povo vai colocar a Dilma no palácio do planalto nem que seja na força. Ahh!! e retirar a senhora do TSE também!!!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Charge de Aroeira para O Dia (RJ)


Castelo de Areia revela um zoológico da corrupção; bichos estão soltos, falta saber quem é o "gambá"?

post do escrevinhador.

A reportagem de Luiz Carlos Azenha - que foi foi ao ar na última sexta-feira, na TV Record - revela um singelo "zoológico" da corrupção.

A matéria baseia-se em relatório da Polícia Federal sobre a "Operação Castelo de Areia", que indica: funcionários (?) da Camargo Corrêa teriam utilizado nomes de bichos como código para identificar quem recebeu propina. Não, propina é um nome feio! Vamos falar em "valores não contabilizados".

O avestruz, o hipopótamo, a girafa. A formiga, a abelha, o elefante. Todos eles aparecem nas correspondências e papéis que foram apreendidos pela PF. Alguns bichos foram identificados pela PF. Mas são bichos soltos! A investigação parou por ordem do STJ!

De toda forma, o relatório da PF rende, no mínimo, matérias curiosas - vocês não acham? Assistam o vídeo bem aqui ao lado para conferir - http://www.youtube.com/watch?v=YlCEtw8qnSc&feature=player_embedded

Por isso, volto a perguntar: por que "Veja" e "Época" - ao noticiar o relatório na semana passada - o fizeram de forma tão "seletiva"? Por que não aproveitaram todo o material, incluindo o "zoológico da corrupção"?

"Veja" não vai esclarecer por que um jornalista da casa aparece nas planilhas, ao lado das anotações "Revista A" e "50 mil"? Repito aqui: não é crime jornalista (ou publicação jornalística) receber (ou pedir) dinheiro a empresário. Mas não é estranho esse fato?

E o gambá, o que tem a ver com isso tudo? Num dos emails apreendidos pela PF, há uma frase singela sobre acertos e pagamentos: "não esqueça o gambá".

A pergunta que não quer calar é: afinal, quem é o gambá?

Essa história cheira mal, muito mal...

LULA NÃO ENTENDE DE NADA! TODA HISTÓRIA TEM MAIS DE UMA VERSÃO

Pedro Lima
(Economista e Professor da UFRJ)

Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de
miseráveis e pobres à condição de consumidores.
E que também não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.

Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais
escolas e universidades que seus antecessores juntos [14
universidades públicas e estendeu mais de 40 campi], e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade [meio milhão de bolsa para pobres em escolas particulares].

Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas,
elevou o salário mínimo de 64 para mais de 291 dólares (valores de janeiro de 2010), e não quebrou a previdência como queria FHC.

Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da
nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.

Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis (maior programa de energia alternativa ao petróleo do planeta).

Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas
mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8 [criou o G-20].

Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou às favas a
ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.

Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o
primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos) uma mulher no cargo de primeira ministra, e que pode inclusive, fazê-la sua sucessora.

Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.

Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC; antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir. Hoje o PAC é um amortecedor da crise.

Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre [como também na linha branca de eletrodomésticos] .

Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual [o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News Week, Financial Times e outros...].

Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um
brucutu, já tinha empatia e relação direta com George Bush -
notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Barack Obama.

Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador... é amigo do tal John Sweeny [presidente da AFL-CIO - American Federation Labor-Central Industrial Congres - a central de trabalhadores dos Estados Unidos, que lá sim, é única...] e entra na Casa Branca com credencial de negociador e fala direto com o Tio Sam, lá, nos "States".

Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa é autor da maior mudança geopolítica das Américas na história.


Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.

Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.

Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.

Lula, que não entende nada de nada... é bem melhor que todos os outros!!!...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O “Grande Irmão” espacial!

A cada uma hora e meia, sobre nossas cabeças

Alguém se lembra que, mês passado, falei aqui sobre o lançamento de uma enorme nave espacial não-tripulada, de natureza militar, lançada pelos Estados Unidos? Pois não é que o G1 publicou hoje uma matéria sobre o X-37B, protótipo aeroespacial norte-americano, não-tripulado, sobre o qual falamos. Um astrônomo canadense acidentalmente detectou a nave no céu e seguiu sua trajetória. O foguete americano, descobriu ele, dá a volta ao mundo em uma hora e meia.

O governo americano não deu explicações sobre os propósitos da missão, ou sequer quanto tempo duraria, ao certo. Disse apenas que se tratava de uma missão de desenvolvimento científico-militar.Não falou sobre se conduz armas de qualquer espécie ou se é uma nave de vigilância, passando diversas vezes sobre as nossas cabeças.

Não houve nenhum órgão internacional que condenasse o governo Obama e prometesse sanções caso os EUA não quisessem “cooperar”.

Brizola Neto

PAU QUE DÁ EM FRANCISCO DÁ EM CHIRICO - SUPOSTA FONTE CONFIÁVEL DO "JORNALECÃO DO FUTURO", LIBERA NA INTERNET FICHA DE TERRORISTA FUJÃO

Irã faz sua parte e entrega acordo à agência da ONU.


acontecido, diante da brutal reação dos Estados Unidos em apresentar um projeto de novas sanções no mesmo dia em que o Irã anunciava, com Brasil e Turquia, um acordo para renunciar ao direito a seu próprio urânio, depositá-lo em outro país e só receber a quantidade de combustível suficiente para seu pequeno reator e demais pesquisas científicas e médicas.

Mas aconteceu. O país asiático cumpriu o que foi acordado com brasileiros e turcos e acaba de entregar, segundo a BBC, uma carta com os termos negociados à Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU. A AIEA confirma ter recebido, agora de manhã, o documento. A entrega deu-se na Áustria, sede da Agência, depois de uma reunião na manhã de hoje.

As autoridades de Irã, Brasil e Turquia entregaram a Yukiya Amano, diretor-geral da AIEA, a carta assinada pelo chefe da organização de energia atômica iraniana, Ali Akbar Salehi.

O documento, agora, será examinado pelos EUA. Embora os americanos estejam pouco se importando com o acordo, ao ponto de terem formalizado o pedido de sanções sem sequer esperar para lê-lo, esta era a única condição que faltava para que as exigências que os EUA apresentavam alguns meses atrás – inclusive em carta de Barack Obama a Lula – fossem atendidas.

Mas o lobo e suas razões….
Brizola Neto.

Petrobras dobra pólo petroquímico no Rio!



Claro que sempre colocando um “senão” – a obra vai demorar mais um ano – O Globo traz hoje uma notícia maravilhosa para o Brasil, para o Rio de Janeiro e para toda a região de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Magé e adjacências. É que a Petrobras decidiu mais que dobrar o tamanho do Pólo Petroquímico de Itaboraí, que mesmo antes da mudança de planos era a maior planta industrial em construção no Brasil. Posto aí em cima um vídeo que mostra a importância do projeto, mesmo antes da sua duplicação.

Mas agora, ao invés de uma refinaria com capacidade para processar 150 mil barris/dia, serão duas, cada uma com 165 mil barris/dia de processamento. As refinarias serão 100% Petrobras, mas a empresa que sócios para a segunda linha do pólo, que transforma os derivados de petróleo em resinas plásticas e outros produtos para a indústria de transformação. Além disso, produzirá querosene de aviação e óleo diesel, dois produtos cuja demanda, com o aquecimento da economia brasileira, é crescente.

Ainda não há uma estimativa do número de empregos que a ampliação do pólo irá gerar. Na primeira versão, seriam cerca de 200 mil ao longo da contrução – que segue até 2017, mas começa as operações em 2013 – e 50 mil na operação, gerando uma economia de US$ 2 bi ao país.

Agora, estes números devem aumentar significativamente.

Uma grande decisão para o Brasil que quer crescer. Uma maravilha para o Rio, que pagou por décadas na economia o ódio que o conservadorismo deste país tem de seu povo, que como poucos tem noção de que é brasileiro, acima de tudo.
Brizola Neto.

SANÇÕES!! OU É PARA TODOS OU PARA NINGUÉM!


O jornal inglês The Guardian está reproduzindo os documentos que provam a negociação entre Israel e a África do Sul para a venda de armas nucleares. O jornal responde, com eles, as negativas verbais das autoridades israelenses de que tenha acontecido a tentativa de venda das armas. Posto aí em cima um noticiário da TV Russa sobre o assunto, que está sendo tratado com absoluta discrição pela mídia americana.

domingo, 23 de maio de 2010

AS 10 ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO MIDIÁTICA!




CHOMSKY E AS 10 ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO MIDIÁTICA
O lingüista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:


1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê?“Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

Obama pediu a Lula, em carta, um acordo com o Irã: e agora, velha imprensa brasileira, o que fazer?


Obama, um comunista influenciado por Marco Aurélio Garcia, apoiou acordo com Irã

Acabo de ler no Portal "Terra" - que é mantido por uma empresa estrangeira, mas por incrível que pareça está entre os menos comprometidos com a velha imprensa anti-nacional - que Obama mandou carta sugerindo o acordo com o Irã - http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4443134-EI7896,00-Acordo+com+Ira+criaria+confianca+disse+Obama+a+Lula+em+carta.html.

Como ficam as manchetes e os comentários canhestros de nossa velha imprensa anti-nacional?

Nos últimos dias, veículos como "Financial Times" (como se sabe, mantido com dinheiro cubano), "New York Times" (perigoso diário sustentado pelo lulo-petismo) e "Le Monde" (infiltrado pela retórica chavista e pelo esquerdismo de Marco Aurélio Garcia) dedicaram-se a analisar os fatos e a reconhecer: o Brasil saiu maior, muito maior, desse acordo fechado em Teerã.

No caso desses jornais, não se trata de concordar com o Irã, nem de discordar das sanções que podem vir contra aquele país. Mas as três publicações procuram não brigar com os fatos. E os fatos indicam que o Brasil agiu com independência, inteligência, e no melhor interesse da paz. Indicam que o Brasil conquistou a maioridade diplomática.

Isso foi reconhecido pela imprensa internacional.Não por "subserviência a Lula", mas porque é um dado da realidade. Aqui no Brasil, em compensação, comentaristas que babam de raiva e jornais tresloucados de inveja saíram a atacar Lula.

Não reconhecem o óbvio. Preferem o Brasil que tira os sapatos para os EUA.

Jornais brasileiros chegaram a orgamos jornalísticos quando Hillary Clintton atacou Brasil e Turquia.

Agora, revela-se que os EUA incentivaram o Brasil a tentar um acordo. Mais um sinal de que os EUA vivem uma disputa surda de poder: os democratas mais liberais chegaram à Casa Branca, mas os falcões seguem a mandar no Departamento de Estado.

O Terra reproduz a apuração feita pela Reuters:

"O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou em uma carta ao seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que o acerto de troca de combustível nuclear com o Irã criaria "confiança" no mundo, segundo trechos do documento enviado há 15 dias, antes do acordo de Teerã.

A Reuters teve acesso a trechos da correspondência e comparou alguns de seus pontos com o acordo assinado na última segunda-feira. Nela, Obama retoma os termos do acordo que o Grupo de Viena havia proposto no ano passado, cujos principais elementos constam no acerto entre Brasil, Turquia e Irã. "Do nosso ponto de vista, uma decisão do Irã de enviar 1.200 kg de urânio de baixo enriquecimento para fora do país geraria confiança e diminuiria as tensões regionais por meio da redução do estoque iraniano" de LEU (urânio levemente enriquecido na sigla em inglês), diz Obama, segundo trechos obtidos da carta.

Após o anúncio do acordo, no entanto, os Estados Unidos anunciaram que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Grã-Bretanha, França, China, Rússia) concordaram com um esboço de resolução contendo novas sanções à República Islâmica."

Obama, como se sabe, é um muçulmano esquerdista infiltrado na Casa Branca. Incentivou Lula a fazer o acordo.

Mas os homens bons nos EUA (e na imprensa brasileira) conseguiram barrar esse absurdo.

Vamos agora falar sério: a velha imprensa brasileira já estava desmoralizada - pelo seu moralismo seletivo, pelas mentiras, pela cara-de-pau, pela tentativa de se mostrar "isenta" enquanto atua feito partido conservador.

Só faltava revelar, sem máscaras, seu caráter anti-nacional.

Agora, não falta mais nada.

Sobre o assunto, recomendo o maravilhoso editorial assinado por Mino Carta, na CartaCapital que chega às bancas - http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=6792

UMA IMAGEM VALE POR MIL PALAVRAS!



esse tempo não mais retornará,por mais que o PIG queira,o povo já entendeu,ELES é que não entenderam,o tempo já passou!!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O IMPÉRIO MANDA, AS COLÔNIAS OBEDECEM!


Frei Betto e João Pedro Stédile


Após a Segunda Guerra Mundial, quando as forças aliadas saíram vitoriosas, o governo dos EUA tentou tirar o máximo proveito de sua vitória militar. Articulou a Assembléia das Nações Unidas dirigida por um Conselho de Segurança integrado pelos sete países mais poderosos, com poder de veto sobre as decisões dos demais.



Impôs o dólar como moeda internacional, submeteu a Europa ao Marshall, de subordinação econômica, e instalou mais de 300 bases militares na Europa e na Ásia, cujos governos e mídia jamais levantam a voz contra essa intervenção branca.



O mundo inteiro só não se curvou à Casa Branca porque existia a União Soviética para equilibrar a correlação de forças. Contra ela, os EUA travaram uma guerra sem limites, até derrotá-la política, militar e ideologicamente.



A partir da década de 90, o mundo ficou sob hegemonia total do governo e do capital estadunidenses, que passaram a impor suas decisões a todos os governos e povos, tratados como vassalos coloniais.



Quando tudo parecia calmo no império global, dominado pelo Tio Sam, eis que surgem resistências. Na América Latina, além de Cuba, outros povos elegem governos antiimperialistas. No Oriente Médio, os EUA tiveram que apelar para invasões militares a fim de manter o controle sobre o petróleo, sacrificando milhares de vidas de afegãos, iraquianos, palestinos e paquistaneses.



Nesse contexto surge no Irã um governo decidido a não se submeter aos interesses dos EUA. Dentro de sua política de desenvolvimento nacional, instala usinas nucleares e isso é intolerável para o Império.



A Casa Branca não aceita democracia entre os povos. Que significa todos os países terem direitos iguais. Não aceita a soberania nacional de outros povos. Não admite que cada povo e respectivo governo controlem seus recursos naturais.



Os EUA transferiram tecnologia nuclear para o Paquistão e Israel, que hoje possuem bomba atômica. Mas não toleram o acesso do Irã à tecnologia nuclear, mesmo para fins pacíficos. Por quê? De onde derivam tais poderes imperiais? De alguma convenção internacional? Não, apenas de sua prepotência militar.



Em Israel, há mais de vinte anos, Moshai Vanunu, que trabalhava na usina atômica, preocupado com a insegurança que isso representa para toda a região, denunciou que o governo já tinha a bomba. Resultado: foi sequestrado e condenado à prisão perpetua, comutada para 20 anos, depois de grande pressão internacional. Até hoje vive em prisão domiciliar, proibido de contato com qualquer estrangeiro.



Todos somos contra o armamento militar e bases militares estrangeiras em nossos países. Somos contrários ao uso da energia nuclear, devido aos altos riscos, e ao uso abusivo de tantos recursos econômicos em gastos militares.



O governo do Irã ousa defender sua soberania. O governo usamericano só não invadiu militarmente o Irã porque este tem 60 milhões de habitantes, é uma potência petrolífera e possui um governo nacionalista. As condições são muito diferentes do atoleiro chamado Iraque.



Felizmente, a diplomacia brasileira e de outros governos se envolveu na contenda. Esperamos que sejam respeitados os direitos do Irã, como de qualquer outro país, sem ameaças militares.



Resta-nos torcer para que aumentem as campanhas, em todo mundo, pelo desarmamento militar e nuclear. Oxalá o quanto antes se destinem os recursos de gastos militares para solucionar problemas como a fome, que atinge mais de um bilhão de pessoas.



Os movimentos sociais, ambientalistas, igrejas e entidades internacionais se reuniram recentemente em Cochabamba, numa conferência ecológica mundial, convocada pelo presidente Evo Morales. Decidiu-se preparar um plebiscito mundial, em abril de 2011. As pessoas serão convocadas a refletir e votar se concordam com a existência de bases militares estrangeiras em seus países; com os excessivos gastos militares e que os países do Hemisfério Sul continuem pagando a conta das agressões ao meio ambiente praticadas pelas indústrias poluidoras do Norte.



A luta será longa, mas nessa semana podemos comemorar uma pequena vitória antiimperialista.



Frei Betto é escritor



João Pedro Stédile integra a direção da Via Campesina

Pepe Escobar: Irã, Sun Tzu e a Dominatrix!


Pepe Escobar, Blog The Roving Eye [Olhar Distraído], Asia Times Online

http://www.atimes.com/atimes/Middle_East/LE22Ak01.html

Vamos combinar: Hillary Clinton é Dominatrix, dessas que já não se fazem como antigamente.

Primeiro, a secretária de Estado dos EUA disse que a mediação de Brasil e Turquia para conseguir que o Irã aceitasse combustível nuclear em troca de seu urânio estaria condenada ao fracasso. Depois, o Departamento de Estado dos EUA disse que seria “a última chance” de algum acordo sem sanções. E finalmente, menos de 24 horas depois do sucesso das negociações em Teerã, Hillary, chicote em punho, põe de joelhos todo o Conselho de Segurança da ONU e proclama ao mundo, em triunfo, que tinha em mãos um rascunho de resolução preventivamente aprovado, para uma quarta rodada de sanções contra o Irã. Definiu o movimento a favor de sanções como “resposta aos esforços empreendidos em Teerã nos últimos dias”. Mas… Calma lá!

Imediatamente depois do trabalho genuíno e bem-sucedido de mediação em discussão tão sensível, levado a cabo por duas potências emergentes – e mediadores sérios, que contam com a confiança universal – nesse nosso mundo multipolar, Brasil e Turquia… Washington e seus dois aliados da União Europeia no Conselho de Segurança, França e Grã-Bretanha, só pensam em torpedear o acordo? É o que os EUA chamam de “diplomacia” global?

Não surpreende que Brasil e Turquia, aliados chave dos EUA, ambos membros não-permanentes do Conselho de Segurança e ambos poderes regionais emergentes, tenham respondido com fogo pelas ventas, indignados com a reprimenda absolutamente descabida. O Brasil, primeiro, disse que sequer discutiria sanções contra o Irã, na ONU. Depois, Brasil e Turquia enviaram carta à ONU, requerendo formalmente que sejam incluídos nas negociações do grupo “Irã 6” sobre as sanções, “para evitar que se adotem medidas que dificultem qualquer solução pacífica”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil – que dissera pessoalmente à Clinton, no início do ano, que “não é prudente empurrar o Irã contra a parede” – também criticou o Conselho de Segurança, que lhe parece decidido a impedir qualquer tipo de negociação.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia Ahmet Davutoglu alertou que novo pacote de sanções só faria “estragar a atmosfera”.

E o primeiro-ministro da Turquia Recep Tayyip Erdogan disse que o movimento comprometia seriamente a credibilidade do Conselho de Segurança – e não deixou de lembrar, em tom ácido, o absurdo de haver cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, todos sentados sobre suas bombas atômicas, empenhados em desmantelar o programa nuclear legal e orientado para finalidades médicas e civis de um país em desenvolvimento.

Quanto à “credibilidade dos EUA”, está na lona. Não só na comparação com a credibilidade do Brasil de Lula e da Turquia de Erdogan, mas em todo o mundo em desenvolvimento – que é a verdadeira, a real, a única “comunidade internacional” de carne e osso e sangue que acompanha, interessada, esse sempre o mesmo golpismo incansável.

Frenesi de chicotadas contra o enriquecimento [do urânio]

Ao longo dos últimos meses, Clinton, a Dominatrix, acusou incansavelmente o Irã de ter rejeitado acordo semelhante, de troca de urânio baixo-enriquecido por combustível, proposto pelos EUA em outubro passado. Mais um movimento do script usual de Washington – um manual da eterna má-fé, insistindo que as sanções “nada têm a ver” com o enriquecimento do urânio, quando o mesmo enriquecimento, há apenas poucas semanas, era apresentado como o xis da questão e razão-chave para mais sanções.

E é ainda pior que isso. Como Gareth Porter revelou (“Washington queima pontes”, 21/5/2010, Asia Times Online e traduzido, em português, no Blog Viomundo, em http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/ira-diz-que-washington-queima-pontes.html), Washington só propusera alguma troca de urânio por combustível em outubro último, porque, desde o início, planejava forçar o Irã a suspender completamente seu programa de enriquecimento de urânio (programa perfeitamente legal e legítimo, ao qual o Irã tem direito, como signatário do Tratado de Não-proliferação Nuclear, NPT). Mas essa intenção dos EUA jamais fora anunciada publicamente: tudo foi apresentado como se o problema fossem as bombas atômicas que não há e das quais o Irã não cogita.

Seja como for, o Irã continuará a produzir urânio enriquecido a 20% (direito do Irã, nos termos do Acordo de Não-proliferação), e começará a construir uma nova usina de enriquecimento, das dimensões da usina de Natanz. É parte do projeto de construir outras 10 usinas, anunciado ano passado pelo presidente Mahmud Ahmadinejad. Além disso, a usina nuclear construída pelos russos em Bushehr já está em fase final de testes e será inaugurada no próximo verão. São fatos irreversíveis, a “realidade em campo”.

Saeed Jalili, secretário do Conselho Superior de Segurança Nacional do Irã e principal negociador iraniano de facto nas questões nucleares, deve encontrar-se em breve com a chefe da política exterior da União Europeia Catherine Ashton na Turquia. Ashton, negociadora designada pela “comunidade internacional” seria representante da opinião pública global, nos termos de um press release distribuído pela British Petroleum sobre o vazamento de petróleo no Golfo do México. Isso, porque a União Europeia prepara-se para editar suas próprias sanções contra o Irã. Vale o mesmo para o Congresso dos EUA; como o senador Chris Dodd, Democrata de Connecticut, confirmou essa semana. Portanto, além das sanções do Conselho de Segurança, o Irã também terá de enfrentar sanções extra, declaradas pela coalizão de direita, dos poodles europeus decadentes, liderada pelos EUA.

China e Rússia, vêm de Sun Tzu

Antigo clássico general chinês, mestre estrategista, filósofo e autor de A Arte da Guerra, disse Sun Tzu: “Deixe que o inimigo erre. Não corrija erros do inimigo.” A China e a Rússia, também mestres estrategistas, aplicam aos EUA, em grande estilo, essa lição bem aprendida.

As dez páginas do rascunho de sanções da ONU de que ontem tanto se falou, já foram reduzidos a tirinhas inócuas de papel por China e Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança. Qualquer manifestação em linguagem mais belicosa, que ainda se ouça contra aquele rascunho, no Conselho de Segurança, virá dos membros não permanentes Brasil, Turquia e Líbano. (Qualquer sanção terá de ser aprovada por unanimidade; sem isso, as sanções de Clinton nascem mortas.) Não há meio pelo qual Washington consiga forçar todos os membros do Conselho de Segurança a aprovar nova rodada de sanções, sobretudo agora que não há como negar que o Irã está cooperando.

No pé em que estão as coisas, as sanções hoje rascunhadas impedem as importações de armas convencionais pelo Irã; cortam todas as importações relacionadas a mísseis balísticos; congelam bens e valores de membros-chave do Corpo de Guardas Revolucionários Islâmicos; e autorizam inspeção em portos e em águas internacionais. A maioria dessas sanções implicam adesão voluntária – i.e., os países não são obrigados a implementar o que determinem as sanções do Conselho de Segurança – e terão efeito zero no comércio global do Irã, de petróleo e gás.

Pequim e Moscou de modo algum lambem o chicote de Clinton. Imediatamente depois do bombástico anúncio em que ela falou do ‘rascunho’ de documento de sanções, o embaixador chinês na ONU, Li Badong, disse que o rascunho de Resolução “não fechava as portas à diplomacia” e, mais uma vez, reforçou a importância “do diálogo, da diplomacia e das negociações.”

E o ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov telefonou imediatamente a Clinton, insistindo na necessidade de melhor análise para o acordo de troca de urânio baixo-enriquecido por combustível, mediado por Brasil e Turquia. Lavrov repetiu que a Rússia absolutamente não considera oportunas quaisquer novas sanções unilaterais de EUA e União Europeia contra o Irã. O Chanceler russo disse que sanções unilaterais incluem medidas “de alcance extraterritorial, além do que permitem os acordos vigentes na comunidade internacional e contrariando princípios da lei internacional consubstanciada na Carta da ONU”.

E assim chegamos a uma situação em que um acordo real e válido, aprovado pelo Irã, sobre troca de seu urânio por combustível para seu reator está em estudos na Agência Internacional de Energia Atômica… ao mesmo tempo em que já está em curso um ataque contra o Irã, mediante sanções, na ONU. Em quem, afinal, a verdadeira “comunidade internacional” acreditará? Erdogan não poderia ter dito com mais clareza: “É tempo de decidir se acreditamos na supremacia da lei ou na lei dos fortes e supremos…”

De fato, o que todo o mundo em desenvolvimento está vendo é o passado – EUA, França, Grã-Bretanha, Alemanha – combatendo contra o avanço do futuro – China, Índia, Brasil, Turquia, Indonésia. A arquitetura da segurança global – policiada por uma camarilha de guardiões autonomeados e assustados – entrou em coma. O ocidente ‘atlanticista’ está naufragando feito Titanic.

Queremos guerra, e é pra já!

Só o poderoso lobby pró-guerra infinita nos EUA continua a considerar “um fiasco” o primeiro passo em direção a um acordo nuclear com o Irã. Inclui-se aí os cada dia mais desacreditados e pró-guerra-do-Iraque New York Times (a mediação Brasil-Turquia estaria “complicando a discussão das sanções”) e Washington Post (o Irã estaria “criando ilusões de avanço nas negociações nucleares”).

Para esse lobby pró-guerra, o acordo mediado por Brasil e Turquia seria “uma ameaça”, porque se opõe diretamente à decisão de atacar imediatamente o Irã (ataque a ser iniciado por Israel, e que os EUA seguiriam) e a promover lá uma “troca de regime” – sonho-desejo sempre acalentado por Washington.

Em recente discurso no Conselho de Relações Estrangeiras o luminar Dr. Zbigniew [Brzezinski] “vamos conquistar a Eurásia” alertou contra “gravíssimo perigo” de “um despertar político global” e de as elites globais se desentenderem”. Para o ex-conselheiro presidencial para assuntos de segurança nacional dos EUA, “pela primeira vez na história humana, toda a humanidade está politicamente desperta. É realidade totalmente nova, praticamente jamais aconteceu, em toda a história humana.” E quem, diabos, essas estrelas novas recém acordadas, como Brasil e Turquia, pensam que são, para atrever-se a perturbar ‘nosso’ governo do mundo?

Enquanto isso, norte-americanos sempre subinformados continuam a perguntar-se “Por que nos odeiam tanto?” Porque, dentre outras razões, visceralmente unilateral sempre, Washington nunca pensa duas vezes antes de meter-se a tentar erguer o chicote até para os seus melhores amigos.
post do viomundo.