terça-feira, 31 de agosto de 2010

Golpe Branco contra Dilma: “Non passarán”!


Diorge Konrad *


Em 2 de julho de 2005 escrevi, neste mesmo espaço, o artigo “Dilma Roussef: a técnica e a política na aventura proibida da liberdade”. Era a conjuntura da crise política que as classes dominantes e a grande mídia chamaram de “mensalão”. Poucos dias antes, em 20 de junho, Dilma assumira a chefia da Casa Civil da Presidência da República. Logo, os opositores conservadores disseram que ela era uma “grande técnica”, administradora segura e competente em enfrentar crises, mas com questionáveis atributos políticos para o cargo.

Ali, nossos reacionários de plantão, sedentos para ganhar o governo no “tapetão”, no lugar de considerar que uma mulher havia atingido um dos lugares mais importantes da história da República ou o maior deles até então, procuraram desqualificá-la para a nova função política.

Na posse, a resposta de Dilma veio imediatamente: não fora por diferenças entre megawatts que ela ficara na cadeia nos piores tempos dos anos 1970. Com Dilma, desfazia-se o discurso tecnocrata de separar a técnica da política.

Passaram-se 5 anos. Neste tempo, Dilma evidenciou sua tradição de luta contra a Ditadura Civil-Militar. Respondendo às acusações de terrorismo (velha construção discursiva dos velhos macartistas e anticomunsitas), defendendo um projeto que, se ainda não é de desenvolvimento autônomo e soberano, questionador da política econômica em curso, colocou uma cunha nas privatizações e recolocou em pauta o papel do Estado como indutor da economia. De lá para cá, Dilma se tornou candidata à Presidente da República e já lidera todas as pesquisas.

Dias atrás, a ex-ministra recebeu mais um regalo de certa mídia que se locupletou com a Ditadura e se tornou a maior organização de comunicação do país, cuja história secreta já foi divulgada, mas ainda é pouca conhecida de nossa população. A capa da revista “Época”, na edição de 16 de agosto de 2010, trouxe a chamada “O passado de Dilma: documentos inéditos revelam uma história que ela não gosta de lembrar: seu papel na luta armada contra o regime militar”.

Como não gosta de lembrar “cara pálida”? O que Dilma realmente não deve gostar de lembrar devem ser as sessões de tortura a que foi submetida na DOPS e no presídio Tiradentes. Pois, do contrário, é público o seu orgulho em participar da resistência à opressão, ardilosamente chamada apenas de Ditadura Militar, a fim de escamotear seus construtores e apoiadores civis, como as Organizações Globo.

Em matéria de 11 páginas, nada pouco a uma revista semanal que conta com o financiamento e propaganda de inúmeras empresas que nada têm a reclamar dos governos brasileiros de 1964 a 1985, levanta-se dúvidas sobre o passado de Dilma. Com fontes policiais (DOPS e SNI), este órgão de “informação” repete os jargões dos porões da Ditadura. Num quadro em destaque, uma das dúvidas é sobre se Dilma se arrepende de alguma atitude tomada naquele período.

A candidata à Presidente não precisa responder a mais esta vilania, pois se não bastassem as sevícias do passado, os “democratas” (de partidos e da sociedade) de última hora não toleram que, assim como no recente Uruguai, alguém que pegou em armas contra a opressão, seja escolhida para o mais alto cargo da República.

Mas nós continuaremos a desvelar aquele processo histórico cuja memória continua em disputa na sociedade brasileira de hoje. Uma história dos que, por meios distintos, institucionais ou armados, revelam os lutadores por outro Brasil que não aquele submetido aos domínios imperialistas do capital rentista. Dilma Roussef é da geração que não se conformava com o arbítrio e, como muitas mulheres, foi à luta armada para derrotar o regime de força. Como não se calou quando tentaram derrubar seu governo, em 2005, com as mesmas armas do udenismo lacerdista que insiste em despejar suas meias-verdades na mídia, a fim de retomar o governo que o campo popular têm depositado sua esperança, rompendo com o medo imposto pelo pós-1964.

Foi ex-secretária da Fazenda do Município de Porto Alegre (1986-1988), ex-presidente da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (1991-1993), ex-secretária de Energia, Minas e Comunicações do Estado do Rio Grande do Sul nos governos Alceu Collares e Olívio Dutra (1993-1994 e 1999-2001, respectivamente), ex-ministra das Minas e Energia e Chefe da Casa Civil do governo Lula. Mesmo assim, o discurso reacionário tenta negar a realidade, afirmando que Dilma não tem experiência para governar o Brasil.

Na campanha eleitoral, José Serra, o candidato da Avenida Paulista, dos mesmos liberais-conservadores que têm a companhia esclarecedora do DEM e vergonhosa do PPS, além do oportunismo eleitoral do PV, tem direcionado parte de seu ataque político para esta questão. Não bastasse isso, assim que começou a campanha de rádio e TV, a grande imprensa, tenta pautar a luta política e requenta denúncias para atingir a candidata que representa o projeto do atual governo. Isto está bem visível na nova tentativa de “golpe branco” para desestabilizar a vontade popular que tende a dar vitória eleitoral para Dilma ainda no primeiro turno. Mas como disse Isidora Dolores Ibárruri Gómez (La Pasionaria,) na Guerra Civil Espanhola: “Non Passarán!!!”. Os lutadores brasileiros sabem disso!!!
* Doutor em História Social do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Professor Adjunto de História do Brasil e de Teoria da História do Departamento de História da UFSM - RS

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A imprensa brasileira censurada

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhJ08h_-YLXavTd5qjO4rwh1O3evtYEyk2D2yUqzMZbdrLQpVjyX3o0s8SFDxixYIUYvUxxZeoFf488FCdNlCaLC1463ZaoChglHJrxoaE6Jn8haouF2lkS0LaI5dEnvC9Pc7lq6F-RQZ6/s1600/censura_imprensa_governo_lula.jpg

Brasileira, EX-MORADORA DE RUA, ESTUDA MEDICINA EM CUBA ...



BRASILEIRA ...
EX-MORADORA DE RUA
ESTUDA MEDICINA EM CUBA

Saí de casa com 9 anos de idade porque minha mãe espancava eu e meu irmão. Não tínhamos comida, o básico para sobreviver. Meu pai nunca foi presente. É um alcoólatra que só vi duas vezes na vida. Minha mãe é uma mulher honesta, mas que não conseguia educar seus filhos. Já foi constatado que ela tem problemas mentais.

Ela trabalhava como cigana na Praça da República. Quando eu fugi de casa segui esse caminho, e encontrei uma grande quantidade de meninos e meninas de rua. Apresentei-me a um deles, este me ensinou como chegar em um albergue para jovens, e a partir desse momento passei a ser menina de rua. Só comparecia nessa instituição para comer, tomar banho e ter um pouco de infância (brincar). No meu quinto dia na rua, comecei a cheirar cola e depois maconha.

Alguns educadores preocupados com a minha situação tentavam me orientar, mas de nada valia. Foi quando me apresentaram a uma religiosa, a irmã Ana Maria, que me encaminhou para um abrigo, o Sol e Vida. Passei uns três anos lá e deixei de usar dogras. Esta instituição não era financiada pelo governo. Quando foi fechada, me encaminharam a outros abrigos da prefeitura, entre eles o Instituto Dom Bosco, do Bom Retiro. E assim foi, até os 17 anos.

Para alguém que usa droga, não era fácil seguir regras. Foi por muita persistência e um ótimo trabalho de vários educadores que eu consegui deixar a drogas, sair da desnutrição e recuperar a saúde após anemia grave.

Na infância, era rebelde, não queria aceitar a minha situação. Apenas queria ter uma família. Mas havia algo que eu valorizava _ a escola e os cursos que eu fazia na adolescência. Aos 14 anos de idade, comecei a jogar futebol, tive a minha primeira remuneração. Aos 16 anos, entrei em uma empresa, a Ericsson, que capacitava jovens dos abrigos para o mercado de trabalho. Essa empresa financiou meu curso de auxiliar de enfermagem e o inicio do técnico. O último não foi possível concluir.

Explico: existe uma lei nas instituições públicas segunda a qual o jovem a partir dos 17 anos e 11 meses não é mais sustentado pelo governo, tem que se manter sozinho. Como eu não tinha contato com a minha família, quando se aproximou a data de completar essa idade, entrei em desespero.
A sorte foi que a entidade, o Instituto Dom Bosco Bom Retiro, criou um projeto denominado Aquece Horizonte. Este projeto é uma república para jovens que, ao sair do abrigo, podem ficar lá até os 21 anos. Os coordenadores e patrocinadores acompanham o desenvolvimento do jovem neste período de amadurecimento.

As regras mais básicas da república são: trabalhar, estudar e querer vencer na vida. No segundo ano de república, eu desejava entrar na universidade, mas sabia que não tinha condições de pagar a faculdade de enfermagem ou conseguir passar na universidade pública.

Optei então por fazer a faculdade de pedagogia. É uma área que me encanta, e a única que podia pagar. No primeiro semestre da faculdade de pedagogia, um educador do abrigo, o Ivandro, me chamou pra uma conversa e me informou sobre um processo seletivo para estudar medicina em Cuba. Fiquei contente e aceitei participar da seleção.

Passei pelo processo seletivo no consulado cubano e estou desde 2007 em Cuba. Dou inicio ao terceiro ano de medicina no dia 06 de setembro de 2010. São 7 anos no país, sendo 6 de medicina e um de pré-médico.

Ir a Cuba foi minha maior conquista. Além de aprender sobre a medicina, aprendo sobre a vida, a importância dos valores. Antes de ir, sempre lia reportagens negativas sobre o país, mas quando cheguei lá, não foi isso que vi. Em Cuba, todos têm direito a educação, saúde, cultura, lazer e o básico pra sobreviver.

Li em muitas revistas que o Fidel Castro é um ditador, e descobri em Cuba, que ele é amado e idolatrado pelos cubanos. Escrevem que Cuba é o país da miséria. Mas de que tipo de miséria eles falam? Interpreto como miséria o que passei na infância. Em casa, não tinha água encanada, luz, comida.

Recordo que tinha dias em que eu, meu irmão e minha mãe não conseguíamos nos levantar da cama devido a fraqueza por falta de alimento. Tomávamos água doce pra esquecer a fome. Então, quando abro uma revista publicada no Brasil e nela está escrito que Cuba é um país miserável, eu me pergunto: se em Cuba, onde todos têm os direitos a saúde, educação, moradia, lazer e alimento, como podemos denominar o Brasil?

Temos um país com riqueza imensa, que conquistou o 8º lugar no ranking dos países mais ricos, mas sua riqueza se concentra nas mãos de poucos, com uns 60 % da população vivendo em uma miséria verdadeira, pior que a miséria da minha infância.

Cuba sofre um embargo econômico imposto pelos estados Unidos por ser um país socialista e é criticado por outros governos. No entanto, consegue dar bolsa para mais de 15 mil estrangeiros de vários países, se destaca na área da saúde (gratuita), educação (colegial, médio, técnico e superior gratuito para todos) e esporte (2º lugar no quadro de medalhas, na historia dos Jogos Panamericanos), é livre de analfabetismo.

A cada mil nascidos vivos morrem menos de 4. Vivenciando tudo isso, eu queria também que o Brasil fosse miserável como Cuba, como é escrito em varias revistas. Acho que o brasileiro estaria melhor e não seria tão comum encontrar tantos jovens sem educação, matando, roubando e se drogando nas ruas.

Vou passar mais quatro anos em Cuba e não quero deixar o curso por nada. Desejo concluir a faculdade e ajudar esse povo carente que sonha com melhoras na área da saúde, quero ajudar outros jovens a realizar os seus sonhos , como me ajudaram. Também pretendo apoiar meu irmão, que deseja estudar direito.

Tenho meu irmão como exemplo de superação. Saiu de casa com 13 anos de idade, mas não foi para uma instituição governamental. Morou em um cômodo que seu patrão lhe ofereceu. Enquanto eu estudava e fazia cursos, ele estava trabalhando para ter o pão de cada dia. Hoje, ele é um homem com 25 anos de idade, casado e tem uma filha linda, e mesmo assim encontra tempo pra me apoiar e me dar conselhos.

Foi muito bom visitar o Brasil. Depois de longos 13 anos tive um tipo de comunicação com a minha mãe. Isso pra mim é uma vitoria. Quero estar próxima dela quando voltar.

Conto um pouco da minha história, mas sei que muitos brasileiros ultrapassaram barreiras piores, até realizarem seus sonhos. Peço ao povo brasileiro que continue lutando. É período de eleições, peço também que todos votem com consciência, escolha a pessoa adequada pra administrar o nosso país tão injusto.

Gisele Antunes Rodrigues
post do nassif

Charge de Pelicano para o Bom Dia (SP)

CONFISSÃO DE JORNAL TUCANO: “SE DEPENDESSE DOS DEMOTUCANOS, "PROUNI" NÃO EXISTIRIA


“Dilma disse a verdade quando acusou o ex-PFL de tentar destruir o programa no STF”.

Elio Gaspari

"Em benefício da qualidade do debate eleitoral, é necessário que seja esclarecida uma troca de farpas entre Dilma Rousseff e José Serra durante o debate do UOL/Folha.

Dilma atacou dizendo o seguinte: "O partido de seu vice entrou na Justiça para acabar com o ProUni. Se a Justiça aceitasse o pedido, como você explicaria essa atitude para 704 mil alunos que dependem do programa?".

Serra respondeu: "O DEM não entrou com processo para acabar com o ProUni. Foi uma questão de inconstitucionalidade, um aspecto".

Em seguida, o deputado Rodrigo Maia, presidente do DEM, foi na jugular: "Essa informação que ela deu é falsa, mentirosa".

Mentirosa foi a contradita. O ProUni foi criado pela medida provisória 213 no dia 10 de setembro de 2004. Duas semanas depois o PFL, pai do DEM, entrou no Supremo Tribunal Federal com uma ação direta de inconstitucionalidade contra a iniciativa, e ela tomou o nome de ADI 3314.

O ProUni transferiu para o MEC a seleção dos estudantes que devem receber bolsas de estudo em universidades privadas. Antes dele, elas usufruíam benefícios tributários e concediam gratuidades de acordo com regras abstrusas e preferências de cada instituição ou de seus donos.

Com o ProUni, a seleção dos bolsistas (1 para cada outros 9 alunos) passou a ser impessoal, seguindo critérios sociais (1,5 salário mínimo per capita de renda familiar, para os benefícios integrais), de acordo com o desempenho dos estudantes nas provas do ENEM. Ninguém foi obrigado a aderir ao programa, só quem quisesse continuar isento de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, PIS e COFINS.

O DEM sustenta que são inconstitucionais a transferência da atribuição, o teto de renda familiar dos beneficiados, a fixação de normas de desempenho durante o curso, bem como as penas a que estariam sujeitas as faculdades que não cumprissem essas exigências.

A ADI do ex-PFL está no Supremo, na companhia de outras duas e todas já foram rebarbadas pelo relator do processo, o ministro Carlos Ayres Britto. Se ela vier a ser aceita pelo tribunal, bye bye ProUni.

Quando o PFL/DEM decidiu detonar a medida provisória 213, sabia o que estava fazendo. Sua petição, de 23 páginas, está até bem argumentada. O que não vale é tentar esconder o gesto às vésperas de eleição.

Em 1944, quando o presidente Franklin Roosevelt criou a GI Bill que, entre outras coisas, abria as universidades para os soldados que retornavam da guerra, houve políticos (poucos) e educadores (de peso) que combateram a iniciativa.

Todos tiveram a coragem de sustentar suas posições. Em dez anos, a GI Bill botou 2,2 milhões de jovens veteranos nas universidades, tornando-se uma das molas propulsoras de uma nova classe média americana.

O ProUni não criou as bolsas, ele apenas introduziu critérios de desempenho e de alcance social para a obtenção do incentivo. Desde 2004 o programa já formou 110 mil jovens, e há hoje outros 429 mil cursando universidades. Algum dia será possível comparar o efeito social e qualificador do ProUni na formação da nova classe média brasileira. Nessa ocasião, como hoje, o DEM ficará no lugar que escolheu.”

FONTE: escrito por Elio Gaspari

SERRA AGE COMO “VIVANDEIRA ALVOROÇADA”


TUCANO VAI AOS QUARTÉIS

DE LÍDER ESTUDANTIL A VIVANDEIRA: SERRA AGORA DEU PARA BOLIR COM GRANADEIROS


“Eu os identifico a todos. E são muitos deles, os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bolir com os granadeiros e provocar extravagâncias do poder militar”.

A frase acima é de Castelo Branco, o primeiro general-presidente da ditadura instalada em 64. Ele desprezava os civis que viviam a bater na porta dos quartéis a pedir a intervenção militar contra a turma de Vargas e Jango. No fim, Castelo ajudou a dar o golpe, mas seguiu a desprezar as “vivandeiras alvoroçadas”.

Lembrei da frase ao ler que Serra foi ao Clube da Aeronáutica, no Rio, e pediu para falar sem a presença da imprensa. Péssimo sinal. Queria provocar extravagâncias, mas sem testemunhas por perto.

Não adiantou. O portal IG publicou o que Serra teria dito: “o PT criou uma República Sindicalista”, berrou Serra aos militares. [ler a seguir (*)]

O tucano, desesperado e crispado de ódio pela eleição que lhe escapa entre os dedos, apela para o discurso de extrema-direita. É o mesmo linguajar dos golpistas de 64 – que agora transborda da boca de um ex-lider estudantil, cassado pela ditadura.
Serra mudou de lado. Virou uma vivandeira, a bolir com os granadeiros.

(*) Transcrição de “SERRA DIZ QUE PT CRIOU UMA 'REPÚBLICA SINDICALISTA”:

Em encontro com militares no Rio de Janeiro, candidato tucano afirmou ser contra a retomada da discussão da 'Lei da Anistia'

Reportagem de Raphael Gomide, do portal iG, no Rio de Janeiro, em 27/08/2010 (http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/serra+diz+que+pt+criou+uma+republica+sindicalista/n1237763243059.html):


José Serra na reunião no Clube de Aeronáutica, evento proibido aos jornalistas a pedido de Serra (Foto: Agência Estado)

Falando [secretamente, por ele abolida a presença da imprensa] a militares da reserva e reformados, em palestra no Clube da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, o candidato tucano José Serra comparou o governo Lula ao de João Goulart, deposto no golpe de 1964, referindo-se a “uma república sindicalista”.

“Em 64, não sei se os senhores já estavam nas Forças Armadas, mas uma grande motivação da derrubada de Jango era a ideia, equivocada, de uma ‘república sindicalista’. Não tinha menor possibilidade, tal a fraqueza (do governo)... Mas eles (PT) fizeram agora uma república sindicalista. Não pelo socialismo, estatismo, mas para curtir”, afirmou ao grupo de cerca de 200 associados dos clubes militares.

Serra era presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) à época e discursou [a favor de ‘república sindicalista’] no comício da Central do Brasil, em 13 de março de 64, considerado um momento-chave para o golpe.

De acordo com Serra, o governo petista tem característica de “ocupação militar”, pelo loteamento de cargos na administração pública. “Quase a totalidade da administração pública está tomada. Na prefeitura de São Paulo também era assim. O PT tem características, sem ironias, de ocupação militar. É um Exército que tem que ser acomodado. Tudo é hierarquizado, loteado”, disse.”


FONTE: publicado no blog “Escrivinhador”, do jornalista Rodrigo Vianna

A mídia é o grande prato do restaurante canibal


O trabalho eficaz de dois jornalistas, Pedro Aguiar e Laisa Beatris, profissionais da redação de Opera Mundi, trouxe ontem (26/08) a público caso vergonhoso de colonialismo cultural e abuso da boa-fé dos leitores. A história, que pode ser lida no artigo “Mídia internacional ignora indícios de fraude e publica notícia sobre restaurante canibal”, revela o estado de indigência que afeta parte da imprensa mundial.

Tudo começou quando um político alemão denunciou, ao diário sensacionalista Bild, a existência de restaurante brasileiro, chamado Flimé, no estado de Rondônia, que oferecia carne humana e estaria planejando abrir filial em Berlim. O vereador Michael Braun, dirigente local da União Cristão-Democrática, alegando ter recebido informação de eleitores, protestou contra as intenções do famigerado estabelecimento.

A origem primária das denúncias, logo se soube, estaria em vídeo e página divulgados pela internet. Os autores, provavelmente de nacionalidade portuguesa, talvez na intenção de se vingar das piadas contra seus patrícios, resolveram armar pegadinha contra os brasileiros. No jargão da rede, chama-se essa informação forjada de hoax.

O mais incrível é que a existência do restaurante canibal imediatamente se espalhou entre diversas agências e veículos do planeta. O inglês The Guardian, a espanhola Efe, a italiana Ansa, a alemã Der Spiegel e o português Expresso estão entre as publicações que caíram no engodo. Também comprou gato por lebre a brasileira Folha.com. A reportagem de Opera Mundi provou que não há canibalismo nem restaurante algum.

Aparentemente nenhuma das redações enroladas pelo conto dos portugueses se deu ao trabalho de apurar história tão escabrosa. O restaurante não foi checado. Não se analisou com rigor a gravação que circulou no You Tube. A página web que anunciava as estranhas iguarias tampouco recebeu o devido escrutínio.

Não é a primeira vez que importantes meios de comunicação metem o pé na jaca. A revista Veja, em abril de 1983, publicou matéria anunciando a fusão da carne de boi com o tomate, depois de cair em uma brincadeira da revista inglesa New Science, preparada para celebrar o dia da mentira. O caso Boimate, como é conhecido, entrou para a mitologia jornalística como a maior “barriga” (notícia inverídica) de todos os tempos. O affair Flimé tem grandes chances de roubar-lhe o lugar no pódio.

O problema não é apenas a preguiça dos jornalistas que deram ares de verdade à denúncia fajuta. A substituição da informação pelo espetáculo, de fato, tem poder tóxico sobre a inteligência da imprensa e contamina sua disposição de pegar no batente. Mas, é evidente, nesta situação também jogou peso decisivo a arrogância colonial dos brancos de olhos azuis. Canibalismo no Brasil? Terceiro Mundo? Terra de índios, negros e mulatos? Pau na maquina, que se não for verdadeiro, ao menos está bem contado.

A barrigada, que deveria provocar indignação da mídia brasileira e resposta à altura do governo, porque difama a imagem internacional do país, diz muito a respeito de como funcionam os monopólios mundiais da comunicação. Seus donos e operadores, de tão imbuídos do papel de vanguarda cultural do colonialismo, não perdem sequer uma história da carochinha para demonstrar a suposta primazia civilizatória das nações ricas sobre os povos do sul.

Breno Altman é jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi (www.operamundi.com.br)

domingo, 29 de agosto de 2010


ONDA VERMELHA

votação maciça em Dilma Rousseff cria maré alta que empurra o barco de praticamente todas as candidaturas associadas à coligação petista. Mercadante sobe em SP e ameaça levar o escrutínio para o 2º turno; Tarso amplia vantagem no RS; Cabral ganha solidamente no 1º turno no RJ; o mesmo acontece com Campos em PE e, agora, com Jacques Wagner, na Bahia. Resumo da ópera expreso no coro dos operários da refinaria Abreu e Lima, em PE, ao final da visita de Lula, na última 6º feira: 'Tchau presidente, até 2014!'
(Carta Maior; 29-08)



O Pará e o Brasil não são o que o jn mostrou. O jn é uma fraude

O Brasil do jn é o da prostituição infantil


Amigo navegante Antonio, paraense, liga de Belém para demonstrar profunda irritação com a visão haitiana do Brasil, pelo jornal nacional.

Clique aqui para ler “jornal nacional usa o patrocínio do Bradesco para denegrir a imagem do Brasil”.

Diz o Antonio.

Para ir a Jacundá, no Pará, o jornal nacional teve que fazer escala em Marabá, não é isso ?

Por que ele não deu um pulinho a Marabá ?

A reportagem sobre Jacundá faz parte dessa nova espécie de jornalismo aero-rocambolesco, para denegrir a imagem do Brasil – do jeito que o Ali Kamel gosta.

Marabá talvez seja o maior pólo de crescimento da economia brasileira hoje.

Marabá é uma China de crescimento econômico.

A Vale constrói ali uma usina de laminados, a Alpa, que, sozinha, cria 18 mil empregos.

A Alpa será uma das principais beneficiárias da usina de Belo Monte.

(Belo Monte, que a urubóloga Miriam Leitão criticou tanto, será a terceira maior hidrelétrica do mundo – um horror !)

Por causa da Alpa e da energia de Belo Monte, 40 indústrias se instalarão em Marabá.

Em Marabá passa uma das maiores pontes ferroviárias sobre rio do mundo, para levar o minério de ferro que sai de Carajás a caminho do Maranhão.

Veja que horror !

A população de Marabá deve crescer 150% até 2014.

Até lá serão criados 70 mil novos empregos e a associação comercial calcula que serão investidos US$ 33 bilhões.

No momento em Marabá se constrói um shopping-center de 30 mil metros quadrados de área de loja , com lojas âncoras do padrão de Riachuelo, Marisa e C&A.

O responsável pelo empreendimento é o grupo Leolá, que tem mais de 60 lojas na região de Marabá.

O jornal nacional, amigo navegante, é uma fraude.

Esse sorteio das cidades brasileiras pelo jornal nacional lembra muito o Globope.

Veja como o jornal nacional descreve o Brasil (e o Pará):


Violência é um dos principais problemas de Jacundá, PA


Terceiro destino do JN no Ar é a quinta cidade mais violenta do Pará, e 96% da população não tem acesso ao sistema de esgoto.

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O sorteio de quarta-feira, aqui no Jornal Nacional, determinou que a equipe do JN no Ar cruzasse o Brasil, do Sul para o Norte, em direção à cidade de Jacundá, no Pará.


Nesta quinta, antes de mostrar a reportagem do Ernesto Paglia, a gente vai apresentar algumas informações importantes sobre o estado.


Pará: 7,5 milhões de habitantes. É o estado mais populoso do norte, e o que produz mais riquezas. Apesar disso, tem o menor rendimento médio mensal da região.


Os paraenses convivem com a segunda maior taxa de homicídios do país. Por outro lado, são os que têm a maior expectativa de vida do Norte.


“A diversidade nossa é imensa: suco de cupuaçu, nosso tacacá, nossa maniçoba, nosso pato no tucupi”.


Mais da metade dos moradores não recebe água encanada, e 96% não têm esgoto. O analfabetismo atinge 9,3 % da população, um pouco abaixo da média nacional, que é de 9,8%.


O Pará tem 4,7 milhões de eleitores. Para chegar ao destino, o jato que leva a equipe do repórter Ernesto Paglia pousou em Marabá, no Aeroporto João Corrêa da Rocha.


O repórter Ernesto Paglia falou, ao vivo, do aeroporto e contou o que eles encontraram em Jacundá.


Vocês sabem que Jacundá é uma destas comunidades relativamente jovens do Norte do país. Parece que as pessoas foram se implantando na cidade, de forma pioneira; e o Estado, as instituições e a lei só vão chegando aos poucos, e nem sempre são bem assimilados, bem adaptados pela população local, esses pioneiros que estão lá.


São só 15 km asfaltados de Marabá até Jacundá, mas mesmo esta é uma viagem bastante sacrificada.


A estrada de Jacundá é estreita, marcada por remendos e freadas de caminhão.


A política é tensa. E aparece logo na chegada. Somos rodeados por partidários do candidato que teve mais votos em 2008, mas não assumiu a prefeitura, por causa de problemas com a Justiça Eleitoral.


“Estamos em um processo democrático que Jacundá não está tendo”.


“Tenho 16 anos e posso andar de moto. Aqui é assim, não tem lei não”.


Nas ruas, não vimos viaturas. Só uma blitz da Polícia Rodoviária, fora da cidade.


Mesmo na rodovia, a fiscalização não resolve. Motoqueiros irregulares esperam no acostamento até o bloqueio ir embora. E nem pensam em legalizar a própria situação. “Eu estou sem carteira, porque o governo não dá chance pra gente. É culpa do governo, porque eu tenho que desembolsar R$ 1,5 mil, e eu ganho um salário mínimo. Ainda tenho que ir em Marabá tirar carteira, porque em Jacundá não tira”.


Ilegalidade mais grave aparece no desabafo da moradora: “Tem violência, assassinatos, bandidagem”. Jacundá é a quinta cidade mais violenta do Pará, estado com o maior número de conflitos no campo do país, e o maior número de homicídios no Norte.


Em uma reunião anual, que estava acontecendo nesta quinta-feira em Jacundá, encontramos gente preocupada com outros problemas da cidade: a prostituição infantil e o abuso sexual de menores.


Ano passado, 52 casos de violência sexual foram registrados em Jacundá. Uma agricultora procurou o Conselho Tutelar semana passada para denunciar um vizinho abusou da filha dela, deficiente mental, de quatorze anos: “Ele aproveitou que ela tem esse problema, e se aproveitou dela”.


As madeireiras são importantes na economia de Jacundá. Uma das maiores é de um ex-prefeito. Parte da madeira, diz o dono, é nativa, retirada sob supervisão da Secretaria do Meio Ambiente do Pará. A outra vem do replantio de áreas que já foram exploradas no passado.


“Nós estamos partindo para o reflorestamento, porque agora nós temos condições para reflorestar”, disse o dono da madeireira, Adão Ribeiro.


Cuidar do futuro ainda é exceção por aqui. As pequenas carvoarias, que concentram muitos casos de trabalho escravo, mostram o lado mais atrasado deste pedaço do Pará.


“Todos que estão aqui, com certeza não queriam estar aqui. Mas fazer o que?”.



Paulo Henrique Amorim

Emir: internet é a desmercantilização da informação(IMPERDÍVEL)


Emir Sader: a nova mídia tem compromisso com o direito de todos

O neoliberalismo é a realização máxima do capitalismo: transformar tudo em mercadoria. Foi assim que o capitalismo nasceu: transformando a força de trabalho (com o fim da escravidão) e as terras em mercadorias. Sua história foi a crescente mercantilização do mundo.

A crise de 1929 – de que o liberalismo foi unanimemente considerado o responsável – gerou contratendências, todas antineoliberais: o fascismo (com forte capitalismo de Estado), o modelo soviético (com eliminação da propriedade privada dos meios de produção) e o keynesianismo (com o Estado assumindo responsabilidades fundamentais na economia e nos direitos sociais).

O capitalismo viveu seu ciclo longo mais importante do segundo posguerra até os anos 70. Quando foi menos liberal, foi menos injusto. Vários países – europeus, mas também a Argentina – tiveram pleno emprego, os direitos sociais foram gradualmente estendidos no que se convencionou chamar de Estado de bem-estar-social.

Esgotado esse ciclo, o diagnóstico neoliberal triunfou, voltando de longo refluxo: dizia que o que tinha levado a economia à recessão era a excessiva regulamentação. O neoliberalismo se propôs a desregulamentar, isto é, a deixar circular livremente o capital. Privatizações, abertura de mercados, “flexibilização laboral” – tudo se resume a desregulamentações.

Promoveu-se o maior processo de mercantilização que a história conheceu. Zonas do mundo não atingidas ainda pela economia de mercado (como o ex-campo socialista e a China) e objetos de que ainda usávamos como exemplos de coisas com valor de uso e sem valor de troca (como a água, agora tornada mercadoria) – foram incorporadas à economia de mercado.

A hegemonia neoliberal se traduziu, no campo teórico, na imposição da polarização estatal/privado como o eixo das alternativas. Como se sabe, quem parte e reparte fica com a melhor parte – privado – e esconde o que lhe interessa abolir – a esfera pública. Porque o eixo real que preside o período neoliberal se articula em torno de outro eixo: esfera pública/esfera mercantil.

Porque a esfera do neoliberalismo não é a privada. A esfera privada é a esfera da vida individual, da família, das opções de cada um – clube de futebol, música, religião, casa, família, etc.. Quando se privatiza uma empresa, não se colocam as ações nas mãos dos indivíduos – os trabalhadores da empresa, por exemplo -, se jogam no mercado, para quem possa comprar. Se mercantiliza o que era um patrimônio público.

O ideal neoliberal é construir uma sociedade em que tudo se vende, tudo se compra, tudo sem preço. Ao estilo shopping center. Ou do modo de vida norteamericano, em que a ambição de todos seria ascender como consumidor, competindo no mercado, uns contra os outros.

O neoliberalismo mercantilizou e concentrou renda, excluiu de direitos a milhões de pessoas – a começar os trabalhadores, a maioria dos quais deixou de ter carteira de trabalho, de ser cidadão, sujeito de direitos -, promoveu a educação privada em detrimento da publica, a saúde privada em detrimento da pública, a imprensa privada em detrimento da pública.

O próprio Estado se deixou mercantilizar. Passou a arrecadar para, prioritariamente, pagar suas dívidas, transferindo recursos do setor produtivo ao especulativo. O capital especulativo, com a desregulamentação, passou a ser o hegemônico na sociedade. Sem regras, o capital – que não é feito para produzir, mas para acumular – se transferiu maciçamente do setor produtivo ao financeiro, sob a forma especulativa, isto é, não para financiar a produção, a pesquisa, o consumo, mas para viver de vender e comprar papéis – de Estados endividados ou de grandes empresas -, sem produzir nem bens, nem empregos. É o pior tipo de capital. O próprio Estado se financeirizou.

O neoliberalismo destruiu as funções sociais do Estado e depois nos jogou como alternativa ao mercado: se quiserem, defendam o Estado que eu destruí, tornando-o indefensável; ou venham somar-se à esfera privada, na verdade o mercado disfarçado.

Mas se a esfera neoliberal é a esfera mercantil, a esfera alternativa não é a estatal. Porque há Estados privatizados, isto é, mercantilizados, financeirizados; e há Estados centrados na esfera pública. A esfera pública é centrada na universalização dos direitos. Democratizar, diante da obra neoliberal, é desmercantilizar, colocar na esfera dos direitos o que o neoliberalismo colocou na esfera do mercado. Uma sociedade democrática, posneoliberal, é uma sociedade fundada nos direitos, na igualdade dos cidadãos. Um cidadão é sujeito de direitos. O mercado não reconhece direitos, só poder de comprar, é composta por consumidores.

Na esfera da informação, houve até aqui predomínio absoluto da esfera mercantil. Para emitir noticias era necessário dispor de recursos suficientes para instalar condições de ter um jornal, um rádio, uma TV. A internet abriu espaços inéditos para a democratização da informação.

A democratização da mídia, isto é, sua desmercantilização, a afirmação do direito a expressar e receber informações pluralistas, tem que combinar diferentes formas de expressão e de mídia. A velha mídia é uma mídia mercantil, composta de empresas financiadas pela publicidade, hoje aderida ao pensamento único. Uma mídia composta por empresas dirigidas por oligarquias familiares, sem democracia nem sequer nas redações e nas pautas dos meios que a compõem.

A nova mídia, por sua vez, é uma mídia barata nos seus custos, pluralista, crítica. O novo espaço criado pelos blogueiros progressistas faz parte da esfera pública, promove os direitos de todos, a democracia econômica, política, social e cultural. A esfera pública tem expressões estatais, não- estatais, comunitárias. Todas comprometidas com os direitos de todos e não com a seletividade e a exclusão mercantil.

São definições a ser discutidas, precisadas, de forma democrática, aberta, pluralista, de um fenômeno novo, que prenuncia uma sociedade justa, solidária, soberana. A possibilidade com que estão comprometidos Dilma e Lula de uma Constituinte autônoma permite que se possa discutir e levar adiante processos de democratização do Estado, de sua reforma em torno das distintas formas de esfera pública, desmercantilizando e desfinanceirizando o Estado brasileiro.

A Dilma não é um tsunami. Dilma é o rio que segue para o mar

O Serra é um jenio



A Catanhêde, na pág. 2 da Folha (*) consegue resumir muito bem o sentimento que domina os tucanos (explícitos ou, como ela, dissimulados) em fuga.

Clique aqui para ver o vídeo inesquecível da “massa cheirosa”.

A Catanhêde considera que a Dilma é um tsunami.

No twitter, o Ancelmo do Globo, um especialista em bom-pracismo, disse o mesmo: um tsunami !

O tsunami são ondas gigantes de grande concentração de energia, provocadas por um deslocamento de água que ocorre após uma movimentação inesperada de placas tectônicas abaixo dos oceanos.

O tsunami costuma provocar catástrofes.

Uma catástrofe gigantesca, inesperada – é o que a Catanhêde quer dizer.

Catástrofe, a gente sabe qual é: é a que o jornal nacional mostra todos os dias (clique aqui para ler “O Pará e o Brasil não são o que o jn diz”)

Mas, “inesperada”, por quê ?

O Governo Lula é um sucesso e a popularidade dele, recordista desde o primeiro dia de Governo.

Promoveu a inclusão social, ampliou a classe média e assistiu os pobres.

Fez uma política externa que não tirou o sapato para os Estados Unidos.

A Dilma é a sua legítima sucessora: foi a CEO do Governo Lula.

O Serra é um nada.

Em 50 anos de vida pública não conseguiu produzir uma obra, uma ideia original.

Não tomou uma atitude de que se possa lembrar com admiração.

Como “inesperado”, se a oposição ficou ancorada em 2002 ?

A oposição se deixou imobilizar pela a vaidade do Fernando Henrique.

O Farol de Alexandria amarrou o PSDB na tarefa inglória de preservar seu Governo.

O Farol segurou a oposição na defesa de um Governo que quebrou o Brasil três vezes.

O Farol não deixou o PSDB produzir uma alternativa ao Governo Lula.

Porque obrigou o PSDB a pensar que a alternativa era ele – quando Lula fracasse e caísse num impeachment.

Enquanto o Farol cuidava de seu verbete nos livros de História, a oposição se deixou atropelar pela Classe C.

Enquanto bradava contra o “Bolsa Vagabundagem”, se encaminhava para a extrema direita, puxada pelos DEMOS e a nova carreira do César Maia, no plano nacional.

O Serra não conseguiu se livrar da maldita herança do neo-liberalismo do Farol.

Lula pendurou o FHC no pescoço do Serra e ali ficou.

O Sarney, o Itamar, o Collor – todos eles se submeteram ao voto popular, ao sair da Presidência.

Por que o Farol não se submeteu ?

Porque não tem voto.

Ele faz sucesso no PiG (**).

O Serra foi para a campanha sem temas: do Ministério do Acarajé ao Ministério do Cano.

Invadiu a Bolívia e subiu na garupa do Lula.

Até o Farol sabe que o Serra não formula nada: ele é um gerentão.

E um gerentão desastrado.

O Serra foge: não cumpre um mandato até o fim, para não ser julgado pelo que (não) fez.

O Serra foge para a frente.

Só que, agora, bye bye Serra forever.

E a Dilma não é um tsunami.

A Dilma é o rio que corre para mar.

Segue o curso traçado há muito tempo.

Com algumas cachoeiras e quedas d’água.

Mas, segue inexoravelmente o seu curso.

Desde Vargas.

Paulo Henrique Amorim

Lula faz o que Serra não fez: Corinthians vai abrir a Copa

Bye bye Serra forever

Saiu na Folha Online:

Abertura da Copa será no novo estádio do Corinthians, em Itaquera


EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

O estádio do Corinthians, que será construído em Itaquera (zona leste da cidade de São Paulo), será o palco da abertura da Copa do Mundo de 2014.

A decisão foi tomada após uma reunião entre o governador de São Paulo, Alberto Goldman, o prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, e o presidente da CBF e do Comitê da Organização Local do Mundial, Ricardo Teixeira.

A colunista da Folha Monica Bérgamo publicou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já vinha “estimulando” a Odebrecht a construir um estádio para o Corinthians.

Segundo a colunista, o Corinthians negocia com a Odebrecht para a construção de sua arena. Pelo acordo, a empreiteira poderá dar o nome ao estádio e o lucro do local seria dividido com o Corinthians. O estádio tem previsão de 48 mil lugares e custará cerca de R$ 300 milhões.

(…)

Navalha

O Lula não fala inglês.

O Lula é nordestino.

O Lula é metalúrgico.

O Lula não tem um dedo.

E comeu o Serra com farofa.

O Lula esperou o Serra carregar a cruz de a Copa não abrir em São Paulo.

O Serra e os postes do Serra diziam que não tinham dinheiro para reformar o Morumbi, na Zona Sul, o bairro dos ricos, nem construir um novo estádio num bairro de pobres.

O Lula esperou a elite dizer que não queria abrir a Copa.

Abrir a Copa é aspiração de pobre.

Depois que o Serra, seus postes e a elite de São Paulo, foram eliminados da Copa, o Lula comeu eles todos com farofa.

Vai construir um estádio para o Coringão, para a galera, para o povão, numa região que o prefeito e Governador José Serra desprezaram: a Zona Leste.

É lá que ficam o Jardim Romano alagado, e o Jardim Pantanal de onde os nordestinos, de preferência, deveriam ser enxotados.

Se a Dilma ganhar no primeiro turno, o Lula desembarca em São Paulo com a camisa do Corinthians e leva o Mercadante, na garupa, para o Palácio dos Bandeirantes.

Tudo isso porque o Lula não fala inglês.

Paulo Henrique Amorim

O que Serra pregou escondido no Clube da Aeronáutica ? O Golpe do Gilmar ?

A Zuzu Angel poderia ouvir o que ele disse lá dentro ?


Saiu no Blog Amigos do Presidente Lula, que a Dra Cureau tentou calar – clique aqui para ler.

Ditador Serra proibe imprensa em evento com militares


José Serra (PSDB) fez palestra esta tarde no Clube da Aeronáutica, no Rio, para militares da reserva e membros dos clubes militares. Mas o candidato proibiu a entrada da imprensa, censurando o trabalho dos jornalistas.

Apesar de credenciados pelo Clube da Aeronáutica, os jornalistas presentes foram avisados pela assessoria de imprensa de Serra de que o encontro, de natureza pública, “seria fechado”.

A assessoria de imprensa do Clube da Aeronáutica afirmou que o fechamento do evento à imprensa foi a pedido da assessoria do candidato. “Eles estabeleceram as regras do jogo. Eles pediram. Nós queríamos que fosse aberto”, afirmou o assessor do clube, coronel Paulo F. Tavares.

Com o ato, Serra jogou no lixo seu discurso feito no Congresso Nacional dos Jornais, defendendo a liberdade de imprensa, quando afirmou “ser contra qualquer restrição à atividade jornalística”. Naquela ocasião, após o discurso, ele já havia se recusado a responder três perguntas de repórteres.

Agora fica a pergunta: que tipo de conspiração Serra quis apresentar aos militares, que a população brasileira não possa ouvir? (Com informações do portal Ig)

por Zé Augusto

NavalhaO que o Serra falou reservadamente aos sócios do Clube da Aeronáutica ?

O que ele foi fazer lá ?

Homenagear o Carlos Lacerda, que batia na porta desse mesmo Clube para derrubar o Vargas e o Jango ?

A quem o Serra se dirigiu, em segredo ?

Ao Brigadeiro Delio Jardim de Matos, da República do Galeão que desestabilizou Vargas ?

Ao Brigadeiro Burnier – responsável pela proteção ao filho da Zuzu Angel – , no Centro de Informações da Aeronáutica ?

Por que em segredo ?

O que um candidato a Presidente tem a dizer a sócios de um clube militar que não possa dizer ao eleitor, abertamente ?

Que a Dilma vai instalar a república sindicalista-petebo-comunista ?

Que ela é o Jango de saias ?

O Serra foi lá convocar o Golpe de Estado da Direita ? (*)

Que ele sabe como as FARCs vão dominar o Brasil ?

Que, depois do Ministério do Acarajé e do Ministério do Cano ele tem um plano secreto para produzir a bomba atômica na Bolívia ?

O ministro serrista Nelson Jobim, da Defesa, deveria exigir que seu colega de apartamento e fellow-traveller revele o que o Serra disse lá dentro, a portas fechadas.

A palestra de Serra num clube de militares pode ser uma ameaça à Segurança Nacional.


Paulo Henrique Amorim

GABEIRA NÃO PODE ENTRAR NOS EUA. DILMA PODE


A AMIGA DA SÔNIA MONTENEGRO

ISSO NÃO LHE DIZ NADA?


Sônia Montenegro, 27/8/2010

Tenho uma amiga muito querida, a Mari, que não gosta de política, mas como a grossa maioria dos analfabetos políticos do Brecht, tem posições conservadoras. Votou no Collor, FHC, Serra e Alckmin, e eu, como ela sempre soube, no Lula.

Na última eleição para prefeito, ela me ligou super feliz, achando que desta vez votaríamos no mesmo candidato, o Gabeira, e qual não foi a sua surpresa, quando lhe disse que eu não votaria nele de jeito nenhum (rs). Engraçado é que o candidato natural dela deveria ser o Eduardo Paes, a quem já tinha elogiado no tempo em que foi “prefeitinho” do Cesar Maia, mas ia votar no Gabeira.

Mari agora diz que gosta do Lula e que votaria nele, se fosse candidato, mas na Dilma ela não vota de jeito nenhum e quando perguntei por que, disse que achava a Dilma um poço de antipatia.

-- Mari, você está sendo influenciada pela mídia, disse eu, mas ela protestou, já que nem vinha assistindo os noticiários de TV ultimamente. Eu lembrei que nós não estávamos elegendo a Miss Simpatia, mas a presidente do Brasil, e perguntei: para tratar da sua saúde, você prefere um médico lindo, simpático e incompetente ou um feio, antipático, mas competente.

-- Mas Sonia, ela é terrorista…

-- Qual foi o ato de terrorismo praticado pela Dilma?

-- Ela assaltou banco, roubou o cofre do Ademar de Barros e matou soldados…

-- Isso é o que a imprensa diz, retruquei, mas não prova. A Dilma é muito míope, e na época não existia lente de contato e muito menos cirurgia para corrigir miopia, razão pela qual ela não podia participar de ação armada.

Foi condenada pelos militares a menos de 3 anos de prisão, pena incompatível com a das pessoas que participaram de ações desta natureza. Eu não concordo que atos contra a ditadura possam ser chamados de atos terroristas, mas ainda assim, a Dilma foi presa, torturada, condenada, cumpriu a pena que lhe foi imposta, portanto, não deve absolutamente nada. Criminosos comuns recuperam seus plenos direitos após cumprirem a pena a que foram condenados, e eu fico pensando por que razão a imprensa fica cavucando fatos acontecidos há mais de 40 anos.

-- Mas o que a Dilma fará quando tiver que ir aos EUA?

-- Ué, Dilma já foi inúmeras vezes aos EUA, com e sem o Lula. A imprensa cobriu e exibiu fotos… É o Gabeira (seu candidato) que não pode entrar nos EUA por ter participado do sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick.

Você não acha estranho que não tenha surgido nenhuma denúncia na imprensa contra o Gabeira, cujo “crime” é conhecido em prosa e verso, livro e filme, mas que tentem de todas as formas incriminar a Dilma, principalmente quando é a candidata mais bem colocada nas pesquisas? Pelo contrário, o Gabeira virou herói e a Dilma perigosa. Não lhe parece que são dois pesos e duas medidas?

A imprensa e os demo-tucanos estão fazendo com a Dilma exatamente a mesma coisa que fizeram com o Lula quando ele foi candidato e durante todo os seus dois mandatos. Agora, diante da sua aprovação, o Lula virou um cidadão acima de qualquer suspeita, e a Dilma é que é a bola da vez.

Mari ficou calada. Ia dizer o que, né? E eu completei: o Collor enganou a você, mas não a mim. Você votou duas vezes no FHC, e hoje reconhece que o governo do Lula foi infinitamente melhor. Isso não lhe diz nada?”

FONTE: escrito por Sônia Montenegro e publicado no portal “Viomundo” (http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/a-amiga-da-sonia-montenegro.html)

A LEVIANDADE CRIMINOSA DE SERRA ACUSAR DILMA FALSAMENTE


Casa de Gregório Preciado em Porto Seguro: visitas frequentes da mulher de Serra em 2002

NINGUÉM QUER SABER DA DECLARAÇÃO DE RENDA DO GREGÓRIO, CASADO COM A PRIMA DO SERRA

Se for para falar de Gregório Marim Preciado, assunto não falta, e a última coisa que vai interessar é a declaração de renda dele de 2009, feita por ele próprio, e obviamente ele não iria declarar coisas que não pode, que o embaraçasse perante o fisco. E isso demonstra o quanto é inverossímil o factóide do suposto dossiê que ninguém viu.

Ninguém precisa de mais nada que já não seja do conhecimento público. Basta refrescar a memória:

Gregório Marin Preciado é um espanhol naturalizado brasileiro, e casado com a prima de José Serra (PSDB/SP), Vicencia Talan Marin. Até aí tudo bem, não fossem os fatos:

- de ele estar sendo processado por uma dívida junto ao Banco do Brasil, perdoada irregularmente pela diretoria demo-tucana na época (Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor, ligadíssimo a José Serra);

- por um nebuloso e milionário negócio imobiliário na Ilha do Urubu, em Porto Seguro no governo anterior de Paulo Souto (DEMos/BA);

- pelo consórcio de privatização montado com o mesmo Ricardo Sérgio, levando a Previ e o Banco do Brasil a associarem-se à espanhola Iberdrola, representada por Gregório Preciado, para comprar as empresas estaduais de eletricidade COELBA (Bahia), a CELPE (Pernambuco) e a COSERN (Rio Grande do Norte);

Em 2002, Preciado já era conhecido pelo patrimônio imobiliário em Trancoso e Porto Seguro, na Bahia, e pelas amizades: família Serra, filho (o reconhecido) de FHC, e outros menos famosos.

Coincidentemente, tanto o filho de FHC como a filha de Serra tornaram-se felizes proprietários de casas de luxo na região.

Sua atividade imobiliária famosa mais recente na região envolve o escândalo da Ilha do Urubu em 2006.

Em 2002, o jornal Estado de Minas já publicava (e o Correio Braziliense reproduzia):

“Um funcionário de Preciado contou ao Estado de Minas que seu patrão é amigo do ex-ministro da Saúde. "A dona Mônica, mulher do Serra, vem sempre aqui", relatou... Em outra casa de Preciado, no centro de Porto Seguro, o filho de Serra, Luciano, teria passado o réveillon de 2001 na casa de Preciado.

Agora, a família Serra já progrediu e já passa o reveillon na mansão própria da filha em Trancoso (BA), Verônica (a "ronaldinha" de Serra), como aconteceu na virada deste ano.

A amizade de José Serra com Preciado chegou ao limite da irresponsabilidade na década de 1990 (os fatos abaixo estão narrados e documentados na denúncia do Ministério Público Federal):

- Segundo relatório da CPI do Banespa, outro ex-sócio de Serra em empresa de consultoria financeira, Vladimir Antônio Rioli (ex-vice-presidente de operações do Banespa), também beneficiou Gregório Preciato, com um empréstimo de R$ 21 milhões.

Detalhe: O próprio Gregório foi membro do Conselho de Administração do Banespa, de 1983 a 1987 (quando José Serra era secretário de planejamento de governo de São Paulo, na gestão Franco Montoro).

- Em 1993 as firmas GREMAFER e ACETO (de Gregório Preciato), tomam um empréstimo no Banco do Brasil.

Em 1994, a GREMAFER e a ACETO não tinha dinheiro para pagar as dívidas com o Banco do Brasil, mas arranjaram dinheiro para fazer doação de R$ 62.442,82 à campanha de JOSÉ SERRA ao Senado, naquele ano.

- José Serra também teve um terreno no Morumbi (bairro nobre da cidade de São Paulo) em sociedade com Gregório Preciado, comprado em 1981. Venderam o terreno em 25 de abril de 1995, coincidentemente um mês antes de o Banco do Brasil pedir o arresto do terreno na justiça para receber a dívida de Gregório Preciado. A decisão foi protocolada na Justiça em 25 de julho, mas resultou nula por causa da venda.

- Os favores a José Serra foram além das doações de campanha: o prédio da GREMAFER (mesma empresa inadimplente no Banco do Brasil) foi comitê de campanha nas eleições de 1994 (ao senado) e 1996 (a prefeito).

- Desde 1993, uma outra empresa de consultoria de José Serra, em sociedade com sua filha Verônica, denominada ACP Analise da Conjuntura Econômica e Perspectivas LTDA, sempre funcionou no prédio da firma GREMAFER (Rua Simão Álvares n. 1.020, São Paulo), de propriedade de Gregório Preciado.

- Após os favores, houve renegociação irregular da dívida, e aconteceu os dois perdões indevidos no Banco do Brasil: um prejuízo no valor de R$ 73 milhões (em dinheiro da época, sem contar a correção para o valor de hoje), uma parte em 1995, quando José Serra era Ministro do Planejamento de FHC (com influência nas nomeações da diretoria do Banco do Brasil, como de Ricardo Sérgio) e outra em 1998.

Esse "perdão" da dívida virou a ação 2002.34.00.029731-6, movida pelo Ministério Público Federal, em curso no Tribunal Regional Federal da 1a. Região (Distrito Federal).

Com tudo isso que já foi publicado na própria imprensa, no passado, quem está interessado em saber como foi feita a declaração de renda dele em 2009?”

FONTE: blog “Os amigos do Presidente Lula”

QUEM SABOTA SERRA


Eduardo Guimarães

"Assistindo às principais propagandas eleitorais de Dilma Rousseff e de José Serra no horário nobre – a cereja do bolo do horário eleitoral –, descobri quem sabota José Serra.

O homem da foto acima é Luiz Gonzalez, marqueteiro de José Serra. É sócio de Gilnei Rampazzo, marido de Eliane Cantanhêde, a eminente musa da febre amarela, que, alguns anos atrás, transformou-se na líder do antipetismo da Folha.

A última vez em que conversei com Eliane foi na sabatina dos presidenciáveis no Teatro Folha, em 2002. Estava possessa com Marta Suplicy por alguma reação dela a alguma coisa que a jornalista escreveu.

Eliane, que em troca de e-mails comigo chegou a criticar contundentemente a mídia antes de 2002, suponho que deve tratar muito de política com o marido.

Imagino-os à noite, antes de dormir, lado a lado na cama, conversando sobre os rumos da campanha de Serra. No dia seguinte, Eliane vai escrever sua intermitente coluna na página A2 da Folha de São Paulo.

Voltando aos programas eleitorais de Serra e de Dilma na noite de quinta-feira.

O de Dilma é cinematográfico. Mostra o Brasil. Mostra o que o governo Lula tem para mostrar. Serra, por sua vez, usa supostos feitos seus que ninguém sente mais porque se incorporaram à vida do brasileiro há muito tempo.

O que soa mais falso nos programas do tucano são os depoimentos de gente humilde que se lembra disto ou daquilo que supostamente conseguiu graças a programas e medidas de Serra.

Os ataques e menções venenosas à adversária rebaixam o tedioso programa do PSDB para a sucessão presidencial. Em contraposição às belas imagens e às experiências interessantes do programa da petista, o do tucano é um porre, totalmente canastrão.

Fico imaginando Cantanhêde e o marido, sócio de Gonzalez, discutindo o que ele fará no próximo programa. Deve ser alguma coisa na linha do que a parte feminina do casal faz em sua coluna na Folha…”

FONTE: escrito por Eduardo Guimarães em seu blog “Cidadania.com”

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

“Dossiê do sigilo” nasceu com filha do Serra e irmã de Dantas

Dantas e a irmã deixam o PF Hilton

Convém não comer gato por lebre.

O “dossiê do sigilo” é a mais recente tentativa de colar na Dilma uma das baixarias do Serra – a Catanhêde, na Folha (*), pág. 2, chama de “banditismo”.

No tempo em que os bichos falavam e não havia blogosfera, o Serra e o PiG (**) conseguiram, em 2006, transformar a compra de ambulâncias superfaturadas pelo Ministério da Saúde, na gestão Serra – Barjas Negri – Marcelo Itagiba na fotografia da pilha de dinheiro dos aloprados.

Com a notável colaboração do delegado Bruno (onde anda o delegado Bruno ?), uma repórter da Folha (*) e um repórter da Rede Globo.

Isso colou, na época.

Com a providencial colaboração do Ali Kamel, a Globo, na véspera da eleição no primeiro turno, ignorou a queda do avião da Gol para mostrar por 54 minutos a foto do dinheiro.

E o Ali Kamel levou a eleição presidencial para o segundo turno.

Clique aqui para ler “O primeiro golpe já houve. Falta o segundo”.

A baixaria corrente consiste em atribuir à Dilma a tentativa de abrir os dados do Imposto de Renda do Preciado.

O PT vai entrar à Justiça para flagrar Serra nesse ato de baixaria explícita.

Clique aqui para ler sobre o “tiro no pé” e sobre a inutilidade de se conhecer mais ainda sobre as atividades do senhor Preciado.

Mas, não convém chamar papagaio de meu louro.

O dossiê começou lá atrás, quando se soube que vem aí um livro bomba que descreverá os porões da privataria do Governo Serra/FHC.

E quando reacendeu a discussão sobre a sociedade da filha do Serra com a irmã do Daniel Dantas.

Clique aqui para ver os documentos que unem a filha do Serra à irmã do Dantas, numa empresa em Miami (em Miami !).

Quando soube disso, o Serra entrou em parafuso.

Correu um frio nas costas gordurosas do PiG (**) e foi esse Deus nos acuda.

Então, vamos dar os nomes aos bois.

Vamos ver onde começa essa “crise do dossiê”:


Livro desnuda a relação de Serra com Dantas.
É por isso que Serra se aloprou


Publicado pelo Conversa Afiada em 04/06/2010

A bomba explodiu no colo do Serra


O Conversa Afiada recebeu de amigo navegante mineiro o texto que serve de introdução ao livro “Os porões da privataria” de Amaury Ribeiro Jr.

É um trabalho de dez anos de Amaury Ribeiro Jr, que começou quando ele era do Globo e se aprofundou com uma reportagem na IstoÉ sobre a CPI do Banestado.

Não são documentos obtidos com espionagem – como quer fazer crer o PiG (**), na feroz defesa de Serra.

É o resultado de um trabalho minucioso, em cima de documentos oficiais e de fé pública.

Um dos documentos Amaury Ribeiro obteve depois de a Justiça lhe conceder “exceção da verdade”, num processo que Ricardo Sergio de Oliveira move contra ele. E perdeu.

O processo onde se encontram muitos documentos foi encaminhado à Justiça pelo notável tucano Antero Paes e Barros e pelo relator da CPI do Banestado, o petista José Mentor.

Amaury mostra, pela primeira vez, a prova concreta de como, quanto e onde Ricardo Sergio recebeu pela privatização.

Num outro documento, aparece o ex-sócio de Serra e primo de Serra, Gregório Marin Preciado no ato de pagar mais de US$ 10 milhões a uma empresa de Ricardo Sergio.

As relações entre o genro de Serra e o banqueiro Daniel Dantas estão esmiuçadas de forma exaustiva nos documentos a que Amaury teve acesso. O escritório de lavagem de dinheiro Citco Building, nas Ilhas Virgens britânicas, um paraíso fiscal, abrigava a conta de todo o alto tucanato que participou da privataria.

Não foi a Dilma quem falou da empresa da filha do Serra com a irmã do Dantas. Foi o Conversa Afiada.
Que dedica a essa assunto – Serra com Dantas – uma especial atenção.

Leia a introdução ao livro que aloprou o Serra:

Os porões da privataria


Quem recebeu e quem pagou propina. Quem enriqueceu na função pública. Quem usou o poder para jogar dinheiro público na ciranda da privataria. Quem obteve perdões escandalosos de bancos públicos. Quem assistiu os parentes movimentarem milhões em paraísos fiscais. Um livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou nas mais importantes redações do país, tornando-se um especialista na investigação de crimes de lavagem do dinheiro, vai descrever os porões da privatização da era FHC. Seus personagens pensaram ou pilotaram o processo de venda das empresas estatais. Ou se aproveitaram do processo. Ribeiro Jr. promete mostrar, além disso, como ter parentes ou amigos no alto tucanato ajudou a construir fortunas. Entre as figuras de destaque da narrativa estão o ex-tesoureiro de campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio de Oliveira, o próprio Serra e três dos seus parentes: a filha Verônica Serra, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marin Preciado. Todos eles, afirma, tem o que explicar ao Brasil.


Ribeiro Jr. vai detalhar, por exemplo, as ligações perigosas de José Serra com seu clã. A começar por seu primo Gregório Marín Preciado, casado com a prima do ex-governador Vicência Talan Marín. Além de primos, os dois foram sócios. O “Espanhol”, como (Marin) é conhecido, precisa explicar onde obteve US$ 3,2 milhões para depositar em contas de uma empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, homem-forte do Banco do Brasil durante as privatizações dos anos 1990. E continuará relatando como funcionam as empresas offshores semeadas em paraísos fiscais do Caribe pela filha – e sócia — do ex-governador, Verônica Serra e por seu genro, Alexandre Bourgeois. Como os dois tiram vantagem das suas operações, como seu dinheiro ingressa no Brasil …


Atrás da máxima “Siga o dinheiro!”, Ribeiro Jr perseguiu o caminho de ida e volta dos valores movimentados por políticos e empresários entre o Brasil e os paraísos fiscais do Caribe, mais especificamente as Ilhas Virgens Britânicas, descoberta por Cristóvão Colombo em 1493 e por muitos brasileiros espertos depois disso. Nestas ilhas, uma empresa equivale a uma caixa postal, as contas bancárias ocultam o nome do titular e a população de pessoas jurídicas é maior do que a de pessoas de carne e osso. Não é por acaso que todo dinheiro de origem suspeita busca refúgio nos paraísos fiscais, onde também são purificados os recursos do narcotráfico, do contrabando, do tráfico de mulheres, do terrorismo e da corrupção.


A trajetória do empresário Gregório Marin Preciado, ex-sócio, doador de campanha e primo do candidato do PSDB à Presidência da República mescla uma atuação no Brasil e no exterior. Ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público paulista – nomeado quando Serra era secretário de planejamento do governo estadual, Preciado obteve uma redução de sua dívida no Banco do Brasil de R$ 448 milhões (1) para irrisórios R$ 4,1 milhões. Na época, Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor da área internacional do BB e o todo-poderoso articulador das privatizações sob FHC.


(Ricardo Sergio é aquele do “estamos no limite da irresponsabilidade. Se der m… “, o momento Péricles de Atenas do Governo do Farol – PHA)

Ricardo Sérgio também ajudaria o primo de Serra, representante da Iberdrola, da Espanha, a montar o consórcio Guaraniana. Sob influência do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, mesmo sendo Preciado devedor milionário e relapso do BB, o banco também se juntaria ao Guaraniana para disputar e ganhar o leilão de três estatais do setor elétrico (2).


O que é mais inexplicável, segundo o autor, é que o primo de Serra, imerso em dívidas, tenha depositado US$ 3,2 milhões no exterior através da chamada conta Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova York. É o que revelam documentos inéditos obtidos dos registros da própria Beacon Hill em poder de Ribeiro Jr. E mais importante ainda é que a bolada tenha beneficiado a Franton Interprises. Coincidentemente, a mesma empresa que recebeu depósitos do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, de seu sócio Ronaldo de Souza e da empresa de ambos, a Consultatun. A Franton, segundo Ribeiro, pertence a Ricardo Sérgio.


A documentação da Beacon Hill levantada pelo repórter investigativo radiografa uma notável movimentação bancária nos Estados Unidos realizada pelo primo supostamente arruinado do ex-governador. Os comprovantes detalham que a dinheirama depositada pelo parente do candidato tucano à Presidência na Franton oscila de US$ 17 mil (3 de outubro de 2001) até US$ 375 mil (10 de outubro de 2002). Os lançamentos presentes na base de dados da Beacon Hill se referem a três anos. E indicam que Preciado lidou com enormes somas em dois anos eleitorais – 1998 e 2002 – e em outro pré-eleitoral – 2001. Seu período mais prolífico foi 2002, quando o primo disputou a presidência contra Lula. A soma depositada bateu em US$ 1,5 milhão.


O maior depósito do endividado primo de Serra na Beacon Hill, porém, ocorreu em 25 de setembro de 2001. Foi quando destinou à offshore Rigler o montante de US$ 404 mil. A Rigler, aberta no Uruguai, outro paraíso fiscal, pertenceria ao doleiro carioca Dario Messer, figurinha fácil desse universo de transações subterrâneas. Na operação Sexta-Feira 13, da Polícia Federal, desfechada no ano passado, o Ministério Público Federal apontou Messer como um dos autores do ilusionismo financeiro que movimentou, através de contas no exterior, US$ 20 milhões derivados de fraudes praticadas por três empresários em licitações do Ministério da Saúde.

O esquema Beacon Hill enredou vários famosos, entre eles o banqueiro Daniel Dantas. Investigada no Brasil e nos Estados Unidos, a Beacon Hill foi condenada pela justiça norte-americana, em 2004, por operar contra a lei.


Percorrendo os caminhos e descaminhos dos milhões extraídos do país para passear nos paraísos fiscais, Ribeiro Jr. constatou a prodigalidade com que o círculo mais íntimo dos cardeais tucanos abre empresas nestes édens financeiros sob as palmeiras e o sol do Caribe. Foi assim com Verônica Serra. Sócia do pai na ACP Análise da Conjuntura, firma que funcionava em São Paulo em imóvel de Gregório Preciado, Verônica começou instalando, na Flórida, a empresa Decidir.com.br, em sociedade com Verônica Dantas, irmã e sócia do banqueiro Daniel Dantas, que arrematou várias empresas nos leilões de privatização realizados na era FHC.


Financiada pelo banco Opportunity, de Dantas, a empresa possui capital de US$ 5 milhões. Logo se transfere com o nome Decidir International Limited para o escritório do Ctco Building, em Road Town, ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas. A Decidir do Caribe consegue trazer todo o ervanário para o Brasil ao comprar R$ 10 milhões em ações da Decidir do Brasil.com.br, que funciona no escritório da própria Verônica Serra, vice-presidente da empresa. Como se percebe, todas as empresas tem o mesmo nome. É o que Ribeiro Jr. apelida de “empresas-camaleão”. No jogo de gato e rato com quem estiver interessado em saber, de fato, o que as empresas representam e praticam é preciso apagar as pegadas. É uma das dissimulações mais corriqueiras detectada na investigação.


Não é outro o estratagema seguido pelo marido de Verônica, o empresário Alexandre Bourgeois. O genro de Serra abre a Iconexa Inc no mesmo escritório do Ctco Building, nas Ilhas Virgens Britânicas, que interna dinheiro no Brasil ao investir R$ 7,5 milhões em ações da Superbird. com.br que depois muda de nome para Iconexa S.A…Cria também a Vex capital no Ctco Building, enquanto Verônica passa a movimentar a Oltec Management no mesmo paraíso fiscal. “São empresas-ônibus”, na expressão de Ribeiro Jr., ou seja, levam dinheiro de um lado para o outro.


De modo geral, as offshores cumprem o papel de justificar perante o Banco Central e à Receita Federal a entrada de capital estrangeiro por meio da aquisição de cotas de outras empresas, geralmente de capital fechado, abertas no país. Muitas vezes, as offshores compram ações de empresas brasileiras em operações casadas na Bolsa de Valores. São frequentemente operações simuladas tendo como finalidade única internar dinheiro nas quais os procuradores dessas offshores acabam comprando ações de suas próprias empresas… Em outras ocasiões, a entrada de capital acontecia através de sucessivos aumentos de capital da empresa brasileira pela sócia cotista no Caribe, maneira de obter do BC a autorização de aporte do capital no Brasil. Um emprego alternativo das offshores é usá-las para adquirir imóveis no país.


Depois de manusear centenas de documentos, Ribeiro Jr. observa que Ricardo Sérgio, o pivô das privatizações — que articulou os consórcios usando o dinheiro do BB e do fundo de previdência dos funcionários do banco, a Previ, “no limite da irresponsabilidade” conforme foi gravado no famoso “Grampo do BNDES” — foi o pioneiro nas aventuras caribenhas entre o alto tucanato. Abriu a trilha rumo às offshores e as contas sigilosas da América Central ainda nos anos 1980. Fundou a offshore Andover, que depositaria dinheiro na Westchester, em São Paulo, que também lhe pertenceria…


Ribeiro Jr. promete outras revelações. Uma delas diz respeito a um dos maiores empresários brasileiros, suspeito de pagar propina durante o leilão das estatais, o que sempre desmentiu. Agora, porém, existe evidência, também obtida na conta Beacon Hill, do pagamento da US$ 410 mil por parte da empresa offshore Infinity Trading, pertencente ao empresário, à Franton Interprises, ligada a Ricardo Sérgio.


(1)A dívida de Preciado com o Banco do Brasil foi estimada em US$ 140 milhões, segundo declarou o próprio devedor. Esta quantia foi convertida em reais tendo-se como base a cotação cambial do período de aproximadamente R$ 3,2 por um dólar.

(2)As empresas arrematadas foram a Coelba, da Bahia, a Cosern, do Rio Grande do Norte, e a Celpe, de Pernambuco.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SE SERRA FOSSE PRESIDENTE, TERIA QUEBRADO O BRASIL PELA 4ª VEZ COM A 'MAROLINHA"(e você caro leitor estaria desempregado!)



Assista o vídeo e divulgue. É uma lição para todos nós, uma fogueira em nossos corações, um desempenar de nossas colunas vertebrais, Um levantar de rosto, confiante, seguro, daqueles que portam uma certeza invencível, uma convicção invulnerável, uma esperança que não se apagará.

Viva o povo brasileiro!” (Brizola Neto)

DOCUMENTOS PROVAM QUE ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA EXPORTAM TERRORISMO ATRAVÉS DA CIA (e sabe lá deus o que mais).


Cara... que ridículo... eu nunca posaria assim

“Um relatório sigiloso sobre terrorismo vazado pela WikiLeaks e criado pela unidade especial "Red Cell", da CIA (agência de inteligência dos EUA), cita diversos casos em que cidadãos americanos financiaram atividades terroristas.

O documento também analisa os efeitos para Washington caso os Estados Unidos passassem a ser vistos como um "exportador de terrorismo".

Datado de 5 de fevereiro de 2010, o relatório aponta que a própria CIA já admite que cidadãos americanos financiam, planejam ou participam ativamente de atentados terroristas e manifesta preocupação caso a comunidade internacional enxergue o país --que na última década lançou uma campanha global contra o terror-- como patrocinador de atividades terroristas.

"Ao contrário do senso comum, a exportação americana de terrorismo ou terroristas não é um fenômeno recente, e nem tem sido associado unicamente com radicais islâmicos ou pessoas de origens étnicas do Oriente Médio, África ou Sul da Ásia.

“Essa dinâmica desmente a crença americana de que nossa sociedade multicultural livre, aberta e integrada diminui o fascínio dos cidadãos americanos pelo radicalismo e pelo terrorismo", diz o primeiro parágrafo do relatório da CIA.

A equipe do site WikiLeaks, que já anunciara na terça-feira à noite o vazamento de um relatório secreto da CIA para quarta-feira, diz que a agência de inteligência americana cita diversos casos em que ataques perpetrados por terroristas judeus, muçulmanos e ligados ao nacionalismo irlandês eram baseados em território americano ou financiados por cidadãos dos EUA.

IMPACTOS

O texto da própria CIA, nas primeiras páginas do relatório, aponta graves consequências para Washington caso os EUA passem a ser vistos como um exportador de terrorismo. Entre elas:

 Parceiros internacionais poderiam ter menos disposição em cooperar com os Estados Unidos em atividades envolvendo extradições jurídicas, incluindo a detenção, transferência e interrogatórios de suspeitos em outros países.
 Alterando o status de "vítima de terrorismo" --o que concede aos EUA grande espaço de manobra para pressionar outras nações a extraditar cidadãos suspeitos-- para "exportador de terrorismo", outros países poderiam exigir uma política recíproca de Washington.
 Outros países poderiam exigir que os EUA concedessem informações sobre supostos terroristas ou até extraditassem cidadãos ligados a atividades terroristas. Caso o governo americano se negasse a cooperar, tais nações poderiam se recusar a entregar suspeitos procurados por Washington, afetando alianças e relações bilaterais.”

FONTE: portal UOL

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Terras para estrangeiros. A diferença entre Lula e os demotucanos

Quem mandou vender a Vale foi o Serra (segundo o FHC)


Saiu no Blog do Celso Jardim:

A diferença entre Lula e os demotucanos


A União limitou a compra de terras por estrangeiros. O presidente Lula aprovou parecer da Advocacia-Geral da União que dá nova interpretação para uma lei de 1971, impondo regras para a venda de imóveis rurais a empresas com sede no Brasil controladas por estrangeiros, o que hoje não existe.


Publicadas no “Diário Oficial da União” ontem, as novas regras já estão em vigor.


Além de autorização do Incra para adquirir imóveis rurais, as empresas comandadas pelo capital externo não podem comprar mais de 25% das terras de um município nem fazer aquisições para projetos agrícolas, pecuários e industriais se esses objetivos não estiverem nos estatutos das companhias.


Está proibida ainda a venda de terras de mais de 250 hectares a 5.000 hectares, dependendo do Estado. As empresas estrangeiras perdem assim a igualdade que tinham em relação às empresas de capital nacional.


A AGU justifica a medida dizendo que “a crise de alimentos no mundo e a possibilidade de adoção, em larga escala, do biocombustível são os novos vetores dessa abordagem estratégica da questão da propriedade de terras no Brasil”. A decisão de aprovar o parecer, porém, demorou quase dois anos.


O texto -de setembro de 2008- coincide com o início da crise global. Apesar da disposição do governo de controlar a presença estrangeira na Amazônia, avaliou-se que era preciso esperar o melhor momento para impor limites à compra de terras.


Enquanto os demotucanos, FHC, José Serra, Kátia Abreu, entre outros sempre foram favoráveis a não ter limites para a venda de terras a empresas e investidores estrangeiros, o presidente Lula limita a venda.


Celso Jardim (com informações de Fernanda Odilla)

MUDANDO O CURSO DA HISTÓRIA COM A ELEIÇÃO DE MERCADANTE

[lula_mercadante.bmp]“O significado histórico da eleição de Mercadante (PT), no estado de São Paulo, precisa ser mais bem compreendido, e melhor dimensionado, para dar a verdadeira importância histórica.

Na superfície, vemos os 16 ou 24 anos de governo do grupo demo-tucano que está aí, deixando um legado de pedágios extorsivos, alagões, cracolândias, PCC's, crise na educação, engarrafamentos e escândalos de corrupção abafados, com polpudas contas bloqueadas na Suíça.

Mas o buraco é bem mais embaixo e tem impactos em todo o Brasil.

Os governos demo-tucanos paulistas têm a visão imperialista sobre os demais estados brasileiros por um lado, e a visão subalterna de colonizados diante dos países ricos, por outro lado.

São Paulo não deve ficar entrando em guerra fiscal com estados mais pobres do Brasil, impedindo seu desenvolvimento, como fizeram Serra e Alckmin.

Quando os outros estados se desenvolvem, São Paulo também ganha com o crescimento do mercado interno, vendendo aos outros produtos fabricados em solo paulista.

Por isso, São Paulo precisa entrar em outro patamar, na fase que o presidente Lula inseriu o Brasil internacionalmente, e pensar grande. Precisa competir com os países ricos, pelos mercados da América Latina, da África, do Oriente Médio, e também conquistar mercados dentro dos próprios países ricos.

José Serra (PSDB), como relator do capítulo tributário na constituinte, usou a lei do mais forte, de maior poder político e econômico, para saquear o ICMS do petróleo, prejudicando o Rio de Janeiro, Espírito Santo e Sergipe na constituinte. Saqueou também o ICMS da eletricidade de Itaipu, prejudicando o Paraná. Não precisava fazer isso, e só teria a ganhar se não tivesse saqueado. Estes estados, todos vizinhos de São Paulo, quando enriquecem, são também mercados consumidores de produtos paulistas.

Nos governos de Alckmin e Serra, eles achavam São Paulo pequeno para ter um banco como o Banespa. Venderam para os espanhóis. Achavam SP pequeno para ter companhias de energia. Venderam a Eletropaulo para a falida AES. Achavam São Paulo pequeno para ter uma empresa de telefonia e banda-larga, com tarifas que dão e sobra para amortizar qualquer investimento. Deixaram vender a Telesp para os espanhóis.

Não por acaso, o PIB da Espanha havia passado o do Brasil na época de FHC. São Paulo foi submisso diante de Madri, de Nova York, se comportando como Colônia diante da Metrópole.

Nos anos FHC, o escritório da GM para a América Latina chegou a fechar em São Paulo e atender em Miami, sem qualquer reação dos governadores demo-tucanos.

Empresas de informática saíam de São Paulo e iam para o Chile atender toda a América Latina. Alckmin, Serra e FHC não tinham coragem de taxar os produtos e serviços vindos do Chile, dessas empresas, mas Serra se fez de "macho" para sobretaxar os produtos da Zona Franca de Manaus, barrando sua entrada em São Paulo.

A Argentina já foi um dos países mais rico do mundo, e por acomodação e relações carnais com o neoliberalismo, empobreceu, enquanto outros países enriqueceram. Se São Paulo quiser viver do passado, se acomodando com a tradição de locomotiva do Brasil, também acabará ficando para trás, porque o Brasil tem muita riqueza para ser desenvolvida em todos os estados, e comporta várias locomotivas.

São Paulo com Mercadante crescerá de dentro para fora, como o Brasil de Lula e Dilma, sem ser imperialista sobre os demais estados brasileiros, pelo contrário, aproveitando as oportunidades de crescimento do mercado interno.

São Paulo, com Alckmin, continuará pensando pequeno, com guerrinhas fiscais contra estados do Nordeste, com o Amazonas, com o Espírito Santo, com Santa Catarina, e com a visão submissa diante dos países ricos, ficará vendo passivamente o Brasil e América do Sul crescer em torno de si.

Até para a reforma tributária sair, é mais viável um pacto nacional com Mercadante. Ele não deixaria São Paulo sofrer perdas, mas não teria a visão tacanha de obstruir o desenvolvimento de longo prazo. Com Alckmin, será repeteco das discussões que já foram emperradas por ele e Serra, durante o governo Lula.

São Paulo, com Alckmin, será como aquele vizinho de família rica, que recebeu uma boa herança e, em vez de trabalhar e estudar para prosperar também, fica revoltado com os vizinhos que enriquecem, e quase tem um ataque quando vê seu vizinho operário, no fim da rua, comprar um carro parecido com o dele.”

FONTE:democracia e politica