segunda-feira, 30 de junho de 2014

Auto-crítica premonitória?

Quem vai indenizar as vítimas do terrorismo da mídia em relação à Copa?


- por Paulo Nogueira, jornalista, no Diário do Centro do Mundo
Janio de Freitas, que pertence à esquálida cota de pensamento independente da Folha, nota em seu artigo deste domingo um contraste.
Uma pesquisa mundial do Gallup coloca os brasileiros como um povo essencialmente feliz e otimista. Na imprensa, e em pesquisas dos grandes institutos nacionais, o retrato é o oposto. Somos derrotados, miseráveis, atormentados.
Janio brinca no final dizendo se sentir cansado demais para explicar, ou tentar explicar, tamanha disparidade.
Não é fácil para ele se alongar nas razões, sobretudo porque a Folha é uma das centrais mais ativas de disseminação da visão de um Brasil horroroso.
A motivação básica por trás do país de sofredores cultivada pela imprensa é a esperança de que o leitor atribua tanta desgraça – coisas reais ou simplesmente imaginárias — ao governo.
Ponto.
É a imprensa num de seus papeis mais notáveis nos últimos anos: o terrorismo.
A Copa do Mundo foi um prato soberbo para este terrorismo. A imprensa decretou, antes da Copa, que o Brasil – ou melhor: o governo — daria um vexame internacional de proporções históricas.
Em vez do apocalipse anunciado, o que se viu imediatamente após o início da competição foi uma celebração multinacional, multicolorida, multirracial.
Turistas de todas as partes se encantaram com o Brasil e os brasileiros, e a imprensa internacional disse que esta era uma das melhores Copas da história, se não a melhor.
Note o seguinte: a responsabilidade por um eventual fracasso seria atribuída pela mídia ao governo. O sucesso real, pelo que se lê agora, tem vários pais, entre os quais não figura o governo.
O melhor artigo sobre o caso veio de uma colunista da Folha que se proclamou arrependida por ter ouvido o “mimimi” da imprensa.
Ela disse ter perdido a oportunidade de passar um mês desfrutando as delícias que só uma Copa é capaz de oferecer: viagens para ver jogos, confraternizações com gente de culturas diferentes e por aí vai.
É uma oportunidade única na vida – quando haverá outra Copa no Brasil – que ela perdeu por acreditar na imprensa.
Quem vai indenizá-la? O Jornal Nacional? A Veja? O Estadão? E a tantos outros brasileiros como ela vítimas do mesmo terrorismo?
Para coroar o espetáculo, o Jornal Nacional atribuiu a histeria pré-Copa à imprensa internacional.
Pausa para rir.
Mais honesto, infinitamente mais honesto, foi o colunista JR Guzzo, da Veja – o maior mestre que tive no jornalismo, a quem tenho uma gratidão eterna e por quem guardo uma admiração inamomível a despeito de nossas visões de mundo diferentes.
“É bobagem tentar esconder ou inventar desculpas: muito melhor dizer logo de cara que a imprensa de alcance nacional pecou, e pecou feio, ao prever durante meses seguidos que a Copa de 2014 ia ser um desastre sem limites”, escreveu Guzzo em seu artigo na Veja desta semana.
“Deu justamente o contrário”, continua Guzzo. “Os 600 000 visitantes estrangeiros acharam o Brasil o máximo e 24 horas depois de encerrado o primeiro jogo ninguém mais se lembrava dos horrores anunciados durante os últimos meses.”
Bem, não exatamente ninguém: o Jornal Nacional se lembrou. Não para fazer uma reflexão como a de Guzzo – mas para colocar a culpa nos gringos.
Recorro, ainda uma vez, e admitindo minha obsessão, a Wellington: quem acredita nisso acredita em tudo.
O JN parece achar que seus espectadores são completos idiotas.

E AÍ,VOÇÊ FOI?

 
 

Tenho pena dos idiotas úteis que se deixam manipular por esse tipo de charlatão, hipócrita e falso moralista que ajudou a criar clima de terror contra a Copa, enquanto garantia sua cadeira nos estádios, junto com sua prole, certamente sem pagar nada....


sexta-feira, 27 de junho de 2014

O PLEBISCITO DE SETEMBRO PRÓXIMO


Carlos Alberto Libânio Christo, o "Frei Betto", escritor e religioso dominicano brasileiro,

Para decidir os rumos do Brasil

Por Frei Betto, no site da Adital:

"Mês que vem começa a propaganda eleitoral compulsiva e compulsória. Mais uma eleição em outubro, da qual é importante todos nós participarmos. Antes, porém, haverá algo tão importante quanto: o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana, na Semana da Pátria (1 a 7 de setembro).

Eis a ocasião de dar uma virada no jogo! Vamos responder à questão: "Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o sistema político?” Adianto aqui a minha resposta: eu sou.

Não será a primeira vez que isso acontece. Em 2002, o presidente FHC queria que o Brasil integrasse a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), monitorada pelos EUA. O povo brasileiro foi consultado em plebiscito. Foram coletados 10.234.143 votos em 46.475 urnas em todo o país. O resultado comprovou a vontade popular: 98,32% dos eleitores se manifestaram contra a entrada do Brasil na ALCA.

No mesmo plebiscito, havia outra pergunta: se o Brasil deveria ceder o território de Alcântara (MA) para os EUA instalarem uma base militar. Resultado: 98,54% votaram contra. O acordo foi anulado.

Outros plebiscitos foram convocados: em 2000, sobre a dívida externa; em 2007, sobre a privatização da Vale do Rio Doce (que só piorou após sair do controle do Estado).

A Constituição de 1988, em vigor, representa uma transição conservadora da ditadura à democracia. Teve o erro de não ser exclusiva. Foram seus formuladores os mesmos deputados e senadores eleitos para o Congresso pelo atual sistema político viciado. Por isso, preservaram muitos resquícios da ditadura, como a militarização da polícia, a estrutura fundiária favorável ao latifúndio, o pagamento da dívida pública, a injusta anistia aos torturadores e assassinos do regime militar, impunes até hoje!

A Constituinte Exclusiva e Soberana deverá ser unicameral, sem o Senado, e sem tutela do Judiciário e ingerência do poder econômico. Só através dela nosso país alcançará, de modo pacífico, as tão almejadas reformas de estruturas, como a agrária e a tributária, e priorizará a qualidade da educação, da saúde, do transporte público e de outras demandas populares.

Com essa Constituinte, proposta pelos movimentos sociais, poderemos aperfeiçoar a democracia representativa e participativa, e fortalecer o controle social sobre as instituições brasileiras.

Participe desde já! Essa é a forma e o momento de mudarmos o sistema político do Brasil, que hoje monopoliza em mãos do Congresso a convocação de plebiscitos e referendos.

Organize um Comitê Popular ou participe dos já criados em sua cidade, bairro, sindicato, movimento social ou partido político. Faça de seu computador uma arma para o aperfeiçoamento de nossa democracia! Saiba como fazê-lo e onde os comitês já atuam através destes contatos: www.plebiscitoconstituinte.org.br / facebook.com/plebiscitoconstituinte / Email: plebiscitoconstituinte@gmail.com


FONTE: escrito por Frei Betto, no site da AditalPostado no "Blog do Miro"  (http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/06/para-decidir-os-rumos-do-brasil.html#more

ALIMENTOS TRANSGÊNICOS: o DNA passa para o sangue


Mas afinal, os produtos geneticamente modificados (OGM) são seguros ou não?
Sim, é verdade: há a manipulação dos genes nas sementes, mas afinal tudo fica aí, nas sementes, nada passa para o organismo consumidor.
Será mesmo assim?

Um recente estudo (é de 2013) publicado na revista científica Plos One descobriu que a farinha derivada de fragmentos de DNA de organismos geneticamente modificados são totalmente capazes de transferir os genes directamente para a corrente sanguínea do organismo consumidor. Portanto, cai definitivamente o mito de que os alimentos OGM actuam sobre o nosso corpo da mesma forma como os alimentos naturais.
É uma análise combinada de quatro estudos independentes, envolventes mais de 1.000 amostras de humanos e equipas de pesquisadores das universidades da Hungria, Dinamarca e Estados Unidos, que examinaram o processo de assimilação dos OGM actualmente à venda e consumidos em todo o mundo. Isto inclui derivados das culturas OGM, tal como o xarope de frutose de milho (HFCS), a proteína de soja ou a carne de animais alimentados com uma dieta da OGM.

Depois de analisar os dados sobre como o corpo humano processa estes e outros tipos de OGM, as equipas descobriram que o DNA dos OGM introduzidos no nosso organismo não fica completamente decomposto (ou quebrado) durante o processo de digestão. O que seria normalmente degradado em componentes cada vez mais pequenos, até tornar-e aminoácidos e ácidos nucléicos, tem sido encontrado ainda integro. Não apenas isso, mas estes fragmentos de DNA maiores passam directamente para o sistema circulatório, atingindo, por vezes, um nível superior ao DNA humano.

Explicam os pesquisadores na apresentação do trabalho:
Com base na análise de mais de 1.000 amostras humanas de quatro estudos independentes, relatamos evidências de que fragmentos de DNA de farinha derivada do trigo são suficientemente grandes para permitir que os genes completos evitem a degradação e, através de um mecanismo desconhecido, entrem no sistema circulatório humano.
Portanto, trata-se duma descoberta fundamental que abate as alegações avançadas pela Monsanto e os outros produtores, segundo os quais os produtos transgénicos não teriam um comportamento diferente dos não-OGM no processo de digestão. A Monsanto, por exemplo, realça a "segurança alimentar" dos OGM, cujos DNA seria "totalmente digerido" e cuja "presença não representa qualquer perigo". Tudo falso.

O estudo mostra como os genes sejam transferidos com a alimentação, a partir do trato digestivo para a corrente sanguínea: o DNA dos OGM passa directamente no sangue. E a sua presença também é associada a condições inflamatórias significativas, como a doença inflamatória do intestino, o câncer colon-rectal e o adenoma.

A presença de genes transgénicos no intestino delgado influencia também a composição das bactérias "benéficas", aquelas que normalmente encontramos num indivíduo saudável e cuja função é a protecção do intestino contra os "invasores" externos, ajudando também o organismo a absorver os nutrientes dos alimentos.

Tudo isso surpreende? Na verdade não.

O novo estudo contradiz os resultados até agora disponíveis: em 2004, por exemplo, os pesquisadores Netherwood T, Martín-Orúe SM, O'Donnell AG, Gockling S, Graham J, Mathers JC e Gilbert HJ publicaram um estudo, cujo título é Assessing the survival of transgenic plant DNA in the human gastrointestinal tract ("Avaliação da sobrevivência de DNA transgénico planta no trato gastro-intestinal humano"), e nas quais conclusões podemos ler:
Como este baixos níveis de EPSPS [um enzima, ndt] na microflora intestinalnão aumentaram após o consumo da refeição de soja transgénica, podemos concluir que a transferência de genes não ocorreu durante o experimento de alimentação.
Todavia, a realidade é um pouco diferente: as actividades biológicas do OGM no corpo humano, como os alimentos transgénicos forem processados, tudo isso nunca foi alvo duma investigação tão exaustiva como seria lícito esperar. As empresas de biotecnologia argumentam que os OGM são iguais à comida natural, faltando, no entanto, evidências que possam ser consideradas imparciais, além de qualquer dúvida.
Como afirma o Professor David Suzuki, geneticista, divulgador científico e ambientalista:
Uma pequena mutação num ser humano pode determinar muito, o ponto é que, quando mexermos um gene, um único gene, dum corpo para outro, muda completamente o contexto. Não há maneira de prever como este irá comportar-se e qual será o resultado.

Ipse dixit.

POR AQUI PASSA A SOBERANIA DO BRASIL



Dilma fortalece o Brasil no pré-sal
Contratação direta da Petrobrás para explorar reservas de 15 bilhões de petróleo atende à soberania e aos interesses nacionais
Por João Antônio de Moraes, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), e Vagner Freitas, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Nesta terça-feira, 24, o governo da presidenta Dilma Rousseff deu um importante passo para a retomada da soberania nacional sobre uma das maiores reservas de petróleo do planeta, que é o pré-sal brasileiro. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a Petrobrás a explorar as reservas de óleo que excederem os cinco bilhões de barris que foram contratados em 2010 através de Cessão Onerosa feita pela União durante a capitalização da empresa.
Trata-se de uma região, cujo potencial de produção pode ser superior ao do Campo de Libra: entre 9,8 bilhões e 15,2 bilhões de barris de óleo.
O mercado e as petrolíferas privadas queriam que as áreas excedentes fossem devolvidas à Agência Nacional de Petróleo (ANP) para serem licitadas. Mas a presidenta Dilma preservou o interesse nacional e contratou diretamente a Petrobrás para explorar essas reservas estratégicas, como prevê o Artigo 12 da Lei de Partilha.
Em outubro do ano passado, a FUP e a Plataforma Operária e Camponesa para a Energia realizaram uma grande mobilização nacional para impedir o leilão de Libra, cobrando do governo que já utilizasse naquele momento esse dispositivo da Lei 12.351/2010.
Liderados pela FUP, os petroleiros realizaram uma greve sete dias, que virou símbolo de resistência e indignação contra a decisão equivocada do governo de dividir com as multinacionais o controle do maior campo de petróleo da atualidade.
A luta não foi em vão. A pressão surtiu efeito e pela primeira vez nas últimas duas décadas, a Petrobrás voltará a ter o controle integral sobre áreas estratégicas de petróleo, que nos próximos anos deverão dobrar suas atuais reservas.
Isso não acontecia desde que o PSDB e o DEM acabaram com o monopólio da estatal, criando no governo Fernando Henrique Cardoso a Lei 9.478/1997, que concedeu às empresas privadas o controle sobre o petróleo brasileiro.
Esse cenário só mudou em 2010, por pressão da FUP, da CUT, dos movimentos sociais e de outras centrais sindicais que historicamente lutam pela retomada do monopólio da Petrobrás.
O governo Lula criou uma nova legislação para exploração e produção de petróleo e gás no pré-sal e em áreas estratégicas, instituindo o Fundo Social e a Petrobrás como operadora única.
Ao longo destes quase 20 anos de desregulamentação que os tucanos impuseram ao setor petróleo, mais de 50 operadoras privadas se instalaram no país, sem qualquer comprometimento com o desenvolvimento nacional.
Além de precarizarem condições de trabalho e de agredirem o meio ambiente, as multinacionais não fizeram sequer uma encomenda à indústria local.
Foram os navios e plataformas contratados pela Petrobrás que recuperaram a indústria naval brasileira. Em função das encomendas realizadas pela estatal, nossos estaleiros voltaram a gerar empregos e investimentos, que antes do governo Lula eram canalizados para fora do país.
O setor naval, que dispunha de apenas 2.500 trabalhadores em 2002, hoje emprega mais de 80 mil e deve contratar mais 20 mil operários nos próximos três anos.
Portanto, a reação negativa do mercado financeiro e da mídia à decisão do CNPE só confirma o que a FUP e a CUT já vêm denunciando há tempos: por trás dos ataques sistemáticos à Petrobrás estão os interesses eleitoreiros e comerciais dos setores do país que tudo fazem para impedir que a empresa continue cumprindo o papel estratégico no desenvolvimento nacional, principalmente após tornar-se a operadora única do pré-sal.
A sabotagem do mercado, derrubando as ações da única petrolífera do mundo que consegue dobrar suas reservas, evidencia ainda mais a campanha ostensiva contra a Petrobrás. O que está sendo questionado, portanto, é quem deve ser beneficiado pela riqueza gerada pelo pré-sal: o povo brasileiro ou as empresas privadas.
Essa é a disputa que coloca em lados opostos os que enaltecem o modelo de concessão, herdado dos tucanos, e aqueles que lutam por avanços no sistema de partilha, que devolveu à Petrobrás o monopólio na operação de campos estratégicos de petróleo e gás. Para a FUP e a CUT, petróleo é soberania e, portanto, deve ser controlado integralmente pelo Estado.
Somente assim, os recursos gerados por essa riqueza poderão ser aplicados em políticas públicas que melhorem as condições de vida da população. Por isso defendemos uma Petrobras 100% pública.
Leia também:
Altamiro Borges: Faustão e Ronaldo disputam a Copa da Hipocrisia

Dos 32 países da Copa, Brasil foi quem mais reduziu mortalidade infantil, diz estudo

 
Entre os 32 países participantes da Copa do Mundo, o Brasil foi o que apresentou queda mais significativa dos índices de mortalidade entre crianças de até 5 anos. Preparado pela Parceria para a Saúde Materna, de Recém-Nascidos e Crianças (PMNCH), entidade que tem entre seus coordenadores a Organização Mundial de Saúde, o ranking usou como ponto de partida outra Copa, a de 1990, com sede na Itália.
No período, o Brasil reduziu em 77% as taxas de mortes de menores de 5 anos. No ano em que a Itália recebeu a Copa, a taxa brasileira era de 62 mortes por mil nascidos vivos. Atualmente, é de 14 por mil nascidos vivos. O segundo melhor desempenho é de Portugal, que apresentou uma redução de 76% nas taxas. O índice atual de mortalidade é de 4 casos por mil nascidos vivos.
Os dados gerais dos 32 países mostram que todos apresentaram uma redução nos índices de mortalidade entre menores de 5 anos, mas de forma desigual. Costa do Marfim, a última colocada no ranking, teve uma queda de 29% nas taxas, mas ainda apresenta números muito significativos. A cada mil nascimentos, 108 crianças não chegam aos 5 anos.
O ranking foi lançado ontem, quatro dias antes da realização do Fórum da PMNCH, evento que vai discutir mecanismos para melhorar condições de saúde de crianças, recém-nascidos e mulheres. “O levantamento mostra que, quando governos priorizam medidas para saúde infantil, progressos significativos podem ser alcançados”, afirmou o presidente da Associação de Pediatria da Ásia, Naveen Thacker.
“Medidas de baixo custo podem ajudar a reduzir a morte entre recém-nascidos”, garantiu Zulfiqar Bhutta, do Centro de Saúde Infantil do Canadá. Entre os exemplos citados por ele está a limpeza do cordão umbilical: a medida, garante, pode reduzir as mortes pela metade.

terça-feira, 24 de junho de 2014

A cartelização mediocrizante da notícia

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,sp-surpreende-e-conquista-estrangeiros-imp-,15161861.     TODOS os grupos de mídia fizeram a mesma cobertura negativa da Copa, com os mesmos tons de cinza, o mesmo destaque às irrelevâncias prejudicando seu próprio departamento comercial, pelo desânimo geral que chegava aos anunciantes.

2.     NENHUM grupo preparou uma reportagem sequer mostrando os detalhes de uma organização exemplar, que juntou governos federal, estadual, municipal, Ministério Público, Tribunais de Conta, Polícia Federal, Secretarias de Segurança, departamentos de trânsito. NENHUM!

3.     Depois, TODOS fazem o mea culpa e passam a elogiar a Copa no mesmo momento.

4.     Na CPMI de Carlinhos Cachoeira TODOS atuaram simultaneamente para abafar as investigações.

5.     Na do “mensalão”, TODOS atuaram na mesma direção, no sentido de amplificar as denúncias e esmagar qualquer medida em favor dos réus, até as mais irrelevantes.

6.     Na Operação Satiagraha, pelo contrário, TODOS saíram em defesa do banqueiro Daniel Dantas, indo contra a tendência histórica da mídia de privilegiar o denuncismo.

7.     No episódio Petrobras, TODOS repetiram a mesma falácia de que a presidente Maria da Graça disse que foi um mau negócio e o ex-presidente José Sérgio Gabrielli disse que foi bom negócio. O que ambos disseram é que, no momento da compra, era bom negócio; com as mudanças no mercado, ficou mau negócio. TODOS cometeram o mesmo erro de interpretação de texto e martelaram durante dias e dias, até virar bordão.

8.     No anúncio da Política Nacional de Participação Social, TODOS deram a mesma interpretação conspiratória, de implantação do chavismo e outras bobagens do gênero, apesar das avaliações dos próprios especialistas consultados, de que não havia nada que sugerisse a suspeita. Só depois dos especialistas desmoralizarem a tese, refluíram - com alguns veículos ousando alguma autocrítica envergonhada.


Uma empresa jornalística que de fato acredite no seu mercado jamais incorrerá nos seguintes erros:


1.     Trabalhar sem nenhuma estratégia de diferenciação da concorrência, especialmente se não for o líder de mercado. A Folha tornou-se o maior jornal brasileiro, na década de 80, apostando na diferenciação inteligente.

2.     Atuar deliberadamente para derrubar o entusiasmo dos consumidores e anunciantes em relação ao seu maior evento publicitário da década: a Copa do Mundo.

3.     Ousar expor de tal maneira a fragilidade do seu principal produto – a notícia -, a ponto de municiar por meses e meses seus leitores com a versão falsa de que tudo daria errado na Copa e, agora, tendo que voltar atrás. Em nenhum momento houve uma inteligência interna sugerindo que poderia ser um tiro no pé. Ou seja, acreditaram piamente nas informações falsas que veiculavam - a exemplo do que ocorreu com a maxidesvalorização de 1999.

4.     Nos casos clássicos de cartel, um grupo de empresas se junta para repartir a receita e impedir a entrada de novos competidores. No caso brasileiro, a receita publicitária cada vez mais é absorvida pelo líder – a Globo – em detrimento dos demais integrantes do grupo. Para qualquer setor organizado da economia, essa versão brasileira de cartel será motivo de piada.


Tudo isso demonstra que há tempos os grupos de mídia deixaram de lado o foco no mercado e no seu público. Não se trata apenas da perda de espaço com a Internet. Abandonaram o produto principal – a confiabilidade da notícia – para atuar politicamente, julgando estar na política sua tábua de salvação.

A sincronização de todas as ações, em todos os momentos, mostra claramente que existe uma ação articulada, centralmente planejada. Visão conspiratória? Não. Provavelmente devido ao do fato de não existirem mais os grandes capitães de mídia, capazes de estratégias inovadoras. Assim, qualquer estrategista de meia pataca passa a dar as cartas, por falta de interlocução à altura em cada veículo.

isso é mais raro de ver que cabeça de bacalhau


‘Os lucros inestimáveis da Globo com a Copa’


No site da Carta Capital, um texto analisa a relação entre a mídia e a Copa, e se fixa particularmente nos lucros da Globo.
Trechos:
“O monopólio da TV Globo sobre os direitos de transmissão do evento: o negócio para a transmissão da Copa de 2014 foi fechado há oito anos, no final de 2006. A Globo não informou o valor pago à Fifa para conquistar esse direito. Mas a parceria é antiga: desde 1970 as duas poderosas fazem acordos entre si. Para a detentora dos direitos, também não importa se o valor a ser pago é cada vez mais alto. O retorno é garantido.
Só com o que é pago pelos patrocinadores, a Globo embolsou cerca de R$ 1,44 bilhão. O preço de tabela por cota de patrocínio era de cerca de R$ 180 milhões. Adicione à conta o que o grupo ganha com a retransmissão dos jogos para outros veículos. Tal medida reforça a concentração de poder midiático deste conglomerado das comunicações, na contramão de toda a luta pela democratização da comunicação no país, transformando a principal festa do futebol mundial num grande comércio de venda de marcas e produtos e excluindo as redes públicas de comunicação de todos os países de poderem oferecer este produto em suas mídias aos seus respectivos povos.
Os serviços agregados aos direitos de transmissão dos jogos: o investimento na compra dos direitos de transmissão também volta para a empresa de mídia com uma mãozinha generosa do poder público. Um exemplo foi a festa que antecedeu o sorteio das eliminatórias da Copa, em 2011, no Rio de Janeiro. Prefeitura e Governo do Rio pagaram R$ 30 milhões para a Globo comandar o evento. Entre recursos públicos e privados, o faturamento originado por toda a divulgação da Copa chega a um valor inestimável, já que não há transparência em sua divulgação.”
Saiba Mais: Carta Capital

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Abutres, coveiros e goiabas

A campanha nacional e internacional contra o Brasil e os brasileiros disseminou três tipos de detratores do nosso país: abutres, coveiros e goiabas.


Flávio Aguiar Arquivo

A campanha nacional e internacional contra o Brasil e os brasileiros disseminou três tipos de detratores do nosso país: abutres, coveiros e goiabas.

1. Os abutres

São os mais ideológicos de todos. No plano internacional têm sido puxados por The Economist e Financial Times. Para eles o Brasil se assemelha a uma valiosa cariniça a ser saqueada. O valor da carniça aumentou muito desde as descobertas na camada atlântica do pré-sal. Muitos deles mantém uma pretensa elegância, muito própria para quem gosta de usar ternos de grife no trabalho. Seu estilo preferido é o prosaico analítico, com direito, vez por outra, a certos sarcasmos pesados, que eles vêem como mera ironia, como a de comparar a nossa presidenta a Groucho Marx. Adoram elogiar o México e a Aliança do Pacífico, como “respostas” ao Brasil e o Mercosul. No fundo, no fundo, o que queremé garantir o máximo possível de renda para o capital rentista e a parte do leão das riquezas brasileiras, passadas, presentes e futuras para ele. Às vezes animam gente mais grosseira, como no caso das vaias VIP, no Itaquerão. Mas aí começamos a entrar
 no segundo grupo.

2. Os coveiros

De um modo geral, são aqueles detratores que, no fundo, bem no fundo, acham que nasceram no país, na latitude e na longitude erradas, além do fuso horário trocado. Latitude errada: nasceram no hemisfério sul. Longitude errada e fuso horário trocado: a hora da nossa capital não é a mesma de Washington, nem de Londres, nem de Paris. Grosso modo, dividem-se em dois grupos. O primeiro simplesmente detesta o país em que nasceu. Não suporta olhar pela janela e ver bananeiras ao invés de pine trees. Detesta até ver palmeiras ao invés de palm trees. São os detratores de sempre, os que se ufanam da Europa e dos Estados Unidos e que pensam que o nosso povo é desqualificado para ser um povo. Sua abrangência é nacional, mas também aparecem alguns no plano internacional. Ouvi durante seminário recente aqui em Berlim que o Brasil é um país que não tem cultura, só tem música e samba. Não sei exatamente o que a pessoa em questão, que não era brasileira, entendia por “cultura”, “música” e “samba”, mas sei muito bem o que ela entendia por ”Brasil”: um bando de gente nu por fora e por dentro, mais ou menos como os primeiros europeus viam os índios quando chegaram para conquistá-los e dizimá-los. São e serão os coveiros de sempre. O segundo grupo pegou carona na campanha dos abutres. Gosta de falar mal do Brasil de agora, este que aí está, com pleno emprego e melhora na repartição de renda. Quer dar a volta no relógio e no calendário, nos ajustar de novo ao tempo em que pobre era miserável e miserável não era nada. Acha que pode garantir de novo os aeroportos só para si. Mas é um grupo que gosta de falar também em generalidades. Se dentro do Brasil, usa o pronome nós (“nós somos corruptos”, “nós somos violentos”, “nós somos ineficientes”, etc.), mas é um “nós” que tem o valor de “eles”, pois só vale da boca para fora.
É uma verdadeira proeza gramatical. Pois o distinto coveiro deste grupo se apresenta, explícita ou implicitamente, como uma exceção. Os estilos preferidos variam: vão do insulto grosseiro à lamentação sutil. Os coveiros deste grupo costumam ter um alvo preciso, que copiam dos abutres: no momento atual, a eleição de outubro. Já os coveiros do primeiro grupo não têm alvo preciso, a não ser o de fazer compras em Miami (alguns) ou passear de bonde ou ônibus nas capitais europeias enquanto faz campanha contra corredores de ônibus nas cidades brasileiras.

3. Os goiabas

Este é um grupo mais variegado. Seu estilo varia entre a euforia e a lamentação. Mas são plagiadores profissionais. Copiam sem restrição tudo o que lhes é servido pelos abutres e os coveiros. Repetem entusiasticamente: “o gigante acordou em junho do ano passado”. Ou chorosamente: “a Copa do Mundo no Brasil tirou dinheiro das escolas e dos hospitais”. E repetem firmes outras condenações peremptórias, como “a de que os estádios ficarão necessariamente ociosos depois da Copa”. São muito numerosos, barulhentos, tanto dentro como fora do país. Também repetem-se muito entre si mesmos, achando que estão sendo originais. Gostam de dizer que estão “mostrando o verdadeiro Brasil” ao nos detratar como um país imóvel, que não tem entrada nem saída.

Os grupos ficaram martelando – mais os coveiros, os goiabas e, mas com a reza em voz baixa a seu favor vinda dos abutres internacionais e também com as vezes a reza em voz alta dos abutres nacionais – que a Copa não ia dar certo, que seria um fracasso, que os aeroportos iam entrar em colapso, que as cidades (e o metrô de S. Paulo no dia da abertura) iriam parar, etc.

Deram com os burros n’água. Cavaram a própria cova e esqueceram de levar uma escada de saída. Ainda esperam que “algo”, alguma catástrofe, qualquer coisa, aconteça até o final da Copa. Depois deste final, vão tentar uma de duas: se o Brasil ganhar a Copa, vão dizer que o nosso povo é um bando de babacas que só sabem correr atrás da bola quando vêem uma. Se o Brasil perder, vão insistir na ideia de que o governo jogou dinheiro fora. Vamos ver o que vai acontecer.

Antes de encerrar, quero esclarecer que “abutres”, “coveiros”, “goiabas” e até “burros n’água” são apenas metáforas literárias, que não deve ser lidas literalmente. Nada tenho contra os abutres que, como os urubus, ajudam a manter a limpeza no seus espaços; nem contra a operosa classe dos coveiros, tão socialmente valiosos como qualquer outra profissão laboriosa; muito menos contra as goiabas, frutas deliciosas como tantas outras; e certamente na da contra os pacientes burros da vida real, que nada têm de burros. Burros, neste último sentido, apesar de alguns se acharem espertalhões, são os “abutres”, os “coveiros”, e os “goiabas”.

Alckimin ofusca a Copa do Mundo

GilsonSampaio

Num sensacional contra-ataque contra a Copa do Mundo, Alckimin anuncia que a famosa corrida Paris-Dakar será disputada na Cantareira.
Na ocasião do anúncio ele disse: Isso é xoki de jestão.
paris-dakar-cantareira

O panfleto dos coxinhas apartidários-nazi-tucanos

“Não insulto, mas não me dobro !”

“Fui eleita para governar de pé e de cabeça erguida”

(Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)


A presidenta Dilma, na Convenção do PT que oficializou sua candidatura, disse, em resumo:

O Brasil quer seguir mudando pelas mãos dos que já provaram tem capacidade de mudar o país.

Há onze anos mudamos o país, colocamos o povo como protagonista !

E tudo de forma pacífica !

Em pouco mais de uma década, a maior redução da desigualdade social da nossa História.

Nessa eleição, a verdade deve vencer a mentira e a desinformação !

O nosso projeto de futuro e todas as nossas realizações devem vencer os que querem voltar ao passado.

Quando assumi, o mundo era um e pouco depois era outro.

A crise mundial afetou as economias desenvolvidas, mas boa parte também do sistema político, ao aumentar o desemprego, ao abolir direitos e ao semear uma avassaladora desesperança.

Dessa vez, o nosso país não se rendeu, não se abateu nem se ajoelhou como fez diante de todas as crises do passado.

O Brasil soube defender o que é mais importante: o emprego e o salário do trabalhador.

Foi o país que melhor venceu essa batalha.

Antes, o Brasil se defendia de uma forma perversa: arrochando o salário dos trabalhadores e aumentando os juros a níveis estratosféricos, com mais desemprego, e vendendo o patrimônio público.

Eles alienavam o nosso futuro.

Não enfrentavam só a crise.

Eles alienavam o nosso futuro.

A partir do Governo Lula e do meu Governo não fizemos isso.

Não aceitamos que essa era a única saída.

60 milhões de empregos foram alienados em todo o mundo.

Aqui, criamos 21 milhões de postos de trabalho, só no período da crise.

Nos mantivemos a valorização do salário mínimo.

Consolidamos o maior programa de habitação popular.

E temos o maiores programa de obras de infra-estrutura.

Fortaleceu a Petrobras e, com isso, descobriu o pré-sal e implantou o modelo de partilha.

Esse novo Brasil implantou também o maior programa e educação profissional da nossa História.

No Pronatec: as mulheres são mais que a maioria !

A lei de cotas no serviço público e nas universidades.

Mais Médicos a 4 mil municípios.

Não fui eleita para trair a confiança do povo, nem arrochar salário do trabalhador, nem para vender o patrimônio público, para mendigar dinheiro do FMI porque não preciso e não vou colocar o país de joelhos.

Fui eleita para governar de pé e com a cabeça erguida.

O fim da miséria é só um começo.

O povo merece o melhor.

Temos uma oportunidade rara: criamos as condições para defender o que já construímos e acumulamos força.

Um ciclo de desenvolvimento vem correndo com aquele que  corria.

Manterá os dois pilares básicos de 2003: a solidez econômica e a amplitude das políticas sociais.

Dar qualidade ao emprego com desenvolvimento tecnológico e mais tecnologia.

A transformar da Educação só se consolida com a plena valorização do professor.

Começamos a fazer isso desde o Governo Lula.

E vamos acelerar quando ingressarem os 75% do petróleo do pré-sal !

O salário do trabalhador em 11 anos cresceu 75% acima da inflação.

Nós geramos mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada.

A inflação esteve nos menores níveis comparados com qualquer outro período da história recente.

Para realizar avanço na qualidade do nosso emprego.

Para melhorar a formação dos trabalhadores, implantamos o maior programa de ensino técnico da nossa História.

Até o fim desse ano vamos formar 8 milhões de pessoas.

Consolidamos o ENEM, o ProUni e o FIES, novas universidades e escolas técnicas.

Criamos o Ciência sem Fronteiras.

Quarta-feira passada, anunciei que o Pronatec vai formar mais 12 milhões – em 2108 teremos capacitado 20 milhões de brasileiros e brasileiras.

Precisamos de uma mudança radical ao mundo digital.

E uma reforma federativa.

Esse novo ciclo histórico está sendo gerado há muitos anos.

O PAC, os investimentos em infra-estrutura.

Minha Casa Minha Vida é o pilar de uma grande reforma urbana necessária, como são pilares os projetos de mobilidade.

O que está sendo usado para a Copa foi feito para o povo brasileiro !

Fomos o Governo que mais investiram em saneamento básico !

Depois que a gente pagou o FMI, a gente passou a ter o direito de escolher onde empregar o dinheiro público.

E começamos a investir em saneamento básico para combater  e a mortalidade infantil.

Hoje, o Nordeste procura e investe em abastecimento de água e estados ricos como São Paulo não fizeram o dever de casa.

Brasil sem Burocracia: nenhum país do mundo cegou ao desenvolvimento sem resolver as amarras da burocracia.

Lula já dizia: aumentaram as estruturas de fiscalização e encurtaram os meios de realização.

É porque não faziam estrada. Não precisavam fazer estradas.

Para avançar, é necessário tornar o Estado, não um Estado Mínimo, mas um estado eficiente.

Outro programa é o acesso a banda larga para todos.

Vamos promover a universalização a todos os brasileiros a internet barata e segura.

O novo Marco Regulatório para Internet foi essencial.

Vamos dar uma participação popular cidadã às decisões de Governo.

A internet e seu uso são instrumentos dessa participação.

A segurança pública é fundamental para se discutir as condições de vida nas grandes cidades brasileiras.

Precisamos de uma ampla reforma !

É preciso re-estudar e redefinir novos papeis e novas funções entre os entes federados.

Redefinir o pacto federativo.

Reforma política exige participação popular.

E desague num grande plebiscito !

A palavra chave será “oportunidade”.

Oportunidades especialmente para grupos marginalizados: as mulheres, os negros e os jovens.

As meninas podem, os jovens podem, os negros podem !

O meu desafio foi suceder uma lenda viva !

Eu preciso, sim, de mais quatro anos para poder completar uma obra à altura dos sonhos dos brasileiros.

Campanha é um ato de explicar !

Explicar como vai ser o futuro !

Campanha tem que ser uma festa de paz.

Nunca fiz política com ódio.

Quando tentaram me destruir física e emocionalmente, com o uso de violências, continuei amando o meu país.

Quem se deixa prender no ódio, faz o jogo do adversário.

Foi por isso que nos vencemos a luta pela Democracia.

Não tenho rancor de ninguém.

Não insulto, mas não me dobro.

Não agrido, mas não fico de joelhos.

Nosso campanha tem que ser uma festa do alto astral.

Abaixo o pessimismo, a mediocridade e o baixo astral.

Alegria e otimismo !

Eu estava no pátio do Presidio Tiradentes e escutei “apesar de você, amanhã vai ser outro dia”.

Sempre, a gente tem que lembrar disso.

Vejam a Copa, a Copa está dando uma goleada nos pessimistas, nos que diziam que ela não ocorreria.

Vamos amar no nosso país, a nossa camiseta verde e amarela e torcer pelo nosso time e não deixar jamais o ódio prosperar.

Vamos recolher as pedras que lançam contra e transformar em tijolos para fazer o Minha Casa Minha Vida.

Vamos recolher os xingamentos, os impropérios, as grosserias e vamos transformar em canções e versos de esperança.

Viva o Brasil, viva o povo brasileiro !

Correspondentes estrangeiros no Brasil se divertem com delírio de colunista da direita; os 12 micos da Copa até agora



Rodrigo Constantino com o Pateta, o símbolo da Copa com o “vermelho” do PT denunciado pelo colunista de Veja e o comentário de Jan Piotrowski, da revista britânica Economist, no twitter, dirigido a seu colega norte-americano Vincent Bevis, do Los Angeles Times: “Por essa lógica, a Economist, com seu logo vermelho, é porta-voz do PT”
20/06/2014 – Copyleft

Os 10 maiores micos da Copa do Mundo do Brasil
Na Copa do Mundo do Brasil, foram embora pro chuveiro mais cedo aqueles que torceram pelo fracasso do país. Confira alguns micos da elite e da mídia.
Najla Passos, na Carta Maior
A Copa do Mundo do Brasil ainda não passou da primeira fase, mas já são fartas as gafes, foras e barrigadas do mundial, especialmente fora do campo. 
 
E, curiosamente, elas nada têm a ver com as previsões das “cartomantes do apocalipse” que alardeavam que o país não seria capaz de organizar o evento e receber bem os turistas estrangeiros. Muito pelo contrário.
Os estádios ficaram prontos, os aeroportos estão funcionando, as manifestações perderam força, os gringos estão encantados com a receptividade brasileira e a imprensa estrangeira já fala em “Copa das Copas”. 
 
Confira, então, os principais micos do mundial… pelo menos até agora!
1 – O fracasso do #NãoVaiTerCopa
 
Mesmo com o apoio da direita conservadora, da esquerda radicalizada, da mídia monopolista e dos black blocs, o movimento #NãoVaiTerCopa se revelou uma grande falácia. As categorias de trabalhadores que aproveitam a visibilidade do evento para reivindicar suas pautas históricas de forma pacífica preferiram apostar na hashtag #NaCopaTemLuta, bem menos antipática e alarmista. E os que continuaram a torcer contra o evento e o país, por motivações eleitoreiras ou ideológicas, amargam o fracasso: políticos perdem credibilidade, veículos de imprensa, audiência e o empresariado, dinheiro!


2 – A vênus platinada ladeira abaixo
Desde os protestos de junho de 2013, a TV Globo vem amargando uma rejeição crescente da população. E se apostava no #NãoVaiTerCopa para enfraquecer o governo, acabou foi vendo sua própria audiência desabar. Uma pesquisa publicada pela coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, com base em dados do Ibope, mostra que no jogo de abertura da Copa de 2006, na Alemanha, a audiência da Globo foi de 65,7 pontos. No primeiro jogo da Copa de 2010, na África do Sul, caiu para 45,2 pontos. Já na estreia do Brasil na Copa, neste ano, despencou para 37,5 pontos.

 
3 – #CalaABocaGalvão

Principal ícone da TV Globo, o narrador esportivo Galvão Bueno é o homem mais bem pago da televisão brasileira, com salário mensal de R$ 5 milhões. Mas, tal como o veículo que paga seu salário, está com o prestígio cada vez mais baixo. Criticar suas narrações virou febre entre os fãs do bom futebol. E a própria seleção brasileira optou por assistir os jogos da copa pela concorrente, a TV Band. O movimento #CalaABocaGalvão ganhou ainda mais força! O #ForaGlobo também!


4 – A enquadrada na The Economist
A revista britânica The Economist, que vem liderando o ranking da imprensa “gringa” que torce contra o sucesso do Brasil, acabou enquadrada por seus leitores. A reportagem “Traffic and tempers”, publicada no último dia 10, exaltando os problemas de mobilidade de São Paulo às vésperas de receber o mundial, foi rechaçada por leitores dos EUA, Japão, Holanda, Inglaterra e Argentina, dentre vários outros. Em contraposição aos argumentos da revista, esses leitores relataram problemas muito semelhantes nos seus países e exaltaram as qualidades brasileiras, em especial a hospitalidade do povo.
5 – O assassinato da semiótica
 
Guru da direita brasileira, o colunista da revista Veja, Rodrigo Constantino, provocou risos com o texto “O logo vermelho da Copa”, em que acusa o PT de usar a logomarca oficial do mundial da Fifa para fazer propaganda subliminar do comunismo. Virou chacota, claro. O correspondente do Los Angeles Times, Vincent Bevins, postou em seu Twitter: “Oh Deus. Colunista brasileiro defendendo que o vermelho 2014 na logo da Copa do Mundo é obviamente uma propaganda socialista”.  Seus leitores se divertiram usando a mesma lógica para apontar outros pretensos ícones comunistas, como a Coca-Cola (lol)!
6 – A entrevista com o “falso” Felipão
 
Ex-diretor da Veja e repórter experiente, Mário Sérgio Conti achou que tivesse tirado a sorte grande ao encontrar o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, em um voo comercial, após o empate com o México. Escreveu uma matéria e a vendeu para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo, que a publicaram com destaque. O entrevistado, porém, era o ator Wladimir Palomo, que interpreta Felipão no programa humorístico Zorra Total. No final da conversa, Palomo chegou a passar seu cartão à Conti, onde está escrito: “Wladimir Palomo – sósia de Felipão – eventos”. Mas, tão confiante que estava no seu “furo de reportagem”, o jornalista achou que era uma “brincadeirinha” do técnico…

 
7 – A “morte do pai” do jogador marfinense
 
O jogador da costa do Marfim, Serey Die, caiu no choro quando o hino do seu país soou no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Imediatamente, a imprensa do Brasil e do mundo passou a noticiar que o pai dele havia morrido poucas horas antes. A comoção vias redes sociais foi intensa. O jogador, porém, desmentiu a notícia assim que pode. Seu pai havia morrido, de fato. Mas há dez anos. As lágrimas se deveram a outros fatores. “Também pensei no meu pai, mas é por tudo que vivi e por ter conseguido chegar a uma copa do mundo”, explicou.

8 – “Vai pra casa, Renan!”
 
Cheio de boas intenções, o estudante Renan Baldi, 16 anos, escolheu uma forma bastante condenável de reivindicar mais saúde e educação para o país: cobriu o rosto e se juntou aos black block paulistas para depredar patrimônio público na estreia do mundial. Foi retirado do meio do protesto pelo pai, que encantou o país ao reafirmar seu amor pelo filho, mas condenar sua postura violenta e antidemocrática. A hashtag #VaiPraCasaRenan fez história nas redes sociais!
9 – O fiasco do “padrão Fifa”
 
Pelos menos 40 voluntários da Copa em Brasília passaram mal após consumir as refeições servidas pela Fifa, no sábado (14), um dia antes do estádio Mané Garrincha estrear no mundial com a partida entre Suíça e Equador. Depois disso, não apareceu mais nenhum manifestante desavisado para pedir saúde e educação “padrão Fifa” no país!

10 – Sou “coxinha” e passo recibo!
Enquanto o Brasil e o mundo criticavam a falta de educação da “elite branca” que xingou a presidenta Dilma no Itaquerão, a empresária Isabela Raposeiras decidiu protestar pela causa oposta: publicou no seu facebook um post contra o preconceito e a discriminação dirigidos ao que ela chamou de “minoria de brasileiros que descende da elite branco-europeia”. “Não sentirei vergonha pelas minhas conquistas, pelo meu status social, pela minha pele branca”, afirmou.  Virou, automaticamente, a musa da “elite coxinha”.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

PETROBRAS: ÚNICA NO MUNDO A EXTRAIR MAIS PETRÓLEO

:
A estratégia da Petrobras em centrar esforços na extração e produção de petróleo é um sucesso global. Nos últimos seis anos, de acordo estudo divulgado pela consultoria britânica Evaluate Energy, a estatal brasileira foi a única empresa entre as "majors" – como são conhecidas as gigantes do seto – a aumentar sua própria produção de petróleo. E foi um salto e tanto. De 1,9 milhão de barris/dia, em média, extraídos em 2007, no ano passado a companhia atingiu a marca de R$ 2,05 milhões de barris/dia.
A informação sobre a estratégia central de buscar mais produção tem sido manifestada pela presidente da estatal, Graça Foster, e conta com o aval da presidente Dilma Rousseff. O crescimento da produção da Petrobras tem relação direta com o sucesso do pré-sal, de onde, em alto mar, com tecnologia nacional, a companhia extraiu, apenas no dia 9 de junho, 480 mil barris/dia. O número é recorde histórico. Até aqui, porém, as marcas de produção do pré-sal estão sendo batidas sucessivamente.
Abaixo, notícia distribuída pela assessoria da Petrobras a respeito do ranking global de produção de petróleo:
Petrobras é a única entre as majors a registrar aumento de produção de
petróleo em seis anos
Produção no pré-sal bate novo recorde
A Petrobras é a única empresa de petróleo a apresentar aumento de produção nos últimos seis anos, comparada às outras majors (grandes operadoras de petróleo) da indústria mundial, segundo a conceituada consultoria britânica Evaluate Energy, especializada em pesquisas e estudos do setor de óleo e gás. A produção de petróleo da companhia brasileira cresceu da média de 1 milhão 918 mil barris de petróleo por dia (bpd), em 2007, para 2 milhões e 59 mil bpd, em 2013, um aumento de cerca de 140 mil barris por dia, considerando os campos operados no Brasil e no exterior.
Esse resultado é fruto dos investimentos maciços da companhia nas atividades de exploração e desenvolvimento da produção nos últimos anos. E a previsão é que a Petrobras chegue ao final de 2014 com um crescimento de 7,5 % em relação a 2013, com margem de tolerância de 1 ponto percentual para mais ou para menos.
Produção no pré-sal
O ritmo acelerado da produção na província do pré-sal – que vem batendo recordes sucessivos nos últimos meses - comprova o acerto dessa estratégia de investimentos. No último dia 9 de junho, por exemplo, a produção de petróleo nessa província ultrapassou o patamar de 480 mil bpd nos campos operados pela companhia nas Bacias de Campos e Santos, o que representa um novo recorde de produção diária.
Esse patamar de produção foi atingido apenas oito anos após a descoberta do primeiro campo na camada pré-sal, em 2006, com a contribuição de apenas 24 poços produtores, dos quais nove na Bacia de Santos e os demais na Bacia de Campos.
O novo recorde se deve à entrada em operação do poço CRT-49, interligado à plataforma P-48, no campo de Caratinga, na Bacia de Campos. Trata-se do segundo poço do pré-sal conectado a essa plataforma, que foi concebida e instalada originalmente para produzir apenas a partir de acumulações do pós-sal.
A performance do poço CRT-49, cuja produção no dia do recorde foi de 19 mil barris diários, comprova a boa produtividade dos reservatórios do pré-sal localizados nas áreas que já contam com plataformas inicialmente instaladas para a extração de petróleo dos reservatórios do pós-sal da Bacia de Campos.
A expectativa da Petrobras é ultrapassar a emblemática marca de meio milhão de barris diários de produção na camada pré-sal em algumas semanas, com a entrada em operação de novos poços localizados na Bacia de Santos.
Novas plataformas
Em 2013 a Petrobras concluiu a construção de oito novas Unidades Estacionárias de Produção (UEPs), além da plataforma de apoio à perfuração Tender Assisted Drilling (TAD) para o campo de Papa-Terra. Dessas unidades de produção, cinco iniciaram as operações ainda em 2013: o FPSO Cidade de São Paulo, no campo de Sapinhoá; e o FPSO Cidade de Paraty, no campo de Lula, ambas no pré-sal da Bacia de Santos; o FPSO-Cidade de Itajaí, no campo de Baúna, no pós-sal da Bacia de Santos; e as plataformas P-63, no campo de Papa-Terra, e P-55, no campo de Roncador, ambas no pós-sal da Bacia de Campos.
No começo de 2014, já foram postas em operação as plataformas P-58, no chamado Parque das Baleias; e P-62, no campo de Roncador, ambas na Bacia de Campos. No terceiro trimestre deste ano será instalada a P-61, associada à TAD, no campo de Papa-Terra. Ainda no segundo semestre, serão instalados, também, os FPSOs Cidade de Mangaratiba, no campo Lula/Iracema, e Cidade de Ilhabela, no campo de Sapinhoá, no pré-sal da Bacia de Santos.
Com a entrada em operação dessas onze unidades a Petrobras acrescentará à sua capacidade instalada de produção 1 milhão e 300 mil barris de óleo por dia – dos quais a parcela de 1 milhão e 4 mil bpd é própria da Petrobras e 296 mil bpd, de seus parceiros.
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lição aos vira latas


quinta-feira, 12 de junho de 2014

OAB repudia atitude de Barbosa contra advogado de Genoino



NOTA DE REPÚDIO

Para a OAB, o presidente do STF não é intocável e deve explicações à advocacia brasileira
Nota do Conselho Federal da OAB, via e-mail, sugerido por Antônio David 
A diretoria do Conselho Federal da OAB repudia de forma veemente a atitude do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, que expulsou da tribuna do tribunal e pôs para fora da sessão mediante coação por segurança o advogado Luiz Fernando Pacheco, que apresentava uma questão de ordem, no limite da sua atuação profissional, nos termos da Lei 8.906.
O advogado é inviolável no exercício da profissão. O presidente do STF, que jurou cumprir a Carta Federal, traiu seu compromisso ao desrespeitar o advogado na tribuna da Suprema Corte. Sequer a ditadura militar chegou tão longe no que se refere ao exercício da advocacia.
A OAB Nacional estudará as diversas formas de obter a reparação por essa agressão ao Estado de Direito e ao livre exercício profissional. O presidente do STF não é intocável e deve dar as devidas explicações à advocacia brasileira.

Os interesses que estão por trás da Copa


segunda-feira, 9 de junho de 2014

pautando a globo


Economist: hegemonia da Globo não tem comparação no mundo!


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Essa matéria da Economist faz algumas comparações arrepiantes entre o tamanho da Globo no Brasil e o tamanho das principais TVs norte-americanas.
Arrepiante por duas razões: 1) eu, que escrevo há anos sobre mídia, nunca tive acesso a essa informação; 2) agora temos noção melhor do papel nocivo da Globo na democracia brasileira.
A parte da reportagem que mais me interessou, como eu disse acima, foi a comparação entre Brasil e EUA, feita nos dois primeiros parágrafos. Eu mesmo traduzo:
Quando a Copa do Mundo começar no dia 12 de junho, dezenas de milhões de brasileiros irão assistir às festas na TV Globo, o principal canal aberto da televisão do país. Mas para a Globo será apenas mais um dia de grande audiência. Não menos que 91 milhões de pessoas, pouco menos da metade da população, passa pelo canal durante o dia: o tipo de audiência que, nos EUA, acontece apenas uma vez ao ano, e apenas para o canal que ganha o direito, naquele ano, de exibir o Super Bowl, o jogo dos campeões do futebol americano.
A Globo é certamente a empresa mais poderosa do Brasil, dado o seu alcance em tantos lares. O seu concorrente mais próximo, a Record, tem uma audiência de apenas 13%. O canal de TV mais popular dos Estados Unidos, a CBS, tem apenas 12% da audiência durante o horário nobre, e seus principais concorrentes oscilam em torno de 8%.
(…)
Em outro trecho da matéria, comenta-se o poder da Globo de moldar comportamentos no Brasil. “Seus programas também moldam a cultura nacional”. Não é assustador que esse poder fique concentrado em mãos de uma só empresa, de uma empresa que, por sua vez, consolidou-se na ditadura e que uma postura fortemente partidária e ideologizada?
A revista comenta que, em outros países latino-americanos, como na Argentina e no México, os governos estão combatendo o excesso de poder da mídia, mas o “governo brasileiro é mais dócil em relação aos proprietários de mídia”.
Repare que a Economist não faz qualquer reparo “antibolivariano”, tanto que ela toma o cuidado de citar um governo de esquerda (Argentina) e um de direita (México).
E aí, Dilma, agora entende porque precisamos de uma lei para dar fim a esse monopólio? A hegemonia da Globo já está causando estranheza internacional!
O mundo está olhando mais para nosso país e uma das coisas que o tem surpreendido negativamente é a concentração midiática, que é uma faceta de nosso atraso cultural e político.
Afinal, queremos ou não ser um país democrático?

Folha faz vandalismo ! EUA são a maior ameaça !

Saiu no site Muda Mais:

Foi a falta d’água em São Paulo que controlou a inflação?! Aí já é vandalismo!



Galera, vamos botar os pingos nos is agora.

Se considerarmos que:

1) A Grande São Paulo sofre com falta d’água crônica como resultado da péssima administração da Sabesp (e, por favor, quem acha que a Sabesp fez um bom trabalho em 20 anos de governo tucano, manifeste-se e prove!).

2) A população de São Paulo é refém dessa péssima administração, e não tem informação transparente a respeito do racionamento de água que ocorre, sim, na região abastecida pelo sistema Cantareira.

3) A despeito do que saiu hoje na grande imprensa, a inflação caiu, sim, senhores, e foi puxada para baixo pelo preço dos alimentos.

Queremos entender como é possível uma reportagem da seção de economia de um grande jornal dizer que o racionamento de água em São Paulo foi um fator positivo e que contribuiu para a queda da inflação?

Como é possível argumentar que a falta de água em São Paulo é positivo a ponto de resolver os problemas (sic) de controle de inflação do governo federal?

Gente, menos. Bem menos. Canonizar tucano incompetente e culpar um governo que manteve a economia em patamares acima da média mundial é muito incoerente. Sem contar que nessas horas a primeira a se retirar é a isenção jornalística.

#ficadica
Navalha
Em tempo: a Fel-lha de SP (não se aproxime dela, por causa do mau hálito que provém da bílis) está aflita para saber quem é o “Muda Mais”. O Conversa Afiada sabe, mas preserva o sigilo da fonte…
Em tempo2: neste domingo, a Fel-lha de SP extrapolou: o caderno “mercado” tem a seguinte apavorante manchete: “Na Copa, EUA são o maior risco ao Brasil ! – Visitantes americanos podem trazer ao país até 225 espécies de praga inexistentes aqui” … ! Nenhuma praga, porém, será mais nociva do que a Fel-lha !

Paulo Henrique Amorim

Precisamos falar sobre a Globo

dilma-globo
Está num artigo da Economist sobre a Globo. A revista diz que o governo trata a Globo com “docilidade”.
Tenho minhas restrições ao tom professoral da Economist ao falar do Brasil. Ora, se as fórmulas da revista fossem tão boas assim, o Império Britânico estaria mais vigoroso que nunca ainda hoje.
Notemos também que, a rigor, a Economist não tem sido capaz de resolver sequer os próprios problemas, quanto mais os da humanidade. Na Era Digital, a Economist é uma fração do que foi.
Feitas todas essas ressalvas, a revista acertou em cheio ao usar a palavra “docilidade”.
Nenhuma democracia pode conviver com tamanha concentração em um grupo de mídia. Nas contas da Economist, as Organizações Globo falam com 91 milhões de brasileiros.
Sabemos bem – a rigor, a Globo sempre disse o que diz hoje – que tipo de informação é passada aos brasileiros.
Tudo que beneficia o povo é uma “tragédia” – como o Globo definiu em sua primeira página o 13.o salário outorgado por João Goulart pouco antes do golpe militar.
A Globo faz mal ao Brasil, numa palavra. Mais especificamente: à ideia um Brasil socialmente justo. O Brasil da Globo é este que conhecemos, repleto de desvalidos em favelas e com os Marinhos no topo das famílias mais ricas do país.
Dada sua força, a Globo é a Bastilha brasileira, o símbolo da iniquidade. Para que a França avançasse, a Bastilha teve que ser derrubada. Para que o Brasil avance, a Globo tem que ser enquadrada.
Enquanto a Globo for deste tamanho, o Brasil continuará, essencialmente, o mesmo.
Enquadrar a Globo esbarra exatamente na “docilidade” do governo. Das administrações petistas, sublinhemos.
Porque antes você teve duas situações. Na primeira, durante a ditadura, a Globo fazia vassalagem e era recompensada majestosamente com mamatas indecentes.
Depois, com o fim da ditadura, a Globo passou de vassala a senhora. De Collor a FHC, todos os presidentes se ajoelharam para Roberto Marinho e para a Globo.
Com isso, a Globo conseguiu o milagre de sobreviver, ainda mais forte, àquilo que a fez ser o que é: a ditadura.
Esperava-se que o PT mudasse isso. Mas não foi o que ocorreu – ainda que fosse uma ação vital não para o partido em si, mas para a sociedade.
O PT foi dócil desde o início, sabe-se lá por quê. Pragmatismo, prudência, numa visão mais positiva. Medo, numa visão mais severa.
A docilidade se manifestou logo. A Carta aos Brasileiros, com a qual Lula se comprometeu a seguir as diretrizes básicas de FHC, teve as digitais de João Roberto Marinho, da Globo.
Pouco depois, em outro momento icônico, Lula compareceu ao enterro de Roberto Marinho, e lhe fez um elogio fúnebre.
Uma pequena medida de como as coisas se complicaram nas relações PT-mídia é que Dilma não compareceu ao enterro de Roberto Civita.
Mas Dilma também contribuiu para a dose de docilidade ao não trazer para o debate a regulação da mídia. Seu governo ficou marcado pela tese indefensável de que o controle remoto serve para lidar com a mídia.
Houve também o “republicanismo” na distribuição de verbas de propaganda do governo federal. O “republicanismo” carregou 6 bilhões de reais para a Globo em dez anos, a despeito de audiências cada vez menores.
Há detalhes difíceis de engolir neste “republicanismo” todo. Dias atrás, o portal ig publicou um artigo segundo o qual a Caixa Econômica Federal vai investir apenas 1% em publicidade nos meios digitais em 2013. Nem 2% e nem 3%: 1%.
Isso quer dizer que 99% da verba da Caixa terminam em mídias que rotineiramente massacram o governo. “Republicanismo” ou, como muitas pessoas dizem, “Síndrome de Estocolmo”?
É dentro desse quadro que Lula tem falado na campanha de desinformação promovida pela mídia. Coisas boas do governo Dilma, ou dele próprio, são ignoradas. Coisas ruins –reais ou imaginárias – são sublinhadas.
Entre os que reconhecem na concentração da mídia um enorme obstáculo ao avanço social brasileiros as palavras de Lula causam uma certa irritação. Ora, por que ele não fez nada a esse respeito em seus dois mandatos? Essa é uma das questões que um dia Lula terá que enfrentar.
Para regular de verdade a mídia, você tem que mexer no problema central: a Globo.
É o que Christina Kirchner fez com o Clarín, numa luta épica em que ela foi diariamente atacada sem jamais ceder. É o que o governo conservador do México está fazendo também com a Televisa.
No Brasil, sem que o caso Globo seja enfrentado, falar em regulação será pouco mais que jogo de cena.
Apenas para registro, até os militares começaram a ficar inquietos, num determinado momento, com o tamanho da Globo, porque isso poderia representar um Estado dentro do Estado.
O Brasil precisa, mais que nunca, de um estadista que diga aos brasileiros, com clareza e espírito público: “Precisamos falar sobre a Globo”.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O BRASIL QUE ME ENVERGONHA É O DA GRANDE MÍDIA


O BRASIL QUE ME ENVERGONHA NÃO É O DA COPA; É SIM O DA GRANDE MÍDIA

Por WASHINGTON ARAÚJO

"O 'Datafolha' me pergunta se tenho orgulho ou vergonha da Copa. Tenho muito orgulho da Copa. Tenho vergonha - e muita - da "mídia gangster" que nós temos

Tenho muito orgulho da Copa. Assim como tenho orgulho do Brasil. Entendo que não vivemos no melhor dos mundos, mas é ridículo querer que o Brasil seja melhor sem que nós mesmos nos esforcemos para sermos melhores pessoas, melhores cidadãos, melhores brasileiros. Aqueles que têm vergonha do país provavelmente entendem que o Brasil pode ser melhor apenas por um ato de governo ou mediante simples decreto presidencial, como se 500 anos de atraso fossem apagados em pouco mais de década.

Tenho vergonha - e muita - da "mídia gangster" que nós temos, com os interesses escusos do submundo que ela representa, sufocando a pluralidade de pensamento, agindo como cartel da informação, desestabilizando governos eleitos democraticamente, atuando para manter seu monopólio que trata notícia com mercadoria, negociando favores que nem mesmo pode noticiar, sonegando impostos milionários e nunca atendendo aos muitos pedidos para que apresente o DARF.

Disso tenho vergonha. Muita vergonha mesmo.

Tenho vergonha de gente como Ronaldo, um fenômeno de mau caratismo: passou dois anos lucrando com sua imagem associada à organização da Copa 2014, deu entrevistas muitas, desancou Romário por ser ideologicamente contra a Copa e, assim sem mais nem menos, para continuar faturando com a Globo e a grande imprensa, deu uma de moleque, fazendo o jogo da grande imprensa e dos seus black blocs e grupos do tipo "#nãovaitercopa".

Tenho vergonha da manipulação grosseira e contínua de nossa imprensa que, ao sentir que agora teremos sim uma lei para regular seus excessos, conforme estipula a Constituição de 1988, resolve inviabilizar a Copa do Brasil como jogada política para desestabilizar o Governo.

Disso também tenho vergonha. Muita vergonha mesmo.

Tenho vergonha de pessoas como Luciano Huck por lucrar com a miséria das pessoas que vão buscar seu apoio para mobiliar uma casa, recauchutar um carro velho, conseguir internação em hospitais. Vergonha porque não imagino alguém ser feliz às custas de emoções de gente sofrida. Vergonha por seu senso de oportunismo doentio: vender camisetas com bananas surfando na agressão ao Daniel Alves foi a gota d'água.

Tenho vergonha de uma imprensa venal que idolatra um ministro como Joaquim Barbosa que mostrou ser vingativo, autoritário, preconceituoso, grosseiro, chiliquento e injusto, insultou e agrediu seus pares no Supremo Tribunal Federal, mandou um jornalista honesto ir chafurdar no lixo, desacatou todos os advogados do país e todos os magistrados com decisões [partidárias] absolutamente à margem das leis, interferiu em Vara de Execuções Penais e se deixou ludibriar pelo brilho fugaz dos holofotes, como se ele pudesse pairar acima das leis.

Tenho vergonha (alheia) de Joaquim Barbosa que, ao anunciar sua aposentadoria do STF, obedece apenas ao seu doentio orgulho - não aceita ser presidido por um de seus muitos desafetos na Corte, o ministro Ricardo Lewandowski. E age assim apenas pela certeza que tem que, sob qualquer presidência sensata do STF, suas decisões ditatoriais terão que ser revogadas de imediato.

Também tenho vergonha de quem nunca se posiciona sobre nada, prefere o conformismo do ficar eternamente em cima do muro e ainda encontra forças para escancarar que quer, agindo assim, mudar o mundo. A mesma vergonha dos que, desejando estar sempre bem na foto, concordam com tudo e todos, mesmo que tudo e todos representem ideias e pensamentos imensamente distintos".

TOMAR POSIÇÃO É EXTENSÃO DO ATO DE PENSAR."


FONTE: escrito por WASHINGTON ARAÚJO no jornal on line "Brasil 247"