segunda-feira, 30 de abril de 2012

“EIXO CAPRICÓRNIO” LIGA DOIS OCEANOS POR FERROVIA


Do jornal Valor

“Um corredor ferroviário que liga portos do Atlântico e do Pacífico e uma nova ponte binacional Brasil-Paraguai são os principais projetos do “Eixo Capricórnio”, que se desenvolve em torno do trópico de mesmo nome e inclui aportes na Argentina, Bolívia e Chile. São cinco projetos estruturantes, com 18 obras, e investimentos de US$ 3,4 bilhões.

No Brasil, a área de influência do eixo compreende o Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Junto com os países vizinhos, compreende 50 milhões de habitantes ou 19% da população total dos territórios envolvidos.

Segundo Francisco Luiz Baptista da Costa, diretor de planejamento do Ministério dos Transportes do Brasil, a ideia da via ferroviária bioceânica Paranaguá-Antofagasta (Chile) já é antiga e gerou em 2007 um grupo de trabalho com representantes da Argentina, Chile, Brasil e Paraguai. Uma nova reunião dos representantes dos países está marcada para julho, em Santiago.

“A meta é permitir o escoamento de cargas agrícolas e industriais do interior sul-americano pelo Oceano Atlântico ou pelo Pacífico”, afirma Costa, um dos participantes do “Fórum de Infraestrutura da América do Sul-8 Eixos de Integração”, realizado na FIESP. “O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou um estudo de viabilidade do projeto, concluído no ano passado, com as necessidades de investimentos e o potencial de carga que pode ser atraído para a ferrovia”.

O projeto, que não inclui o transporte de passageiros, é composto por nove obras que incluem a reabilitação de estradas de ferro já existentes, a execução de novos trechos no percurso e a otimização de pontes e parques de cargas. Atualmente, 92,4% dos 74,8 mil quilômetros da rede ferroviária dos países do Eixo Capricórnio são operacionais, mas há sistemas deteriorados. No total, o corredor bioceânico tem extensão de 3,5 mil quilômetros, e conclusão prevista para 2020.

Para finalizar a obra, o governo do Paraguai investe na construção de uma ferrovia de 503 quilômetros, de Puerto Franco, em Ciudad del Este, a Pilar, capital do departamento de Ñeembucú. “O objetivo é proporcionar melhor conexão entre Brasil, Paraguai e Argentina”, explica o vice-ministro de Transportes do Paraguai, Luis Pereira.

A “Agência Internacional de Cooperação Coreana” (Koica) elabora o estudo de viabilidade e o projeto de engenharia da obra, diz o arquiteto Luis Añazco, do Ministério de Obras Públicas do Paraguai. O investimento no trecho está avaliado em US$ 1 bilhão.

Para Sérgio Ricardo Fonseca, da gerência de novos negócios da construtora Camargo Correa, os governos federais envolvidos nas obras precisam definir, com mais rapidez, os modelos de concessão para atrair investidores. “O Eixo Capricórnio é uma das regiões mais atraentes para o setor de infraestrutura, mas o desafio é determinar se os projetos serão concessões públicas ou PPPs (parcerias público-privadas).

A empresa brasileira já trabalha com o governo paraguaio em um poliduto para o transporte de óleo diesel, gasolina, etanol e óleo da capital federal ao porto de Paranaguá. A novidade prevê aportes de até US$ 3 bilhões.

Segundo Rodney Carvalho, diretor de infraestrutura da Odebrecht para Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai, o trecho ferroviário paraguaio, dedicado apenas para cargas, tem perfil de projeto privado. “Falta aos governos explicar que marcos regulatórios serão usados para tirar as obras do papel.”

Outra construção importante do Eixo Capricórnio é a Ponte Porto Presidente Franco-Porto Meira, com 720 metros de extensão e 19 metros de largura. A segunda ligação internacional sobre o rio Paraná fica a sete quilômetros da Ponte da Amizade e tem como objetivo melhorar a conexão entre o Brasil e o Paraguai, com o descongestionamento do tráfego na ponte antiga.

A nova ponte estaiada, avaliada em US$ 80 milhões, vai ganhar controles de fronteira. O projeto foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento e o edital de licitação deve ser divulgado ainda neste semestre. O prazo para conclusão da obra é 2014.”

FONTE: publicado no jornal “Valor Econômico”

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Globo, Abril e Folha se unem contra CPI da mídia

Globo, Abril e Folha se unem contra CPI da mídiaÓia a cara do PILANTRA MARINHO!!!!

Foto: Folhapress_Divulgação

Principais grupos de comunicação fecham pacto de não agressão e transmitem ao Planalto a mensagem de que pretendem retaliar o governo se houver qualquer convocação de jornalistas ou de empresários do setor; porta-voz do grupo na comissão é o deputado Miro Teixeira; na Inglaterra, um país livre, o magnata Rupert Murdoch depôs ontem


247 – Há exatamente uma semana, o 247 revelou com exclusividade que o executivo Fábio Barbosa, presidente do grupo Abril e ex-presidente da Febraban, foi a Brasília com uma missão: impedir a convocação do chefe Roberto Civita pela CPI sobre as atividades de Carlos Cachoeira. Jeitoso e muito querido em Brasília, Barbosa foi bem-sucedido, até agora. Dos mais de 170 requerimentos já apresentados, não constam o nome de Civita nem do jornalista Policarpo Júnior, ponto de ligação entre a revista Veja e o contraventor Carlos Cachoeira. O silêncio do PT em relação ao tema também impressiona.
Surgem, aos poucos, novas informações sobre o engavetamento da chamada “CPI da Veja” ou “CPI da mídia”. João Roberto Marinho, da Globo, fez chegar ao Palácio do Planalto a mensagem de que o governo seria retaliado se fossem convocados jornalistas ou empresários de comunicação. Otávio Frias Filho, da Folha de S. Paulo, também aderiu ao pacto de não agressão. E este grupo já tem até um representante na CPI. Trata-se do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).
Na edição de hoje da Folha, há até uma nota emblemática na coluna Painel, da jornalista Vera Magalhães. Chama-se “Vacina” e diz o que segue abaixo:
“O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vai argumentar na CPI, com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas. O PT tenta levar parte da mídia para o foco da investigação”.
O argumento de Miro Teixeira é o de que jornalistas não poderão ser forçados a quebrar o sigilo da fonte, uma garantia constitucional. Ocorre que este sigilo já foi quebrado pelas investigações da Polícia Federal, que revelaram mais de 200 ligações entre Policarpo Júnior e Carlos Cachoeira. Além disso, vários países discutem se o sigilo da fonte pode ser usado como biombo para a proteção de crimes, como a realização de grampos ilegais.
Inglaterra, um país livre
Pessoas que acompanham o caso de perto estão convencidas de que Civita e Policarpo só serão convocados se algum veículo da mídia tradicional decidir publicar detalhes do relacionamento entre Veja e Cachoeira. Avalia-se, nos grandes veículos, que a chamada blogosfera ainda não tem força suficiente para mover a opinião pública e pressionar os parlamentares. Talvez seja verdade, mas, dias atrás, a hashtag #vejabandida se tornou o assunto mais comentado do Twitter no mundo.
Um indício do pacto de não agressão diz respeito à forma como veículos tradicionais de comunicação noticiaram nesta manhã o depoimento de Rupert Murdoch, no parlamento inglês. Sim, Murdoch foi forçado a depor numa CPI na Inglaterra – não na Venezuela – para se explicar sobre a prática de grampos ilegais publicados pelo jornal News of the World. Nenhum jornalista, nem mesmo funcionário de Murdoch, levantou argumentos de um possível cerceamento à liberdade de expressão. Afinal, como todos sabem, a Inglaterra é um país livre.
O Brasil se vê hoje diante de uma encruzilhada: ou opta pela liberdade ou se submete ao coronelismo midiático.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Lantânio, Agnelli, capisci?

Lantânio não é quem nasce na Lantânia, que aliás não existe.
Lantânio é um metal usado, entre outras aplicações, como catalisador no refino de petróleo.
É uma das chamadas terras-raras,  um grupo de substâncias parecidas, com nomes tão esquisitos quanto o dele: neodímio, cério, praseodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio, escândio e lutécio.
Sua exploração exige alto investimento em tecnologia e segurança – pois ele é relativamente tóxico.
Como a China  tem terras-raras em abundância, não se cuidava de investir fortemente em sua produção.
A tonelada de lantânio era comprada a US$ 5 mil.
Só que os chineses se cuidam. E restringiram a exportação de terras raras, preferindo investir em produzir – e exportar – os produtos de alto preço em que elas são utilizadas.
Daí que o preço do lantânio anda beirando agora US$ 50 mil a tonelada. E olhe que caiu com a crise europeia, porque andou bem acima de US$ 100 mil.
E o Brasil – leia-se, a Petrobras – importa cerca de mil toneladas desta substância, sem a qual não há refino de petróleo.
O mercado mundial de lantânio – e seus “primos”, os lantanídios, nome químico das terras-raras, anda na casa de  US$ 5 bilhões anuais.
Estimativas da agência US Geological Survey , dos Estados Unidos, apontam que as reservas brasileiras podem chegar a 3,5 bilhões de toneladas, mas não temos o menor controle sobre elas.
A Anglo American controla a mais promissoras das poucas áreas já conhecidas, em Catalão (GO), onde o minério aparece em condições excepcionais, porque associado a baixos teores de urânio e tório,  que complicam sua extração.
Agora, a Vale e a Petrobras, segundo a agência Reuters,  estão se associando vão entrar firmes na exploração de lantânio – e de outras terras raras que ocorrem associadas a ele .
É fruto de uma parceria que vem sendo trabalhada há um ano pelo Governo Dilma.
Porque desde o Governo Collor, com a extinção da Petromisa, a Petrobras não tem um braço minerador e a Vale, até então, deixava o lantânio “pra lá”. Não valia a pena explorar, se podia ser comprado a preço de banana. Era o tempo do Roger “Fluxo de Caixa” Agnelli, que pensava a empresa com a estratégia de um vendedor de bananas na feira.
Aliás, depois do mico dos “maiores navios do mundo” comprados na China e na Coreia, nem é preciso falar muito deste personagem.
post do tijolaço

Luis Nassif: Como preparar uma crise institucional

 

Lei é lei...Corporativismo

No dia 1º de setembro de 2008, os Ministros Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto saíram da sede do STF (Supremo Tribunal Federal) atravessaram a Esplanada dos Ministérios e entraram no Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente da República, Luiz Ignácio Lula da Silva.

Por Luis Nassif*


Foi uma reunião tensa, a respeito da suposta conversa grampeada entre Gilmar e o senador Demóstenes Torres. Os três Ministros chegaram sem nenhuma prova concreta sobre a autoria ou mesmo a existência do tal grampo. Mas atribuíam-no irresponsavelmente à ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e exigiam de Lula providências concretas.

No auge da reunião, Gilmar blasonou: “Não queremos apenas apuração, mas punição”.

Bastaria Lula ter perdido a paciência e endurecido o jogo para criar uma crise institucional sem precedentes, entre o Supremo e o Executivo. Sua habilidade afastou o risco concreto de uma crise institucional, à custa do sacrifício do diretor-geral da ABIN, delegado Paulo Lacerda, afastado enquanto durassem as investigações.

Tanto no Palácio como na Polícia Federal e no Ministério Público Federal sabia-se que o grampo, se existiu, não havia partido da ABIN nem da Operação Satiagraha, já que nenhum dos dois – Demóstenes e Gilmar – eram alvo de investigação.

Foi aberto um inquérito na PF que concluiu pela não existência de qualquer indício, por mínimo que fosse, de que o grampo tivesse existido.

O país esteve à beira da mais grave crise institucional pós-redemocratização devido a uma conspiração envolvendo Demóstenes Torres-Carlinhos Cachoeira, a revista Veja e, direta ou indiretamente, o Ministro Gilmar Mendes.

Pouco antes do episódio, o assessor da presidência, Gilberto Carvalho, foi procurado por repórteres da revista com a informação de que ele também havia sido grampeado. Descreviam diálogos que teria tido com interlocutores.

A intenção era criar um clima de terror, passar ao governo a impressão de que a ABIN e a Satiagraha haviam saído de controle e estavam espionando as próprias autoridades. E, com isso, obter a anulação da operação que ameaçava o banqueiro Daniel Dantas.

É bem possível que os tais diálogos de Gilberto tenham sido gravados pelo mesmo esquema Veja-Cachoeira que forjou um sem-número de dossiês, muitos deles obtidos de forma criminosa e destinados ou a vender revista, impor o medo nos adversários, ou a consolidar o império do crime do bicheiro.

Durante anos e anos foi um festival de assassinatos de reputação, de jogadas pseudo-moralistas visando beneficiar o parceiro Cachoeira.

A revista tentou se justificar, comparando essas jogadas ao instituto da “delação premiada” – pelo qual promotores propõem redução de pena a criminosos dispostos a colaborar com a Justiça. No caso de Cachoeira, suas denúncias serviam apenas para desalojar inimigos e reforçar seu poder e o poder da revista.

Esses episódios mostram o poder devastador do crime, quando associado a veículos de grande penetração.

É um episódio grave demais, para ser varrido para baixo do tapete.

*Luis Nassif é jornalista.

Fonte: Carta Maior

terça-feira, 24 de abril de 2012

Os 128 parlamentares que não assinaram a CPI do Cachoeira. Eduardo Azeredo e Jaqueline Roriz na parada.

 
O ex-presidente do PSDB, considerado o pai do "mensalão", deputado Eduardo Azeredo (PSDB/MG) não assinou a CPI do Cachoeira.

A deputada Jaqueline Roriz (PMN/DF) também não assinou, o que levanta suspeitas sobre qual grupo político no Distrito Federal tem de fato rabo preso com o bicheiro.

Confira a lista dos 118 deputados que não assinaram a CPI do Cachoeira:
(Obs: Marco Maia não assina porque é presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia porque é líder do governo)

A lista está ordenada por partido, estado, deputado:

DEM MG LAEL VARELLA
DEM MS MANDETTA
PDT AP SEBASTIÃO BALA ROCHA
PDT MG ZÉ SILVA
PDT PB DAMIÃO FELICIANO
PMDB AL JOAQUIM BELTRÃO
PMDB CE ANÍBAL GOMES
PMDB MG MAURO LOPES
PMDB MG SARAIVA FELIPE
PMDB MS MARÇAL FILHO
PMDB PA ELCIONE BARBALHO
PMDB PA JOSÉ PRIANTE
PMDB PA WLADIMIR COSTA
PMDB PB MANOEL JUNIOR
PMDB PR ANDRÉ ZACHAROW
PMDB PR HERMES PARCIANELLO
PMDB RJ ADRIAN
PMDB RO NATAN DONADON
PMDB SC MAURO MARIANI
PMDB SC ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA
PMN DF JAQUELINE RORIZ
PP AC GLADSON CAMELI
PP AM REBECCA GARCIA
PP BA JOÃO LEÃO
PP BA ROBERTO BRITTO
PP CE JOSÉ LINHARES
PP GO ROBERTO BALESTRA
PP MG DIMAS FABIANO
PP MG MÁRCIO REINALDO MOREIRA
PP MG TONINHO PINHEIRO
PP MT PEDRO HENRY
PP PR CIDA BORGHETTI
PP PR NELSON MEURER
PP RJ SIMÃO SESSIM
PP RO CARLOS MAGNO
PP RS JOSÉ OTÁVIO GERMANO
PP RS VILSON COVATTI
PP SC JOÃO PIZZOLATTI
PP SP BETO MANSUR
PP SP PAULO MALUF
PPS PR SANDRO ALEX
PR AP VINICIUS GURGEL
PR BA JOÃO CARLOS BACELAR
PR BA JOSÉ ROCHA
PR CE VICENTE ARRUDA
PR MA DAVI ALVES SILVA JÚNIOR
PR MA ZÉ VIEIRA
PR MG AELTON FREITAS
PR MG ARACELY DE PAULA
PR MT WELLINGTON FAGUNDES
PR PA LÚCIO VALE
PR PE ANDERSON FERREIRA
PR PE INOCÊNCIO OLIVEIRA
PR PR GIACOBO
PR RJ DR. ADILSON SOARES
PR RJ FRANCISCO FLORIANO
PR RR LUCIANO CASTRO
PR SE LAERCIO OLIVEIRA
PR SP VALDEMAR COSTA NETO
PRB BA ACELINO POPÓ
PRB MA CLEBER VERDE
PRB RJ VITOR PAULO
PRB SE HELENO SILVA
PRB SP OTONIEL LIMA
PRTB RJ AUREO
PSB AP JANETE CAPIBERIBE
PSB MA RIBAMAR ALVES
PSB RS JOSE STÉDILE
PSC AC ANTÔNIA LÚCIA
PSC ES LAURIETE
PSC MG MÁRIO DE OLIVEIRA
PSC PA ZEQUINHA MARINHO
PSD AL JOÃO LYRA
PSD AM SILAS CÂMARA
PSD BA JOSÉ CARLOS ARAÚJO
PSD BA PAULO MAGALHÃES
PSD CE MANOEL SALVIANO
PSD MA NICE LOBÃO
PSD MG WALTER TOSTA
PSD MT ELIENE LIMA
PSD PI HUGO NAPOLEÃO
PSD PI JÚLIO CESAR
PSD RJ FELIPE BORNIER
PSD RN FÁBIO FARIA
PSD SC JORGE BOEIRA
PSD SP GUILHERME MUSSI
PSD SP JEFFERSON CAMPOS
PSD SP JUNJI ABE
PSD SP MARCELO AGUIAR
PSDB AP LUIZ CARLOS
PSDB MG EDUARDO AZEREDO
PSDB PR LUIZ NISHIMORI
PSDB SP BRUNA FURLAN
PT AC TAUMATURGO LIMA
PT AM FRANCISCO PRACIANO
PT CE EUDES XAVIER
PT PR ZECA DIRCEU
PT RS MARCO MAIA
PT SP ARLINDO CHINAGLIA
PTB AL CELIA ROCHA
PTB BA ANTONIO BRITO
PTB CE ARNON BEZERRA
PTB GO MAGDA MOFATTO
PTB MG EROS BIONDINI
PTB PA JOSUÉ BENGTSON
PTB PE JORGE CORTE REAL
PTB PE JOSÉ CHAVES
PTB PI PAES LANDIM
PTB PR ALEX CANZIANI
PTB RO NILTON CAPIXABA
PTB RS RONALDO NOGUEIRA
PTB RS SÉRGIO MORAES
PTB SP NELSON MARQUEZELLI
PTC MA EDIVALDO HOLANDA JUNIOR
PTdoB AL ROSINHA DA ADEFAL
PTdoB MG LUIS TIBÉ
PV MG ANTÔNIO ROBERTO
PV SP PENNA

A lista dos 10 Senadores que não assinaram a CPI:

DEM GO Demóstenes Torres
DEM MA Clovis Fecury
PMDB AP José Sarney
PMDB CE Eunício Oliveira
PMDB MA Lobão Filho
PMDB MG Clésio Andrade
PMDB RN Garibaldi Alves
PP AL Benedito de Lira
PSD AC Sérgio Petecão

(José Sarney estava de licença por motivo de saúde)

Nem todo mundo que assinou é santo (o tucano Leréia assinou), e pode haver nomes da lista que estiveram impossibilitados de assinar durante o período de coleta de assinaturas, mas não custa explicar os motivos a seus eleitores.

A lista dos que assinaram pode ser conferida aqui.

Dilma 'nocauteia' Globo no 1º round da CPI do Cachoeira

http://www.dnit.gov.br/noticias/contratos-delta

A Globo, Veja, Folha, Estadão, Álvaro Dias, José Serra, Aécio Neves, José Agripino, queriam emparedar a presidenta Dilma na CPI do Cachoeira, através da empreiteira Delta Construções. Era essa a pauta que o noticiário desta imprensa demotucana martelava.

Pois a CPI do Cachoeira nem começou, e a presidenta Dilma já "nocauteou" a Globo, e o resto da oposição partidária e midiática.

Mandou o DNIT colocar na internet todos os contratos da Delta com o governo federal, com total transparência. Além disso a CGU abriu processo para declaração de inidoneidade da Construtora Delta.

A batata quente agora está passando de mão em mão dos governadores e prefeitos que tem contratos com a empreiteira.

E agora, Marconi Perillo, Geraldo Alckmin, Kassab, Anastasia, Siqueira Campos, Simão Jatene, quando vão fazer o mesmo?

Quanto ao senador José Agripino Maia (DEMos/RN) é a segunda vez que vai a "nocaute". O primeiro embate foi quando Dilma era Ministra da Casa Civil:


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Protógenes diz que Dantas e Cachoeira tinham esquemas parecidos na mídia

Protógenes Queiroz - Antônio Cruz/ABr

por Luiz Carlos Azenha

O deputado e delegado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) pretende pedir ao Conselho de Ética da Câmara a cassação dos deputados Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Rogério Marinho (PSDB-RN) por quebra de decoro parlamentar. Segundo imagens que obteve recentemente, gravadas pelo circuito interno da Câmara, Guerra indicou e Marinho destruiu um cartaz pedindo a CPI da Privataria Tucana que estava na porta do gabinete de Protógenes.

Será chumbo trocado, já que Guerra pediu a cassação de Protógenes ao Conselho de Ética por causa das gravações telefônicas obtidas durante a operação Monte Carlo, que flagraram o deputado comunista conversando com Dadá (ou Chico), o sargento da Aeronáutica Idalberto Matias Araújo. A denúncia contra Protógenes foi primeiro divulgada pelo Estadão. O deputado sustenta que herdou um relacionamento profissional com Dadá de quando o sargento atuou na Operação Satiagraha, como agente lotado na Agência Brasileira de Informações (ABIN). As gravações foram usadas numa tentativa de evitar que Protógenes fosse indicado para atuar na CPMI do Cachoeira, recém-instalada no Congresso, o que acabou acontecendo por decisão do PCdoB.

Em entrevista gravada esta noite, logo depois de desembarcar em São Paulo, Protógenes não descartou que por trás de Guerra esteja agindo um dos alvos da Operação Satiagraha, o banqueiro Daniel Dantas.

Pela lógica, um relacionamento comprometedor com Dadá seria motivo para Protógenes tentar evitar a CPMI, quando foi ele quem apresentou o requerimento inicial de convocação.

Protógenes diz que um de seus objetivos na CPMI do Cachoeira será investigar o financiamento de campanhas feito pela empreiteira Delta.

Para ele, a Operação Satiagraha, a CPMI do Cachoeira e a CPI da Privataria são ações “estruturantes” do Brasil. Protógenes está convicto de que a comissão de inquérito para apurar as privatizações da era tucana, baseada no livro do repórter Amaury Ribeiro Jr., será eventualmente instalada.

Protógenes diz que quando Dadá — que ele chama sempre de Idalberto — participou da Satiagraha, não sabia do envolvimento dele com o esquema de arapongagem de Cachoeira. Mas é óbvio que implicar Protógenes com malfeitos do sargento serve tanto a tucanos quanto a Daniel Dantas.

Sobre sua atuação na CPMI, o deputado diz que pretende demonstrar como os esquemas de Daniel Dantas e Carlinhos Cachoeira usavam métodos parecidos: arapongagem, corrupção de autoridades e um braço midiático.

O blog Cachoeira de Dados, um dos que fazem varredura na íntegra da Operação Monte Carlo — vazada na internet pelo deputado Miro Teixeira, no blog Lei dos Homens — vem relacionando os jornalistas e órgãos envolvidos com a quadrilha.

O post mais recente é sobre uma ligação telefônica com indícios de pagamento de 10 mil reais ao jornal goiano Diário da Manhã. Este é o jornal que chamou a atenção do Viomundo quando deu uma manchete que contradizia o conteúdo publicado. A manchete, em letras garrafais, se baseava em declaração segundo a qual não havia relação de políticos com o esquema do bicheiro Cachoeira. Texto assinado por procuradores, que o jornal publicou na mesma edição, dizia o contrário.

O jornal O Estado de Goiás, de Anápolis, também prestaria serviços a Cachoeira, assim como João Unes, do jornal digital A Redação, ex-repórter de O Estado de S. Paulo, ex-editor do jornal O Popular e da TV Anhanguera, da Organização Jaime Câmara, afiliada da Globo em Goiás e Tocantins.

O blog também registra a amizade de Cachoeira com o repórter Renato Alves, do Correio Braziliense. Há indícios de que a quadrilha do bicheiro teria usado uma pessoa identificada apenas como “rapaz do G” para plantar uma reportagem no Fantástico sobre bingos ilegais de concorrentes de Cachoeira (detalhes no Doladodelá e no Escrevinhador).

Os jornalistas esportivos Jorge Kajuru, da TV Esporte Interativo, e o narrador Alípio Nogueira, da Rádio Jornal, também foram citados. Kajuru teve um conversa dele com o contador de Cachoeira, Giovani Pereira da Silva — que está foragido — grampeada e Alípio tem o nome e a conta bancária citados numa conversa entre o contador Giovani e Carlinhos Cachoeira (o Nassif publicou uma relação de casos relativos a jornalistas de Goiás).

Mas Protógenes está mesmo interessado é nos peixes grandes, de projeção nacional, que teriam prestado serviço tanto a Daniel Dantas quanto a Carlinhos Cachoeira.

Na entrevista, o delegado explica como Dantas continua atuando na mídia e fala sobre indícios de pagamentos a jornalistas (clique abaixo para ouvir):

Curiosamente, por e-mail, recebi a dica de que o blog Quid Novi, do jornalista Mino Pedrosa — que já trabalhou para Cachoeira — publicou grampo clandestino entre o jornalista Leonardo Attuch e o investidor Naji Nahas no qual são citados os nomes de vários jornalistas. Na gravação Attuch sugere a Naji Nahas que processe, por exemplo, Paulo Henrique Amorim.

Pedrosa acusa Attuch de ser “pena comprada”, a serviço de Daniel Dantas e de Naji Nahas.

O blog de Mino Pedrosa é o mesmo que foi parar no Jornal Nacional, depois que vazou uma gravação clandestina em que o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, fala sobre a compra de políticos. Nem a Folha de S. Paulo — que também tratou do assunto — nem o Jornal Nacional se deram ao trabalho de tentar investigar como a gravação — cuja transcrição já tinha sido divulgada anteriormente pela revista Veja – foi parar no blog de Pedrosa. Pedrosa não esclarece quem o abastece de grampos.

Fonte bem informada havia contado ao Viomundo que grampos surgiriam através do contador de Cachoeira, que está foragido e teria as gravações da usina de arapongagem do bicheiro guardadas em um cofre.

Talvez seja o caso do delegado Protógenes exigir uma CPI paralela.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Veja logo será O Cruzeiro

Houve um tempo em que O Cruzeiro era a flor do império de Assis Chateaubriand.

Terminou, como se sabe, reduzida a uma circulação pífia, vendido o título a um ex-colaborador do regime militar, Alexandre Von Baumgarten, e usada para obter vantagens do Governo.

Baumgarten, o coveiro da revista, terminaria ele próprio assassinado em circunstâncias obscuras, no que parece ter sido uma queima de arquivo dos anos finais da ditadura.

A Veja parece querer seguir o mesmo caminho, que começa muito antes da decadência das vendas e do faturamento.

Inicia-se da demolição do patrimônio maior de qualquer publicação: na demolição de sua credibilidade.

Ainda imperará, por bom tempo, dividindo com a Caras as salas de espera dos consultórios médicos e dentários.

Mas sua capacidade de pautar a mídia se foi.

A isnstalação da CPI do Cachoeira, sabe-se hoje um misto de fonte e editor de pauta da revista, exporá inevistavelmente as vísceras de uma ligação espúria.

Não haverá corporativismo midiático que possa omitir a revelação das cumplicidades entre ela e o esquema mafioso montado pelo bicheiro pelas TVs da Câmara e do Senado.

Puderam “segurar” a nota do presidente da Câmara, Marco Maia, denunciando os métodos totalitários da revista. Não publicarão nada sobre o fato de o tópico #Vejabandida ter sido o mais presente no Twitter durante o dia de ontem no Brasil e, aliás, em toda a rede mundial de computadores, como você vê na imagem.

Esse corporativismo não é mais capaz , nos tempos de internet de massa, de baixar uma cortina de silêncio sobre os fatos.

Não vão poder segurar o que surgirá na CPI, associando dezenas de matérias – inclusive a que iniciou a temporada de ministros no Governo Dilma – revelando que o esquema de arapongagem de Cachoeira vivia em simbiose com a pauta da revista, que se prestava à demolição dos esquemas que obstavam os apetites de Cachoeira e seus aliados.

É certo que a revista ainda fará muito barulho.

Quem é da roça sabe que certos bichos berram desesperadamente quando sentem que vão morrer.

terça-feira, 17 de abril de 2012

O Brasil está na iminência de tornar-se uma República

Marco Maia rasgou o “Cortinão”

A nota do presidente da Câmara, Marco Maia, por mais que a imprensa a esteja escondendo, acaba de reduzir praticamente a zero a possibilidade de abafarem-se as ligações entre Carlinhos Cachoeira e as campanhas de mídia que se desenvolveram (ou se desenvolvem, melhor dizendo) contra os governos Lula e Dilma.

Aliás, não é outra a razão de terem mandado sua nota pública para “a Sibéria do esquecimento”. Não a publicam.

Porque é o primeiro e mais forte gesto de oposição a uma estratégia perversa que, com um roteiro fácil de adivinhar, vinha sendo seguido pelos jornalões.

Tão fácil que foi antecipado aqui, há dias:


Cabe hoje a Ricardo Noblat assumir que a CPI do Cachoeira não é uma imposição da dimensão do escândalo, mas uma conspiração perversa para encobrir o caso do “mensalão” e, pasmem, desestabilizar o Governo Dilma.

Conspiração de Lula e de José Dirceu, claro.

Folha, Estadão e O Globo, no final de semana, tiveram a mesma ideia, claro que casualmente.

Imprensar o novo presidente do STF, Carlos Ayres Brito, contra a parede, para colocar o caso do “Mensalão” sumariamente em julgamento.

Aliás, de preferência, um julgamento também sumário.

Que independa de provas, de contraditório. Afinal, o STM – Supremo Tribunal da Mídia – já condenou aquele que quer condenar: José Dirceu. Os outros 37 acusados nenhuma importância tem.

Porque a estratégia é simples: se Dirceu era o homem de confiança de Lula, condená-lo é condenar seu chefe.

Mas, aos 45 minutos do segundo tempo, apareceu a ligação entre Cachoeira e o centro da campanha de acusações contra o governo Lula. Apareceu a cumplicidade entre o bicheiro e o centro do “Comando Marrom”, a Veja.

Num movimento de manada, foram todos correr atrás de uma improvável proteção: a da presidente Dilma.

Eles, que “adoram” a Presidenta – todos recordam como provaram isso na campanha, não é? – estão preocupadíssimos com os efeitos que a CPI possa causar a seu governo… Chegam a psicografar diálogos privados entre a Presidenta e Lula, onde ela suplicaria para que o “malvado” não deixasse a CPI sair.

Só um completo pateta pode acreditar nessa história. Claro que Lula e Dilma podem ter visões diversas sobre o timing político, mas é muito mais evidente que Dilma sabe que tudo que atinge o ex-presidente a atinge e vice-versa, porque ambos são protagonistas e alicerces de um único processo de transformação da vida brasileira.

Mas o “Comando Marrom” julga o caráter das pessoas pelas suas próprias deformidades. Vive num mundo de troca de vantagens e privilégios, onde o heroi de hoje é o lixo de amanhã. Não foram a Veja e a Globo que tiraram Fernando Collor do anonimato e fizeram dele presidente da República, para depois lançarem-no à vala, acusado dos mesmos esquemas que o envolviam antes, quando era um simples oligarca local?

Marco Maia furou este balão.

A CPI sai e não esconderá as ligações entre Cachoeira e a Veja.

Não é uma cortina de fumaça, mas o fim de uma cortina de fumaça com que se encobria objetivos políticos inconfessáveis.

Se houve ou não o “mensalão”, cabe ao Supremo, livremente, julgar. Mas à CPI cabe, agora, revelar o submundo de promiscuidade entre a Veja e um bandido.

O Brasil está na iminência de tornar-se uma República.

POSTADO POR FERNANDO BRITO

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Mantega, na canela dos bancos: lucrem menos

Até que enfim alguém fala grosso com os banqueiros.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu a resposta merecida, quando foram exigir benefícios fiscais para fazer o que têm tudo para fazer sem isso: baixar os juros.

“O presidente (da Federação dos Bancos) Murillo Portugal esteve aqui outro dia, e em vez de trazer soluções, veio fazer cobrança”, disse Mantega. “”O Brasil hoje é o país que pratica o maior spread do mundo e isso não se justifica.”

Spread, como se sabe, é a diferença entre o custo de captação do dinheiro pelos bancos (hoje, no máximo, 9,75% ao ano, o valor da taxa Selic) e o valor dos juros cobrados para emprestá-lo, que nunca é inferior ao quádruplo desta taxa e não raro chega a ser dez e até 20 vezes maior.

A Folha publica hoje as taxas que cobram os bancos particulares e as que passaram a cobrar os bancos públicos.

A diferença é escandalosa, como você vê na ilustração.

Em outra matéria, uma tabela mostra a rentabilidade dos bancos brasileiros frente aos bancos dos EUA.

Em 12 anos, lucraram aqui 463%, contra “apenas” 308% dos bancos dos EUA. Que, por sinal, nem sequer durante a crise de 2008, com dinheiro público sendo injetado a rodo em seus caixas, nunca tiveram um resultado negativo.

E ainda assim dificultam o quanto podem o crédito.

É por isso que as agências do BB e da Caixa estão “bombando” de clientes dos bancos privados, à procura de informações sobre taxas mais baixas.

Afinal, não é isso (ou deveria ser) a concorrência?

não se pode esqueçer do que a direita é capaz!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Pelo impedimento de Gilmar Mendes

Dilma e a vassalagem: “isso não é uma pergunta !”


A proposito da vassalagem e dos governos que tiram o sapato, o Rodrigo Vianna do Escrevinhador publicou post imperdível:


Dilma: “isso não é uma pergunta”


Vendo a Dilma nos EUA, reunida com Obama, eu me lembro daqueles emails da época da última campanha eleitoral, que diziam: “a terrorista não poderá visitar os EUA, será barrada”. Quanta barbaridade. Não esqueçamos nunca do que a turma do Serra foi capaz de fazer. O aborto (a mulher do Serra em pessoa, segundo o “Estadão”, disse numa passeata que Dilma era a favor de matar criancinhas), a bolinha de papel que Ali Kamel quis transformar em atentado, a ficha falsa, os boatos…

E agora está a Dilma lá nos EUA, enquanto o Serra sua pra ganhar prévia na disputa pra Prefeitura. O Brasil se livrou de uma encrenca!

A turma que acusava Dilma de “abortismo” transferiu sua ira pro Supremo Tribunal Federal. Alguns pastores e bispos católicos (entre eles, aquele bispo dos panfletos, de Guarulhos) parece que gostariam de ver o Santo Ofício instalado na praça dos Três Poderes.

E a Dilma? Em algumas áreas, o governo andou pra trás em relação a Lula: na Cultura, na Comunicação, na Reforma Agrária. É um governo tímido. Mas muito bem avaliado. Nas relações internacionais, Dilma mantem a altivez de Lula. Dá até medo o que seria um governo tucano nessa área.

Nos Estados Unidos, Dilma criticou a política cambial dos EUA e foi direta: a América Latina não aceita mais “Cúpula das Américas” sem a presença de Cuba. A próxima, na Colômbia, será a última sem os cubanos, avisou a Obama. Os jornalistas pediram detalhes à presidenta. E aí vejam o que aconteceu, na descrição do “insuspeito” O Globo:

“perguntada se o Brasil fez um pedido formal para que Obama aceitasse Cuba no próximo encontro dos chefes de Estado, Dilma afirmou: — O que houve foi a constatação de que todos os países (da América Latina) têm relação com Cuba e, portanto, esta é a ultima cúpula em que ela não participaria. Esta é a posição unânime (na região).

Questionada sobre a resposta de Obama, Dilma retrucou:

— Ele não tem que responder. Isso não é uma pergunta.”

Acho que deu pra entender, né?

Jornal Nacional

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Lula x FHC. A tabelinha. Por que a Dilma se reelegerá

(Charge: Wilson Estrella)


O Farol de Alexandria propaga que o Nunca Dantes só fez “surfar”.

Ele, o Farol, reinventou o Brasil e o Lula passou oito anos a se beneficiar dele e da maré montante da economia mundial.

Esqueceu-se do Tsunami da Urubóloga de 2008 !

E da Herança Maldita que deixou.

Por elas e outras, na eleição de 2002, nem o Padim Pade Cerra defendeu o Governo do Farol !

Para evitar dúvidas que o PiG (*) faz questão de difundir, aqui vai uma “tabelinha”, ou por que a Dilma vai se reeleger, ou por que nenhum tucano, tão cedo, sobe a rampa do Palácio do Planalto:

Extraído de “Economia Brasileira em Perspectiva” – 14ª Edição Especial – de fevereiro de 2012, do site do Ministério da Fazenda.

PIB


2002 – US$ 500 bilhões


2012 – US$ 2,6 trilhões, o que faz do Brasil a SEXTA economia do Mundo


PIB per capita


2002 – US$ 2,8 mi


2012 – US$ 13,3 mi


Ou seja, os dois casos, o Brasil se multiplicou por CINCO.


Produção de automóveis


2002 – 1,8 milhão de unidades


20111- 3,4 milhões de unidades, o que faz do Brasil o SEXTO maior produtor mundial


Safra de grãos


2002 – 96,8 milhões de toneladas


2011 – 163 milhões (campeão mundial na produção de cana e vie campeão mundial na produção de soja)


Taxa de investimento sobre o PIB


2002 – 16, 4%


2012 – 20,8%


Investimento Estrangeiro Direto


2002 – US$ 16,5 milhões


2011 – US$ 66,6 bilhões – 4o. Lugar emingressos de IED


Inflação – IPCA


2002 – 12,5%


2012 – 4,7%


Desemprego


2002 – 12,9%


2011 – 4,7 – entre 2002 e 2001 o Nunca Dantes criou 18 milhões de postos de trabalho


Formalização do trabalho


2002 – 45,5%


2011 – 53,2%


Salário Mínimo nominal


2002 – R$ 200


2012 – R$ 622 – ganho real : 66%


Coeficiente de Gini, que mede a desigualdade de renda (quanto mais perto de 1, pior)


2002 – 0,589


2011 – 0,541 – queda de 8,9%


Taxa de pobreza (Classe “E” no total da população)


2002 – 26,7%


2012 – 12,8%


Classe C sobre total da população


2002 – 37%


2012 – 50%


Número de matrículas no ensino profissional


2002 – 565 mil


2012 – 924 mil


Percentual da força de trabalho com 11 anos ou mais de estudo


2002 – 44,7%


2012 – 60,5%


Bolsas de Mestrado e Doutorado no Capes e CNPq


2002 – 35 mil


2010 – 74 mil


2013 – 105 mil


Títulos em doutorado


2002 – 6.894


2012 – 13.304


Dívida externa


2002 – US$ 165 bilhões


2011 – US$ – 79,1 bilhões


Reservas Internacionais


2oo2 – US$ 36 bilhões


2012 – US$ 353 bilhões


Exportações


2002 – US$ 60 bilhões


2011 – US$ 256 bilhões


Juros – taxa Selic


2002 – 25% aa


2012 (31 janeiro) – 10,50% (9,75% em março)


Taxa que o Brasil paga em título vendido no exterior


2002 – 12,6% aa


Janeiro de 2012 – 3,5% aa


Dívida do setor público sobre o PIB


2002 – 60,4%


2012 – 36,9%


% da dívida indexada à taxa de cambio


2002 – 45,83%


dez 2011 – 21,89


Despesas de pessoal


2002 – 4,8% do PIB


2012 – 4,4% do PIB

post do conversaafiada

Requião: Esquerda brasileira foi abduzida pelo pragmatismo

[senador Roberto Requião (PMDB-PR)]

Discurso do senador Roberto Requião (PMDB/PR) feito no dia 30/03/2012 no Senado da República

(via e-mail)

Senhoras e senhores senadores.

Faz quase um ano que morreu, em Paris, o militante e escritor espanhol Jorge Semprún. Ele foi um dos intelectuais e dirigentes políticos mais fascinantes do século passado e início deste. Lutou na Guerra Civil Espanhola, contra os fascistas; participou da Resistência Francesa, contra o nazismo; conheceu os horrores dos campos de concentração de Hitler, ao ficar preso em Buchenwald. E, por muitos anos, correndo o risco da prisão, tortura e morte foi o principal dirigente clandestino do Partido Comunista na Espanha ditatorial do generalíssimo Franco.

Quando já estava no fim da vida, perguntam a Semprún se arrependia de alguma coisa.

Ele mesmo formula a pergunta e responde:

“Arrependo-me e renego ter sido militante do comunismo estalinista? Não. Creio que naquele momento havia uma justificativa para tal”.

“Arrependo-me de não haver saído do Partido Comunistas em 1956, ano dos movimentos anti-estalinistas populares na Polônia e na Hungria? Não. Porque sou espanhol. Se fosse francês, teria sido o momento de romper. Mas na Espanha, quaisquer que fossem os crimes de Stalin, lutar com o Partido Comunista contra Franco valia a pena”.

Por fim, querem saber se a palavra-de-ordem “o bem é roubar o pão e reparti-lo bem”, usada pelos prisioneiros de Buchenwald ,continuava válida. Ele responde. “Não. Essa fórmula não a repetiria hoje. No entanto, o bem, desde sempre, é repartir. E é possível repartir melhor. O absurdo da situação é que se pode repartir melhor”. E não se faz.

Essas reflexões finais de Jorge Semprún deveriam dar o que pensar a todos os que se dizem de esquerda em nosso país, especialmente ao partido que, com frequência, reivindica, se não o monopólio, pelos menos a co-autoria da posição.

Sou um homem de esquerda. A vida toda fui um homem de esquerda. Politicamente, nasci na esquerda. E se fosse o caso de alguma confissão, também diria que não me arrependo de, por cinco vezes, ter votado no candidato do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República. Votado e feito campanha, porque em cada uma daquelas eleições era o que havia a fazer.

Em que pesem os Paloccis, os Meirelles, a política econômica conservadora, o caixa dois, também carinhosamente chamado de “mensalão”, não me arrependo.

Era o que havia a fazer naquele momento. Mesmo que divergisse, era o que havia a fazer.

Hoje, é outra coisa que devo fazer. Agora, devo cobrar, duvidar, criticar, desconfiar. E, com frequência, votar contra.

O meu respeito à presidenta Dilma está acima de qualquer dúvida. E é por isso mesmo que tenho questionado o PT. Abertamente e, às vezes, desabridamente. Houve um tempo em que, para não dar argumento à direita, evitei criticar o PT. Aquela história de não dar armas ao dito “inimigo de classe”.

Leandro Konder, no seu livro sobre Walter Benjamin, falando sobre o processo de descaracterização dos partidos de esquerda, nas primeiras décadas do século 20, capturados pelo reformismo, pelo economicismo e pelo pragmatismo, observa: “Quando a esquerda evita falar sobre os seus próprios erros e se recusa a discuti-los à luz do dia, ela não está, afinal, se protegendo da direita: está protegendo o conservadorismo que conseguiu se infiltrar no interior dela mesmo”.

Alguém tem dúvida de que a citação ajusta-se com perfeição à esquerda brasileira hoje, especialmente à esquerda acantonada no Partido dos Trabalhadores? Ou no PCdoB? Ou mesmo em meu partido, essa frente heterogênea chamada PMDB?

Não há dúvida – e alguns acham isso uma virtude — que a esquerda brasileira foi abduzida também pelo economicismo, pelo pragmatismo, pelo determinismo. Não digo pelo reformismo porque ela é, há muito tempo, essencialmente reformista, tendo abandonado qualquer veleidade revolucionária.

Aqui cabe muito bem outra referência ao livro de Leandro Konder. Falando sobre a transformação que sofreram os socialistas no início do século passado, ele diz que a esquerda européia era cada vez mais levada “a pensar em termos empíricos ou pragmáticos, abandonando a dimensão filosófica – inquietante e radical — da reflexão de Marx”.

Novamente o nosso retrato em branco e preto. Empíricos e pragmáticos, cortamos laços com a idéia de transformação da sociedade brasileira que, em um dia tão distante, cultivamos.

Quando falo, citando o escritor, em dimensão filosófica inquietante e radical, não estou propondo a ninguém pegar em armas. Quando falo em revolução, não estou concitando ninguém ao levante. A direita, pródiga em mistificações, buscou sempre associar revolução à luta armada, à violência, mediocrizando, circunstanciando a idéia de transformação, de mudança da sociedade.

Foram-se os tempos dos grandes debates, do terçar de idéias, da esgrima filosófica. A Grande Política vê-se confinada aos livros, presa às letras ou arquivada na alma e na memória de algumas pessoas.

A Grande Política foi escorraçada do Parlamento, corrida dos sindicatos, anatematizada pela mídia, apequenada pela academia, distanciada pela juventude. E parece sobreviver quase que apenas nos debates na internet.

Estamos vivendo aqueles tempos tediosos de que falava Marx, tempos em que dias parecem condicionar séculos, arrastando-se monotonamente, mediocremente.

Nada de notável acontece. Tempos em que, para alguns, cessam todas as dúvidas porque a história acabou, porque a luta de classes acabou, porque todas as contradições acomodaram-se com o triunfo final do capitalismo. Tempos, para outros, de angústia, de pessimismo, desanimadores.

Tomás de Aquino, na alta Idade Média, olha para o mundo e lhe parece que tudo está resolvido. As heresias, sufocadas, as ilusões de um cristianismo popular, desfeitas, igreja e estado cabeças duplicadas em um mesmo corpo. E o doutor da Igreja não resiste em proclamar que a humanidade — a que se acantonava na Europa Ocidental diga-se – chegara aos seus dias de glória, de máximo fulgor e progresso. Daí às excelsitudes celestiais, um Padre Nosso e uma Ave Maria.

Essa tentação de decretar o fim da história, de considerar esgotada a capacidade do homem de criar e avançar é recorrente. Tentações à esquerda e à direita.

A que não resistiram os sucessores de Stalin, ao proclamarem a União Soviética como o Estado de todo o povo e o Partido Comunista, como partido de todo o povo, imaginando vencidas as contradições de classe, em conseqüência, a luta de classes, naquele imenso naco do planeta.

Terrível engano, com trágicas conseqüências, como se viu. Como se vive.

Mutatis mutantis, do outro lado do muro desmoronado, Reagan e Thatcher, orquestrando patéticos presidentes latino-americanos e caricatos dirigentes do leste europeu cultivaram a mesma ilusão e festejaram o triunfo final e perpétuo do capitalismo.

Foram poucos, são muito poucos os que não aceitam o fim das contradições de classe. Que não aceitam o fim das ideologias. Que não aceitam essa simplicidade rasa, fronteiriça que decreta a morte do conceito de esquerda e direita.

Um parêntesis. Dias desses, um notório torturador, assassino de não sei quantos militantes à época da ditadura militar, disse que se opunha à Comissão da Verdade, porque cessara a luta entre esquerda e direita, que a Guerra Fria fora-se, que o país vive uma democracia e somos todos democratas, indistintamente.

Já perto da morte, tomado pelo câncer, François Mitterrand, depois de 14 anos na presidência da França e duas coabitações com primeiros ministros conservadores, e sob pressão cada vez mais intensa do avanço neoliberal, adverte a esquerda e tenta desiludi-la quanto aos compromissos democráticos da direita. Dizia ele que a direita sempre considerou o poder propriedade sua, um direito natural e que a eventual ascensão da esquerda era uma usurpação desse direito. Logo, se a esquerda, ocasionalmente, ascender ao poder, a direita vai exigir dela que cumpra o seu programa, o programa da direita, porque só ele tem legitimidade.

Fiz essa longa digressão, para confessar o meu desencanto com a política brasileira, com os dias que correm. Com a geléia geral em que se transformou o Senado, com a atuação do PT, do PCdoB, do PSB e do PDT. Partidos, em hipótese, de esquerda, que deram uma clara demonstração de renúncia a princípios que, em hipótese, supostamente, não decorreram três dias.

post do viomundo

O que será da Veja sem a fonte (ou a cachoeira) ?



A pergunta é do amigo navegante Josival Araújo: conseguirá a Veja sobreviver a sua fonte de inspiração (ou sua Cachoeira) ?

Conseguirá a Veja sobreviver, como negócio, como veículo de publicidade, depois que for para a forca com o Carlinhos Cachoeira e seu assessor parlamentar, Demóstenes, o Varão de Plutarco do PiG (*), aquele que era, com o Kamel, um dos heróis da Globo ?

O blog do Miro já percebeu que a Veja, como as ratazanas, começa a abandonar o navio:

O denuncismo some da capa da Veja

Desde que Carlinhos Cachoeira foi preso, no dia 29 de fevereiro de 2012, na operação Monte Carlo da Polícia Federal, a revista Veja já soltou 6 edições, e nenhuma capa é dedicada a denúncias de corrupção.


Mas há uma pauta abundante neste período envolvendo o senador Demóstenes Torres e o governador Marconi Perillo, tratada, sobretudo, pela revista Carta Capital, mas não só por ela. Até o Jornal Nacional tem se dedicado ao tema.


arece que a revista Veja ficou acéfala no que entende ser “jornalismo investigativo”, depois da prisão de Cachoeira e dos arapongas Jairo Martins e Dadá.


Mais do que acéfala, está dando uma enorme bandeira de que tem muito a esconder sobre as relações entre seu editor-chefe Policarpo Júnior e Carlinhos Cachoeira. Segundo Luis Nassif, Policarpo teria trocado em torno de 200 telefonemas com Cachoeira, no período investigado.


A revista já admitiu, defensivamente, que Policarpo e Cachoeira trocavam figurinhas. A revista diz que seriam relações legítimas entre jornalista e fonte. Mas como explicar a notória má vontade da revista em noticiar o caso, tendo um jornalista tão íntimo com os intestinos da organização criminosa (segundo o Ministério Público)?


A revista Veja, pródiga em divulgar até grampos ilegais, não revela um único diálogo entre o bicheiro e seu editor-chefe.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Que tal você mesmo reestatizar o BANESPA? Ou o BEMGE, BANERJ, BANEB, MERIDIONAL?


Se você tem conta em um banco privado e transfere sua conta para um banco estatal, junto com muitos outros brasileiros, o efeito é o mesmo que reestatizar aqueles bancos estaduais que foram privatizados.

A carteira de clientes e negócios daqueles bancos estaduais que foi vendida para um banco privado, voltará para um banco estatal.

Apesar de todas terem sido ruinosas para a nação, a pior privataria tucana não foi a da Vale, nem do setor elétrico, nem das teles. A pior de todas foi a dos bancos estaduais que, se era para desmantelá-los, deveriam ser incorporados aos bancos públicos sólidos (CEF, BB, BNB, BASA).

Pois agora você pode fazer essa revolução silenciosa com as próprias mãos, "sem dar um único tiro". Basta trocar sua conta de banco, privado para público.

Quando o governo tucano privatizou o BANESPA, o BEMGE, o MERIDIONAL, o BANERJ, o BANESTADO, o BANEB, o BANDEPE, etc. privatizou-se a própria moeda. Isso porque na economia moderna é o conjunto dos bancos que "criam" o dinheiro.

Quando o governo tucano transferiu os depósitos, as poupanças e os créditos sob controle estatal para bancos privados, são eles que ficaram com a faca e queijo na mão para fazer a maior parte da política monetária. O próprio Banco Central virou um leão sem dentes, comendo na mão do chamado mercado.

Além do país quebrado, esse foi um dos maiores fardos que Lula recebeu em 2003. Foi preciso reerguer o BB, a CEF e o BNB, para retomar o papel de protagonista que estes bancos públicos tiveram para reduzir a crise de 2008 a uma "marolinha". E foi preciso regulamentar a portabilidade de contas e financiamentos bancários para dar poder de escolha do correntista diante do poder dos bancos.

Agora a presidenta Dilma volta à carga com o próximo passo, e usa a CEF (cujo controle é 100% estatal) para fazer uma grande derrubada na taxa de juros. Com isso, o Banco do Brasil (que é estatal, mas não 100%), acompanha para não perder mercado. O cartel dos bancos privados procuram resistir, apostando no comodismo do cliente que resiste em levantar do sofá e mudar de banco.

A estratégia dos privados é empanturrar a TV, jornais e revistas com propagandas fantasiosas em massa para não mudarem de banco, e só baixar juros para o cliente que der um ultimato avisando que vai mudar de banco.

Além disso, anúncios em massa fazem a alegria dos barões da mídia que, interesseiros, direcionam os noticiários e escalam os "especialistas" para dar opiniões, do jeito que os bancos privados gostam, contra a queda dos juros, atacando os bancos públicos.

Quem tem dívidas bancárias já tem um bom motivo pessoal para mudar de banco. Afinal quem não gosta de trocar um financiamento por outro com prestação mais barata? Mas mesmo quem não tem dívidas, há a motivação política de reestatizar pelo menos uma parte do setor bancário.

Talvez estejamos entrando na maior reforma econômica dos últimos anos, capaz de fazer outra revolução silenciosa, como a que aconteceu no governo Lula com a distribuição de renda fazendo milhões de brasileiros entrarem na classe média e proporcionando um surpreendente crescimento do mercado interno.

Se o mercado bancário for mais estatal do que privado, admitindo lucros menos exorbitantes, o dinheiro, através do crédito, fica mais acessível a todos os brasileiros, produzindo outro ciclo virtuoso para continuar dinamizando a economia e gerar cada vez mais e melhores empregos.

Para algumas pessoas pode ser chato trocar de banco, mas se ficar acomodado, pior é continuar vivendo num país sob a ditadura dos bancos privados.

Com toda a conjuntura desfavorável (pois a composição dos poderes no Brasil são majoritariamente de forças capitalistas conservadoras), Lula fez e Dilma está fazendo a sua parte. Cabe a cada um de nós também fazermos a nossa e reestizarmos os bancos estaduais, com a simples mudança de conta. Do contrário, não adianta ter passado 8 anos gritando "Fora Meirelles".