terça-feira, 31 de março de 2015

SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS É SETE VEZES MAIOR QUE TODAS AS DEMAIS CORRUPÇÕES, E A MÍDIA E JUSTIÇA SE CALAM


            Ilustração: Ana Beatriz Pádua

Sonegação de impostos é sete vezes maior que a corrupção

"Deixa-se de recolher 500 bilhões de reais por ano aos cofres públicos no País, ao passo que o custo anual médio da corrupção no Brasil (Federal, Estados e Municípios e empresas privadas], em valores de 2013, corresponde a 67 bilhões anuais,

Por Carlos Drummond, na revista "CartaCapital"

No País que é vice em sonegação, só a corrupção interessa...

"Nenhum assunto rivaliza com as notícias sobre corrupção na cobertura e no destaque dados pela mídia, um sinal da [ou melhor, que acarreta a] importância devidamente atribuída ao problema pelos cidadãos. Males de proporções maiores, porém, continuam [hipócrita e maquiavelicamente] na sombra. A sonegação de impostos, por exemplo, tem sete vezes o tamanho da corrupção, mas recebe atenção mínima da sociedade e do noticiário [por "culpa no cartório"?].

Deixa-se de recolher 500 bilhões de reais por ano aos cofres públicos no País, calcula o presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, Heráclio Camargo. O custo anual médio da corrupção no Brasil, em valores de 2013, corresponde a 67 bilhões anuais, informa José Ricardo Roriz Coelho, diretor-titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, com base em cálculos recentes.

Para alertar a sociedade da importância de se combater a sonegação, Camargo, inaugurou na quarta-feira 18, em Brasília, um sonegômetro e uma instalação denominada "lavanderia Brasil". Na inauguração, o medidor mostrava o total sonegado de 105 bilhões desde janeiro, dos quais 80 bilhões escoados por meio de operações de lavagem ou manipulação de recursos de origem ilegal para retornarem à economia formal com aparência lícita.

Em um exemplo citado pelo Sindicato, um comerciante simula a compra de 50 milhões de litros de combustível, adquire só 10 milhões de litros físicos e obtém, mediante pagamento, notas fiscais falsas no valor de 40 milhões. Ele negociou de fato só aqueles 10 milhões, mas trouxe para a economia formal os 40 milhões de origem ilícita por meio desse mecanismo de lavagem, sem recolher os impostos devidos. Tanto a parcela superfaturada, os recursos de propinas, tráfico de drogas, de armas e de pessoas, contrabando, falsificações, corrupção e renda sonegada precisam retornar à economia com aparência de origem lícita, para as atividades criminosas prosseguirem.

A livre atuação no Brasil das empresas "off shores", ou registradas em paraísos fiscais, agrava a sonegação. Há laços fortes do País com esses redutos de burla dos fiscos dos estados nacionais, na prática nossos grandes parceiros comerciais. A principal razão é o tratamento preferencial dado ao capital externo, subtaxado quando da sua remessa de lucros ao exterior, afirma-se no site "Tax Justice Network".

Todos os países que não taxam ganhos de capital, ou o fazem com base em alíquota inferior a 20% são considerados paraísos fiscais no Brasil. Ironicamente, esse país tem diversas situações de ganhos de capital taxados em menos de 20%.” Não é bem assim, explica a Receita Federal. “A definição de paraíso fiscal na legislação brasileira não leva em conta apenas a tributação de ganhos de capital, mas sim a tributação da renda. A tributação da renda das pessoas físicas é de 27,5% e das pessoas jurídicas é de 25% de imposto de renda, mais 9% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.” Mas a taxação de ganhos de capital, “em regra é de somente 15%”, é baixa em termos mundiais e o trânsito do dinheiro é facilitado pela parceria comercial com os paraísos fiscais.

Pessoas físicas recorrem também aos paraísos fiscais para não pagar impostos sobre os seus ganhos, lícitos ou não. No caso das 8.667 contas de brasileiros descobertas no HSBC da Suíça (4.º maior número de correntistas no mundo), Camargo vê “com certeza indícios de conexão com paraíso fiscal, porque essas contas eram secretas, só vazaram porque um ex-funcionário do HSBC divulgou a sua existência. Há indícios a serem investigados pelas autoridades brasileiras, de evasão de divisas e crime de sonegação fiscal.”

Os impostos mais sonegados são o INSS, o ICMS, o Imposto de Renda e as contribuições sociais pagas com base nas declarações das empresas. Os impostos indiretos, embutidos nos produtos e serviços, e o Imposto de Renda retido na fonte, incidentes sobre as pessoas físicas, são impossíveis de sonegar. A pessoa jurídica cobra os tributos, mas "algumas vezes" [muitas] não os repassa ao governo.

Quem tem mais, deve pagar mais, estabelece a Constituição, em um preceito tão desobedecido quanto o do "Imposto sobre Grandes Fortunas", à espera de regulamentação. Nesse assunto, o Brasil está na contramão. A partir de 2012, com a piora da economia e da arrecadação, países europeus que haviam concedido desonerações tributárias e cortado gastos, voltaram a aumentar o imposto de renda nas alíquotas mais altas e elevaram os impostos sobre propriedade, diz a professora Lena Lavinas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Aqui, não conseguimos fazer isso porque o IPTU não é arrecadado pela União, mas pelos municípios, então você não mexe na propriedade. Impostos que tratam da concentração da renda, do patrimônio, deveriam estar nas mãos da União. A reforma tributária, segundo algumas visões do Direito, é tratada como uma questão de simplificação. Não é o caso, muito pelo contrário, tem que complexificar mais, dentro de uma estrutura adequada em termos de progressividade, de taxar realmente o patrimônio, os ativos, essa coisa toda.”

A estrutura do nosso sistema tributário, diz a professora, “é uma tragédia, regressiva, picada, os impostos não vão para as mãos que deveriam ir. Por que não se consegue repensar o IVA, o ICMS? Porque são dos Estados. Impostos e medidas que poderiam favorecer uma progressividade não se consegue adotar, por conta do nosso caráter federativo.”

A sonegação é uma possibilidade aberta para as empresas pela estrutura tributária, conforme mencionado acima e, quando pegas, são beneficiadas pela discrição das autoridades. Também nesse quesito, o Brasil segue na contramão. Nos Estados Unidos, por exemplo, os próprios políticos tratam de alardear os nomes das empresas flagradas em irregularidades.

Por que o Brasil não dá publicidade aos nomes dos grandes sonegadores, o que possivelmente contribuiria para desestimular o não recolhimento de tributos e impostos? Segundo Camargo, há divulgação, mas ela não é satisfatória. “Existe um sítio na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional que enseja a consulta dos CNPJ ou CFP dos devedores, mas sem informar quais são os valores devidos. Não temos uma cultura de transparência no Brasil. Essas restrições são inaceitáveis e nós devemos caminhar para uma maior transparência, com a divulgação dos nomes e respectivos valores devidos.”

FONTE: escrito por Carlos Drummond, na revista "CartaCapital"

BRAÇO DA CIA (EUA) PROMOVE O CAOS NO BRASIL




"VEMPRARUA" AGORA QUER IMPEACHMENT. O MOTIVO? A TENTATIVA DO GOVERNO DE EVITAR A QUEBRA DE EMPRESAS BRASILEIRAS

[PSDB E "Vemprarua" AGEM EM DEFESA DA ENTRADA DAS EMPRESAS NORTE-AMERICANAS NO MERCADO BRASILEIRO. 

OS 'ACORDOS DE LENIÊNCIA' AUMENTAM A CHANCE DE SOBREVIVÊNCIA DAS GRANDES EMPRESAS BRASILEIRAS, O QUE CONTRARIA OS INTERESSES DOS EUA. PARA OS ENTREGUISTAS, ISSO É MOTIVO DE IMPEACHMENT]


"Depois de levar uma prensa de setores da extrema direita, empresário que lidera o 'Vemprarua' reavalia sua posição sobre o impeachment e aponta como pretexto os acordos de leniência de envolvidos na operação Lava Jato. [...]



Do "Brasil 247" 

Líder do movimento ‘Vemprarua’, o empresário Rogério Chequer adotou um discurso mais incisivo pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Chamado de 'Talão de Chequer' por lideranças da extrema direita, ele aponta agora como pretexto ao ‘Fora Dilma’ a suposta movimentação do governo em favor de acordos de leniência de envolvidos na operação Lava Jato. “Não podemos ficar calados diante disso. O que parecia um plano iniciado no Executivo, interferido no Judiciário, invadindo a AGU, passado pelo TCU e aterrissado na Controladoria-Geral (CGU) começa a se deflagrar”, disse.

Em entrevista ao [jornal autodeclarado tucano] ‘O Estado de S. Paulo’, ele nega que essa mudança tenha a ver com pressões da direita: “Não é radicalização, de modo algum. Não estamos fechando o foco, continuamos com todas as outras demandas – por ética na política, por cidadania, por um basta à corrupção e à má gestão dos recursos públicos”, concluiu." 



PSDB E 'VEMPRARUA' ABRAÇAM O TERRORISMO ECONÔMICO [MANIPULADOS PELA CIA/EUA]

"Ao usar os acordos de leniência que vêm sendo negociados entre as empresas envolvidas na Lava Jato e a União como pretexto para pedir o impeachment da presidente Dilma Roussef, o movimento 'vemprarua', braço tucano de mobilização nas redes sociais, assume a linha defendida pelo ex-governador Alberto Goldman: quanto pior, melhor.


O objetivo é quebrar as empreiteiras, provocar desemprego em massa e, assim, com a deterioração econômica, criar as condições para um golpe. A estratégia foi explicitada na segunda-feira por Rogério Chequer, empresário que até recentemente vivia nos Estados Unidos e tem ligações com a "Stratfor", empresa americana de inteligência chamada de "CIA privada". Sobre os acordos de leniência, é evidente que qualquer governo minimamente responsável, em qualquer país sério, tentaria preservar empresas que empregam centenas de milhares de pessoas.

Do "Brasil 247"


O movimento 'vemprarua', instrumento de mobilização do PSDB nas redes sociais, assumiu sua nova linha de discurso. Nos protestos marcados para 12 de abril, irá pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em razão dos acordos de leniência que estão sendo negociados entre as empresas envolvidas na Lava Jato e a União.

“Não podemos ficar calados diante disso. O que parecia um plano iniciado no Executivo, interferindo no Judiciário, invadindo a AGU, passando pelo TCU e aterrissando na Controladoria-Geral (CGU) começa a se deflagrar”, diz Rogério Chequer, líder do 'vemprarua', que se diz apartidário, mas é tucano da cabeça aos pés (saiba mais aqui).

Ao atacar os acordos de leniência, tanto o PSDB como o 'vemprarua', que são duas faces de uma mesma moeda, assumem a linha de ação defendida explicitamente pelo ex-governador paulista Alberto Goldman: a do quanto pior, melhor.

Em artigo publicado na "Folha", Goldman escreveu que a deterioração econômica é uma das condições necessárias para se obter um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Nos últimos seis meses, o setor da construção já demitiu cerca de 250 mil pessoas no Brasil. Estaleiros, como o Rio Grande, no Sul do País, e o Enseada, na Bahia, estão praticamente fechando as portas. Caso os acordos de leniência sejam inviabilizados, como defendem o 'vemprarua' e o PSDB, o saldo de demissões poderá superar a cifra de 1 milhão de trabalhadores, provocando o colapso da infraestrutura no País.

É justamente por isso que a ação liderada pelos ministros Valdir Simão, da Controladoria-Geral da União, e Luis Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União vem sendo tão bombardeada pela oposição, que, ainda que não assuma, deseja o caos econômico e o desemprego em massa. Apenas vozes isoladas, como o deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA), tiveram o bom senso de lembrar que a engenharia é um patrimônio brasileiro e não deve ser destruído por razões políticas.

Aleluia sabe, afinal, que qualquer governo responsável, em qualquer país sério, agiria para preservar empresas que têm conhecimento acumulado e empregam centenas de milhares de pessoas.

Um exemplo claro disso é o que ocorreu, por exemplo, com as empresas Siemens e Alstom, acusadas de pagar propinas gigantescas ao redor do mundo, inclusive no Brasil (não é mesmo, 'vemprarua'?) e se compromoteram a adotar práticas anticorrupção.

O compromisso de Chequer, no entanto, não é com o Brasil. Até recentemente, ele vivia nos Estados Unidos e, aparentemente, era uma das fontes de informação da empresa americana de inteligência Stratfor, um braço privado da CIA.

A CONEXÃO ENTRE O "VEMPRARUA" E A "STRATFOR", A "CIA DO B"



"Em fevereiro de 2012 – muito antes que nascesse o 'Vem pra Rua' – o nome de Rogério Chequer apareceu na lista de e-mails da empresa de 'inteligência global' "Statfor", conhecida como 'the Shadow CIA'", diz Fernando Brito, editor do "Tijolaço". Recentemente, a "Stratfor" esteve acusada de envolvimento em tentativas de golpes de estado em vários países.

O que fazia o líder do “Vem pra Rua” na lista da "Stratfor", que o Wikileaks vazou em 2012?


Por Fernando Brito, editor doTijolaço

Em fevereiro de 2012 – muito antes que nascesse o “Vem pra Rua” – o nome de Rogério Chequer apareceu na lista de e-mails da empresa de “inteligência global” Statfor, conhecida como “the Shadow CIA”.

A lista foi hackeada dos computadores da empresa e divulgada pelo Wikileaks e, é claro, sua autenticidade nunca foi confirmada. O arquivo do Wikileaks onde consta seu nome pode ser baixado do site do Wikileaks aqui.

Chequer, que até então não teria nenhuma razão para ser envolvido em assuntos políticos, está na 13ª. linha do arquivo e aparece identificado com a companhia “cyranony”.

E existe, de fato, uma companhia "Cyrano NY, LLC" , registrada como “companhia estrangeira” no Estado de Delaware, um paraíso fiscal dentro do território americano, e assim reconhecido até pela Receita Federal brasileira.

Não é possível saber, por isso, se a empresa tem a algo a ver com Chequer para ser assim mencionada nos arquivos da "Stratfor".

Portanto, de nada o se acusa, embora ele, como figura pública que é, agora, talvez pudesse explicar o que fez desde que seus negócios saíssem de um estado glorioso que tinha como dono de um fundo de investimento nos EUA e viesse, em 2012, ser sócio dos primos numa agência de publicidade especializada em produzir apresentações de “power point”.

Porque, até 2008, tudo ia de vento em popa para Chequer nos EUA, que lançava novos produtos financeiros e apresentava um categorizado “Advisory Board” de sua "Atlas Capital Manegment", que tinha entre os integrantes até um ex-diretor do Banco Central, Luiz Augusto de Oliveira Candiota, que se demitiu do cargo rebatendo denúncias, feitas pela "Istoé", de ter uma conta não declarada no exterior.

Mas neste meio tempo, algo aconteceu e não sei se por razões econômicas ou por saudades do Brasil, Chequer se desfez de tudo, inclusive de sua bela mansão de cinco quartos no chique entorno de Nova York, em White Plains, considerado um dos dez melhores lugares para se viver perto da Big Apple.

Repito: ao contrário do que a mídia costuma fazer, aqui não se acusa de nenhuma ilegalidade o Sr. Rogério Chequer. Tudo o que está publicado aqui está em documentos públicos, oficiais, na Internet, ao alcance de qualquer cidadão.

Não é transparência o que o “Vem pra Rua” apregoa?"

FONTE: do portal "Brasil 247" 

sexta-feira, 27 de março de 2015

Só vou acreditar na lei anticorrupção quando um tucano graúdo for preso.

Guerra e Aécio
Guerra e Aécio
Montaigne conta, num de seus ensaios, que dois candidatos a um posto na Grécia Antiga debatiam publicamente.
Um deles fez um discurso longo, minucioso. Quando a palavra foi para o outro este, laconicamente, afirmou: “Vou fazer as coisas que ele disse.”
Ganhou.
As pessoas queriam menos palavras e mais movimento, mais ação.
É mais ou menos este meu sentimento diante da Lei da Corrupção apresentada, dias atrás, pelo governo.
Eu diria: o foco agora deveriam ser as ações, muito mais que as palavras.
Só vou acreditar nessa lei quando um tucano graúdo for preso, por exemplo.
Na Lava Jato, o único líder do PSDB realmente em situação complicada é um cadáver.
Há poderosas evidências de que o ex-presidente do partido, Sérgio Guerra, levou 10 milhões de reais para bloquear uma CPI da Petrobras, alguns anos atrás.
Se o presidente de um partido é seu símbolo máximo, eis aí um retrato pouco edificante do PSDB.
A posição do atual presidente tucano na Lava Jato, Aécio Neves, também não é exatamente confortável.
Para encurtar: fosse do PT, Aécio  fatalmente rumaria para a Papuda ou algum destino semelhante. Ou, pelo menos, estaria na Lista de Janot.
Youssef, o doleiro delator, disse, conforme mostra um vídeo publicado na semana passada, que Aécio dividia uma diretoria com o PP na estatal Furnas.
Por dividir, você deve entender o seguinte: metade do dinheiro desviado mensalmente ia para Aécio, e a outra metade para o PP, cujos deputados batem panelas e fazem inflamados discursos contra a corrupção.
Este Mensalão, disse Youssef, equivalia a 120 mil dólares. Quem operava para Aécio, pergunta um interrogador. Youssef fala na irmã de Aécio.
Todos sabem o papel vital de Andrea, como ela se chama, na vida de Aécio. No seu governo, era ela que administrava as verbas de publicidade oficiais.
Quem criticava Aécio ficava à míngua. E claro que, para os Neves, não havia uma afronta à ética em colocar recursos públicos nos produtos de mídia da família.
Com tudo isso, Aécio se livrou da lista.
E mesmo tendo no passivo infâmias como o aeroporto de Cláudio ele não fica vermelho ao posar como Catão e fazer virulentos discursos contra a corrupção, sempre com generosa cobertura da mídia amiga.
A melhor frase sobre o Brasil destes tempos foi pronunciada por um deputado do PSDB metido em alguma encrenca.
Com uma franqueza tonitruante, ele disse que, já que não é do PT, sabe que não será preso.
Alguém pode contestá-lo?
Então repito: só vou acreditar na lei anticorrupção quando terminar a imunidade dos tucanos – e um deles, vivo de preferência, der entrada numa cadeia.
Me segurei para não acrescentar o seguinte: e também quando um caso de sonegação como o da Globo for exemplarmente punido, como se faz em sociedades avançadas. (Por muito menos que o golpe da Globo o presidente do Bayern de Munique está preso.)
Mas não, aí já seria demais.
Sou sonhador, mas nem tanto.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

sexta-feira, 20 de março de 2015

O plano é jogar o PT na ilegalidade

Não é dos sons das panelas dos donos dos apartamentos dos bairros chiques das grandes cidades ou do português estropiado e ofensivo das faixas e cartazes dos "protestantes" que vem o maior perigo para o Partido dos Trabalhadores.

O "agitprop" da burguesia é apenas uma parte da estratégia da oligarquia para varrer os trabalhistas da cena política nacional.

O ato principal dessa tragicomédia está sendo montado pelo promotor Moro e sua banda, formada por delegados, policiais militares e promotores do MP paranaense.

O enredo é até simplório: prenda-se um executivo almofadinha dessas empresas acusadas de corrupção; tratem-no como um lixo humano durante alguns meses; extraia dele o que quiser, como passaporte para essa infâmia chamada "delação premiada".

O jorro das confissões destinadas a criminalizar os trabalhistas já teve início.

E como faltam provas de que eles receberam propinas, que tal forjar uma tese de que as doações legais das empresas para as campanhas eleitorais são ... ilegais?

Claro que o princípio da coisa é absurdo, kafkiano, surrealista - ou algo que o valha.

Mas é preciso lembrar que Moro e banda estão se especializando em compor melodias atonais, assimétricas e destrambelhadas.

O texto da peça que montam é para ser interpretado em palcos mal iluminados, penumbrosos, tal a sua falta de qualidade.

Estamos, porém, num país em que a Justiça condenou pessoas apenas porque elas deveriam saber dos crimes que estariam sendo pretensamente cometidos à sua volta.

A verdade é que, se a tese dos promotores moronianos for aceita, de que as doações legais para as campanhas eleitorais do PT são ilegais, será preciso anular todas as eleições e, junto com o PT, cassar o registro de todos os outros partidos políticos.

Isso porque todos eles receberam dinheiro das empresas citadas, de uma forma ou de outra, no inquérito de Moro e sua banda.

Um inquérito que, agora, mostra para que veio: se não dá para incriminar a própria presidenta, carimbá-la como corrupta de carteirinha, vamos, pelo menos, cassar o registro desse incômodo PT para que, ao menos em 2018, ele não possa participar das eleições.

Em outras palavras, vamos liquidar com o trabalhismo brasileiro e com sua principal liderança, esse nordestino analfabeto que ousou querer mudar o Brasil.

Sonegação no HSBC é dez vezes maior que a Lava Jato


A sonegação dos ricaços brasileiros no HSBC chega a ser dez vezes maior que a corrupção na Lava Jato

Por Gabriel Priolli - M Portal

Custo da corrupção na Petrobrás, estimado pelo Ministério Público Federal, a partir da Operação Lava-Jato: R$ 2,1 bilhões.
O que provoca: grande escândalo na mídia, comoção nacional, crise institucional, governo paralisado, articulação golpista, sensação de fim de mundo iminente.
Valor dos depósitos de 8.667 ricaços brasileiros no HSBC da Suíça, fugindo à tributação no país e, portanto, desviando recursos públicos: R$ 20 bilhões.

O que provoca: cobertura jornalística pífia, nomes de envolvidos omitidos, silêncio do governo, silêncio do parlamento, silêncio da justiça, desinteresse dos cidadãos, indiferença geral e irrestrita.
Conclusão inescapável: o zelo ético dos brasileiros pode ser no mínimo dez vezes menor que o necessário à pretendida moralização do país.

Desta vez, a denúncia não foi Edward Snowden, foi outra pessoa. Trata-se de Hervé Falciane que entregou as planilhas que havia extraído do escritório de Genebra ao Jornal Le Monde. Verificou-se que existiam 107 mil correntistas entre 2006 e 2007 que possuíam mais de US$ 100 bilhões de dólares em Bancos Suíços.

Muitos deles eram brasileiros e havia muita gente diretamente ligada à Grande Mídia que distorce e manipula informações para colocar o povo brasileiro contra a Presidente Dilma. Vejamos alguns destes nomes:

1. REDE BAND DE TELEVISÃO – João Roberto Saad. O noticiário da Band só dá noticias contra o Governo Federal, favorece protestos, estimula o impeachment e critica sistematicamente a gestão econômica do Governo Dilma. Entre os jornalistas mais a direita encontramos Boris Casoi (Ex-CCC), Fernando Mitre, Antonio Telles, etc.

2. REDE GLOBO DE TELEVISÃO– Lily Carvalho ex-esposa (já falecida) de Roberto Marinho. O noticiário da Globo sob a liderança de William Waack se opõe diretamente ao Governo Federal, favorece protestos, estimula o impeachment e critica sistematicamente a gestão econômica do Governo Dilma. Além de William Waack, outros jornalistas se prestam para este papel tais como Merval Pereira, Sardenberg, Eliana Catanhede, Arnaldo Jabour Etc. e do DIARIO CARIOCA- HORACIIO DE CARVALHO – 750 milhões de dólares

3. REDE SBT DE TELEVISÃO – Carlos Massa (Ratinho) com 12,4 milhões de dólares

4. TV E RADIO TRIBUNA DE PERNAMBUCO – Fernando João Pereira dos Santos com 9,9 milhões de dólares

5. GRUPO FOLHA DE SÃO PAULO – Octavio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho conta zerada em 2007

6. GAZETA MERCANTIL – Luiz Fernando Ferreira Levy zerou a conta em 2007

7. GRUPO DE TV VERDES MARES – Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz e Edson Queiroz Filho com 83,9 milhões de dólares

8. REDE TRANSAMERICA – GRUPO ALFA – Aloísio de Andrade Faria com 120, 5 milhões de dólares

9. EDITORA ABRIL – REVISTA VEJA – José Roberto Guzzo conta zerada à época

10. GRUPO JOVEM PAN – Mona Dorf com 310 mil dólares. Fernando Luiz Vieira de Mello (diretor de jornalismo da Rádio Jovem Pan –falecido em 2001.

11. FAMILIA DINES JORNALISTAS INDEPENDENTES –Arnaldo, Alexandre, Débora e Liana com 1,3 milhões de dólares.