terça-feira, 11 de maio de 2010

Brasil e Cuba viram exemplo de cooperação em vacinas.

Não está nos portais brasileiros (exceto o Terra), mas já está circulando mundo afora a noticia de que um estudo que pesquisadores de cinco países em desenvolvimento, em colaboração com o Centro McLaughlin-Rotman para a Saúde Global do Canadá (MRC), publicaram hoje na revista Nature Biotechnology e que coloca Brasil e Cuba como modelos na fabricação de medicamentos de baixo custo para populações carentes.

O trabalho, o primeiro estudo em larga escala de cooperação “Sul-Sul” no campo da biotecnologia relacionada com a saúde, destaca a cooperação entre a BioManguinhos – empresa ligada à Fundação Oswaldo Cruz, no Rio e o Instituto Finlay, cubano, como um modelo capaz de salvar milhares de vidas humanas. Vou transcrever o que disse Halla Torsteinsdóttir, diretora do estudo e membro do Centro McLaughlin-Rotman, a agência espanho EFE, porque é muito bacana, dá gosto começar o dia com ela:

- Em 2007, houve um surto de meningite no “cinturão da meningite”, uma faixa de países sub-saarianos que abrange desde o Senegal até a Etiópia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a procurar uma empresa que pudesse produzir uma vacina apropriada para a epidemia “.

Milhares de pessoas morreram e outras dezenas de milhares foram afetadas pela doença, que é o resultado de inflamação de uma fina camada que envolve o cérebro ea coluna vertebral como resultado de uma infecção bacteriana. A OMS determinou que a colaboração entre o Instituto Finlay, que possui ampla experiência na luta contra a meningite no Haiti, e a empresa Bio-Mangunhos era a melhor opção para produzir uma vacina contra este tipo de meningite.

- As vacinas contra a meningite criadas pelas grandes empresas farmacêuticas eram mais complexas e caras que os produzidas pelo Brasil ou em Cuba, porque eles são criadas para combater vários tipos de meningite. E não cobriam a cepa (a bacteria específica) da África. A vacina produzida pelas empresas ocidentais custa US $ 80 por unidade, enquanto o preço da produzido pela cooperação entre Cuba e Brasil era inferior a 1 dólar”.

Segundo a pesquisa, Brasil, China, Cuba, Egito, Índia e África do Sul lançaram cerca de 280 parcerias Sul-Sul para o desenvolvimento de medicamentos e de tratamentos. O país que mais tem iniciativas é o Brasil, com 64, seguido pela África do Sul com 61 e Portugal com 54. Cuba tem 34, sete a mais do que a China.

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