segunda-feira, 30 de maio de 2011

“ÉPOCA” SUPERA “VEJA” EM IMUNDÍCIE E QUER MATAR DILMA


Por Brizola Neto

“Alertado por um leitor, fui ver a capa da “Época” [das Organizações GLOBO] , na qual uma foto da presidenta, de olhos fechados, é usada para ilustrar matéria sobre suposta gravidade de seus problemas de saúde.

É sordidamente mórbida.

Registra que os seus médicos dizem que ela “apresenta ótimo estado de saúde”, mas, a partir daí, tece uma teia mal-intencionada e imunda sobre os problemas que ela apresentou e os outros que tem, normais para uma mulher da sua idade.

O hipotireoidismo, por exemplo, é problema comuníssimo entre as mulheres de mais idade. É por isso que todo médico pede a elas, sempre, o exame de TSH. E o hormônio T4 –Synthroid, Puran, Levoid, Euthyrox e outros– tomado em jejum, é a mais básica terapêutica, usada por anos e anos por milhões de mulheres do mundo inteiro.

A revista publica lista imbecil de “medicamentos” que a presidente tomava, em sua recuperação de uma pneumonia, listando tudo, até Novalgina, Fluimicil e Atrovent (usado em inalação até por crianças), e chegando ao cúmulo de citar “bicarbonato de sódio –contra aftas”. Diz que o toldo que abrigou Dilma de uma chuva, em Salvador, ”lembrava uma bolha de plástico”.

Meu Deus, o que esperavam que fizessem com uma mulher que se recuperava de um princípio de pneumonia? Que lhe jogassem um balde de água gelada por cima?

Essa é a “ética” dos nossos grandes meios de comunicação. Não precisam de fatos, basta construírem versões, erguendo grandes mentiras sobre minúsculas verdades.

Esses é que pretendem ser os “fiscais do poder”.

Que imundície!”

FONTE: escrito por Brizola Neto

GENOCIDAS


Ao anunciar o assassinato de Osama Bin Laden, Barack Obama disse que se fazia ali “a justiça pelos mais de três mil mortos nas Torres Gêmeas” (sic) [Bin Laden é, até hoje, apenas suposto envolvido no ataque de 11 de setembro de 2001. Não conseguiram provas do seu envolvimento].

E quando se fará justiça pelos quase um milhão de mortos entre o Iraque e o Afeganistão? Isso para não retroagirmos mais tempo na história.

Por Izaías Almada, em artigo publicado originalmente no “Blog da Boitempo”

A sociedade norte-americana, maior consumidora de drogas do mundo, amanheceu cantando e dançando no último dia 02 de maio, comemorando o assassinato de Osama Bin Laden.

No cipoal de artigos, análises, entrevistas, boatos, depoimentos e discursos que caracterizaram o show mediático anunciador da morte de Osama Bin Laden, um dos pontos que mais me chamou a atenção (o mesmo aconteceu com a eleição de Barack Obama em 2008) foi –e continua sendo– a montagem de um ardiloso e não menos sibilino marketing político de comunicação em massa.

Em 2008, o mundo foi enganado com a perspectiva de os EUA elegerem um negro (ou devo dizer afrodescendente?) para a Casa Branca. A lógica por trás dos arranjos políticos da elite norte-americana pressupunha criar para o mundo uma imagem menos selvagem e conservadora depois de oito anos de governo Bush. Afinal, pensaram os “estrategistas”, vejam só como a nossa democracia funciona: já suportamos eleger um negro (ou devo dizer afrodescendente?) e de ascendência muçulmana para a presidência dos Estados Unidos da América. Poderiam até ter tentado uma mulher –Hillary Clinton– mas preferiram queimar uma etapa… E escolheram um afrodescendente. Somos de fato uma democracia ou alguém aí na platéia duvida?

No caso atual, o que menos interessa é saber se Bin Laden [era culpado ou não] se estava armado ou não, se houve cooperação paquistanesa ou não, se foi um golpe eleitoral para 2012 ou não, ou até as tais especulações sobre a veracidade da morte no dia anunciado ou mesmo antes, como algumas notícias procuraram sugerir e divulgar.

Claro que historiadores e sociólogos têm o direito e o dever de investigar à exaustão a era Bush Jr/Obama para se entender a rearticulação do capitalismo no pré e no pós período neoliberal mais ativo da contemporânea economia capitalista e ajudar-nos a compreender a geopolítica da força bruta, das invasões de países sob falsos argumentos, da chantagem nuclear, enfim, desse império que insiste em se autodeclarar “defensor da democracia”, seja lá o que isso signifique nos dias de hoje para eles e para nós.

Ninguém chega à presidência dos EUA sem vender a alma ao diabo. Só os ingênuos acreditariam numa bobagem dessas. Barack Obama teve que compor com a indústria do tabaco, com a indústria armamentista, com a indústria farmacêutica, com os grandes grupos midiáticos, com a indústria automobilística, com os magnatas do petróleo, ou jamais alcançaria a presidência. Suas promessas de campanha eram areia nos olhos dos incautos e seus quatro anos de governo mostraram isso até agora.

A mentira e a dissimulação são dois dos principais argumentos da diplomacia norte-americana para o mundo. Há mesmo quem afirme, como faz o Dr. Steve R. Pieczenik, assistente do Secretário de Estado de três presidentes, consultor do Departamento de Defesa e ex-capitão da Marinha dos EUA, que o atentado às Torres Gêmeas em 2001 foi “um trabalho interno”.

Há poucos dias, tomei conhecimento da foto de uma menina iraquiana, na época com cinco anos de idade, chorando e toda suja de sangue, tendo ao lado um soldado norte-americano armado com sua metralhadora. A menina escapara de saraivada de balas contra o carro dos seus pais, que morreram impiedosamente. Na matéria, uma segunda foto mostrava a mesma menina hoje já adolescente e que via, pela primeira vez, a foto descrita acima. Sua expressão na segunda foto é de espanto, dor e um olhar de tristeza. Ali estava mais um (in)feliz ser humano "protegido do terrorismo muçulmano".

E é disso que se trata: por trás da arrogância, do show midiático para incautos, dos discursos repletos de piadinhas infelizes pelo meio, as chamadas autoridades norte-americanas, a começar pelo seu atual presidente, inundam o mundo com seu cinismo, com suas empáfias sustentadas por arsenal atômico inigualável, com seu total desrespeito pelo ser humano. Desrespeito esse que tem um emblema dos mais aterradores para aqueles que ainda querem acreditar em outros valores humanos: Barack Obama recebeu o prêmio Nobel da Paz. Onde está o maior cinismo: nos que lhe atribuíram o prêmio ou no próprio premiado?

Ao anunciar o assassinato de Osama Bin Laden, Barack Obama disse que se fazia ali “a justiça pelos mais de três mil mortos nas Torres Gêmeas” [sic]. E quando se fará justiça pelos quase um milhão de mortos entre o Iraque e o Afeganistão? Isso para não retroagirmos mais tempo na história.

Mais sinistro ainda: o ex-vice presidente de Bush Jr, senhor Dick Cheney, ao ser entrevistado pela rede de televisão “Fox News”, digna porta-voz do que de mais repugnante exibe a ultradireita norte-americana, sustentou que a descoberta de Bin Laden se deveu a informações extraídas em “simulações de afogamento”, um tipo de tortura aplicada pela CIA. E, pasmem todos, que defenderia que esse método de interrogatório voltasse a ser praticado.

A insensibilidad]e, a arrogância, a prepotência, a mentira, a desinformação proposital, o deboche, a vilania, o cinismo, a intolerância, o preconceito –e eu poderia acrescentar inúmeros outros substantivos– são hoje os valores que a democracia norte-americana tem a oferecer ao mundo. Nem mais, nem menos. O mais que posso fazer ao escrever esse artigo –o que é muito pouco para a sanha de tão deletérios criminosos– é usar o único adjetivo que lhes cabe: GENOCIDAS.

O mundo precisa de um novo tribunal Bertrand Russel/Jean-Paul Sartre. Como também precisamos nos acostumar à idéia de que não existiu apenas um Adolf Hitler.”

FONTE: escrito por Izaías Almada, escritor e dramaturgo, em artigo publicado originalmente no “Blog da Boitempo”

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Saiu um abaixo assinado pelo impeachment de Gilmar

Depois da petição que o advogado Piovesan protocolou no Supremo e na OABril 1001 utilidades (na jestão Ophir).

Depois de se verificar que a petição equivale a um BO do Gilmar Dantas (*).

Agora surge na internet um abaixo-assinado a pedir o impeachment o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*) :

Meus Amigos,


Acabei de ler e assinar este abaixo-assinado online:


«A FAVOR DO IMPEACHMENT DO MINISTRO GILMAR MENDES»


http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N10181



Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que também concordarás.


Assina o abaixo-assinado aqui http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N10181 e divulga-o por teus contatos.


Obrigado.
ADIB ABDOUNI

quinta-feira, 19 de maio de 2011

BRASIL PRECISA DA USINA DE BELO MONTE


O BRASIL PRECISA DA UHE BELO MONTE PARA CRESCER E DISTRIBUIR RENDA, DIZ MME

“Para que o país continue a crescer na faixa de 5% do PIB a cada ano, será necessária a instalação de mais 71,3 mil MegaWatts até o ano de 2019. Por isso, o projeto de construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, é vital para permitir o parque industrial funcionar a pleno vapor. A avaliação foi feita pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura Filho, durante workshop “Belo Monte para Jornalistas”, realizado em Brasília pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM).

O Brasil precisa, nos próximos dez anos, instalar 70% da energia que instalou em toda a sua história. Se não houver energia elétrica, o país não irá crescer 5% ao ano”, disse o secretário.

Embora defenda formas alternativas para geração de energia, como eólica e solar, o secretário diz que é alto o custo do investimento e do preço final dessas fontes alternativas para o consumidor e, por isso, as hidrelétricas tornam-se mais vantajosas. “A energia hidrelétrica é a fonte mais econômica, renovável e adequada às nossas necessidades, inclusive do ponto de vista ambiental”, defendeu.

O custo da energia gerada por Belo Monte deve ficar em menos de R$ 80 o MW/h (MegaWatt/hora), enquanto as outras fontes, como a energia eólica, custariam no mínimo R$ 130 o MW/h, afirma Ventura Filho.

Levar energia até a casa dos brasileiros que ainda não têm é uma forma de resgate social”.

FUNAI: NENHUMA TERRA INDÍGENA SERÁ ALAGADA POR BELO MONTE

Durante o workshop promovido pela SECOM, o presidente da FUNAI, Márcio Meira, afirmou que nenhuma terra indígena será alagada com a construção da usina.

O projeto foi modificado para não alagar terras indígenas. Não haverá supressão de terras e nem remoção de indígenas”, assegurou Meira.

O presidente da FUNAI disse que o órgão está cumprindo seu papel no processo, estabelecendo condições e medidas que minimizem os impactos do empreendimento junto aos povos indígenas da região. São 13 as condicionantes indígenas, sob responsabilidade da Norte Energia S.A., que constam da licença prévia emitida pelo IBAMA em fevereiro do ano passado. Outras 13 condicionantes, incluindo proteção e fiscalização das terras indígenas, cabem ao Estado brasileiro.

Se o empreendimento é importante para o país, então que os primeiros beneficiários sejam os povos daquela região”, disse.

Meira esclareceu ainda que a FUNAI, como órgão interveniente, vem realizando estudos e reuniões nas dez terras indígenas localizadas na área de influência da obra desde 2007. Foram realizadas 42 reuniões de consulta com indígenas, incluídas as quatro audiências públicas em Brasil Novo, Vitória do Xingu, Altamira e Belém. Intérpretes, inclusive, foram empregados para traduzir do português para as respectivas línguas.

A FUNAI vai acompanhar, ainda, a execução do Plano Básico Ambiental, os programas de Comunicação Indígena e de Proteção das Terras Indígenas, todos de responsabilidade do empreendedor.

IBAMA: VIABILIDADE AMBIENTAL DA UH BELO MONTE JÁ FOI ATESTADA

O presidente do IBAMA, Curt Trennepohl, afirmou que, se todas as condicionantes forem cumpridas, o órgão emitirá a licença de instalação definitiva da obra de Belo Monte. Trennepohl participou, também, do workshop que teve por finalidade tirar dúvidas de jornalistas sobre o empreendimento.

Ações já foram propostas com o intuito de paralisar o processo, mas não existe nenhuma vedação judicial ao procedimento de licenciamento ambiental”, afirmou.

Trennepohl declarou, ainda, que não há prazo para a emissão da licença de instalação da obra da barragem e fez questão de destacar a independência dos 24 técnicos que analisam o processo. Na semana passada, equipe da Diretoria de Licenciamento Ambiental do IBAMA finalizou vistoria no local do futuro empreendimento, próximo a Altamira (PA), e trabalha agora na elaboração do parecer técnico.

A viabilidade ambiental do empreendimento Belo Monte já foi atestada pelo IBAMA, afirmou Trennepohl, quando da emissão da licença prévia (LP), em fevereiro de 2010, estabelecendo 40 condicionantes para prevenir, mitigar ou compensar impactos do projeto. Caso as condicionantes socioambientais não sejam cumpridas pelo consórcio Norte Energia S.A. (NESA), responsável pelo empreendimento, o IBAMA tem poder para embargar a obra.

Nem todo impacto ambiental pode ser considerado prejuízo. Algumas vezes, deve ser considerado custo. O papel do órgão licenciador é procurar minimizar ou compensar os efeitos adversos para o meio ambiente”, disse.

NORTE ENERGIA

O consórcio Norte Energia já recebeu, em janeiro deste ano, a licença para instalação dos canteiros de obra. O consórcio aguarda a licença definitiva para iniciar a construção do empreendimento. Segundo o diretor Socioambiental da NESA, Antônio Coimbra, as condicionantes estabelecidas pelo IBAMA estão sendo tratadas com seriedade.

Todas as condicionantes foram atendidas ou estão em atendimento”, afirmou.

O consórcio é composto pela Eletrobrás e por grupo de empresas privadas brasileiras. Com a construção da UHE Belo Monte, o governo espera acrescentar 11 mil MegaWatts (MW) de capacidade instalada à matriz energética nacional. Com essa potência, Belo Monte será a segunda maior hidrelétrica do Brasil, atrás apenas da usina Itaipu Binacional, administrada por Brasil e Paraguai, com 14 mil MW de potência. Belo Monte deverá iniciar a geração comercial em janeiro de 2015, com sua motorização total prevista para janeiro de 2019.”

FONTE: Blog do Planalto

Persistência no Crime

Era só o que faltava


empregada-domestica

“Era só o que faltava. Quererem uma estação de metrô aqui na esquina perto de onde eu moro! Pra quê? Pra facilitar a vida dessas empregadas, serventes, jardineiros, seguranças, que a gente faz o favor de contratar? Já não chega agora ter de contratar com carteira assinada, essa maldita invenção do Getúlio, junto com a CLT e o salário mínimo?

Outro dia, ou melhor, outra noite aqui em Berlim, assestei meu rádio-telescópio para as coordenadas 23o. 32’ 51” sul e 46o. 38’ 10” oeste e ouvi o seguinte monólogo noturno, evidentemente um sonho, muito interessante:

“Ora, era só o que faltava. Quererem uma estação de metrô aqui na esquina perto de onde eu moro!

Pra quê? Pra facilitar a vida dessas empregadas, serventes, jardineiros, seguranças, que a gente faz o favor de contratar como empregados? Pra que eles caminhem menos no frio ou no calor, na chuva ou no sol de São Paulo? Querem moleza? Aqui, não!

Já não chega a gente agora ter de contratar com carteira assinada, essa maldita invenção do Getúlio, junto com a CLT e o salário mínimo?

Até que as coisas iam voltando a ser o que eram, com isso da gente desregulamentar tudo, acabar com essa malandragem de férias pagas, fim de semana remunerado, e tudo o mais que essa caterva de comunistas inventou. Depois do fim da Revolução de 64 era o que nos restava. Mas agora até isso está acabando. Ninguém mais quer trabalhar por 200 ou 300 milréis, ops, quero dizer, reais por mês.

Mas agora, essa de metrô! Sinceramente! Já não chega isso de agora empregada poder usar o elevador social? Mas aqui na minha casa não. Empregada só entra pela porta de serviço, eu dou um jeito. Porque se entrar pela porta social, sai de uma vez só pela de serviço e não volta! Quer dizer, saía e não voltava. Agora já não sei. Ela sai por qualquer porta e não volta, diz, se eu não a tratar direito, se não respeitar os seus direitos. Pelo menos é o que a minha mulher me diz. Acho até que ela, a minha mulher, já está amolecendo. É por causa dessa m... de Bolsa Família. Dar dinheiro pra pobre! Onde já se viu?! E desde quando pobre tem direitos? Tem que trabalhar isso sim, corja de vagabundo. Se ficou pobre é porque nasceu pra isso, ora!

Aí vem essa turma da defesa do transporte público. Imagine! Transporte público é coisa pra país da Europa, isso sim. Porque lá o público tem olho azul e cabelo loiro. Se tem olho escuro, pelo menos é italiano, que nem vovô. E fala língua de gente, não esse português errado daqui. Claro, na Europa, eu vi isso, os gente fina que nem nós vão à ópera de metrô. Com todos os trajes de gala. Mas é que lá tem sim a massa cheirosa, não essa fedida daqui. Lá Bodum é marca de cafeteira, não esse cheiro horrível de vagão de metrô na zona norte às seis da tarde aqui.

É verdade que mesmo lá as coisas pretejaram. Muito africano, muito árabe, muito latino, Deus que me perdoe! Mas felizmente já tem uns caras decididos em todo o canto, botando as coisas no lugar, expulsando cigano, fazendo campanha contra estrangeiro vagabundo, tem até uns que dão um cacete em estranja metido a besta. Ê bom tempo que a gente podia fazer isso por aqui! Só falta os policias de lá fazerem vista grossa que nem os daqui faziam.

Aqui, transporte público pra quê? Tirando naturalmente pra trazer os empregados pro trabalho e levar eles de volta depois. E chega, e sem folga. Quem nasceu pra sardinha não precisa abrir os braços. Até porque se abre os braços lá vem aquele fedor subindo pelas narinas.

Transporte público? Ora, espaço pouco, meu carrão primeiro, me desculpem. Vovô deu duro, enriqueceu, papai manteve a fortuna, e agora na hora de eu aproveitar vem essa gente querendo roubar espaço do meu carrão e botar metrô aqui na esquina! Era só o que faltava!”.

Eu bem que queria ouvir mais. Mas entrou uma interferência. Devia ser algum ônibus passando. Lá ou aqui.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Vale a pena: Retrospectiva Lula

Conheça os grandes investimentos que estão mudando a cara do País

Ceará testa idéia pioneira para gerar energia com mar

O caderno Razão Social, de O Globo, publicou ontem uma matéria muito interessante sobre o projeto – que deve começar a funcionar nos próximos dias – desenvolvido pela Coordenação de Programas de Pós-Graduação (Coppe), da UFRJ e do Governo do Ceará para gerar energia elétrica a partir das ondas do mar, que se chocam com os molhes (quebra-mar) do Porto de Pecém.

A idéia é simples e facilmente compreendida por que já viu equipamentos antigamente muito comuns no interior: a bomba carneiro, uma bomba que, sem energia elétrica, é capaz de elevar em vários metros a água de um rio, desde que este tenha velocidade na sua descida e a bomba d`água manual.

Olhe aí na imagem artística. Estes braços amarelos são como braços de uma bomba manual. Eles empurram a água para uma câmara, comprimindo o ar existente e, na outra ponta, a água sai com muita força, o suficiente para mover pequenas turbinas elétricas.. Através de uma tubulação em circuito fechado, essa água pressionada, segundo o coordenador do projeto, Segen Estefen, equivale a uma queda d’água de 500 metros de altura, que aciona a turbina e o gerador que vai produzir a eletricidade.

Vamos torcer para funcionar tudo bem e, quem sabe, nascer aí uma opção de geração elétrica pontual em áreas litorâneas, onde dificilmente ocorrem as condições para a implantação de geração hidrelétrica convencional, e com muito menos impacto ambiental.

EXERCÍCIO DE MEMÓRIA PARA A IMPRENSA QUE SE DIZ "DEMOCRÁTICA"


A HIPOCRISIA

A GRANDE MÍDIA BRASILEIRA, QUE GOSTA DE SE PROCLAMAR DEMOCRÁTICA, BEM QUE PODERIA RELEMBRAR ESTES EDITORIAIS:

Pesquisa da jornalista Cristiane Costa:

O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual. Agora, basta!” – (Do editorial “BASTA”, 31 de março de 1964 – Correio da Manhã – Rio de Janeiro)

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Só há uma coisa a dizer ao Sr. João Goulart: Saia!” – (Do editorial “FORA!”, 1° de abril de 1964 – Correio da Manhã)

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Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade … Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas” - (Editorial do Jornal do Brasil – Rio de Janeiro – 1º de Abril de 1964)

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Golpe? É crime só punível pela deposição pura e simples do Presidente. Atentar contra a Federação é crime de lesa-pátria. Aqui acusamos o Sr. João Goulart de crime de lesa-pátria. Jogou-nos na luta fratricida, desordem social e corrupção generalizada.” – (Jornal do Brasil, edição de 1º de abril de 1964.)

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Minas desta vez está conosco”(…) “Dentro de poucas horas, essas forças não serão mais do que uma parcela mínima da incontável legião de brasileiros que anseiam por demonstrar definitivamente ao caudilho que a nação jamais se vergará às suas imposições.” – (Estado de S. Paulo – 1º de abril de 1964)

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Multidões em júbilo na Praça da Liberdade. Ovacionados o governador do estado e chefes militares. O ponto culminante das comemorações que ontem fizeram em Belo Horizonte, pela vitória do movimento pela paz e pela democracia foi, sem dúvida, a concentração popular defronte ao Palácio da Liberdade. Toda área localizada em frente à sede do governo mineiro foi totalmente tomada por enorme multidão, que ali acorreu para festejar o êxito da campanha deflagrada em Minas (…), formando uma das maiores massas humanas já vistas na cidade” - (O Estado de Minas – Belo Horizonte – 2 de abril de 1964)

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A população de Copacabana saiu às ruas, em verdadeiro carnaval, saudando as tropas do Exército. Chuvas de papéis picados caíam das janelas dos edifícios enquanto o povo dava vazão, nas ruas, ao seu contentamento” – (O Dia – Rio de Janeiro – 2 de Abril de 1964)

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Escorraçado, amordaçado e acovardado, deixou o poder como imperativo de legítima vontade popular o Sr João Belchior Marques Goulart, infame líder dos comuno-carreiristas-negocistas-sindicalistas” – (Tribuna da Imprensa – Rio de Janeiro – 2 de Abril de 1964)

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Fugiu Goulart e a democracia está sendo restaurada”… “atendendo aos anseios nacionais de paz, tranqüilidade e progresso… as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-a do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal”. – (O Globo, 2 de abril de 1964)

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Lacerda anuncia volta do país à democracia.” – (Correio da Manhã, 2 de abril de 1964)

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A paz alcançada. A vitória da causa democrática abre o País a perspectiva de trabalhar em paz e de vencer as graves dificuldades atuais. Não se pode, evidentemente, aceitar que essa perspectiva seja toldada, que os ânimos sejam postos a fogo. Assim o querem as Forças Armadas, assim o quer o povo brasileiro e assim deverá ser, pelo bem do Brasil” – (Editorial de O Povo – Fortaleza – 3 de Abril de 1964)

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Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem.

Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.

Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ter a garantia da subversão, a âncora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada
…” - (O Globo – Rio de Janeiro – 4 de Abril de 1964)

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Feliz a nação que pode contar com corporações militares de tão altos índices cívicos”(…) “Os militares não deverão ensarilhar suas armas antes que emudeçam as vozes da corrupção e da traição à pátria.” – (Estado de Minas, 5 de abril de 1964)

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A Revolução democrática antecedeu em um mês a revolução comunista”. – (O Globo, 5 de abril de 1964)

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Pontes de Miranda diz que Forças Armadas violaram a Constituição para poder salvá-la!” - (Jornal do Brasil, 6 de abril de 1964)

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Congresso concorda em aprovar Ato Institucional”. – (Jornal do Brasil, 9 de abril de 1964)

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Milhares de pessoas compareceram, ontem, às solenidades que marcaram a posse do marechal Humberto Castelo Branco na Presidência da República …O ato de posse do presidente Castelo Branco revestiu-se do mais alto sentido democrático, tal o apoio que obteve” – (Correio Braziliense – Brasília – 16 de Abril de 1964)

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Vibrante manifestação sem precedentes na história de Santa Maria para homenagear as Forças Armadas. Cinquenta mil pessoas na Marcha Cívica do Agradecimento” - (A Razão – Santa Maria – RS – 17 de Abril de 1964)

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Seis dias depois da derrubada de Goulart, a Tribuna da Imprensa de Helio Fernandes foi o primeiro jornal a se posicionar contra o regime militar. Depois, o Correio da Manhã de Paulo Bittencourt também foi para a oposição. Mas todos os outros destacados órgãos da chamada grande imprensa seguiram apoiando indefinidamente a ditadura, como fica demonstrado nesses dois editoriais que seguem abaixo, também pesquisados pela jornalista Cristiane Costa:

Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e afirmar-se. Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não moveu o País, com o apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de responsabilidades”. – (Editorial do Jornal do Brasil – Rio de Janeiro – 31 de Março de 1973)

Participamos da Revolução de 1964 identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”. – (Editorial assinado por Roberto Marinho, publicado no jornal ”O Globo”, 7 de outubro de 1984, sob o título “Julgamento da Revolução”).”

FONTE: pesquisa da jornalista Cristiane Costa

MARINHA QUER SUPERNAVIO DE ATAQUE ANFÍBIO

Navio de Múltiplos Propósitos

Modelo é destinado a intervenção maciça e rápida com soldados, helicópteros e tanques

Por Roberto Godoy, no Estadão

A Marinha do Brasil vai ter, ao menos, dois Navios de Múltiplos Propósitos, um conceito novo de navio autossuficiente. Cada um desses gigantes, grandes como dois campos de futebol e feitos para projetar poder naval, leva uma força completa de intervenção: soldados, tanques, helicópteros, lanchas, mísseis e hospital, mais um sofisticado centro de inteligência.

Cada unidade, de alta tecnologia, custa hoje entre US$ 600 milhões e US$ 750 milhões no mercado internacional. É programa ambicioso, contemplado no “Plano de Articulação e Equipamento da Marinha” (PAEMB), ainda sem prazo definido. Em nota, o comandante da Força, almirante Júlio Moura Neto, disse que "o processo de aquisição depende da disponibilidade de recursos orçamentários, não tendo sido ainda selecionado um projeto específico".

Os dois fornecedores mais importantes são os Estados Unidos, que mantêm uma frota variada de oito navios, e a França, que desenvolveu versão avançada, a classe Mistral. O governo da Rússia quer comprar quatro exemplares.

Embora apresentado como lançador de ataques anfíbios, o conceito de múltiplo emprego aumenta a eficiência das operações de mobilização e deslocamento rápidos. Os meios devem permitir o lançamento acelerado de 900 a 1.400 combatentes, 280 veículos e 30 helicópteros, em cenários distantes até 5 mil quilômetros. O contingente e seus recursos precisam ter capacidade de atuar sem novo apoio por dez dias, em posições avançadas, a 100 quilômetros do local de desembarque. A principal alteração em relação ao esquema tradicional das ações anfíbias é a integração em um único centro embarcado.

Em missão, o supernavio exige cobertura aérea permanente por meio de aviões de caça, sob coordenação de aeronave de vigilância e alerta antecipado. No mar, uma flotilha de escolta cuida da proteção.

O Navio de Múltiplos Propósitos é virtualmente autônomo. Além dos helicópteros, de dúzias de tanques, blindados sobre rodas, lanchas de desembarque de tropas e centenas de soldados, abriga um hospital com capacidade para executar cirurgias de grande complexidade. Na ponte principal, alta como um prédio de 15 andares, funciona sofisticada sala de situação com enlace eletrônico por satélite, de onde são tomadas as decisões de comando e processadas as informações de inteligência.

FROTA DE SUPERFÍCIE

A prioridade de médio prazo da Marinha é, todavia, a renovação da frota de superfície. O “ProSuper”, nome do programa, compreende 11 navios, com investimentos estimados entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões. A fase atual é de consultas a empresas candidatas à parceria pretendida. Estão sobre a mesa de negociações ofertas da Itália, Reino Unido, Alemanha, Coreia e França. Esse primeiro estágio, com a escolha da parceria, pode sair até o fim do ano.

A primeira fragata ficará pronta entre 2018 e 2019 -a entrega do navio-patrulha ocorre 12 meses antes. Depois da seleção, a complexidade do processo exigirá um ano de discussões para ajuste da transferência de tecnologia, estabelecimento da rede de fornecedores e das compensações comerciais.

PLANO COMPLETO

Há um ano, a Marinha apresentou aos empresários do setor um plano completo, abrangendo 61 navios de superfície, mais cinco submarinos, quatro de propulsão diesel-elétrica e um movido a energia nuclear. O horizonte dessas encomendas vai até 2030.

O pacote prioritário, definido como “ProSuper”, abrange cinco fragatas de 6 mil toneladas com capacidade “stealth”, de escapar à detecção eletrônica, quatro navios-patrulha oceânicos, de 1,8 mil toneladas, e um navio de apoio, de 22 mil toneladas, para transporte e transferência em alto mar de todo tipo de suprimentos.

A intenção da Marinha é que apenas a primeira fragata e o primeiro patrulheiro sejam construídos fora do País, embora com acompanhamento de técnicos e engenheiros brasileiros. Há grupos diretamente interessados em participar desse empreendimento. A Odebrecht Defesa e Tecnologia prepara os estaleiros da Enseada do Paraguaçu, na região metropolitana de Salvador, para disputar o “ProSuper”. A empresa, associada à francesa DCNS, está construindo em Itaguaí, no Rio, uma nova base naval e mais as instalações industriais de onde sairão os cinco submarinos do “Prosub”, encomendados por 6,7 bilhões. Os quatro primeiros, da classe Scorpéne, terão propulsão diesel-elétrica. O quinto será o primeiro, de um lote de seis unidades movidas a energia nuclear, que a Marinha quer produzir até 2047.

PARA ENTENDER

O programa de reequipamento e reorganização da Defesa contempla Forças Armadas ágeis, especializadas e preparadas para cumprir missões expedicionárias. Nesse sentido, o advento dos Navios de Múltiplos Propósitos dá substância à teoria, por meio de estrutura operacional que permite a mobilização rápida de considerável contingente de combatentes, cerca de 900 militares, com acesso a helicópteros, tanques, lanchas e, sobretudo, a informações de inteligência, processadas a bordo.”

FONTE: reportagem de Roberto Godoy publicada no “O Estado de São Paulo”

DILMA RETALIA OEA POR QUERER IMPEDIR USINA DE BELO MONTE E OBRAS NO RJ PARA A COPA E OLIMPÍADAS

Sede da OEA (Washington-EUA)

“País deixará Comissão de Direitos Humanos e não vai repassar US$ 800 mil, em resposta a pedido de suspensão de obras. O Brasil já havia suspendido indicação de Paulo Vanucchi para comissão e convocado representante na OEA

O governo brasileiro decidiu jogar duro com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos): deixará o órgão a partir de 2012 e suspendeu, por ordem da presidente Dilma Rousseff, o repasse de verba à entidade previsto para este ano, de US$ 800 mil.

A reação do Brasil veio após a comissão pedir, em abril, a interrupção das obras de Belo Monte [baseada em pedidos de ONGs "ambientalistas", com sede nos EUA e apoiadas pelo governo norte-americano].

O órgão alegou irregularidades no processo de licenciamento ambiental da hidrelétrica de Belo Monte, atendendo a uma medida cautelar de entidades indígenas que questionaram o empreendimento.

Como reação, a diplomacia brasileira usou termos fortes e pouco usuais. Chamou a decisão de "precipitada e injustificável" e alegou não ter tido tempo suficiente para se defender.

Irritada com o que considerou interferência indevida, Dilma quis mostrar posicionamento ainda mais duro: convocou de volta ao país o representante do Brasil na OEA, embaixador Ruy Casaes. Ele, até agora, ainda não recebeu autorização para retomar seu posto em Washington, tampouco sabe quando o terá.

A comissão integra o sistema interamericano de direitos humanos nas Américas. Embora ligada à OEA, é órgão formalmente independente; não representa países, embora a indicação venha deles. Seus sete membros, entre eles o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, são eleitos por assembleia-geral.

O Brasil havia apresentado o nome de Paulo Vanucchi, ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos no governo Lula, para substituir Pinheiro a partir de janeiro de 2012. A indicação, porém, acabou suspensa em caráter irrevogável.

A relação pode piorar ainda mais. Isso porque a comissão [OEA] passou a analisar uma nova reclamação de ONGs, que contestam obras no Rio para a Copa-2014 e Olimpíada-2016, eventos caros a Dilma [e para os brasileiros, exceto para pequenos setores da oposição e da mídia].

Quando soube do novo processo, Dilma mandou um recado às lideranças do órgão: se isso for levado adiante, levará o caso à própria OEA, dando contornos de crise real ao caso.

No caso de Belo Monte, o Brasil argumenta que a CIDH concedeu apenas 28 dias para que o governo se explicasse, quando o prazo médio de solicitações semelhantes supera a marca de 100 dias.

Nesta semana, o governo enviou à entidade um relatório de 52 páginas explicando sua atuação no empreendimento junto às comunidades locais. Disse ter ouvido as comunidades indígenas da região e que está atento aos efeitos sociais e ambientais da iniciativa.”

FONTE: reportagem de Anatuza Nery publicada na Folha de São Paulo e transcrita no site “DefesaNet”

terça-feira, 17 de maio de 2011

Advogado pede impeachment de Gilmar Mendes



Advogado protocola no Senado Federal pedido de “impeachment” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes

do Novo Jornal

Acompanhado de um robusto relatório, o pedido de “impeachment”, do ministro do STF, Gilmar Mendes, foi apresentado pelo advogado Alberto de Oliveira Piovesan, no último dia 12 de maio na Presidência do Senado Federal, em Brasília.

Embora em torno do pedido tenha-se determinado “sigilo”, o assunto caiu como uma bomba na Casa Legislativa, já debilitada perante a opinião pública nacional, devido aos diversos escândalos envolvendo seus membros. Sem dizer que grande parte dos senadores encontra-se processada perante o Supremo Tribunal Federal.

Na petição, o comportamento do ministro Gilmar Mendes é duramente questionado. Principalmente sua relação com o advogado Sergio Bermudês. Seu escritório de advocacia, além de empregar a esposa de Gilmar Mendes, teria patrocinado diversas viagens do ministro ao exterior.

Os fatos narrados são gravíssimos e demonstram o quanto o Poder Judiciário está contaminado por práticas questionáveis. A relação dos “parentes” de membros do Poder Judiciário é trazida de maneira clara e comprovada.

A documentação, as provas e as testemunhas arroladas são de auto teor explosivo.

São testemunhas:

Deputado Federal Protogenes Queiroz

Desembargador Federal Fausto De Sancts

Jornalista Luiz Maklouf Carvalho- Revista Piauí.

Jornalista Moacyr Lopes Junior- Folha de São Paulo.

Jornalista Catia Seabra- Folha de São Paulo.

Jornalista Felipe Seligman- Folha de São Paulo.

Agente da Polícia Federal Jose Ricardo Neves.

Advogado Dalmo de Abreu Dallari-USP.

Nos termos da lei nº 1079, de 10 de Abril de 1950, depois de protocolado o pedido de “impeachment”, o presidente do Senado deveria criar uma comissão processante. Formada por senadores que emitiram parecer sobre o pedido que seria submetido à aprovação do Plenário. Se aceito o pedido, abre-se o procedimento de “impeachment”. A assessoria de imprensa da Presidência do Senado informou à reportagem do Novojornal, nesta segunda-feira (16), que o pedido foi encaminhado no mesmo dia, 12/05 para Assessoria Jurídica da Casa que deverá assessorar a presidência na tramitação da matéria.

Em procedimento semelhante e anterior, em relação ao ex-procurador geral Aristides Junqueira na década de 80, o presidente adotou o mesmo critério.

Cópia da petição acompanhada de toda a documentação foi entregue também na última quinta-feira (12), ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Dr. Ophir Filgueiras Cavalcante Junior.

A OAB Nacional, procurada pela reportagem do Novojornal, informou que o assunto foi submetido ao presidente e que só se posicionará após o despacho do mesmo.

Quem lucra e quem investe no Brasil

Não tive como analisar em detalhes o plano de investimentos da Petrobras, anunciado hoje. Claro que todos desejamos que nossa grande empresa invista sempre mais, embora todos nós esperemos dela a lucidez estratégica de compreender que seu investimento – pelo montante que alcança – é um elemento de indução do emprego, da formação de mão de obra e da produção nacionais. Deve, portanto, ter um ritmo forte, mas adequado também à capacidade do país de responder aos estímulos que ele produz.

Porque, do contrário, este investimento em lugar de ser uma mola propulsora do nosso desenvolvimento para a ser apenas uma maneira de drenar, numa rapidez imprudente, a riqueza do país. E sei que o projeto da Presidenta Dilma Rousseff, tal como foi o de Lula, não é o de, simplesmente, transformar o Brasil num exportador de óleo cru, com a entrada em operação comercial das áreas do pré-sal.

Aliás, na sua primeira entrevista como Presidente eleita, ela deixou isso bem claro: “Nós não podemos ser exportadores de óleo bruto senão perderemos muito dinheiro”, disse Dilma, explicando que a margem de lucro seria maior, se o Brasil exportasse petróleo já refinado.

Até podemos fazer isso, em quantidades limitadas, desde que seja para financiar o investimento e o lucro continuado do país, mas não como vocação permenente, cujos desastres e insustentabilidade podemos ver mundo afora.

Dito isso, posso me dedicar ao tema deste post, que é ter me ocorrido comparar os lucros e os investimentos de duas empresas gigantes: a Petrobras e a Vale, ambos recordes históricos neste primeiro trimeste.

A Vale, que cava a toque de caixa, o mais rápido possível, o minério de ferro brasileiro para exportar in natura, com baixíssimo valor agregado, lucrou US$ 11,29 bilhões no trimestre, e anuncia um plano de investimentos de R$ 20 bilhões para 2011.

A Petrobras, que explora o petróleo desenvolvendo tecnologia, encomendando navios e sondas no Brasil e investindo no desenvolvimento de fornecedores e dos trabalhadores brasileiros, lucrou um pouquinho menos: R$ 10,9 bilhões, mas vai investir este ano R$ 93 bilhões.

Embora tanto o ferro quanto o petróleo estejam com o preço internacional lá em cima, é claro que extrair petróleo de grandes profundidades marinhas exige investimentos maiores do que colocar escavadeiras, caminhões e esteiras para levar o minério às ferrovias e aos portos. Da mesma forma, exatamente por isso, os lucros descrescem na mesma proporção.

Então, os números do que investem evidenciam e aquilo no que investem é que ambos revelam a diferença entre os dois modelos e as duas visões.

Na Petrobras, o lucro é uma ferramenta viabilizadora de algo que constrói, talvez nem tão rápido, mas solidamente um país. Na Vale, e oxalá isso mude com a nova direção da empresa, o lucro é razão de si mesmo, porque o Brasil é apenas um lugar a ser escavado.

post do tijolaço

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Chávez alerta para aplanos de desestabilização da CIA

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez Frías, alertou no domingo (15) sobre os planos que a Central de Inteligência estadunidense (CIA) tem para desestabilizar países. Ele disse que o ministro do Poder Popular para Comunicação e Informação, Andrés Izarra, lhe entregou um informe sobre a situação que vivem a Sria e a Líbia.

Chávez instou o ministro Izarra a difundir esta informação ao povo venezuelano e refletir o conteúdo no seio do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), da Assembleia Nacional e nos meios de comunicação.

O presidente Chávez leu fragmentos da informação constante no documento: “Em um mês centenas de sírios civis e militares foram assassinados por grupos de franco-atiradores financiados pelo plano saudita e dirigidos pela CIA”.

E prosseguiu: “Nos últimos días grupos misteriosos dispararam contra manifestantes e especialmente contra os que assistem aos funerais, depois dos sangrentos acontecimentos".

"Quem integra estes grupos? - ´pergunta o presidente. Autoridades sírias afirmam que se trata de provocadores principalmente ligados aos serviços secretos estrangeiros; no ocidente, ao contrário, inclusive na esquerda, se engole a tese publicada em primeiro lugar pela Casa Branca: os que disparam sempre são agentes sírios em trajes civis. É Obama quem diz a verdade? A agência síria Sana informou que foram atiradas garrafas cheias de sangue com a finalidade de produzir vídeos caseiros falsos sobre supostos manifestantes mortos e feridos”.

Esta informação foi escrita por um jornalista italiano com o objetivo de esclarecer a situação na Síria.
O presidente Chávez manifestou que através do Twitter e outras redes sociais são empreendidas guerras psicológicas que desestabilizam países, “justificam bombardeios ditos humanitários para matar os líderes e derrubar governos, gerar uma loucura coletiva, uma verdadeira locura”.

Chávez fez um chamamento aos povos para que essa “loucura que se desencadeou em outras partes do mundo” não afete os povos da América.

“A loucura ameaça propagar-se pelo mundo. Por trás disso está a loucura do império para tratar de manter uma hegemonia que não poderá se sustentar, mas seu empenho está enchendo o mundo de loucura, por isso façamos com muita unidade e consciencia o que temos de fazer”, apontou Chávez.

Fonte: Agência Venezuelana de Notícias

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Fidel questiona mentiras e incógnitas sobre a morte de Bin Laden

Os homens que executaram Bin Laden não agiram por sua conta: cumpriam ordens do governo dos Estados Unidos. Tinham sido rigorosamente selecionados e treinados para missões especiais. Sabe-se que o presidente dos Estados Unidos pode, inclusive, comunicar-se com um soldado em combate.

Por Fidel Castro, em Cuba Debate

Horas depois de realizar a ação na cidade paquistanesa de Abbottabad, sede da mais prestigiosa academia militar desse país e importantes unidades de combate, a Casa Branca ofereceu à opinião mundial uma versão cuidadosamente elaborada sobre a morte do chefe de Al-Qaeda, Osama Bin Laden.

Como é lógico, a atenção do mundo e da imprensa internacional se focaram no tema, deslocando as outras notícias do âmbito público.

As cadeias de televisão norte-americanas divulgaram o discurso esmeradamente elaborado do presidente, e mostraram imagens da reação pública.

Era óbvio que o mundo se apercebia da delicadeza do assunto, visto que o Paquistão é um país de 171 milhões 841 mil habitantes -[onde os Estados Unidos e a Otan levam a cabo uma devastadora guerra que dura já dez anos]- possuidor de armamento nuclear e tradicional aliado dos Estados Unidos.

Sem dúvidas, o país muçulmano não pode concordar com a sangrenta guerra que os Estados Unidos e seus aliados realizam contra o Afeganistão, outro país muçulmano com o qual partilha a complicada e montanhosa fronteira traçada pelo império colonial inglês, onde tribos comuns moram a ambos os lados da linha divisória.

A própria imprensa dos Estados Unidos compreendeu que o presidente ocultava quase tudo.
As agências de notícias ocidentais: Ansa, AFP, AP, Reuters e EFE, a imprensa escrita e importantes sítios Web refletem interessantes informações sobre o fato.

The New York Times assegura “que os fatos diferem significativamente da versão oficial apresentada na terça-feira pela Casa Branca e altos funcionários de inteligência, segundo os quais a morte de Bin Laden -que finalmente reconheceram não estava armado embora garantissem que se ‘resistiu’- acontecera no meio de um intenso tiroteio.

“Mas segundo o jornal nova-iorquino, a operação, ‘embora caótica e sangrenta, foi extremamente unilateral com uma força de mais de
20 membros dos SEAL que despachou rapidamente o punhado de homens que protegia Bin Laden’.”

“…o ‘Times’ assegura agora que ‘os únicos disparos feitos pelos que se encontravam no complexo residencial aconteceram no início da operação’.

“Exatamente, ocorreram ‘quando o mensageiro de confiança de Bin Laden, Abu Ahmed al Kuwaiti, abriu fogo desde detrás da porta da casa de hóspedes adjacente à casa onde Bin Laden se escondia’.

“‘Depois que os SEALs mataram Kuwaiti e uma mulher na casa de hóspedes, os estadunidenses não foram atacados com disparos nem uma vez mais’, sustenta o jornal baseado nas referidas fontes, cuja identidade não revela…”

“Na terça-feira, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, tinha garantido numa ‘narrativa’ dos acontecimentos da madrugada de domingo para segunda-feira, que o comando estadunidense sofreu um tiroteio ‘ao longo da operação’.

“Também o diretor da CIA, Leon Panetta, tinha falado de ‘alguns tiroteios’ enquanto os militares de elite estadunidenses iam despejando os pisos da residência onde se escondia Bin Laden.”

“Doutro lado, no entanto, o diário assegura que embora Bin Laden não tinha empunhado uma arma quando foi abatido, os comandos que o localizaram em um dos quartos viram que o líder de Al-Qaeda tinha uma ‘AK-47 e uma pistola Makarov ao alcance da mão’.”

Hoje 6 de maio continuam as notícias.

De Washington uma das agências informa que apenas um homem disparou contra as forças estadunidenses. A seguir narra que “em plena noite de domingo, vários helicópteros com 79 membros de um comando estadunidense a bordo se aproximam da residência de Osama Bin Laden em Abbottabad, ao norte de Islamabad. Tinham partido de um lugar não especificado e voavam baixo para evitar ser detectados por radar, visto que o Paquistão não fora informado da redada.

“- Dois helicópteros descarregam a mais de 20 efetivos Seals da Marinha no recinto da residência, que tem paredes de quatro a seis metros de alto cobertas com arame farpado. Um dos helicópteros, um MH-60 Blackhawk, aparentemente modificado para evitar radares, aterra bruscamente por causa de uma “falha mecânica” e fica fora de uso, conforme um primeiro relatório de funcionários estadunidenses.

“- Um grupo de efetivos se dirige rumo a um prédio anexo à residência principal. O mensageiro de Bin Laden o vê, abre fogo contra os membros do comando e é abatido junto de sua mulher. Este homem é o único ocupante da residência que dispara contra os estadunidenses. Esta afirmação contrasta com um primeiro relatório de Washington em que era descrita uma troca de disparos nos 40 minutos que a operação durou.”

“…outra equipe entra à casa principal de três andares.”

“…topa-se com o irmão do mensageiro que também resulta abatido, segundo um funcionário estadunidense que não deu mais detalhes. Segundo a cadeia de televisão NBC, o homem tinha uma mão em suas costas quando o comando entrou ao quarto onde ele se achava. Por isso os efetivos acreditaram que tinha uma arma, ainda que não era o caso.

“- As forças estadunidenses sobem as escadas, e num dos quartos encontram um filho adulto de Bin Laden, Khalid, que também é abatido…”

“- No último andar, os efetivos encontram Osama Bin Laden e sua esposa no dormitório. Sua esposa tenta se interpor e é ferida em uma perna. Bin Laden não dá sinais de se render e recebe um disparo na cabeça e, de acordo com alguns meios estadunidenses, também no peito. As primeiras versões da redada indicaram que Bin Laden ‘resistiu’ e que tinha usado sua mulher como escudo humano, mas esta informação foi desmentida mais tarde pela Casa Branca.

“- O presidente Barack Obama, que acompanhou os acontecimentos desde a Casa Branca, é informado de que o comando identificou Bin Laden. Uma informação da revista Time, baseada em uma entrevista com o diretor da CIA, Leon Panetta, sugere que Bin Laden foi assassinado menos de 25 minutos depois de iniciada a operação.

“- No quarto de Bin Laden, os Navy Seals encontram um fuzil de assalto soviético AK-47 e uma pistola russa de 9 mm. Também encontram outras armas na residência, mas não difundem pormenores.

“- As forças especiais também encontram dinheiro e números de telefones costurados nas roupas do chefe de Al-Qaeda…”

“- O comando apanha tudo que pode servir como fonte de informação: caderno de notas, cinco computadores, 10 discos rígidos e uma centena de dispositivos de armazenamento (CD’s, DVD’s, USB).”

“…trasladam para um lugar seguro uma vintena de mulheres e crianças presentes na residência e depois destroem o helicóptero acidentado.

“…38 minutos após o início da operação, os helicópteros partem com o cadáver de Bin Laden.

A AP publica dados de interesse político e também humanos:

“Uma das três esposas que moravam com Osama Bin Laden disse a seus interrogadores paquistaneses que permaneceu durante cinco anos na moradia onde se escondia o prófugo, e poderia ser uma importante fonte de informação sobre como evitou a captura durante tanto tempo, disse na sexta-feira um funcionário da espionagem paquistanesa.”

“A esposa de Bin Laden, Amal Ahmed Abdullfattah, nascida no Iêmen, disse que nunca abandonou os pisos altos da casa nos 5 anos que residiu nela.

“Ela e as outras duas esposas de Bin Laden estão sendo interrogadas no Paquistão após terem sido detidas no assalto de segunda-feira perpetrado por comandos navais estadunidenses contra a residência de Bin Laden na aldeia de Abotabad. As autoridades paquistanesas mantêm detidas também oito ou nove crianças encontradas na moradia quando se retiraram os comandos.

“Devido aos relatos cambiantes e incompletos dos funcionários estadunidenses sobre o acontecido no assalto, as declarações das esposas de Bin Laden talvez dêem pormenores da operação.

“Além disso, seus relatos poderiam ajudar a ilustrar como passava o tempo Bin Laden e conseguia permanecer oculto numa moradia grande próxima de uma academia militar numa cidade aquartelada, a duas horas e meia de auto da capital, Islamabad.

“O funcionário paquistanês disse que agentes da CIA não tiveram acesso às mulheres detidas.”

“A proximidade do esconderijo de Bin Laden à guarnição militar e à capital paquistanesa levantou suspeitas em Washington de que o fugitivo foi protegido talvez pelas forças de segurança do Paquistão.”

A agência EFE indaga sobre o que pensam os habitantes do Paquistão:

“66 por cento dos paquistaneses não acreditam que as forças especiais dos EUA matassem o líder de Al-Qaeda, Osama Bin Laden, mas outra pessoa, segundo uma sondagem conjunta do instituto demoscópico britânico YouGov e de Polis, da Universidade de Cambridge.

“A sondagem foi realizada entre usuários de internet, que soem ter maior cultura, de três grandes cidades, Karachi, Islamabad e Lahore, com exclusão de grupos demográficos rurais, o que faz com que os resultados sejam mais surpreendentes, segundo os investigadores.

“Além disso, 75 por cento diz desaprovar a violação da soberania paquistanesa pelos E.U.A. na operação para capturar e dar morte a Bin Laden.

“Menos de três quartas partes dos inquiridos não acredita que Bin Laden autorizasse os ataques de 9/11 contra os Estados Unidos, que justificaram a invasão norte-americana do Afeganistão e a luta contra o terrorismo islamista.

“74 por cento opina que o Governo de Washington não respeita o Islã e se considera em guerra com o mundo islâmico e 70 por cento desaprova a política paquistanesa de aceitar ajuda econômica dos E.U.A.

“86 por cento se opõe também a que o Governo paquistanês permita no futuro ou critica que tenha autorizado antes ataques com aviões não pilotados contra grupos militantes.

“61 por cento dos paquistaneses interrogados diz simpatizar com os talibãs ou achar que estes representam pontos de vista respeitáveis face a só 21 por cento que se mostra radicalmente em contra.”

A agência Reuters contribui igualmente com dados interessantes:

“Uma das esposas de Osama Bin Laden disse a seus interrogadores paquistaneses que o líder de Al-Qaeda e sua família moraram durante cinco anos na vila onde ele foi abatido por comandos estadunidenses nesta semana, disse na sexta-feira um funcionário de segurança.

“A fonte, que identificou a mulher como Amal Ahmed Abdulfattah, disse a Reuters que a mais nova das três esposas de Bin Laden resultou ferida no operativo.

“Segundo o funcionário, Abdulfattah disse aos investigadores paquistaneses que ‘Havia cinco anos que morávamos ali’.”

“As forças de segurança paquistanesas detiveram entre 15 e 16 pessoas que moravam no complexo, depois que os comandos estadunidenses se levaram o corpo de Bin Laden, disse o funcionário. Entre os detidos se acham as três esposas de Bin Laden e várias crianças.”

Um avião ianque sem piloto matou hoje não menos de 15 pessoas em Waziristan, ao norte do Paquistão, segundo a agência Ansa. Outras pessoas sofreram feridas graves. Mas, quem vai se encarregar desses assassinatos diários naquele país?

No entanto, faço-me uma pergunta: Por quê tanta coincidência entre o assassinato realizado em Abbottabad e a tentativa de assassinar Kadafi simultaneamente?

Um dos filhos mais novos dele, que não se metia nos assuntos políticos, Saif al Arab, estava reunido na casa onde residia com um filho pequeno e dois primos menores; Kadafi e sua esposa o tinham visitado até pouco antes do ataque dos bombardeiros da Otan. A casa foi destruída; morreram Saif al Arab e as três crianças; Kadafi e a esposa tinham se retirado pouco antes. Era um fato sem precedentes. Mas o mundo apenas soube disso.

Foi por acaso uma simples casualidade a coincidência desse fato e o ataque contra o refúgio de Osama Bin Laden, que o Governo dos Estados Unidos conhecia perfeitamente e o vigiava com todos os detalhes?

Hoje uma notícia procedente da Cidade do Vaticano informava:

“Maio 6 (Ansa)- Giovanni Innocenzo Martinelli, o vigário apostólico de Trípoli, disse hoje à agência vaticana Fides que não tem intenção de ‘interferir com a atividade política de ninguém’, mas encara o dever de advertir que os bombardeamentos a Líbia ‘são imorais’.

“‘Surpreende-me que tenham sido feitas declarações sobre o fato de que deveria me ocupar só de questões espirituais, e que os bombardeios fossem autorizados pela ONU. Mas isto não significa que a ONU, a Otan ou a União Europeia tenham a autoridade moral para decidir bombardeios, acrescentou.

“‘Gostaria de sublinhar -acrescentou- que bombardear não é um ato ditado pela consciência civil e moral de Ocidente, ou mais em geral da humanidade. Bombardear é sempre um ato imoral’.”

Outro telex da agência Ansa informa sobre a posição da China e da Rússia.

“Moscou, Maio 6 -Os governos da China e da Rússia se declararam hoje ‘extremamente preocupados’ pela guerra na Líbia e disseram que agiriam de conjunto para reclamar o cessar-fogo.”

“‘Nossa convicção é que o objetivo mais importante é obter o cessar-fogo imediato’, declarou Yang Jiechi, chanceler chinês”.

Estão acontecendo fatos verdadeiramente preocupantes.

Fidel Castro Ruz

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Alô, alô STJ ! Carta começa a divulgar acervo de Dantas

A Carta Capital sabe

Amigo navegante envia para o Conversa Afiada o precioso arquivo que Carta Capital coloca no ar com toda a carreira gloriosa do passador de bola apanhado no ato de passar bola.


Por enquanto, a Carta expõe as operações de Dantas entre novembro de 2000 e março de 2005.

Clique aqui para ler “No Brasil passa a ser terminantemente proibido prender criminoso do colarinho branco, segundo artigo do corajoso Juiz Fausto De Sanctis”.

Clique aqui para ver que o “STJ já tinha decidido, por causa da operação Castelo de Areia, que rico não pode, sequer, ser investigado !”.

Depois, a Carta vai publica o resto, porque a obra do supracitado é imensa.

http://www.cartacapital.com.br/politica/o-acervo-de-cartacapital-sobre-daniel-dantas-e-o-caso-opportunity

O acervo de CartaCapital sobre Daniel Dantas e o caso Opportunity


Dossiê Dantas


Leia todas as matérias produzidas por CartaCapital sobre o banqueiro Daniel Dantas e o caso Opportunity. Aqui, o arquivo de novembro de 2000 a março de 2005


O acervo de CartaCapital sobre as estripulias e falcatruas do banqueiro Daniel Dantas ao longo de 12 anos.


1. O caribe é aqui (8/11/2000)

2. Derrota nas Ilhas Cayman (11/04/2001)

3. Dinheiro e ódio, a ciranda (4/07/2001)

4. A PREVI na sinuca (23/04/2003)

5. A lista oculta de Cayman (8/09/2004)

6. O dia do chacal (3/11/2004)

7. Fecha-se o cerco (10/11/2004)

8. As correntes do Opportunity (09/02/2005)

9. Daniel Dantas e seu banco – parte 1 (23/02/2005)

10. Daniel Dantas e seu banco – parte 2 (23/02/2005)

11. “DD, CC e a quadrilha” (23/02/2005)

12. Todos contra um (16/03/2005)


Dossiê Dantas


O acervo de CartaCapital sobre as estripulias e falcatruas do banqueiro Daniel Dantas ao longo de 12 anos

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Dez guerras, dez mentiras midiáticas



Artigo de Michel Collon, que pode ser lido na íntegra aqui (em espanhol).
Cada guerra é precedida por uma mentira dos meios de comunicação de massa. Hoje Bush ameaça a Venezuela e o Equador. Amanhã será o Irã? E depois, quem mais?
(...) Recordemos simplesmente quantas vezes os mesmos Estados Unidos e os mesmos meios já nos manipularam.
Cada grande guerra se “justifica” pelo que mais tarde (demasiado tarde) aparecerá como uma simples desinformação. Um rápido inventário:
1) Vietnã (1964-1975)
Mentira midiática: Nos dias 2 e 3 de agosto o Vietnã do Norte teria atacado dois barcos dos Estados Unidos na baía de Tonkin.
O que se saberá mais tarde: Esse ataque não aconteceu. Foi uma invenção da Casa Branca.
Verdadeiro objetivo: Impedir a independência de Vietnã e manter o domínio dos Estados Unidos na região
Conseqüências: Milhões de vítimas, malformações genéticas (agente laranja), enormes problemas sociais.
2) Granada (1983)
Mentira midiática: A pequena ilha do Caribe foi acusada de que nela se construía uma base militar soviética e de trazer perigo à vida de médicos americanos.
O que se saberá mais tarde: Absolutamente falso. O Presidente Reagan inventou esses pretextos.
Verdadeiro objetivo: Impedir as reformas sociais e democráticas do premiê Bishop (depois assassinado)
Conseqüências: Brutal repressão e restabelecimento da tutela de Washington.
3) Panamá (1989)
Mentira midiática: A invasão tinha o objetivo de prender o presidente Noriega por tráfico de drogas.
O que se saberá mais tarde: Formado pela CIA o presidente Noriega reclamava a soberania ao fim do acordo do canal, o que era intolerável para os Estados Unidos.
Verdadeiro objetivo: Manter o controle dos Estados Unidos sobre essa estratégica via de comunicação.
Conseqüências: Os bombardeios dos Estados Unidos mataram entre 2 e 4 mil civis, ignorados pelos meios.
4) Iraque (1991)
Mentira midiática: Os iraquianos teriam destruído parte da maternidade da cidade de Kuwait.
O que se saberá mais tarde: Invenção total da agência publicitária Hill e Knowlton, paga pelo emir de Kuwait.
Verdadeiro objetivo: Impedir que o Oriente Médio resista a Israel e se comporte com independência em relação aos Estados Unidos.
Conseqüências: Inumeráveis vítimas da guerra, depois um longo embargo, inclusive de medicamentos.
5) Somália (1993)
Mentira midiática: O senhor Kouchner aparece na cena como herói de uma intervenção humanitária.
O que se saberá mais tarde: Quatro sociedades americanas tinham comprado uma quarta parte do subsolo somali, rico em petróleo.
Verdadeiro objetivo: Controlar uma região militarmente estratégica.
Conseqüências: Não conseguindo controlar a região os Estados Unidos a manterão num prolongado caos.
6) Bósnia (1992-1995)
Mentira midiática: A empresa americana Ruder Finn e Bernard Kouchner divulga a existência de campos de extermínio sérvios.
O que se saberá mais tarde: Ruder Finn e Kouchner mentiram. Eram apenas campos de prisioneiros. O presidente muçulmano Izetbegovic o admitiu.
Verdadeiro objetivo: Quebrar uma Iugoslávia demasiado esquerdista, eliminar seu sistema social, submeter a zona às multinacionais, controlar o Danúbio e as estratégicas rotas dos Bálcãs.
Conseqüências: Quatro atrozes anos de guerra para todas as nacionalidades (muçulmanos, sérvios, croatas). Provocada por Berlin, prolongada por Washington.
7) Iugoslávia (1999)
Mentira midiática: Os sérvios cometem um genocídio contra os albaneses do Kosovo.
O que se saberá mais tarde: Pura e simples invenção da OTAN como o reconheceu Jaime Shea, seu porta-voz oficial.
Verdadeiro objetivo: Impor o domínio da OTAN nos Bálcãs e sua transformação em polícia do mundo. Instalar uma base militar americana no Kosovo.
Conseqüências: Duas mil vítimas dos bombardeios da OTAN. Limpeza étnica de Kosovo pelo UCK, protegido pela OTAN.
8) Afeganistão (2001)
Mentira midiática: Bush pretende vingar o 11 de setembro e capturar Bin Laden
O que se saberá mais tarde: Não existe nenhuma prova da existência dessa rede. Além disso, os talibãs tinham proposto extraditar Bin Laden.
Verdadeiro objetivo: Controlar militarmente o centro estratégico da Ásia, construir um oleoduto que permitisse controlar o abastecimento energético do sul da Ásia.
Conseqüências: Ocupação extremamente prolongada e grande aumento da produção e tráfico de ópio.
9) Iraque (2003)
Mentira midiática: Saddam teria perigosas armas de destruição, afirmou Colin Powell nas Nações Unidas, mostrando provas.
O que se saberá mais tarde: A Casa Branca ordenou falsificar esses relatórios (assunto Libby) ou fabricá-los.
Verdadeiro objetivo: Controlar todo o petróleo e chantagear seus rivais; Europa, Japão, China…
Conseqüências: Iraque submerso na barbárie, as mulheres devolvidas à submissão e ao obscurantismo.
10) Venezuela – Equador (2008?)
Mentira midiática: Chávez apoiaria o terrorismo, importaria armas, seria um ditador (o pretexto definitivo parece não ter sido escolhido ainda).
Verdadeiro objetivo: As multinacionais querem seguir com o controle petroleiro e de outras riquezas de toda América Latina, temem a libertação social e democrática do continente.
Conseqüências: Washington empreende uma guerra global contra o continente: golpes de estado, sabotagens econômicas, chantagens, estabelecimento de bases militares próximas às riquezas naturais.