domingo, 31 de janeiro de 2010

QUANTO OS GOVERNOS GASTAM COM PUBLICIDADE????


Infográfico da revista Época emprestado do Blog Leituras Favre. "Governo do Estado" e "Prefeitura" significam a quadrilha demotucana paulista.

Lula espinafra Boris(clique aqui)IMPERDÍVEL!!!!!!

sapatos da grife Zé Alagão

Leandro: a elite, Jobim e Katia usam o MST para coagir Lula e Dilma

A prisão de nove lideranças do MST, no interior de São Paulo, algumas das quais filiadas ao PT, foi o ponto de partida de uma estratégia eleitoral virtualmente criminosa e extremamente profissional, embora carente de originalidade. Trata-se de perseguição organizada, de inspiração claramente fascista, de líderes de um movimento que diz respeito à vida e ao futuro de milhões de brasileiros, que revela mais do que o uso rasteiro da política. Revela um tipo de crueldade social que se imaginava restrita a políticos do Brasil arcaico, perdidos nos poucos grotões onde ainda vivem, isolados em seus feudos de miséria, uns poucos coronéis distantes dos bons modos da civilização e da modernidade.

No entanto, o rico interior paulista, repleto de terras devolutas da União griladas por diversas gerações de amigos do rei, tem sido um front permanente dessa guerra patrocinada pela extrema direita brasileira perfilada hoje, mais do que nunca, por trás da bela fachada do agronegócio e sua propalada importância para a balança comercial brasileira. Falar-lhes mal passou a ser de mau alvitre, um insulto a uma espécie de cruzada dourada cujo efeito colateral tem sido a produção de miséria e cadáveres no campo e, por extensão, nas cidades. É nosso mais grave problema social e o mais claramente diagnosticável, mas nem Lula chegou a tanto.

Assim, na virada de seu último ano de mandato, o presidente parece ter afrouxado o controle sobre a aliança política que lhe permitiu colocar, às custas de não poucos danos, algumas raposas dentro do galinheiro do Planalto. Bastou a revelação do pacote de intenções do Plano Nacional de Direitos Humanos, contudo, para as raposas arreganharem os dentes sem medo, fortalecidos pela hesitação de Lula em enquadrá-los sob o pretexto de evitar crises inevitáveis. A reação do ministro Nelson Jobim, da Defesa, ao PNDH-3, nesse sentido, foi emblemática e, ao mesmo tempo, reveladora da artificialidade dessa convivência entre forças conservadoras e progressistas dentro do governo do PT, um nó político-ideológico a ser desatado durante a campanha eleitoral, não sem traumas para a candidata de Lula, a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil.

Com a ajuda de Jobim, a velha sanfona anticomunista voltou a soltar os foles e se engajou nesse desarranjo histórico que tem gerado crises artificiais e um consequente show de péssimo jornalismo. Tocou-se, então, o triste baião anti-Dilma das vivandeiras, a arrastar os pés nas portas dos quartéis e a atiçar as sentinelas com assombros de revanchismo e caça às bruxas, saudosos do obscurantismo de tempos idos – mas, teimosamente, nunca esquecidos –, quando bastava soltar bestas-feras fardadas sobre a sociedade para calá-la. Ao sucumbir à chantagem de Jobim e, por extensão, à dos comandantes militares que lhe devem subordinação e obediência, Lula piscou.

No lastro da falsa crise militar criada por Jobim, com o auxílio luxuoso de jornalistas amigos, foi a vez de soltar a voz o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, cujo arrivismo político iniciou-se na ditadura militar, à qual serviu como deputado da Arena (célula-tronco do DEM) e presidente do INPS no governo do general Ernesto Geisel, até fazer carreira de ministro nos governos Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Lula. Essa volatilidade, no entanto, sempre foi justificada por conta de um festejado “perfil técnico” de Stephanes. Trata-se de um mistério ainda a ser desvendado, não a capacidade técnica, mas as intenções de um representante político do agronegócio dentro governo Lula, uma posição institucional baseada em alinhamento incondicional à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), comandada pelo senadora Kátia Abreu, do DEM de Tocantins.

Com Kátia, Stephanes ensaiou um animado jogral e conseguiu, até agora, boicotar a mudança dos índices de produtividade agrícola para fins de reforma agrária – um tiro certeiro no peito do latifúndio, infelizmente, ainda hoje não desferido por Lula. Depois, a dupla partiu para cima do PNDH-3, ambos procupadíssimos com a possibilidade de criação de comitês sociais a serem montados para mediar conflitos agrários deflagrados por ocupações de terra. Os ruralistas liderados por Kátia Abreu e Ronaldo Caiado se arrepiam só de imaginar o fim da tradicional política de reintegração de posse, tocada pelos judiciários e polícias estaduais, como no caso relatado nesta matéria de CartaCapital. A dupla viu na proposta um incentivo à violência no campo, quando veria justamente o contrário qualquer menino bem educado nas escolas geridas pelo MST. São meninos crescidos o suficiente para saber muito bem a diferença entre mediadores de verdade e os cassetetes da Polícia Militar.

O governo Lula já havia conseguido, em 2008, neutralizar um movimento interno, tocado pelo Gabinete de Segurança Institucional, interessado em criminalizar o MST taxando o ato de invasão de terra de ação terrorista. Infelizmente, coisas assimainda vêm da área militar. O texto do projeto foi engavetado pela Casa Civil por obra e graça da ministra Dilma Rousseff. Lula, contudo, não quer gastar o último ano de uma era pessoal memorável comprando briga com uma turma que, entre outros trunfos, tem uma bancada de mais de uma centena de congressistas e a simpatia declarada do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. Assim, distraído, o presidente deixou que Jobim e Stephanes envenenassem o processo político às vésperas das eleições, com óbvios prejuízos para a candidatura Dilma, bem no começo da briga com José Serra, do PSDB, o governador que por ora se ocupa em prender militantes do MST e do PT enquanto toca terror em assentamentos cheios de mulheres e crianças, no interior de São Paulo, com seu aparato de segurança pública.

O MST existe há 25 anos e é o mais importante movimento social de base da história do Brasil. A crítica à sua concepção socialista e a eventuais desvios de conduta de alguns de seus participantes é, deliberadamente, ultradimensionada no noticiário para passar à sociedade, sobretudo à dos centros urbanos, a impressão de que seus militantes são vândalos nutridos pelo comunismo e outras reflexões sociológicas geniais do gênero.

A luta do MST é, basicamente, a luta contra o latifúndio e a concentração fundiária nas mãos de uma elite predatória, violenta e vingativa. Essa é a origem de todos os problemas da sociedade brasileira desde a sua fundação, baseada em capitanias hereditárias, em 1532. Nenhum governo teve a coragem necessária, até hoje, para tomar medidas efetivas para acabar com o latifúndio e, assim, encerrar com esse ciclo cruel de concentração de terras no campo brasileiro, responsável pelo inchaço das periferias e pela violência contra trabalhadores rurais, inclusive torturas e assassinatos, com o periódico beneplácito da Justiça e das autoridades constituídas, muitas das quais com campanhas eleitorais financiadas pelos grupos interessados em manter este estado de coisas.

A luta contra o latifúndio não é a luta contra a propriedade privada, essa relação também foi contruída de forma deliberada e tem como objetivo tirar o verdadeiro foco da questão. A construção desse discurso revelou-se um sofisma baseado na a inversão dos valores em jogo, como em uma charada de um mundo bizarro: a ameaça social seria a invasão (na verdade, a distribuição) de terras, e não a concentração no campo, o latifúndio. E isso é vendido, assim, cru, no horário nobre.

É uma briga dura, difícil. Veremos se Dilma Rousseff, em cima do palanque, será capaz de comprá-la de novo.

Publicado por admin · Canal: Destaque

sábado, 30 de janeiro de 2010

A mídia "em guerra", no mundo todo

30 de Janeiro de 2010 - 11h23

Bernard Cassen: mídias viraram arma ideológica e política

No Vermelho

O jornalista francês Bernard Cassen criticou nesta sexta-feira (29) os meios de comunicação que, segundo ele, deixam de lado a informação e se transformam em “arma ideológica e política, abandonando toda a fachada do pluralismo”.
Ele citou como exemplo a atual situação da Venezuela e dos veículos de comunicação do país. “Oitenta por cento das mídias venezuelanas são privadas e em guerra aberta ao governo. Não fazem informação, fazem guerra”, disse o ex-diretor do jornal Le Monde Diplomatique.

O jornalista, que participou dos debates no Fórum Social Mundial Temático na Bahia, definiu as mídias como atores econômicos da globalização liberal, além de vetores ideológicos das políticas neoliberais.

Ele lembrou que, apenas na França, 75% dos veículos estão nas mãos de três grupos. A mesma concentração existe também na Itália, na Alemanha e mesmo no Brasil. “É um fenômeno global”, disse, ao enfatizar que a crítica ao sistema midiático não deve ser interpretada como uma crítica aos jornalistas. “Eles pagam preços muito altos – muitos estão desempregados e quem não está, está assalariado em situações de precariedade, como vítimas do sistema”, completou.

Ele defendeu a democratização da comunicação, por meio do favorecimento a mídias comunitárias e alternativas, e disse que é preciso “dar poder aos jornalistas”.

Cassen destacou a importância do papel da educação para a formação de leitores, espectadores e ouvintes críticos. “Nas escolas, [é preciso] oferecer ensinamento crítico sobre as mídias, desmontar a desinformação e a manipulação. Isso tem que ser ensinado, dar armas para não se deixar levar pelas mídias. Os movimentos sociais, por meio de publicações, também têm seu papel na educação para adultos.”

como o "pig" noticiaria guerra nas estrelas 3

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Após enchente, gari encontra peixe morto em túnel da capital paulista

O JUDICIÁRIO SEGUNDO UM HOMEM HONRADO ! ! !



post do blog do beduino (http://cesartayar.blogspot.com/)

* JOAQUIM BARBOSA - MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL *

O senhor é descrente da política ?

Tal como é praticada no Brasil, sim. Porque a impunidade é hoje problema crucial do país. A impunidade no Brasil é planejada, é deliberada. As instituições concebidas para combatê-la são organizadas de forma que elas sejam impotentes, incapazes na prática de ter uma ação eficaz.


A quais instituições o senhor se refere ?

Falo especialmente dos órgãos cuja ação seria mais competente em termos de combate à corrupção, especialmente do Judiciário. A Polícia e o Ministério Público, não obstante as suas manifestas deficiências e os seus erros e defeitos pontuais, cumprem razoavelmente o seu papel. Porém, o Poder Judiciário tem uma parcela grande de responsabilidade pelo aumento das práticas de corrupção em nosso país. A generalizada sensação de impunidade verificada hoje no Brasil decorre em grande parte de fatores estruturais, mas é também reforçada pela atuação do Poder Judiciário, das suas práticas arcaicas, das suas interpretações lenientes e muitas vezes cúmplices para com os atos de corrupção e, sobretudo, com a sua falta de transparência no processo de tomada de decisões. Para ser minimamente eficaz, o Poder Judiciário brasileiro precisaria ser reinventado.

como o "pig noticiaria guerra nas estrelas 3

Lula: Governantes tratavam 2/3 do povo como "peso, estorvo, carga"

post do blog do azenha (http://www.viomundo.com.br/).

O discurso que o presidente Lula não leu em Davos (mas que foi lido pelo chanceler Celso Amorim), conforme reprodução do Vermelho:

"Minhas senhoras e meus senhores,

Em primeiro lugar, agradeço o prêmio "Estadista Global" que vocês estão me concedendo. Nos últimos meses, tenho recebido alguns dos prêmios e títulos mais importantes da minha vida. Com toda sinceridade, sei que não é exatamente a mim que estão premiando - mas ao Brasil e ao esforço do povo brasileiro. Isso me deixa ainda mais feliz e honrado. Recebo este prêmio, portanto, em nome do Brasil e do povo do meu país. Este prêmio nos alegra, mas, especialmente, nos alerta para a grande responsabilidade que temos.

Ele aumenta minha responsabilidade como governante, e a responsabilidade do meu país como ator cada vez mais ativo e presente no cenário mundial. Tenho visto, em várias publicações internacionais, que o Brasil está na moda. Permitam-me dizer que se trata de um termo simpático, porém inapropriado.

O modismo é coisa fugaz, passageira. E o Brasil quer e será ator permanente no cenário do novo mundo. O Brasil, porém, não quer ser um destaque novo em um mundo velho. A voz brasileira quer proclamar, em alto e bom som, que é possível construir um mundo novo. O Brasil quer ajudar a construir este novo mundo, que todos nós sabemos, não apenas é possível, mas dramaticamente necessário, como ficou claro, na recente crise financeira internacional – mesmo para os que não gostam de mudanças.

Meus senhores e minhas senhoras,

O olhar do mundo hoje, para o Brasil, é muito diferente daquele, de sete anos atrás, quando estive pela primeira vez em Davos. Naquela época, sentíamos que o mundo nos olhava mais com dúvida do que esperança. O mundo temia pelo futuro do Brasil, porque não sabia o rumo exato que nosso país tomaria sob a liderança de um operário, sem diploma universitário, nascido politicamente no seio da esquerda sindical. Meu olhar para o mundo, na época, era o contrário do que o mundo tinha para o Brasil. Eu acreditava, que assim como o Brasil estava mudando, o mundo também pudesse mudar.

No meu discurso de 2003, eu disse, aqui em Davos, que o Brasil iria trabalhar para reduzir as disparidades econômicas e sociais, aprofundar a democracia política, garantir as liberdades públicas e promover, ativamente, os direitos humanos. Iria, ao mesmo tempo, lutar para acabar sua dependência das instituições internacionais de crédito e buscar uma inserção mais ativa e soberana na comunidade das nações. Frisei, entre outras coisas, a necessidade de construção de uma nova ordem econômica internacional, mais justa e democrática. E comentei que a construção desta nova ordem não seria apenas um ato de generosidade, mas, principalmente, uma atitude de inteligência política.

Ponderei ainda que a paz não era só um objetivo moral, mas um imperativo de racionalidade. E que não bastava apenas proclamar os valores do humanismo. Era necessário fazer com que eles prevalecessem, verdadeiramente, nas relações entre os países e os povos. Sete anos depois, eu posso olhar nos olhos de cada um de vocês – e, mais que isso, nos olhos do meu povo – e dizer que o Brasil, mesmo com todas as dificuldades, fez a sua parte. Fez o que prometeu. Neste período, 31 milhões de brasileiros entraram na classe média e 20 milhões saíram do estágio de pobreza absoluta. Pagamos toda nossa dívida externa e hoje, em lugar de sermos devedores, somos credores do FMI.

Nossas reservas internacionais pularam de 38 bilhões para cerca de 240 bilhões de dólares. Temos fronteiras com 10 países e não nos envolvemos em um só conflito com nossos vizinhos. Diminuímos, consideravelmente, as agressões ao meio ambiente. Temos e estamos consolidando uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, e estamos caminhando para nos tornar a quinta economia mundial. Posso dizer, com humildade e realismo, que ainda precisamos avançar muito. Mas ninguém pode negar que o Brasil melhorou.

O fato é que Brasil não apenas venceu o desafio de crescer economicamente e incluir socialmente, como provou, aos céticos, que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. Historicamente, quase todos governantes brasileiros governaram apenas para um terço da população. Para eles, o resto era peso, estorvo, carga. Falavam em arrumar a casa. Mas como é possível arrumar um país deixando dois terços de sua população fora dos benefícios do progresso e da civilização?

Alguma casa fica de pé, se o pai e a mãe relegam ao abandono os filhos mais fracos, e concentram toda atenção nos filhos mais fortes e mais bem aquinhoados pela sorte? É claro que não. Uma casa assim será uma casa frágil, dividida pelo ressentimento e pela insegurança, onde os irmãos se vêem como inimigos e não como membros da mesma família. Nós concluímos o contrário: que só havia sentido em governar, se fosse governar para todos. E mostramos que aquilo que, tradicionalmente, era considerado estorvo, era, na verdade, força, reserva, energia para crescer.

Incorporar os mais fracos e os mais necessitados à economia e às políticas públicas não era apenas algo moralmente correto. Era, também, politicamente indispensável e economicamente acertado. Porque só arrumam a casa, o pai e a mãe que olham para todos, não deixam que os mais fortes esbulhem os mais fracos, nem aceitam que os mais fracos conformem-se com a submissão e com a injustiça. Uma casa só é forte quando é de todos – e nela todos encontram abrigo, oportunidades e esperanças.

Por isso, apostamos na ampliação do mercado interno e no aproveitamento de todas as nossas potencialidades. Hoje, há mais Brasil para mais brasileiros. Com isso, fortalecemos a economia, ampliamos a qualidade de vida do nosso povo, reforçamos a democracia, aumentamos nossa auto-estima e amplificamos nossa voz no mundo.

Minhas senhoras e meus senhores,

O que aconteceu com o mundo nos últimos sete anos? Podemos dizer que o mundo, igual ao Brasil, também melhorou? Não faço esta pergunta com soberba. Nem para provocar comparações vantajosas em favor do Brasil. Faço esta pergunta com humildade, como cidadão do mundo, que tem sua parcela de responsabilidade no que sucedeu – e no que possa vir a suceder com a humanidade e com o nosso planeta. Pergunto: podemos dizer que, nos últimos sete anos, o mundo caminhou no rumo da diminuição das desigualdades, das guerras, dos conflitos, das tragédias e da pobreza?

Podemos dizer que caminhou, mais vigorosamente, em direção a um modelo de respeito ao ser humano e ao meio ambiente? Podemos dizer que interrompeu a marcha da insensatez, que tantas vezes parece nos encaminhar para o abismo social, para o abismo ambiental, para o abismo político e para o abismo moral? Posso imaginar a resposta sincera que sai do coração de cada um de vocês, porque sinto a mesma perplexidade e a mesma frustração com o mundo em que vivemos. E nós todos, sem exceção, temos uma parcela de responsabilidade nisso tudo.

Nos últimos anos, continuamos sacudidos por guerras absurdas. Continuamos destruindo o meio-ambiente. Continuamos assistindo, com compaixão hipócrita, a miséria e a morte assumirem proporções dantescas na África. Continuamos vendo, passivamente, aumentar os campos de refugiados pelo mundo afora. E vimos, com susto e medo, mas sem que a lição tenha sido corretamente aprendida, para onde a especulação financeira pode nos levar.

Sim, porque continuam muitos dos terríveis efeitos da crise financeira internacional, e não vemos nenhum sinal, mais concreto, de que esta crise tenha servido para que repensássemos a ordem econômica mundial, seus métodos, sua pobre ética e seus processos anacrônicos.

Pergunto: quantas crises serão necessárias para mudarmos de atitude? Quantas hecatombes financeiras teremos condições de suportar até que decidamos fazer o óbvio e o mais correto? Quantos graus de aquecimento global, quanto degelo, quanto desmatamento e desequilíbrios ecológicos serão necessários para que tomemos a firme decisão de salvar o planeta?

Meus senhores e minhas senhoras,

Vendo os efeitos pavorosos da tragédia do Haiti, também pergunto: quantos Haitis serão necessários para que deixemos de buscar remédios tardios e soluções improvisadas, ao calor do remorso? Todos nós sabemos que a tragédia do Haiti foi causada por dois tipos de terremotos: o que sacudiu Porto Príncipe, no início deste mês, com a força de 30 bombas atômicas, e o outro, lento e silencioso, que vem corroendo suas entranhas há alguns séculos.

Para este outro terremoto, o mundo fechou os olhos e os ouvidos. Como continua de olhos e ouvidos fechados para o terremoto silencioso que destrói comunidades inteiras na África, na Ásia, na Europa Oriental e nos países mais pobres das Américas. Será necessário que o terremoto social traga seu epicentro para as grandes metrópoles européias e norte-americanas para que possamos tomar soluções mais definitivas?

Um antigo presidente brasileiro dizia, do alto de sua aristocrática arrogância, que a questão social era uma questão de polícia. Será que não é isso que, de forma sutil e sofisticada, muitos países ricos dizem até hoje, quando perseguem, reprimem e discriminam os imigrantes, quando insistem num jogo em que tantos perdem e só poucos ganham? Por que não fazermos um jogo em que todos possam ganhar, mesmo que em quantidades diversas, mas que ninguém perca no essencial?

O que existe de impossível nisso? Por que não caminharmos nessa direção, de forma consciente e deliberada e não empurrados por crises, por guerras e por tragédias? Será que a humanidade só pode aprender pelo caminho do sofrimento e do rugir de forças descontroladas? Outro mundo e outro caminho são possíveis. Basta que queiramos. E precisamos fazer isso enquanto é tempo.

Meus senhores e minhas senhoras,

Gostaria de repetir que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. Esta também é uma das melhores receitas para a paz. E aprendemos, no ano passado, que é também um poderoso escudo contra crise. Esta lição que o Brasil aprendeu, vale para qualquer parte do mundo, rica ou pobre. Isso significa ampliar oportunidades, aumentar a produtividade, ampliar mercado e fortalecer a economia. Isso significa mudar as mentalidades e as relações. Isso significa criar fábricas de emprego e de cidadania.

Só fomos bem sucedidos nessas tarefas porque recuperamos o papel do Estado como indutor do desenvolvimento e não nos deixamos aprisionar em armadilhas teóricas – ou políticas – equivocadas sobre o verdadeiro papel do estado. Nos últimos sete anos, o Brasil criou quase 12 milhões de empregos formais. Em 2009, quando a maioria dos países viu diminuir os postos de trabalhos, tivemos um saldo positivo de cerca de um milhão de novos empregos.

O Brasil foi um dos últimos países a entrar na crise e um dos primeiros a sair. Por que? Porque tínhamos reorganizado a economia com fundamentos sólidos, com base no crescimento, na estabilidade, na produtividade, num sistema financeiro saudável, no acesso ao crédito e na inclusão social. E quando os efeitos da crise começaram a nos alcançar, reforçamos, sem titubear, os fundamentos do nosso modelo e demos ênfase à ampliação do crédito, à redução de impostos e ao estímulo do consumo.

Na crise ficou provado, mais uma vez, que são os pequenos que estão construindo a economia de gigante do Brasil. Este talvez seja o principal motivo do sucesso do Brasil: acreditar e apoiar o povo, os mais fracos e os pequenos. Na verdade, não estamos inventando a roda. Foi com esta força motriz que Roosevelt recuperou a economia americana depois da grande crise de 1929. E foi com ela que o Brasil venceu preventivamente a última crise internacional.

Mas, nos últimos sete anos, nunca agimos de forma improvisada. A gente sabia para onde queria caminhar. Organizamos a economia sem bravatas e sem sustos, mas com um foco muito claro: crescer com estabilidade e com inclusão. Implantamos o maior programa de transferência de renda do mundo, o Bolsa Família, que hoje beneficia mais de 12 milhões de famílias. E lançamos, ao mesmo tempo, o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, maior conjunto de obras simultâneas nas áreas de infra-estrutura e logística da história do país, no qual já foram investidos 213 bilhões de dólares e que alcançará, no final do ano de 2010, um montante de 343 bilhões.

Volto ao ponto central: estivemos sempre atentos às politicas macro-econômicas, mas jamais nos limitamos às grandes linhas. Tivemos a obsessão de destravar a máquina da economia, sempre olhando para os mais necessitados, aumentando o poder de compra e o acesso ao crédito da maioria dos brasileiros. Criamos, por exemplo, grandes programas de infra-estrutura social voltados exclusivamente para as camadas mais pobres. É o caso do programa Luz para Todos, que levou energia elétrica, no campo, para 12 milhões de pessoas e se mostrou um grande propulsor de bem estar e um forte ativador da economia.

Por exemplo: para levar energia elétrica a 2 milhões e 200 mil residências rurais, utilizamos 906 mil quilômetros de cabo, o suficiente para dar 21 voltas em torno do planeta Terra. Em contrapartida, estas famílias que passaram a ter energia elétrica em suas casas, compraram 1,5 milhão de televisores, 1,4 milhão de geladeiras e quantidades enormes de outros equipamentos.

As diversas linhas de microcrédito que criamos, seja para a produção, seja para o consumo, tiveram igualmente grande efeito multiplicador. E ensinaram aos capitalistas brasileiros que não existe capitalismo sem crédito. Para que vocês tenham uma idéia, apenas com a modalidade de "crédito consignado", que tem como garantia o contracheque dos trabalhadores e aposentados, chegamos a fazer girar na economia mais 100 bilhões de reais por mês. As pessoas tomam empréstimos de 50 dólares, 80 dólares para comprar roupas, material escolar, etc, e isto ajuda ativar profundamente a economia.

Minhas senhoras e meus senhores,

Os desafios enfrentados, agora, pelo mundo são muito maiores do que os enfrentados pelo Brasil. Com mudanças de prioridades e rearranjos de modelos, o governo brasileiro está conseguindo impor um novo ritmo de desenvolvimento ao nosso país. O mundo, porém, necessita de mudanças mais profundas e mais complexas. E elas ficarão ainda mais difíceis quanto mais tempo deixarmos passar e quanto mais oportunidades jogarmos fora. O encontro do clima, em Copenhague, é um exemplo disso. Ali a humanidade perdeu uma grande oportunidade de avançar, com rapidez, em defesa do meio-ambiente.

Por isso cobramos que cheguemos com o espírito desarmado, no próximo encontro, no México, e que encontremos saídas concretas para o grave problema do aquecimento global. A crise financeira também mostrou que é preciso uma mudança profunda na ordem econômica, que privilegie a produção e não a especulação. Um modelo, como todos sabem, onde o sistema financeiro esteja a serviço do setor produtivo e onde haja regulações claras para evitar riscos absurdos e excessivos.

Mas tudo isso são sintomas de uma crise mais profunda, e da necessidade de o mundo encontrar um novo caminho, livre dos velhos modelos e das velhas ideologias. É hora de re-inventarmos o mundo e suas instituições. Por que ficarmos atrelados a modelos gestados em tempos e realidades tão diversas das que vivemos? O mundo tem que recuperar sua capacidade de criar e de sonhar. Não podemos retardar soluções que apontam para uma melhor governança mundial, onde governos e nações trabalhem em favor de toda a humanidade.

Precisamos de um novo papel para os governos. E digo que, paradoxalmente, este novo papel é o mais antigo deles: é a recuperação do papel de governar. Nós fomos eleitos para governar e temos que governar. Mas temos que governar com criatividade e justiça. E fazer isso já, antes que seja tarde. Não sou apocalíptico, nem estou anunciando o fim do mundo. Estou lançando um brado de otimismo. E dizendo que, mais que nunca, temos nossos destinos em nossas mãos. E toda vez que mãos humanas misturam sonho, criatividade, amor, coragem e justiça elas conseguem realizar a tarefa divina de construir um novo mundo e uma nova humanidade.

Muito obrigado."

Olha só o que acharam na enchente de SP!

EITA MANDINGA FORTE!!

ESSE É O serra!!



retirado da agência assaz atroz (http://santanadoipanema.blogspot.com/)

Caso 1 – Serra e o PSDB, os verdadeiros terroristas

Em 8 de junho de 2002, o megaespeculador húngaro naturalizado norte-americano George Soros, afirma: “O Brasil está condenado a eleger José Serra ou mergulhar no caos assim que um determinado governo Luiz Inácio Lula da Silva se instalar”. Poderia ser um palpite qualquer, mas não podemos esquecer que o megaespeculador era o patrão de Armínio Fraga, então presidente do Banco Central do governo FHC.

Mais pra frente, a “grande” atriz Regina Duarte fatura uns trocados na campanha de Serra, morta de medo de uma possível vitória do candidato da oposição, nosso querido presidente Lula. Medo de perder a estabilidade conquistada. O Serra, dizia ela que conhecia, que fez os genéricos e o combate a AIDS. “Isso dá medo na gente...” dizia ela.

Lula transformaria o Brasil numa “Argentina”, mas quem destruiu a Argentina foi o grande amigo de FHC, Carlos Menem, com a falsa paridade entre o dólar e o real, política adotada por FHC por todo o 1º mandato, prometendo mantê-la no 2º mandato, embora não tenha cumprido.

“Em outubro de 1998, o presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, foi reeleito para o cargo por um único motivo: tinha estabilizado o valor da moeda brasileira e, portanto, contido a inflação. Na verdade, não tinha. O real brasileiro estava ridiculamente supervalorizado. Mas com a aproximação das eleições, sua taxa de câmbio contra o dólar simplesmente desafiava a gravidade. Esse milagre levou Cardoso à linha de chegada com 54% dos votos. Mas não existem milagres. Quinze dias depois da posse de FHC, o real despencou e morreu. Seis meses depois da eleição, ele tinha aproximadamente a metade de seu valor no dia da eleição. A inflação aumentando e a economia implodindo. A taxa de aprovação de Cardoso, que se revelou um incompetente e uma farsa, caiu para 23% do eleitorado. Tarde demais. Ele já havia colocado a presidência no bolso”. Greg Palast, jornalista da BBC em entrevista à Revista Carta Capital em 10 de março de 2004.

Em 7 de novembro de 2004, FHC critica a estratégia do medo usada por Bush contra Kerry, esquecendo-se que essa foi a estratégia usada por ele contra o Lula, (radicalismo e perda da estabilidade do Real), e posteriormente adotada por Serra (nos exemplos citados acima).

Caso 2 - Não foi Serra quem criou o programa de combate a Aids

O Programa Nacional de Combate à AIDS foi criado no governo de José Sarney. A distribuição gratuita de AZT, foi uma providência do então Ministro da Saúde, Adib Jatene, no governo Collor. Os governos que sucederam deram força ao programa, mas foi o Dr. Adib Jatene, outra vez Ministro da Saúde, desta vez já no governo FHC, que possibilitou que o Brasil produzisse o AZT. Cadê o Serra?

Caso 3 - Serra não criou os medicamentos genéricos

Em 5 abril de 1993, o decreto 793 de autoria do Ministro da Saúde Jamil Haddad no governo Itamar Franco cria os medicamentos genéricos no Brasil. Jamil Haddad denunciou à imprensa, mas por motivos óbvios, não foi ouvido. Segundo Haddad, Serra provocou retrocesso na lei dos Genéricos, e suavizou para a indústria Farmacêutica.

Caso 4 - Serra mente quando afirma ser economista

O professor José Carlos de Assis, PhD em Física pelo MIT, escreveu no Jornal do Brasil em 17 de outubro de 2002: “Mas, paradoxalmente, falta também explicar uma questão muito estranha: por que ele (Serra) permitiu tantas ironias ao Sr. Lula, por não ter diploma de curso superior, apesar de ter profissão bem definida? O candidato ao governo, pasme leitor, não tem profissão: não é engenheiro nem economista. Custa muito acreditar”. Esse é apenas um de diversos depoimentos que nunca foram desmentidos.

Caso 5 - Serra pede que não votem nele

Em 31 de agosto de 2004, no debate da TV Record na campanha para a prefeitura de São Paulo, José Serra se compromete a cumprir os 4 anos de mandato e pedir que não votem mais nele caso renuncie antes da hora. Renunciou para se candidatar ao governo do Estado, portanto, se temos vergonha na cara, o mínimo que podemos fazer é não votar nele!!!

Caso 6 - Serra não quebrou patente de remédio algum, como afirma

O Serra de fato ameaçou quebrar a patente do anti-retroviral Efavirenz, mas foi um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 4 de maio de 2007 que quebrou de fato a patente do medicamento, representando uma economia ao país de US$ 30 milhões/ano.

Caso 7 - Serra plagiador

Em 25 de abril de 2008, Vitor Frederico Kümpel, Juiz de Direito, condena o PSDB em ação movida por Hilton Acioli, autor do jingle de campanha política ‘Lula lá’, usado sem autorização na campanha de José Serra em 2002, ao pagamento da quantia de R$ 112.500,00 (para confirmar a notícia: http://espacovital.com.br/busca.php, busca pelo nome do autor Hilton Acioli.

Caso 8 - Serra mente que entende alguma coisa de saúde, embora tenha sido Ministro... da Saúde

Em 2 de maio de 2009, José Serra explica a Gripe A-H1N1: "Ela é transmitida dos porquinhos para as pessoas só quando eles espirram. Portanto, a providência elementar é não ficar perto de porquinho algum".

Caso 9 - Serra faz propaganda mentirosa da Sabesp no exterior, com dinheiro dos paulistas

Em sua coluna na Folha de São Paulo e em O Globo em 3 de maio de 2009, Elio Gaspari comenta a propaganda da SABESP na revista internacional "Foreign Policy", um encarte de 16 páginas sobre as "maravilhas" da administração tucana de São Paulo sob o título "Sweet smell of sucess". A propaganda de José Serra afirma que cuidam da boa qualidade da água e que esse serviço "continua na estação de tratamento de esgotos, afinal, reciclar a água é uma questão de honra para a Sabesp, honra e respeito”. Gaspari desmente e afirma que a SABESP despeja esgoto in natura em 6.670 pontos de rios e córregos de São Paulo. Propaganda cara e enganosa, paga pelo contribuinte.

Caso 10 - Serra é desmentido

Em 4 de junho de 2009, Alex Agostini, economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Ratings, contesta o governador de SP José Serra, que acusou a agência de estar “comprada” por especuladores, por rebaixar o rating de SP, perguntando quem a teria comprado. Para o economista, Serra deveria se ater à íntegra do relatório antes de emitir qualquer comentário, e que a avaliação diz respeito à emenda constitucional (que ele se empenhou para aprovar) que cria um teto para pagamento de precatórios, vista como uma oficialização do calote. É o caso de pessoas que processam o Estado, ganham na justiça mas morrem antes de receber.

Caso 11 - Serra mente para os pernambucanos.

Ele pensa que nordestino é burro!

Em 3 de agosto de 2009, Assis Ângelo, o biógrafo de Luiz Gonzaga desmente José Serra, que em visita (campanha) a Exu (PE), cidade onde Gonzaga nasceu, afirmou ter sido amigo do compositor. Assis Ângelo afirma que Gonzaga nem conheceu e muito menos foi amigo de Serra.

Caso 12 - Serra mente até pra crianças

No dia 15 de setembro de 2009, Vandson Lima (Valor Econômico) fala sobre o evento promovido pelo PSDB, quando na saída, José Serra foi abordado por 2 meninos que foram cobrá-lo por uma promessa não cumprida: Serra garantiu aos garotos que lhes daria pipas e peões. Para demonstrar simpatia, Serra perguntou onde moravam, e a resposta não poderia ter sido mais constrangedora: “na rua, aqui na [Avenida] Rebouças, pertinho. Mora bastante gente lá”. O governador sacou algumas notas do bolso, e deu aos meninos.

Caso 13 - Serra é privatista. Doou a Vale e vai doar o pré-sal

Em 29 de novembro de 2009, FHC dá entrevista a Augusto Nunes, para a revista (não)Veja, onde declara que relutou muito em vender a Vale do Rio Doce e que José Serra foi um grande incentivador.

Poderia continuar essa lista das “enganações” do Serra, que não abragem o choque de “jestão” (alagão, etc), o “incino” (livros errados, impróprios, etc), os contratos com farta distribuição de verbas para o “imprensalão”, mas achei que 13 era uma ótima sugestão para acabar de vez com essa fanfarronice.

PS: Não consigo nomear a origem de tudo que está citado acima (exceto as já indicadas), tantas foram as consultas feitas, mas não seria honesta se não nomeasse a grande jornalista Conceição Lemes, autora de diversos textos que li para extrair muitas das informações.


Sonia Montenegro colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

A CRONOLOGIA DA MENTIRA



post do blog agência assaz atroz (http://santanadoipanema.blogspot.com/)


Sonia Montenegro

Já que a grande estratégia da oposição para impedir o crescimento da pré-candidata à sucessão de Lula, Dilma Rousseff, é acusá-la de mentirosa, vale a pena lembrar quem de fato mente:

Caso 1 - Dossiê anti-FHC

Em 9 de maio de 2005, o Arthur Virgílio Neto, senador (PSDB-AM), solicita à Casa Civil, sob o comando da Ministra Dilma Rousseff, um levantamento dos gastos cartões corporativos e contas tipo B, do período 1995-2002 (mandato FHC). Ela informa ao senador que a Casa Civil, por recomendação do TCU, está organizando um Banco de Dados das despesas efetuadas pelo Governo Federal, mas está dando prioridade ao período do mandato do Presidente Lula, mas que oportunamente, retroagirá aos mandatos anteriores. Neste momento ele fica sabendo que é intenção da Casa Civil colocar no Banco de Dados também as informações relativas ao governo FHC. Esse fato foi lembrado pela Dilma quando compareceu ao Senado, na frente do tucano, que não a contestou.

No dia 26 de março de 2008, a Revista (não)Veja publica matéria na qual acusa a Ministra Dilma Rousseff, de “montar dossiê” com as despesas pagas com o dinheiro público pelo ex-presidente FHC, hipoteticamente, para chantagear a oposição. As supostas “denúncias” em nada denegriam o suposto “acusado”, deixando no ar a pergunta: para que montar um dossiê contra uma pessoa que não traz nada de grave contra ela, principalmente quando sabemos que motivos não faltam?

No dia 3 de abril de 2008, o jornalista Ricardo Noblat diz em seu blog que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) era o informante da reportagem da revista (não)Veja sobre o chamado “dossiê”. No dia seguinte, Álvaro Dias reconhece ter passado as informações para a revista. Se fosse de fato uma peça contra o ex-presidente FHC, por que vasá-lo para seus aliados?

Em 6 de abril de 2008, Dom Angélico Bernardino, bispo (SC), sobre as discussões em CPI’s e dossiês: “Fico preocupado quando vejo o Legislativo gastando tanto tempo em discussões que não têm levado a nada, enquanto projetos importantes ficam engavetados. Isso também é corrupção”.

Em 7 de abril de 2008, Luiz Nassif: “O clima ficou pesado com essa guerra irracional em torno do relatório de despesas do Planalto - que alguns teimam em chamar de dossiê. Que tal baixarmos a bola, aqui, e retomarmos as discussões mais técnicas e menos passionais?” No mesmo dia, governadores do Norte e Nordeste vão ao presidente Lula, solicitar ajuda para os desabrigados pelas enchentes, que edita uma medida provisória, liberando R$ 540 milhões para ações emergenciais, mas a oposição não aprova, porque está ocupada com golpes e dossiês.

No dia 7 de maio de 2008, a Ministra Dilma Rousseff, em sessão no Congresso, coloca o senador Agripino Maia (Arena/PDS/PFL/DEM-RN) em saia-justa: ele afirma que ela confessara ter mentido em interrogatório sob tortura na ditadura, e insinua que ela poderia estar mentindo aos parlamentares naquele momento. Ela afirma que tinha na época 19 anos, que ficou 3 anos na cadeia, que foi barbaramente torturada e que, naquelas circunstâncias, fácil era falar a verdade e colocar em risco a vida dos companheiros, e que mentir podia salvar vidas. Disse ter orgulho por ter lutado contra a ditadura, enquanto ele batalhava para mantê-la (ou seja, mamava nas tetas). Também se disse favorável à abertura das contas de todos os presidentes, logo após o fim de seus mandatos.

Em 21 de maio de 2008, Merval Pereira colunista de O Globo, afirma que Álvaro Dias declarou à rádio CBN, das Organizações Globo, que pediu a seu assessor André Fernandes que conseguisse o que acabou se chamando “dossiê”, com os gastos do ex-presidente FHC, o que comprova ter sido uma “armação” da oposição e da imprensa para incriminar pessoas inocentes. Chegaram a exigir que a Ministra demitisse sua assessora, Erenice Guerra. Denunciaram, julgaram e condenaram, mesmo sabendo tratar-se de uma farsa.

Finalmente, em 30 de junho de 2008, a Comissão de Ética Pública arquiva o processo do DEM e PSDB contra a ministra Dilma Rousseff no suposto episódio da montagem de um “dossiê” com gastos da gestão FHC com os cartões corporativos, provando que a iniciativa era puramente golpista. Sepúlveda Pertence afirmou que as explicações da ministra convenceram, ou seja, que a Casa Civil montou um banco de dados e não um dossiê, que os senadores já tinham conhecimento prévio do fato e que as denúncias não se baseavam em fatos, mas em matérias jornalísticas. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh! Mais uma CPI para gastar o dinheiro público, aparecer na TV e enganar os trouxas.

Caso 2 – Ficha de Dilma no Dops

Em 5 de abril de 2009, o Jornal Folha de São Paulo publica uma ficha da Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff cuja origem é atribuída ao DOPS, na qual ela era acusada de terrorista e assaltante de banco. Publica também uma entrevista com Antonio Roberto Espinosa, que daria respaldo à matéria, porém, ao ler, Espinosa nega as afirmações atribuídas a ele e desafia o Jornal a publicar em seu site as fitas da entrevista gravada, mas o Jornal não o faz.
A ficha foi identificada como falsa por 5 institutos especializados em análise de documentos, feita na internet, em época que ela não existia.

Caso 3 - Lina Vieira

Em 10 de maio de 2009, Lina Vieira “deixa vazar” para imprensa, que a Petrobras havia mudado o regime tributário ao qual estava submetida, de caixa para competência, para se beneficiar de um crédito de R$ 3,9 bilhões, o que dará ensejo à oposição de fazer uma CPI da Petrobras. O jornal O Globo - RJ publica matéria intitulada “Artifício faz Petrobras pagar menos imposto”, denunciando suposta sonegação fiscal da Petrobras.

Em 18 de maio de 2009, apesar das explicações da empresa, da Receita e diversos tributaristas atestando a legalidade da opção adotada, e não apenas pela Petrobras, mas também por diversas empresas, a oposição ainda insiste em gastar o nosso dinheirinho e criar a CPI para investigar a Petrobras. Desconfia-se que as verdadeiras razões sejam puramente políticas, para parar o Senado e com a ajuda da imprensa atrapalhar a votação de uma lei mais nacionalista para o petróleo do pré-sal, como quer o presidente Lula.

Em 20 de maio de 2009, surge a revelação da ligação de Lina Vieira com o senador Agripino Maia (de novo), e que é casada com um ex-ministro de FHC, ambos de ferrenha oposição ao governo Lula, privatistas e neoliberais entreguistas.

Em 15 de julho de 2009, Lina Vieira é demitida da Receita Federal, pela queda na arrecadação bem superior à queda do PIB causada pela crise mundial. A imprensa acusa o governo de retaliação pela denúncia feita à Petrobras. Curioso é que antes, a imprensa criticava Lina Vieira por estar aparelhando a Receita e pela queda na arrecadação. Curiosamente a maior queda foi a dos grandes contribuintes (grupo que ela prometia maior rigor), de -27,9% de janeiro a julho, comparado ao mesmo período do ano anterior.

Em 16 de julho de 2009, Lina Vieira, ex-secretária da Receita, em entrevista à Folha de São Paulo diz que “muitas empresas utilizaram o mesmo mecanismo previsto em lei.” Mas ela acusou única e exclusivamente a Petrobras. Por que?

Mas os planos maléficos de Dona Lina ainda não estariam concluídos. No dia 9 de agosto de 2009, ela concede uma entrevista ao desmoralizado jornal Folha de São Paulo, e nela acusa a ministra Dilma Rousseff de, em uma reunião próxima ao Natal de 2008, ter pedido que ela acelerasse as investigações contra Fernando Sarney. Ela afirma que entendeu como uma instrução para “aliviar” a investigação. A ilação de Lina vira verdade para a imprensa, ainda que a Dilma tenha negado o encontro e o pedido. O ônus da prova que cabe à acusadora, é cobrado de Dilma. Lina não sabia a data da reunião, reconheceu que não constava de sua agenda, como também não constava da agenda da Ministra, mas a imprensa prefere acreditar na "interpretação" de Lina, em vez da negação veemente de Dilma e ausência de fatos comprobatórios.

Porém, no dia 25 de agosto de 2009, em entrevista ao programa “Entre Aspas” da Globonews, o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel no governo FHC, desmonta os argumentos da ex-secretária Lina Vieira: “Quem está absolutamente certa é a Petrobrás”. Sobre a acusação do que a Ministra Dilma Rousseff teria dito, afirma: “se tivesse havido o diálogo, deveria ter sido denunciado na ocasião, e como não fez, pode agora ser condenada por prevaricação”. Mesmo após Dona Lina ser desmascarada, a imprensa ainda mantém a sua falsa versão, para colar em Dilma Rousseff a fama de mentirosa.

Caso 4 - Sergio Guerra

Em 13 de janeiro de 2010, em entrevista à revista (não)Veja Sergio Guerra, presidente do PSDB, faz mais uma tentativa de colar a imagem de “mentirosa” na Ministra Dilma: “Mente sobre o PAC, mente sobre sua função. Não é gerente de um programa de governo e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas”.

Diz mais:

Mudanças substanciais na política econômica: "Sem dúvida nenhuma. Iremos mexer na taxa de juros, no câmbio e nas metas de inflação. Essas variáveis continuarão a reger nossa economia, mas terão pesos diferentes. Nós não estamos de acordo com a taxa de juros que está aí, com o câmbio que está aí." A cara de pau do senador é tamanha, que ousa falar de taxa de juros. Quando Lula assumiu o governo, em 1 de janeiro de 2003, a taxa de juros era de 25%. Em 22 de julho de 2009, o Banco Central do Brasil reduz a taxa de juros em 1 ponto percentual, para 8,25%, a menor na história do país. Mas em 10 de setembro de 1998, no governo FHC, os juros explodiram, chegando a 42,12%. , o que levou Stefan Salej, presidente da Federação das Indústrias de MG, na época a declarar “Nem a prostituição tem retorno maior que a taxa de juros”.

PAC: "Isso é o PAC na realidade - e nós vamos acabar com ele." Porém o senador Sergio Guerra não gostou quando a Ministra Dilma, em inauguração de uma obra do PAC, disse que o presidente do PSDB tinha declarado que se eles ganhassem a eleição acabariam com o PAC. Afinal de contas, o PAC é uma obra de ficção, um programa eleitoreiro ou uma realidade?

Mensalão do PSDB: "Eu não concordo que tenha havido mensalão em Minas. O senador Azeredo é um dos homens públicos mais íntegros do país. Temos certeza de que ele será inocentado no STF." Ou seja: “As pessoas comumente criticam nos outros os defeitos que não vêem nelas próprias”. B. Calheiros Bomfim

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

E NO STJ...

PETROBRAS É A QUARTA EMPRESA DO SETOR NO MUNDO



Agência Brasil


RIO - A Petrobras subiu do nono para o quarto lugar no ranking das 50 maiores empresas de energia do mundo, segundo avaliação da consultora PFC Energy. Segundo nota divulgada na noite desta terça-feira, dia 26, pela estatal brasileira, o cálculo levou em conta o valor de mercado das companhias em dezembro do ano passado.

Segundo a PFC Energy, ao longo de 2009, as ações da Petrobras registraram alta de 103%, índice maior do que o alcançado pelas três primeiras da lista (PetroChina, Exxon e BHP Billiton). A consultoria destacou, ainda, o rápido crescimento da Petrobras, que saiu da 23ª colocação para o quarto lugar, em apenas oito anos. Nesse período, o valor de mercado da Companhia subiu de US$ 96,8 bilhões de dólares para US$ 199,2 bilhões, segundo a empresa.

A estatal brasileira superou empresas do porte da Shell, da BP, da Sinopec, da Chevron, da Total, e da Gasprom, que, pela ordem, também estão entre as dez maiores empresas de energia do mundo.

A PFC Energy é uma consultoria de energia com atuação em empresas e governos em todo o mundo há mais de 20 anos. Ela publica anualmente o ranking das 50 maiores companhias de energia com ações em bolsa – usando como principal critério o desempenho no mercado de capitais. Fundada em 1984, a PFC Energy tem escritórios em Washington, Paris, Houston, Bahrain, Lausanne, Kuala Lunpur.

AINDA BEM QUE ESSE "DINOSSAURO" NÃO FOI DESMONTADO OSSO POR OSSO PELO sergio motta(PSDB) QUE O DEMO O TENHA.

IMPRENSA ASSASSINA,FIQUE CERTA,MUITOS OUTROS PRÊMIOS VIRÃO . O RECONHECIMENTO DA GRANDEZA DE LULA ESTÁ ENCRAVADA NA HISTÓRIA DO BRASIL


retirado do blog do aposentado invocado.

QUEM SABE , DAVOS NÃO VEM A BRASÍLIA ENTREGAR O PRÊMIO DE "ESTADISTA GLOBAL".
FICA A SUGESTÃO.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O lamento de um estadunidense.



retirado do blog do azenha


As forças corporativas, bem antes da decisão da Suprema Corte no processo Cidadãos Unidos vs. Comissão Eleitoral Federal [nessa decisão, a maioria da Suprema Corte dos Estados Unidos reduziu os limites para as doações financeiras das corporações no processo político], deram um golpe de estado em câmera lenta. O golpe acabou. Perdemos. A decisão é apenas mais uma tentativa judicial de reduzir os mecanismos de controle corporativo. Expõe o mito de uma democracia em funcionamento e o triunfo do poder corporativo. Mas não altera o quadro politico. O estado corporativo está firmemente cimentado em seu lugar.

A ficção da democracia permanece útil, não apenas para as corporações, mas para nossa classe liberal falida. Se a ficção for seriamente desafiada, os liberais serão forçados a considerar a resistência, o que não será prazeiroso, nem fácil. Enquanto a fachada democrática existir, os liberais podem se engajar em posturas morais vazias que requerem pequeno sacrifício ou compromisso. Eles podem ser os líderes auto-indicados do Partido Democrata, agindo como se fossem parte do debate e se sentindo vingados com seus gritos de protesto.

Muito do protesto expresso sobre a decisão da Suprema Corte é ultraje daqueles que preferem essa coreografia. Enquanto ela existir, eles não precisam se preocupar em como combater o que o filósofo político Sheldon Wolin chama de nosso sistema de "totalitarismo invertido".

Ele representa "a chegada ao período do poder corporativo e da desmobilização política da cidadania", escreveu Wolin em seu livro Democracia Inc. O totalitarismo invertido difere das formas clássicas de totalitarismo, que giram em torno de um líder demagógico ou carismático, e encontra sua expressão no anonimato do estado corporativo.

As forças corporativas por trás do totalitarismo invertido não fazem como os movimentos totalitários clássicos, que anunciam a substituição de estruturas decadentes por estruturas revolucionárias. O totalitarismo invertido supostamente honra a política eleitoral, a liberdade e a Constituição. Mas faz isso de forma tão corrupta e manipuladora das ferramentas do poder que torna a democracia impossível.

Totalitarismo invertido não é conceituado como uma ideologia, nem é tema de políticas públicas. Ele avança através de "autoridades e cidadãos que muitas vezes parecem não se dar conta das consequências de suas ações ou inações", Wolin escreve. Mas é tão perigoso quanto as formas clássicas do totalitarismo. Em um sistema de totalitarismo invertido, como a decisão da Suprema Corte ilustra, não é necessário reescrever a Constituição, como regimes fascistas ou comunistas fazem. É suficiente explorar os meios de poder legítimos através da interpretação legislativa ou judicial.

Essa exploração assegura que grandes contribuições de campanha das corporações sejam protegidas como "direito à liberdade de expressão" sob a Primeira Emenda [da Constituição dos Estados Unidos]. Assegura que a atividade lobista organizada e pesadamente financiada pelas grandes corporações seja interpretada como protegida pelo direito da população de peticionar ao governo. Aqueles que dentro das corporações cometem crimes podem evitar a cadeia pagando grandes somas de dinheiro ao governo enquanto, de acordo com a interpretação judicial, não "admitem qualquer crime". Existe uma palavra para isso. É chamado corrupção.

As corporações tem 35 mil lobistas em Washington e milhares mais em capitais estaduais para dar dinheiro, formatar e escrever leis. Elas usam os chamados comitês de ação política para obter de seus empregados e acionistas dinheiro para dar a candidatos amigáveis. O setor financeiro, por exemplo, gastou mais de 5 bilhões de dólares em campanhas políticas, ações de influência política ou lobistas na década passada, o que resultou em profunda desregulamentação, o furto de consumidores, o derretimento financeiro global e a pilhagem subsequente do Tesouro dos Estados Unidos.

Os Fabricantes e Pesquisadores Farmacêuticos dos Estados Unidos gastaram 26 milhões de dólares no ano passado e companhias como a Pfizer, Amgen e Eli Lilly deram dezenas de milhões mais para comprar os dois partidos. Essas corporações fizeram da assim chamada reforma do sistema de saúde uma lei que vai nos forçar a comprar produtos defeituosos e predatórios.

A indústria de gás e petróleo, a indústria do carvão, os empreiteiros da Defesa e as companhias de telecomunicações bloquearam a busca por energia sustentável e orquestraram a constante erosão das liberdades civis. Políticos defendem as corporações e promovem atos superficiais de teatro político para manter a ficção de que o estado democrático está vivo.

Não existe instituição nacional que possa ser caracterizada como democrática. Os cidadãos, em vez de participar do poder, podem ter opiniões virtuais sobre questões pré-determinadas, uma forma de fascismo participativo tão sem sentido quando votar no "American Idol" [o Big Brother dos Estados Unidos].

Emoções de massa são estimuladas nas chamadas "guerras culturais". Isso nos permite assumir posições emocionais em questões que são inconsequentes para a elite política.

Nossa transformação em um império, como aconteceu com Atenas e Roma, viu a tirania que praticamos no estrangeiro se transformar na tirania que praticamos em casa. Nós, como todos os impérios, fomos destruídos pelo nosso próprio expansionismo. Nós utilizamos armas de terrível poder destruidor, subsidiamos o desenvolvimento delas com bilhões de dólares de dinheiro público e somos os maiores vendedores de armas do mundo. E a Constituição, como Wolin nota, é usada "para servir aos aprendizes do poder, não como a consciência deles".

"O totalitarismo invertido inverte as coisas", Wolin escreve. "É política o tempo todo, mas largamente despotilizada. Disputas partidárias são ocasionalmente apresentadas em público e há a constante disputa entre facções de partidos, grupos de interesse, competidores corporativos e grupos de mídia rivais. E há, naturalmente, o momento culminante das eleições nacionais, quando a atenção da Nação é exigida para fazer a escolha entre personalidades, em vez de alternativas de poder. O que está ausente é o político, o compromisso de encontrar onde fica o bem comum no meio dos interesses bem financiados, altamente organizados e que com um mar de dinheiro vivo praticam a subversão do governo representativo e da administração pública".

Hollywood, a indústria de notícias e a televisão, todas controladas por corporações, se tornaram instrumentos do totalitarismo invertido. Eles censuram ou fazem ridículo daqueles que criticam ou desafiam as estruturas corporativas. Eles saturam as ondas com controvérsias fabricadas, seja [o escândalo envolvendo o golfista] Tiger Woods ou a disputa entre [os apresentadores de TV] Jay Leno e Conan O'Brien.

Eles manipulam imagens para nos fazer confundir sensações com conhecimento, que foi como Barack Obama se tornou presidente. E o controle interno empregado pelo Departamento de Segurança da Pátria, os militares e a polícia sobre qualquer forma de dissidência interna, junto com a censura da mídia corporativa, fazem pelo totalitarismo invertido o que as tropas de choque e as fogueiras de livros fizeram pelos regimes totalitários clássicos.

"Parece um replay da experiência histórica que a distorção praticada pela mídia de hoje tenha como alvo consistente as sobras do liberalismo", Wolin escreveu. "Faz-me lembrar que um elemento comum do totalitarismo do século 20, seja Fascismo ou Stalinismo, era a hostilidade em relação à esquerda. Nos Estados Unidos, a esquerda é considerada espaço exclusivo de liberais, ocasionalmente a "ala esquerda do Partido Democrata", nunca de democratas".

Liberais, socialistas, sindicalistas, jornalistas e intelectuais independentes, muitos dos quais um dia foram vozes importantes de nossa sociedade, foram silenciados ou foram alvo de eliminação dentro da universidade, da mídia e do governo controlados pelas corporações. Wolin, que foi professor em Berkeley e mais tarde em Princeton, é um dos mais importantes filósofos políticos do país. Ainda assim seu novo livro foi virtualmente ignorado. Também é por isso que Ralph Nader, Dennis Kucinich e Cynthia McKinney, assim como intelectuais como Noam Chomsky, não fazem parte de nosso discurso nacional.

A uniformidade de opiniões é reforçada pelas emoções orquestradas pelo nacionalismo e pelo patriotismo, que descrevem os dissidentes como "fracos" ou "não patriotas". O cidadão "patriota", com medo de perder emprego e de possíveis ataques terroristas, dá apoio ao monitoramento indiscriminado e ao estado militarizado. Isso significa não questionar o 1 trilhão de dólares em gastos relacionados à defesa. Isso significa manter as agências militares e de inteligência acima do governo, como se não fizessem parte dele. Os mais poderosos instrumentos do poder e do controle estatais foram removidos das discussões públicas.

Nós, como cidadãos imperiais, somos ensinados a desprezar a burocracia governamental; ainda assim, ficamos como carneiros diante dos agentes da Segurança da Pátria em aeroportos e ficamos mudos quando o Congresso permite que nossa correspondência e nossas conversas sejam monitoradas e arquivadas. Estamos sob maior controle estatal do que em qualquer outra época da História americana.

A linguagem cívica, patriótica e política que usamos para nos descrever permanece a mesma. Demonstramos lealdade aos mesmos símbolos nacionais e iconografia. Encontramos nossa identidade coletiva nos mesmos mitos nacionais. Continuamos a deificar os Pais Fundadores. Mas os Estados Unidos que celebramos é uma ilusão. Não existem. Nosso governo e nosso judiciário não tem soberania. Nossa imprensa oferece diversão, não informação. Nossos órgãos de segurança e poder nos mantém tão domesticados e amedrontados quanto a maioria dos iraquianos. O capitalismo, como entendeu Karl Marx, quando elimina o governo se torna uma força revolucionária. E essa força revolucionária, melhor descrita como totalitarismo invertido, está nos mergulhando em um estado de neo-feudalismo, guerra perpétua e repressão severa. A decisão da Suprema Corte é parte de nossa transformação, pelo estado corporativo, de cidadãos em prisioneiros.

*Chris Hedges escreve para a Truthdig.com. Ele é autor dos livros War Is A Force That Gives Us Meaning, What Every Person Should Know About War e American Fascists: The Christian Right and the War on America. Seu livro mais recente é Empire of Illusion: The End of Literacy and the Triumph of Spectacle.

COMO O "PIG" NOTICIARIA GUERRA NAS ESTRELAS 2

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domingo, 24 de janeiro de 2010

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A grande mídia unida contra a democracia.

por João Brant, no Observatório do Direito à Comunicação

Primeiro foram as críticas desqualificadoras da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Depois, os ataques contra as medidas do Programa Nacional de Direitos Humanos. Agora, os grandes jornais apontam suas armas para o texto-base da Conferência Nacional de Cultura. Em comum, propostas que visam algum grau de democratização da comunicação e veículos que não aceitam os princípios constitucionais e são contra a punição para violações de direitos humanos praticada pelos meios de comunicação.

Os últimos dois meses foram agitados para os interessados na defesa da liberdade de expressão e do direito à comunicação. Leitores desavisados terão certeza de que a liberdade de expressão nunca esteve tão ameaçada. Segundo uma campanha do CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), estão querendo soltar o monstro da censura. Para os mais tarimbados, fica ao menos a dúvida: que propostas justificam tamanho alvoroço das grandes corporações de comunicação? Por que motivo as matérias e argumentos são tão parecidos? Se a análise vai a fundo, desvela-se uma cobertura que escamoteia interesses privados e que se transforma em campanha propagandística. Com requintes de má fé.

Farsa em três atos

Em geral, quando se fala de “ações orquestradas da grande mídia”, esta é muito mais uma figura de linguagem do que uma literalidade. Na maioria das vezes, os grandes meios de comunicação são como um quarteto de cordas, que não precisa de maestro – os músicos se acertam pelos ouvidos e por discretas trocas de olhares. Mas isso não se aplica ao tratamento dado ao tema da comunicação no último mês. Quem leu os grandes jornais, por exemplo, percebeu que a Associação Nacional de Jornais assumiu o literal papel de maestrina para este tema.

No caso da Confecom, o grande bloqueio se deu antes de sua realização, quando as principais entidades representativas do setor empresarial resolveram abandonar o barco. Bandeirantes, RedeTV! e as empresas de telecomunicações continuaram no processo até o fim. Das 665 propostas aprovadas, 601 obtiveram consenso ou mais de 80% de aprovação nos grupos de trabalho e nem precisaram ser votadas. Outras 64 foram aprovadas na plenária final, dentre elas nenhuma entendida por qualquer setor como tema sensível.

Nenhuma das 665 propostas atenta contra a liberdade de expressão ou contra a Constituição Federal. Ao contrário, várias delas buscam ampliar o alcance da liberdade de expressão nos meios de comunicação (hoje restrita a seus donos) e regulamentar artigos da Carta Magna que estão há 21 anos sem ser aplicados, especialmente pela pressão contrária de parte do setor empresarial. Dois temas foram destacados pelos grandes veículos ao criticarem as resoluções: uma proposta que estabelece um Conselho Nacional de Comunicação e outra que estabelece um Conselho Federal dos Jornalistas.

No primeiro caso, trata-se de um órgão para formulação, deliberação e monitoramento de políticas públicas, baseado nos princípios da Constituição, justamente com o papel de buscar equilíbrio no setor. Conselhos similares existem em várias democracias avançadas, inclusive nos Estados Unidos, onde ele é entendido como garantidor da liberdade de expressão. No segundo caso, trata-se de um conselho profissional da categoria, como já têm os médicos e advogados, cujo projeto inclui, como uma das infrações disciplinares de um jornalista, “obstruir, direta ou indiretamente, a livre divulgação de informação ou aplicar censura”. Como se vê, o oposto do que a maioria das notícias veiculadas tentaram dizer ao leitor.

Segundo ato

A farsa seguiu com a acusação de que o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos representaria uma peça autoritária. Um conjunto de medidas de defesa de direitos humanos, da memória e da verdade foi tachado como se fosse o oposto do que é. Deve ser por isso que os setores militares conservadores se rebelaram para defender os "princípios democráticos" que sempre os guiaram contra o "autoritarismo" daqueles que lutaram contra a ditadura. Alguém consegue acreditar?

Nas propostas relacionadas à comunicação, duas pseudo-ameaças à liberdade de expressão. No primeiro caso, a defesa da regulamentação de um artigo da Constituição Federal com a indicação de que ele aponte punições para violações a direitos humanos. De novo não há aí nenhuma restrição, apenas a determinação de responsabilidades posteriores a publicação, como estabelece a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José), ratificado pelo Brasil. Na ausência destas definições, estaremos legitimando o racismo, a homofobia e o uso de concessões públicas para defender assassinatos de pessoas, fato infelizmente recorrente.

A outra proposta atacada foi a de “elaborar critérios de acompanhamento editorial a fim de criar um ranking nacional de veículos de comunicação comprometidos com os princípios de Direitos Humanos, assim como os que cometem violações”. Na prática, essa é a proposta de institucionalização da Campanha pela Ética na TV (“Quem financia a baixaria é contra a cidadania”), que nunca serviu para atacar liberdade de expressão, mas, ao contrário, ajudou a criar pontes entre os espectadores, usuários do serviço de rádio e TV e as emissoras. Estas, embora recebam uma concessão para cumprir um serviço público, nunca admitem se submeter a obrigações de serviço público, nem mesmo àquelas estabelecidas pela Constituição Federal. Alguns podem até questionar a utilidade desse ranking, mas certamente ele não representa ataque à liberdade de expressão. O restante da diretriz 22 (que trata sobre comunicação) do PNDH-3, trata da garantia ao direito à comunicação democrática e ao acesso à informação. Mas disso nenhum meio de comunicação falou.

Terceiro ato

As recentes críticas ao texto-base da Conferência Nacional de Cultura são o ápice da farsa (termo talvez mal-apropriado aqui, já que ela nada tem de cômica). O Estado de S. Paulo, O Globo e a Folha de S. Paulo atacaram o texto por ele dizer que “o monopólio dos meios de comunicação representa uma ameaça à democracia e aos direitos humanos, principalmente no Brasil, onde a televisão e o rádio são os equipamentos de produção e distribuição de bens simbólicos mais disseminados, e por isso cumprem função relevante na vida cultural”.

A contestação foi à afirmação de que há ocorrência de monopólio nos meios de comunicação no Brasil. O trecho fica mais claro se citada a frase imediatamente anterior: “A produção, difusão e acesso às informações são requisitos básicos para o exercício das liberdades civis, políticas, econômicas, sociais e culturais”. É um texto, portanto, que defende as liberdades, e aponta a concentração nos meios de comunicação como ameaça à democracia e aos direitos humanos. Com ele concordariam até os republicanos dos Estados Unidos, como demonstram recentes votações no Congresso daquele país. Mas não os jornais brasileiros.

É preciso deixar claro que “monopólio” ali é usado em sentido amplo e agregador. Até porque, embora a Constituição Federal (de novo...), em seu artigo 220, proíba a existência de monopólios e oligopólios, nunca houve a regulamentação deste artigo. Portanto o Brasil não tem como estabelecer critérios precisos para determinar se há ou não ocorrência de monopólio neste setor. Qual a referência? A propriedade? O controle? A participação na audiência? A participação no mercado publicitário? Todas as democracias avançadas estabelecem medidas não apenas anti-monopólios e oligopólios, mas anti-concentração, combinando os diferentes critérios citados acima. No Brasil, os únicos limites à concentração existentes foram estabelecidos em 1967 e são mais tênues do que os aplicados nos Estados Unidos, França e Reino Unido. O próprio Estadão já tocou, em editoriais recentes, no problema da concentração no rádio e na TV; agora nega sua existência.

Também não passou despercebida pelos jornais a proposta de regulamentação do artigo 221 da Constituição Federal, que prevê a regionalização da produção de rádio e TV e o estímulo à produção independente. A matéria usa uma declaração completamente equivocada do deputado Miro Teixeira para dizer que o artigo não admite regulamentação. Embora haja pareceres que defendem que o artigo pode ser auto-aplicável, o seu inciso III diz justamente que as rádios e TVs deverão atender ao princípio de “regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei”. Isto é, ele não só admite como solicita regulamentação. Bola fora ou má fé?

Outro ponto atacado pelos jornais é o trecho em que o texto defende o fortalecimento das rádios e TVs públicas e sua maior independência em relação aos governos. Diz o texto preparado pelo Ministério da Cultura: “As TVs e rádios públicas são estratégicas para que a população tenha acesso aos bens culturais e ao patrimônio simbólico do país em toda sua diversidade. Para tanto, elas precisam aprofundar a relação com a comunidade, que se traduz no maior controle social sobre sua gestão, no estabelecimento de canais permanentes dedicados à expressão das demandas dos diversos grupos sociais, na adoção de um modelo aberto à participação de produtores independentes e na criação de um sistema de financiamento que articule o compromisso de Municípios, Estados e União”. Assim, o texto defende o controle social sobre as mídias públicas justamente para que estes veículos não sejam apropriados pelos governos. O foco é justamente a defesa da liberdade de expressão para todos e todas. Onde há ataque à mídia? Onde há ameaça à liberdade de expressão?

Dejà vu

Para quem acompanha esse debate, esse comportamento não é novidade, embora o tom raivoso e histérico nunca deixe de assustar. Parte dos meios de comunicação não aceita nenhum tipo de medida que possa diminuir o poder absoluto exercido hoje por eles. Regras que em outros países democráticos são entendidas como condições mínimas para o exercício democrático, aqui são tratadas como ameaças à liberdade de expressão. A grita esconde, na verdade, a defesa de interesses corporativos, em que a liberdade de imprensa se transforma em liberdade de empresa.

A liberdade de expressão defendida por esses setores não é a liberdade ampla, mas a liberdade de poucas famílias. Contra qualquer medida que ameace esse poderio, lança-se o discurso da volta da censura, independentemente de não haver em nenhum desses documentos propostas que prevejam a análise prévia da programação. Independentemente de esses veículos negarem o direito à informação de seus leitores e omitirem informações e opiniões relevantes para a compreensão autônoma dos fatos, agindo de forma censora. Independentemente de os setores proponentes dessas medidas terem sido justamente aqueles que mais lutaram contra a censura estabelecida pela ditadura militar, da qual boa parte desses veículos foi parceira.

Nessa situação, quem deve ficar apreensivo com a reação são os setores que tem apreço à democracia. Como lembra um importante estudioso das políticas de comunicação, foi com este mesmo tom de “ameaça à democracia” que estes jornais prepararam as condições para o acontecimento que marcaria o 1º de abril de 1964. De novo, aqui eles não mostram nenhum apego à Constituição Federal e ao verdadeiro significado da democracia. Obviamente não há hoje condições objetivas e subjetivas para qualquer golpe de Estado, mas os meios de comunicação já deixaram claro de que lado estão.

A VOLTA DOS MORTOS VIVOS

por Laerte Braga

O presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, criticou a decisão do presidente Hugo Chávez, da Venezuela, de estatizar uma rede de supermercados francesa. Chávez tomou a atitude diante da política de remarcação sistemática e abusiva de preços.

É uma pequena amostra do que vai ser o governo do novo Uribe, o chileno. Pinochet saindo da tumba e assombrando o país. Piñera tem um papel a cumprir no jogo político da América Latina. É a reação das forças de direita e com amplo apoio do governo dos Estados Unidos. O cerco a governos populares como o da Venezuela, do Equador, da Bolívia, do Paraguai e do Uruguai na América do Sul e de Daniel Ortega e Raul Castro, Nicarágua e Cuba, na América Central.

Cerco político e militar. São treze as bases militares dos EUA ao redor da Venezuela.

Há um raciocínio em Washington que é implícito aos norte-americanos desde George Washington. O da escolha do aliado naquele que se submete, pouco importa que seja ligado ao tráfico de drogas, caso de Álvaro Uribe na Colômbia, ou um empresário trapaceiro, caso de Sebastián Piñera no Chile.

Quando o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, no governo do ditador Garrastazu Médice disse a Nixon que as violações de direitos humanos eram sistemáticas nos cárceres da ditadura, Nixon respondeu que era uma pena, mas “Medici é um bom aliado”.

A tortura como prática rotineira da ditadura, toda a sorte de barbárie perpetrada pelos militares e seus acólitos, isso pouco importava aos EUA. E continua não importando, acontece desde julho em Honduras. Importa que os interesses norte-americanos sejam preservados e os governos sejam submissos.

Caso contrário são inimigos, rotulados de “terroristas” e daí para pior.

A jóia da coroa é o Brasil. Lula não é um inimigo dos EUA, mas é um obstáculo em muitas situações e por essa razão Barack Obama, ou qualquer outro que lá estivesse, vai investir fundo na eleição de 2010, como sempre fizeram. O preferido de onze entre dez norte-americanos é o governador de São Paulo, José Collor Serra.

Não vai hesitar em acabar de privatizar o que resta para ser privatizado, PETROBRAS inclusive, como vai passar a escritura e um nova reforma ortográfica, essa para mudar a grafia da palavra Brasil. Vai virar BRAZIL.

O sonho dos governos norte-americanos são bases militares em território brasileiro. Uma próxima a Amazônia, ou na própria Amazônia, para facilitar o processo de ocupação e outra no sul, abrindo caminho para o controle total do País.

Qualquer especialista em meio-ambiente pode explicar os efeitos imediatos e as conseqüências dos testes nucleares feitos pela França no atol de Mururoa. Foram quarenta e seis testes atmosféricos e cento e cinquenta subterrâneos. Entre 1966 e 1974.

Em 1995 a França tentou retomar os testes. Os protestos em todo o mundo acabaram por levar o governo francês a recuar em sua intenção.

Cada uma das guerras que os norte-americanos travam em função de seus interesses implica em testes com armamentos novos. Armas químicas (agente laranja no Vietnã, por exemplo), biológicas, armas de efeito e padrão ainda desconhecidos e lógico, tecnologia de armas nucleares bem mais avançada o que permite que esses artefatos imensos no passado, caibam hoje dentro de uma mala de porte médio.

Não há preocupação nem com seus próprios soldados. Usam balas de urânio empobrecido (Iraque, Afeganistão). A GLOBO não noticia, está preocupada com a declaração da sister Cláudia – “não queria dormir com o Eliéser” –, mas é assustador o número de veteranos de guerra dos EUA padecendo de doenças provocadas pelos armamentos e balas de urânio empobrecido. Distúrbios de toda a ordem, inclusive psíquicos.

A idéia que o terremoto que abalou e destruiu o Haiti possa ter sido consequência de testes com armas nucleares na região não é nem despropositada ou descabida. É possível. Ou armas que chamam de última geração, as tais que o sangue do inimigo aparece verde na telinha.

Uma dessas partículas dos testes franceses, qualquer que seja, no Atol de Mururoa, trazida pelo vento, leva, pelo menos 200 anos para se decompor. O efeito é letal.

O alerta partiu do governo chinês, foi feito publicamente pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e Washington sequer cogitou de desmentir, resolveu não levar em consideração, a velha tática de desqualificar o adversário, rotular e assim evitar a discussão do assunto.

Na guerra Irã versus Iraque, quando os EUA financiaram o governo do então “aliado” Saddam Hussein para tentar acabar com a revolução islâmica e popular iraniana, o uso de armas químicas e biológicas fornecidas a Saddam foi denunciado em todos os cantos do mundo.

Como na guerra do Brasil com o Paraguai, apresentada como página de heroísmo de nossa história. Conflito montado, dirigido e produzido por Londres, à época, com a recomendação que aquele país fosse varrido do mapa. Genocídio puro e simples. O Paraguai era o principal competidor do chamado Reino Unido, onde o sol não se punha (colônias em todos os cantos do mundo), na exportação de mate e tecidos.

É corriqueira essa história.

Sebastián Piñera foi colaborador do regime do ditador Pinochet. É empresário desses em que a iniciativa privada é financiada e paga pelo dinheiro público. Tipo Ermírio de Moraes que quando quebra vende as ações, não o controle acionário, mas parte das ações do “negócio” para o governo via BNDES e depois se arrosta gerador de “progresso”, “empregos”, etc.

São mortos-vivos saindo das catacumbas. No Brasil reagem ao Plano Nacional de Direitos Humanos e hoje o jurista (putz é o fim da picada, o cara é mestre em ensinar a sonegar) Ives Gandra Martins, no jornal (venal) FOLHA DE SÃO PAULO, o tal que chamou a ditadura de ditabranda e emprestava seus caminhões para que corpos de presos políticos mortos na tortura fossem desovados e dados como atropelados, mas hoje o jurista desancou “guerrilheiros pretéritos”.

Múmia. Guerrilha transcende à compreensão de gente como o “jurista” Ives Gandra. A reação dos franceses à ocupação de seu país pela Alemanha se deu pela guerrilha, por operações típicas de guerrilha. O comandante da resistência era o general Charles De Gaulle. Na visão do “jurista”, “guerrilheiro pretérito”.

O fenômeno não se atém apenas à América Latina. Sílvio Berlusconi é um caso europeu. Fascismo explícito, diferente do de Sebastián Piñera, o chileno. Com suas declarações criticando Chávez começa a mostrar a que veio, antes mesmo da posse.

É fechar a janela, colocar tranca nas portas, arrumar dentes de alho e uma cruz para espantar esse tipo de gente.

E depois dizem que Drácula é imaginação. E nem é bem Drácula. É Frankenstein, gerado em laboratório. Produzido em série com a inscrição “made in USA”.

São mortos vivos voltando a assombrar a América Latina especificamente.

Carrara: Quando a doce chuva se torna inimiga(imperdível)


Você é um paulistano desesperado? Então, fique sabendo...

Desgoverno, caos e sofrimento humano na degradada São Paulo

por Mauro Carrara

Você também não aguenta mais viver em São Paulo? Não vê retorno nos altíssimos impostos pagos ao Governo do Estado e à Prefeitura?

Você já se cansou de passar horas e horas no trânsito? Já não suporta ver semáforos quebrados ou desregulados? Já se indigna com a indústria de multas?

Já precisa tapar o nariz para andar pelas ruas lotadas de lixo?

Já teme perder seu carro numa enchente relâmpago?

Já se apavora ao saber que a cidade praticamente não tem mais polícia, e que são suas orações que protegem seus familiares nos trajetos urbanos?

Já se questiona se o suor do trabalho não é suficiente para lhe garantir um mínimo de eficiência nos serviços públicos?

Já se pergunta por que a imprensa nunca lhe dá respostas?

Já nota que o jornal e o portal de Internet nunca lhe fornecem a explicação que você procura?

Talvez, então, você esteja no grupo dos 57% de paulistanos que deixariam a capital caso pudessem, conforme apurou o Ibope.

Talvez, esteja no time dos 87% que consideram São Paulo um lugar completamente inseguro para se viver.

Mas, afinal, como chegamos a esta situação caótica na maior cidade do Brasil?

Analisaremos questões específicas (enchentes, trânsito, segurança, entre outras) do processo de degradação da qualidade de vida em São Paulo.

Porém, comecemos pelo geral.

1) Sua angústia, paulistano, tem basicamente três motivos:

a) A incompetência, a negligência e a imperícia dos grupos que, há muitos e muitos anos, se apoderaram da máquina pública no Estado de S. Paulo. Aqui, o “capitão da província” é sempre da mesma tropa.

b) O sistema desonesto de blindagem e proteção dessas pessoas pelos veículos de comunicação, especialmente a Folha de S. Paulo, o Estadão, a Rede Globo e a Editora Abril, aquela que publica a Veja.

c) A vigência de uma filosofia de gestão pública que nem de longe contempla as necessidades humanas. O objetivo da máquina de poder, hoje, em São Paulo, é privilegiar uma pequena máfia de exploradores do Estado e da cidade. O governo dos paulistas e dos paulistanos exige demais, mas oferece de menos.

2) Em pleno século 21, os velhos políticos ainda administram São Paulo como coronéis de província. São tão arrogantes quanto preguiçosos.

a) Não temos um plano coordenado de construção de “qualidade de vida” na metrópole, que coordene ações na área de saúde, educação, cultura, transporte e moradia. Todas as outras 9 grandes cidades do mundo têm, hoje, grupos multidisciplinares trabalhando duramente em projetos desse tipo.

b) Não temos um projeto sério, de longo prazo, para reestruturação e racionalização da malha viária.

c) Não temos um sistema de transporte coletivo decente. Entre as 10 maiores cidades do mundo, São Paulo é aquela com o menor número de quilômetros servidos por metrô.

3) Por que a doce chuva virou sua grande inimiga?

a) Porque os governantes de São Paulo não pensam em você quando autorizam a construção de novos condomínios e habitações. Onde havia terra e árvores, passa a existir concreto. O solo não absorve a água, que corre desesperadamente para o Tietê.

b) Porque a prefeitura simplesmente abandonou os trabalhos de construção dos piscinões. Você tem medo de morrer afogado no Anhangabaú? Pois bem, os recentes dramas no túnel teriam sido evitados se José Serra e Gilberto Kassab tivessem seguido o projeto de construção dos reservatórios de contenção nas praças 14 Bis e das Bandeiras. Até o dinheirinho já estava garantido, com fundos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Mas os dois chefões paulistas consideraram que as obras não eram necessárias. Agora, você paga por este descaso.

c) Lidar com água, uma das mais importantes forças da natureza, exige pesquisa e conhecimento. Em São Paulo, as obras são feitas de acordo com o humor dos governantes, muitas vezes em regime de urgência. Na pressa, o resultado quase sempre é desastroso. No Grajaú, por exemplo, os erros de engenharia na canalização de córregos acabaram por gerar entupimentos, enchentes e destruição. As famílias da região perderam móveis, eletrodomésticos, roupas e alimentos. Ou seja, obra sem planejamento gera mais prejuízo que benefício.

d) São Paulo tem a sua Veneza. É o Jardim Romano, que vai afundando a cada enchente. Como se trata de periferia, a prefeitura simplesmente abandonou os projetos de drenagem e captação de águas. O resultado é água imunda dentro das casas, doença e morte. Para minimizar o problema, o governo do Estado resolveu lançar um “carro anfíbio”, apresentado com pompa pelo bombeiros. Será que, não satisfeitos com o estrago, ainda querem rir da cara do cidadão?

e) O descaso com a cidade pode ser provado facilmente. Um levantamento técnico mostra que o número de pontos de alagamento aumenta assustadoramente de ano para ano. Em 2007, a cidade tinha 9 pontos fixos de alagamento. No ano seguinte, já eram 43. Atualmente, há 152 lugares por onde o paulistano pode perder seu carro durante uma chuva. É isso aí mesmo: 152! Sem dúvida, anda chovendo bastante. Mas não se pode negar que problemas de escoamento estão gerando o caos em áreas antes seguras. É o caso da Avenida Brasil com a Alameda Gabriel Monteiro da Silva, nos Jardins. Quem podia imaginar que até mesmo a região nobre de São Paulo sofreria com alagamentos, lama e fedor insuportável?

f) O dinheiro que a Prefeitura gasta em câmeras, multadores automáticos e propaganda na imprensa poderia muito bem servir à erradicação de alguns desses problemas. No entanto, o drama da população parece não sensibilizar o prefeito nem o governador. Veja o caso dos alagamentos da Marginal Pinheiros com a Ponte Roberto Rossi Zuccolo. O problema já é grave, mas as obras nem foram contratadas, como admite a prefeitura. No caso da Zachi Narchi com Cruzeiro do Sul, na Zona Norte, a prefeitura limita-se a dizer que há um “projeto para futura implantação”. Tudo muito vago. Nenhuma pressa. No caso da Alcântara Machado (Radial Leste) com Guadalajara, a confissão oficial de incapacidade é assustadora: “as interferências não configuram possibilidades de obras para solucionar o caso de imediato”.

4) Por que São Paulo fede?

a) Porque a gestão Serra-Kassab simplesmente reduziu em cerca de 17% o investimento em varrição e coleta de lixo, especialmente na periferia. Aliás, limpeza urbana é algo que não se valoriza mesmo em São Paulo, vide as declarações do jornalista Boris Casoy sobre os garis.

b) Porque os projetos de coleta seletiva e de usinas regionais de reciclagem foram reduzidos, desmantelados ou sumariamente engavetados.

c) Porque a política de “higienização social” tem dificultado extremamente o trabalho dos catadores e recicladores.

d) Nem é preciso dizer que o lixo que se amontoa nas ruas da cidade vai parar nos bueiros. Vale notar que, nas enchentes, boa parte do lixo boiando está devidamente ensacado. Trata-se de uma prova irrefutável de que o “porco” nesta história não é o cidadão paulista, mas aquele que o governa.

5) Padarização: por que São Paulo é tão insegura?

a) O governo Serra praticamente sucateou o sistema de Segurança Pública. Paga mal os agentes da lei e ainda fomenta a rivalidade entre policiais civis e militares.

b) Em seu ímpeto privatista, o governo paulista incentiva indiretamente os empreendimentos de segurança particular.

c) Mal pagos, mal aparelhados e mal geridos, os policiais paulistas são o retrato da desmotivação.

d) Criou-se informalmente um sistema de “padarização” das patrulhas. Normalmente, os agentes da lei se mantêm na porta de uma padaria ou mercado, reduzindo drasticamente as rondas pelas áreas internas dos bairros. De certa forma, acabam se tornando uma guarda particular dos comerciantes locais. Esse fenômeno atinge não somente a periferia da Capital e de outras grandes cidades, mas também os bairros de classe média.

e) Essa mesma polícia invisível nas ruas, entretanto, ocupou o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) durante ato em defesa do Programa Nacional dos Direitos Humanos. Exigiam explicações sobre o encontro... Ora, que terrível bandido se esconderia ali? Ou será que voltamos à época da Operação Bandeirantes, que visava a perseguir os inimigos do regime militar?

f) Cabe dizer: o pouco que restou da Segurança Pública é resultado do esforço pessoal de policiais (militares e civis) honestos, dedicados, que ainda arriscam a vida para proteger o cidadão. Esses, no entanto, raramente são premiados por suas virtudes.

6) Politicalha na calçada, trânsito, impostos e desrespeito ao cidadão.

a) Sem qualquer fiscalização da imprensa, o governante paulista julga-se hoje acima da lei. Não precisa dar satisfações a ninguém.

b) É o caso da Calçada da Fama, já apelidada de Calçada da Lama, no bairro de Santa Cecília. Inspirada na homônima de Hollywood, foi condenada por todos os moradores locais. Mesmo assim, a prefeitura colocou 18 homens da Subprefeitura da Sé para trabalhar na obra (afinal, eles não têm bueiros para limpar). Cabe lembrar que os “testes” de homenagens foram realizados com a colocação de duas estrelas. Uma delas tinha o nome do ex-governador Geraldo Alckmin. A outra, do atual, José Serra, o único governador do Brasil que, entre amigos, se gaba de acordar ao meio-dia.

c) Para obras desse tipo, supõe-se, o prefeito Kassab busca um “aumentaço” no IPTU, tanto para imóveis comerciais quanto residenciais.

d) Cedendo ao cartel das empresas de ônibus, Kassab também decretou aumento nas passagens, de R$ 2,30 para R$ 2,70. A poucos metros da Câmara dos Vereadores, com bombas de efeito moral e balas de borracha, a polícia de Serra reprimiu violentamente os estudantes que tentavam se manifestar contra a majoração. Agressão desse tipo, aliás, já tinha sido vista na USP, em episódio que lembrou a invasão da PUC-SP por Erasmo Dias, em 1977.

e) Se o trânsito é cada vez mais caótico em São Paulo, raras são as ações destinadas a reformar a malha viária, revitalizar o transporte público e constituir um sistema inteligente e integrado de locomoção urbana. Os técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego ainda planejam suas ações conforme modelos da década de 60. A obsolescência no campo do conhecimento é a marca da gestão da CET.

f) Se o tráfego paulistano é um horror, confuso e mal gerido, o mesmo não se pode dizer da indústria de multas. Em 2009, foram arrecadados R$ 473,3 milhões, valor maior do que o orçamento de cinco capitais brasileiras. Só 62 municípios do Brasil recebem, entre todos os tributos, aquilo que o governo paulistano obtém com esse expediente punitivo.

g) Com esse valor, seria possível instalar 2 mil semáforos inteligentes (raros aqueles em perfeito funcionamento na cidade) e 40 terminais de ônibus.

h) Curiosamente, se falta dinheiro para a reforma dos equipamentos de controle de trânsito, sobra para a compra de radares e aplicadores de multas. Foram 105 novos aparelhos em 2009. E a prefeitura projeta a instalação de pelo menos mais 300 em 2010.

i) Se os radares estão atentos ao motorista, dispostos a lhe arrancar até o último centavo, também é certo que não há olhos para as máfias de fiscais nas subprefeituras, especialmente na coleta diária de propinas nas áreas de ambulantes. Em 2008, membros da alta cúpula da subprefeitura da Mooca foram protagonistas de um escândalo, logo abafado pela imprensa paulistana. Hoje, os esquemas de cobrança ilícita seguem firmes e fortes. Faturam milhões, à luz do dia, na região do Brás, da Rua 25 de Março e da Lapa, entre outros, conforme denúncias dos próprios camelôs.

7) Até para fugir, o paulistano pagará caro... Dá-lhe pedágio!

a) Alguns governantes tornam-se conhecidos por construir estradas. Outros, por lotá-las de pedágios e fazer a festa de seus apoiadores de campanha. É o caso de José Serra. Em média, um novo pedágio é implantado em São Paulo a cada 30 dias. O ritmo de inaugurações deve crescer em 2010. Somente nas estradas do litoral, o governador quer implantar mais dez pedágios.

b) José Serra desistiu temporariamente de sua ideia obsessiva de implantar pedágios também nas marginais do Tietê e do Pinheiros. O desgaste político poderia inviabilizar, de uma vez por todas, seu projeto de ocupar a presidência da República.

c) Fora dos centros urbanos, entretanto, a farra do pedágio continua. Em Engenheiro Coelho, na região de Campinas, por exemplo, uma família já precisa pagar pedágio para se deslocar de um lado a outro de seu sítio, cortado pela rodovia General Milton Tavares de Souza (SP-332). Agora, para cuidar do gado, os sitiantes precisam pagar a José Serra e seus amigos da indústria do pedágio. Nessa e em outras cidades, o cerco dos pedágios deixam “ilhados” moradores da zona rural e de condomínios habitacionais. Nem mesmo o “direito de ir e vir” é respeitado.

Como resgatar São Paulo

Nos últimos anos, São Paulo vem sendo destruída e seus cidadãos humilhados. Está perdendo seu charme e carisma. Aumenta-se a carga de impostos, ao passo que os direitos básicos do cidadão são negados pela autoridade pública.

Mas nada comove a imprensa surda, muda e partidarizada. As enchentes, o lixo acumulado, as obras inacabadas, o apagão no trânsito, a fábrica de analfabetos do esquema de “aprovação automática”, as máfias de propinas, a falta de segurança e a fábrica de multas não sensibilizam os jornalistas.

A ordem nas redações é botar a culpa na sorte, nas gestões anteriores ou em São Pedro. Nenhuma tragédia é atribuída aos governantes locais. Jamais.

Quando a cratera do metrô engoliu trabalhadores, pais e mães de família, a imprensa silenciou sobre a culpa daqueles que deveriam fiscalizar a obra.

E o prefeito Gilberto Kassab ainda se divertiu, transformando a tragédia alheia em piada. Nem a Folha nem o Estadão escreveram editoriais indignados sobre o episódio.

A imprensa também se fez de boba quando a ponte do Rodoanel desabou sobre a pista, destruindo veículos e ferindo pessoas.

Aliás, os jornais estampam enormes manchetes quando se constata qualquer atraso em alguma obra do PAC. Mas não encontram relevância no atraso das obras do Rodoanel.

Já são doze anos de embromação, casos de superfaturamento e destruição do patrimônio natural nos canteiros de obras.

Na Capital, José Serra e Gilberto Kassab criaram fama ao inventar a lei “Cidade Limpa”, uma restrição sígnica ao estilo “talebã” que deixaria os habitantes de Nova York e Tóquio perplexos.

Eliminaram praticamente toda a publicidade local e, automaticamente, canalizaram milhões e milhões de Reais para jornais, TVs, rádios e portais de Internet. Um golpe de mestres.

Portanto, aquele que sofre diariamente em São Paulo precisa urgentemente revisar seus conceitos políticos, reeducar-se para a leitura dos produtos noticiosos e mobilizar-se para viabilizar a urgente mudança. Se São Paulo pode ser salva, será você, paulistano sofrido, o artífice dessa proeza.


* Mauro Carrara é jornalista, paulistano, nascido no Brás, em 1939.