Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
Toda
essa
realidade é o apocalipse da imprensa, fruto do compadrio entre a
direita
midiática e a direita partidária, em prol de afastar Lula do processo
eleitoral
atual e de futuras eleições. Presidenta Dilma, e o marco regulatório das
mídias? Com a palavra, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo...
Alguém já se perguntou: "De onde veio o Roberto Civita? E para onde ele vai?" |
O
pasquim de péssima qualidade travestido de revista conhecido como Veja — a revista porcaria e sem
escrúpulos — todo fim de semana, há dez anos, publica arremedos de matérias e
patifarias, que, invariavelmente, são repercutidas no domingo pelo programa Fantástico, da TV Globo, e a partir de segunda-feira pelo Jornal Nacional, principal instrumento de oposição aos governos
trabalhistas.
Na
terça-feira, os cavaleiros do
apocalipse, porta-vozes da direita partidária brasileira, que atendem pelos
nomes de Álvaro Dias, Agripino Maia e Roberto Freire, dão continuidade à
maratona de calúnias, injúrias e difamações, e, de forma recorrente, todos os
envolvidos nesse processo perverso e dantesco, que tem por princípio básico
sangrar o Governo Federal, compartilham, de maneira prévia e combinada, a pauta
estabelecida pelas redações pertencentes a um sistema midiático fundamentalista
e de direita.
Os
controladores do sistema de capitais e de exploração do trabalho e das riquezas
alheias em âmbito individual e também no que é relativo às nações, não aceitam,
em hipótese alguma, as decisões de milhões de cidadãos brasileiros, que
decidiram eleger, no decorrer de dez anos (ainda faltam dois), políticos trabalhistas de origem socialista,
que mostraram à direita selvagem e capitalista como se desenvolve a economia
para que todos possam consumir, comprar e até mesmo, se o for o caso,
enriquecer, sem, no entanto, esquecer das questões sociais.
Federico Franco é golpista e, arrogante, pensa que a Dilma é o seu aliado Roberto Civita. |
E
por quê? Porque não há como no Brasil a direita chegar ao poder por intermédio
da obediência às regras de uma democracia representativa, que se baseia em um estado
democrático de direito e na vontade soberana de o povo escolher seus eleitos, por
intermédio do voto secreto. Os números e índices econômicos e sociais dos
presidentes Lula e Dilma são tão maiores que os dos governos do ex-presidente
FHC — o Neoliberal — que se tornou impraticável, para a direita partidária
e midiática, compará-los. Por isto e por causa disto, os arautos do
conservadorismo optaram pura e simplesmente pelo golpe, aos moldes do que
ocorreu no Paraguai com o presidente Fernando Lugo, deposto pelas oligarquias
do Judiciário e do Congresso, com a cumplicidade e a garantia das armas, se
fosse necessário, por parte dos generais paraguaios, que sempre usurparam os
direitos do povo guarani.
Evidentemente,
a revista patifaria também conhecida por
Veja deu espaço ao ditadorzinho, que se veste e se comporta como um “mauricinho”,
ao tempo que sua arrogância e prepotência são de um latifundiário que cuida de
suas terras como um especulador imobiliário. É o verniz, a dissimulação dos que estão sempre a
representar para esconder ou disfarçar seus propósitos egoístas cujo
combustível é a opressão da classe dominante e preconceituosa sobre a grande maioria da população. Veja, a
revista pautada pelo bicheiro
Carlinhos Cachoeira, publicou nas suas páginas amarelas entrevista com
tal
sujeito golpista. A matéria, na verdade, teve o propósito de dar
conotação de
legalidade ao golpe ocorrido no Paraguai, ou seja, justificar o
injustificável
e defender o indefensável — o golpe de estado via Judiciário, o que
sobremaneira, vai ser combatido no Brasil, apesar de alguns integrantes
do STF.
Pois
não é que o ousado e audacioso golpista avisou que vai questionar a presidenta
Dilma Rousseff na próxima segunda-feira, em Nova Iorque, quando a mandatária vai
abrir a Assembleia Geral das Nações Unidas. Dilma vai falar sobre a crise
internacional que enterrou de vez o neoliberalismo e calou seus defensores, bem
como vai dissertar sobre as medidas efetivadas pelo Brasil para que a crise não
prejudique o crescimento do País e muito menos elimine os empregos e os benefícios
sociais conquistados, por intermédio dos programas e projetos dos governos
trabalhistas.
O
golpista do Paraguai também vai falar logo a seguir. Ele vai ter a petulância e
o despropósito de questionar os países membros do Mercosul que consideram seu
governo ilegítimo. Federico Franco tem a pretensão de defender o indefensável: o
status democrático do seu
país e o
regime imposto por ele e sua trupe oligarca à margem do processo
democrático estabelecido
pelas regras e pelo regimento do Mercosul. Franco é tão arrogante que,
mal deu o golpe de estado, resolveu falar de forma ríspida e de alto tom
ao ser contra o ingresso da Venezuela no Mercosul. Durma-se com um
barulho desse... A Venezuela é sócia do bloco e o Federico não vai poder
fazer nada para impedir essa realidade.
Tal
figura patética de direita se alia à Secretaria de Estado dos EUA, aos grandes
proprietários de terras vinculados ao Exército e ao Judiciário paraguaios,
rasga as normas do Mercosul quanto à defesa da democracia e ainda se vale da desfaçatez e da insensatez para
reivindicar e quiçá falar de modo autoritário na assembleia da ONU para justificar e
defender a legitimidade do processo que culminou com o impeachment do
presidente Fernando Lugo, eleito
constitucionalmente pelo povo paraguaio.
Contudo,
o Itamaraty devolveu na mesma moeda as intenções do golpista Federico Franco. O
Brasil não vai recuar ainda mais que o PT e os partidos da base aliada formada
no Congresso consideraram, com a aquiescência de Dilma, por intermédio de nota
pública, que o Brasil, no momento, está a enfrentar uma tentativa de golpe cujo
pavio a pegar fogo é a “matéria” totalmente em off da revista Veja, que
acusa Lula de ser o chefe do “mensalão”, além
da
entrevista com o golpista do Paraguai nas páginas amarelas. (O
publicitário Marcos Valério, segundo seu advogado, não concede
entrevista há sete anos, e negou que Lula fosse chefe de mensalão).
O
Governo Federal deveria, urgentemente, cortar as verbas publicitárias das mídias
privadas de caráter golpista. Os barões da imprensa sempre defendem a
iniciativa privada e por isto considero que eles deveriam, terminantemente,
recusar tais verbas, afinal essas pessoas tem de efetivar a desestatização de
suas empresas e, consequentemente, ser coerentes com seus próprios pensamentos
e propósitos de vida. Afirmo e repito novamente, o que já se tornou um mantra:
governantes trabalhistas não podem tergiversar e facilitar com a direita oligarca, porque,
mais cedo ou mais tarde, vai ser vítimas de golpes.
Por
isto e por causa disto, a presidenta Dilma Rousseff, juntamente com a maioria
conquistada no Congresso, tem de efetivar o marco regulatório das mídias, setor
econômico monopolizado e controlado por seis famílias, que pensam que o Brasil
de uma população de 200 milhões de habitantes e um PIB de R$ 3,6 trilhões é o
quintal das casas delas. Seria cômico, mas é trágico; e perigoso. Golpe é
retrocesso, e a direita é o atraso, que tem sob seu poder os meios de produção
urbanos e rurais. Portanto, todo cuidado ainda é pouco.
Lula
é Dilma e Dilma é Lula. Enfim, a imprensa comercial e privada (privada nos dois
sentidos, tá?) reconheceu o cerne desta questão. O aval da presidenta cobre com
cal a manipulação de dois anos da imprensa na qual tenta dissociar Dilma de
Lula, como se os dois fossem antagônicos, diferentes, no que é referente às
suas ideologias, aos seus passados, à luta pela independência e autodeterminação
do Brasil, além da busca pelo desenvolvimento social de nosso povo.
imagem 247
A capa vermelha é o golpe contra Lula e Dilma. A amarela é a "legalização" do golpe. |
Para
o capo Roberto Civita, dono da Veja,
a revista emporcalhada, o Brasil é o Paraguai. A família Marinho também pensa
assim, pois repercute tudo o que sai na Veja,
autora do verdadeiro jornalismo de esgoto. Entretanto, tão prestigiosa família
não manda seus asseclas repercutir as reportagens que são publicadas, por
exemplo, na Carta Capital, entre
outras publicações. O livro A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro,
foi “esquecido” pela imprensa burguesa. E sabe por quê? Porque o jornalismo realizado
pela imprensa alienígena e de negócios privados é seletivo. Selecionam as
matérias, os fatos e as realidades conforme seus interesses e fazem do
jornalismo uma ferramenta para combater e destruir aqueles que são considerados
seus adversários e inimigos mesmo que de forma ilegal e criminosa.
Toda
essa realidade é o apocalipse da imprensa, fruto do compadrio entre a direita
midiática e a direita partidária, em prol de afastar Lula do processo eleitoral
atual e de futuras eleições. Presidenta Dilma Rousseff, cadê o
projeto do jornalista Franklin Martins que regulamenta o segmento econômico de
mídias, por intermédio da efetivação do marco regulatório? Com a resposta, o
ministro das Comunicações Paulo Bernardo. É isso aí.
Leia
o repúdio da base do Governo
O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, representados pelos seus presidentes
nacionais, repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS
que, em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada pela Revista Veja, pretendem
transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado a partir de
fontes sem identificação.
As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não
hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia
sem prova.
O gesto é fruto do desespero diante das derrotas seguidamente
infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro. Impotentes, tentam fazer política
à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa,
que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados.
Assim foi em 1954, quando inventaram um “mar de lama” para afastar
Getúlio Vargas. Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a
21 anos de ditadura. O que querem agora é barrar e reverter o processo de
mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com
distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros
marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de
submissão a interesses externos.
Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública.
Quando pressionam a mais alta Corte do País, o STF, estão preocupados em fazer
da ação penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter
as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula.
A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo.
Rui Falcão,
PT
Eduardo
Campos, PSB
Valdir
Raupp, PMDB
Renato
Rabelo, PCdoB
Carlos Lupi,
PDT
Marcos
Pereira, PRB
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