segunda-feira, 3 de setembro de 2012

FHC é falastrão e o "Estadão" não pode ser levado a sério

Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre  
  
    Eu não sei e creio que ninguém sabe o que se passa na cabeça do ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso quando ele chama o presidente mais popular da história do Brasil, juntamente com o presidente Getúlio Vargas, de “herança pesada”, em artigo nada sociológico no jornal mais conservador da direita brasileira, o Estado de São Paulo.
FHC TEM DOIS PROBLEMAS GRAVES: NÃO CONCATENA AS IDEIAS E TEM INVEJA DO LULA.

       O homem que vendeu o Brasil, aquele que alienou o patrimônio público que ele não construiu, o político que considera o Plano Real do presidente Itamar Franco como de sua autoria, o ex-presidente que quebrou o Brasil três vezes e teve de ir ao FMI de joelhos e com o pires na mão a pedir esmolas, além de ser o responsável pelo apagão de energia que durou mais de um ano, considera, na maior cara de pau possível e total ausência de senso crítico, o presidente Lula uma herança pesada.
    Seria trágico se não fosse cômico o artigo do pseudointelectual “mauricinho”, que sempre teve como aliada a imprensa comercial e privada de São Paulo, além do apoio irrestrito das Organizações(?) Globo, que no momento está a tratar do “mensalão”, como se fosse a última chance de a direita poder, enfim, chegar ao poder depois de três derrotas em eleições para a Presidência da República.
     FHC, o Neoliberal, cuja figura patética é escondida pelos próprios candidatos tucanos quando tem de concorrer às eleições, resolveu, novamente, deitar falação, e a tribuna escolhida foi o carcomido, o vetusto, o direitista, o reacionário “Estadão”, que, se tivesse a força de persuasão que pensa ter, elegeria há muito tempo para presidente da República gente como FHC, Geraldo Alckmin e principalmente José Serra, que perdeu as últimas eleições para a candidata petista Dilma Rousseff, que, até então, nunca tinha participado de qualquer eleição.
LULA GOVERNOU O BRASIL COMO ESTADISTA, O QUE REVOLTA O FHC E A BURGUESIA.
      E aí, o que acontece? O falastrão do FHC, aquele que afundou a maior plataforma produtora de petróleo do mundo, a P-36, resolve, em um texto mal escrito e pessimamente articulado mentalmente, chamar o político que mudou o Brasil, bem como o tirou de uma posição subserviente perante os países ricos, como herança pesada de Dilma.
    Para fazer sua ilações perversas e pérfidas, tal figura da burguesia paulistana faz alusões francamente levianas ao estadista Lula e o coloca como o responsável por questões sobre corrupção, desvios de recursos, além de outras “acusações” de menores implicações no que concerne ao caráter e à conduta moral do presidente petista que fez uma revolução silenciosa e melhorou as condições de vida de milhões de brasileiros, bem como elevou o Brasil a um patamar de importância em termos mundiais como nunca se viu antes neste Pais.
      FHC deveria ficar quieto, como o faz Lula em relação ao seu medíocre governo, que vendeu o Brasil e tratou de seu patrimônio com uma irresponsabilidade que, para mim, tal tucano arrogante e vaidoso deveria estar a responder processos como ocorreu com os presidentes neoliberais da Argentina, México, Peru, Chile, Equador, Uruguai e Venezuela. Alguns foram presos, outros fugiram ou estão a responder processos por terem vendido o que não é deles, o que não lhes pertencem, o que evidencia prejuízos de lesa pátria  e, consequentemente, as provas de que tais governantes traíram seus povos.
SERRA PODE SER TUDO, MENOS BOBO. MOSTRAR FHC NA TV SERIA A DERROTA IMINENTE.
 
        Lula é Dilma e Dilma é Lula. Ponto. Por sua vez, Serra não é FHC e FHC não é Serra e nem Alckmin, porque simplesmente esses tucanos quando são candidatos não deixam o FHC aparecer na televisão, nem falar pelo rádio e muito menos aparecer em outdoors. E porque isto acontece? Porque ninguém é tão ingênuo de colar sua imagem a um governo que ficou conhecido por vender o Brasil, ser leniente com a corrupção, de ir ao FMI três vezes de joelhos e com o pires na mão, de causar o apagão da energia, de fechar estatais, de tentar desmontar a Petrobrás, de afundar a P-36, de não criar empregos, de não distribuir renda, de não criar escolas técnicas e universidades, de não facilitar o acesso dos pobres ao ensino superior, não investir em pesquisas científicas, de não construir casas para a população e de não cuidar da infraestrutura, como rodovias, aeroportos, portos, ferrovias, siderúrgicas, estaleiros, além de deixar a saúde à míngua, no que trata ao orçamento quando, já na oposição ao Governo Lula, retiraram bilhões da CPMF, como forma de combater o mandatário petista.
        Depois o neoliberal FHC vem falar de corrupção e de má administração sem ter, no entanto, nenhum cuidado para se olhar no espelho e ver que seu governo foi um fracasso retumbante, porque nunca cuidou dos pobres e se comprometeu até a medula com os interesses dos ricos. O neoliberal FHC é assim: fala o que quer e não mede quaisquer consequências por que, na verdade, se tal tucano tivesse responsabilidade não teria vendido o Brasil e seu governo não cometeria tantos erros e ilícitos como mostra e demonstra o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro.
Quem acredita em FHC ou na grande imprensa de negócios privados são os 6% da população brasileira, que, conforme as pesquisas, consideravam o Governo Lula ruim ou péssimo. São os mesmos que atualmente acham a mesma coisa do Governo Dilma. São os lacerdistas de classe média, tão ressentidos e reacionários quanto os barões da imprensa e seus jornalistas e especialistas de prateleira e de confiança. São pessoas de direita que continuam de direita. Só isso. Ponto. E nada mais.
ALCKMIN GOVERNA SÃO PAULO. JAMAIS APRESENTOU O FHC NA TV.
 
A questão primordial disso tudo é que apesar de eles serem minoria, evidentemente que essas pessoas e grupos econômicos são barulhentos — altissonantes. E por que se ouve tanto o barulho deles. Porque a direita controla os meios de comunicação privados, que apoiam, sem deixar dúvida, os candidatos, os políticos e os governantes do DEM e do PSDB. Apesar de esse pessoal ser a minoria, o barulho, além de ser alto, é publicado e veiculado todos os dias pelo sistema midiático porta-voz dos interesses empresariais.  
        Muitos cidadãos acreditam que a corrupção aumentou durante o governo Lula. É dessa maneira que a imprensa sistematicamente o mostra. Nada mais falso. O que houve, de fato, foi um aumento brutal, exponencial do número de operações da Polícia Federal contra a corrupção, principalmente os malfeitos que são considerados como crimes do colarinho branco, geralmente cometidos por homens e mulheres de negócios e autoridades de alto escalão, como banqueiros, juízes, políticos, servidores com cargo de mando e empresários.
          
      O que se vê é uma falácia perpetrada por jornalistas, pois a verdade é que o Governo do FHC, o Neoliberal, em oito anos efetivou 28 operações da Polícia Federal, enquanto o Governo do Lula realizou 1.150 operações da PF, o que, sobremaneira, faz com que os números do tucano que deita falação no reacionário Estadão se tornem pífios e ridículos. A PF de Lula se tornou republicana e por isso não foi à toa que o diretor da PF, Paulo Lacerda, foi afastado e sua moral atacada pela imprensa corrupta e por gente como o senador cassado Demóstenes Torres e o juiz do STF Gilmar Mendes
DE IMPRENSA MANIPULADORA, MENTIROSA E SEM COMPROMISSO COM O BRASIL.
 
A verdade é que nunca aconteceram tantas investigações e prisões como no tempo de Lula, ao ponto de colocarem algemas no banqueiro Daniel Dantas, o que comoveu e revoltou a imprensa colonialista e hegemônica, bem como certo juiz e certo senador, que acusaram a PF de escuta ilegal, de grampear Gilmar e Demóstenes. Por causa disso, Lacerda também caiu. Só que o áudio de tal grampo nunca apareceu e a verdade é que aquelas duas figuras da República nunca foram gravadas pela PF de Lacerda e até hoje o bravo e republicano policial nunca recebeu um pedido de desculpas.
FHC, o Neoliberal, é uma farsa, inclusive como intelectual. E o Estadão não pode ser levado a sério.

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