sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Lula diz que petistas devem ter orgulho do julgamento do mensalão pelo STF

Durante evento de campanha de Fernando Haddad, ex-presidente afirma que erros cometidos por membros de seu governo estão sendo apurados: antes, processos eram 'engavetados'
Publicado em 28/09/2012, 02:59

Lula diz que petistas devem ter orgulho do julgamento do mensalão pelo STF
"Quando na nossa casa nosso filho é suspeito por ter cometido algum erro, nós investigamos e não culpamos o vizinho" (Foto: Paulo Pinto)
São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou ontem (27) sobre o uso político que partidos e candidatos da oposição vêm fazendo do julgamento do 'mensalão' durante as eleições municipais. “Vocês devem ter orgulho – e não vergonha – do processo que está em curso na Suprema Corte, porque no nosso governo as pessoas são julgadas e apuradas.” As declarações foram colhidas durante evento de campanha do PT no campus da Universidade Nove de Julho (Uninove), zona oeste de São Paulo.
Lula resolveu entrar no assunto depois que o candidato do PSDB à Prefeitura da capital, José Serra, ter tentado vincular seu concorrente petista, Fernando Haddad, ao escândalo de corrupção denunciado pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson em 2005. “Aquele mesmo senhor que ofendeu a Dilma até onde ninguém jamais tentou ofender uma candidata agora está ofendendo o companheiro Fernando Haddad, tentando baixar o nível”, alfinetou, fazendo referência à campanha presidencial de 2010, em que o tucano concorreu com a presidenta Dilma Rousseff (PT) e saiu derrotado.
O ex-presidente também tentou minimizar as provocações recebidas nas ruas pelos militantes do PT ao lembrar que, durante o governo do PSDB, o procurador-geral da República – figura que hoje em dia conduz as acusações contra os chamados 'mensaleiros' – era chamado de 'engavetador'. “Não podemos esquecer da compra de votos em 1996 para aprovar a reeleição neste país.”
“Se juntarem todos os presidentes da história do Brasil, verão que não se criaram tantos instrumentos para combater a corrupção como fizemos em oito anos”, comparou. “É só ver o que era a Controladoria-Geral da República e a Polícia Federal antes de nós, e o grau de liberdade do Ministério Público. Quando na nossa casa nosso filho é suspeito por ter cometido algum erro, nós investigamos e não culpamos o vizinho.”

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