http://www.acquasul.com/edin.htm
http://www.circuitodasaguas.org/
(Na Hungria
havia uma fábrica de chocolates, que vendia para o mercado interno e
exportava para os países vizinhos e todo o Leste Europeu. A Nestlé
comprou a fábrica, botou todos os funcionários no olho da rua, demoliu
as instalações e saiu do país. A Nestlé não quer concorrência. Se
houver...)
Nestlé mata Água Mineral São Lourenço
(As águas turvas da Nestlé)
Há alguns anos a
Nestlé vem utilizando os poços de água mineral de São Lourenço para
fabricar a água marca PureLife.
Diversas
organizações da cidade vêm combatendo a prática, por muitas razões.
As águas minerais,
de propriedades medicinais e baixo custo, eram um eficiente e barato
tratamento médico para diversas doenças, que entrou em desuso, a partir
dos anos 50, pela maciça campanha dos laboratórios farmacêuticos para
vender suas fórmulas químicas através dos médicos. Mas o poder dessas
águas permanece. Médicos da região, por exemplo, curam a anemia das
crianças de baixa renda apenas com água ferruginosa.
Para fabricar a
PureLife, a Nestlé, sem estudos sérios de riscos à saúde, desmineraliza a
água e acrescenta sais minerais de sua patente. A desmineralização de
água é proibida pela Constituição.
Cientistas europeus
afirmam que nesse processo a Nestlé desestabiliza a água e acrescenta
sais minerais para fechar a reação. Em outras palavras, a PureLife é uma
água química. A Nestlé está faturando em cima de um bem comum, a água,
além de o estar esgotando, por não obedecer às normas de restrição de
impacto ambiental, expondo a saúde da população a riscos desconhecidos. O
ritmo de bombeamento da Nestlé está acima do permitido.
Troca de dutos na
presença de fiscais é rotina. O terreno do Parque das Águas de São
Lourenço está afundando devido ao comprometimento dos lençóis
subterrâneos. A extração em níveis além do aceito está comprometendo os
poços minerais, cujas águas têm um lento processo de formação. Dois
poços já secaram. Toda a região do sul de Minas está sendo afetada,
inclusive estâncias minerais de outras localidades.
Durante anos a
Nestlé vinha operando, sem licença estadual. E finalmente obteve essa
licença no início de 2004.
Um dos brasileiros
atuantes no movimento de defesa das águas de São Lourenço, Franklin
Frederick, após anos de tentativas frustradas junto ao governo e à
imprensa para combater o problema, conseguiu apoio, na Suíça, para
interpelar a empresa criminosa. A Igreja Reformista, a Igreja Católica,
Grupos Socialistas e a ONG verde ATTAC uniram esforços contra a Nestlé,
que já havia tentado a mesma prática na Suíça.
Em janeiro deste
ano, graças ao apoio desses grupos, Franklin conseguiu interpelar
pessoalmente, e em público, o presidente mundial do Grupo Nestlé. Este,
irritado, respondeu que mandaria fechar imediatamente a fábrica da
Nestlé em São Lourenço. No dia seguinte, no entanto, o governo de Minas
(PSDB), baixou portaria regulamentando a atividade da Nestlé. Ao invés
de aplicar multas, deu-lhe uma autorização, mesmo ferindo a legislação
federal. Sem aproveitar o apoio internacional para o caso, apoiou uma
corporação privada de histórico duvidoso.
Se a grande
imprensa brasileira, misteriosa e sistematicamente vem ignorando o caso,
o mesmo não ocorre na Europa, onde o assunto foi publicado em jornais
de vários países, além de duas matérias de meia hora na televisão. Em
uma dessas matérias, o vereador Cássio Mendes, do PT de São Lourenço,
envolvido na batalha contra a criminosa Nestlé, reclama que sofreu
pressões do Governo Federal (PT), para calar a boca. Teria sido avisado
de que o pessoal da Nestlé apóia o Programa Fome Zero e não está
gostando do barulho em São Lourenço.
Diga-se também que a
relação espúria da Nestlé com o Fome Zero é outro caso sinistro. A
empresa, como estratégia de marketing, incentiva os consumidores a
comprar seus produtos, alegando que reverte lucros para o Fome Zero. E
qual é a real participação da Nestlé no programa? A contratação de
agentes e, parece, também fornecendo o treinamento.
Sim, é a mesma
famosa Nestlé, que tem sido há décadas alvo internacional de denúncias
de propaganda mentirosa, enganando mães pobres e educadores, para substituir leite materno por produtos Nestlé, em um
dos maiores crimes contra a humanidade.
A vendedora de
leites e papinhas "substitutos" estaria envolvida com o treinamento dos
agentes brasileiros do Fome Zero, recolhendo informações e gerando
lucros e publicidade nas duas pontas do programa: compradores desejosos
de colaborar e famintos carentes de comida e informação. Mais
preocupante: o Governo Federal anuncia que irá alterar a legislação,
permitindo a desmineralização "parcial" das águas. O que é isso? Como
será regulamentado?
Se a Nestlé vinha
bombeando água além do permitido e a fiscalização nada fez, como irão
fiscalizar agora a tal desmineralização "parcial"? Além do que,
"parcial" ou "integral", a desmineralização é combatida por cientistas e
pesquisadores de todo o mundo. E por que alterar a legislação em um
item que apenas interessa à Nestlé? O que nós, cidadãos, ganhamos com
isso?
É simples. Sabemos
que outras empresas, como a Coca-Cola, estão no mesmo caminho da Nestlé,
adquirindo terrenos em importantes áreas de fontes de água. É para
essas empresas que o governo governa? Uma vergonha !!!
Colabore. Transmita
estas informações para outras pessoas e não consuma o que prejudica a
saúde.
Mais
informações sobre o caso Nestlé em www.circuitodasaguas.org
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