Por Altamiro Borges
A coluna Painel, da Folha, confirmou esta hipótese. “Com a
saída de Márcio Thomaz Bastos da defesa de Carlinhos Cachoeira, voltou a ganhar
corpo a possibilidade de o empresário acusado de contravenção negociar delação
premiada para deixar a prisão, já que as tentativas de libertá-lo fracassaram.
O acordo com o Ministério Público é defendido por antigos advogados de
Cachoeira, como Jeová Borges Júnior. A hipótese causa apreensão entre políticos
de todos os partidos e promete tumultuar o reinício das atividades da CPI”.
A situação do mafioso Carlinhos Cachoeira complica-se a cada
dia que passa. Ele já perdeu seu protetor no Senado Federal, o ex-demo
Demóstenes Torres, que foi cassado. Sua companheira, Andressa Mendonça, foi
presa por algumas horas após tentar chantagear um juiz com um dossiê escrito,
segunda ela, pelo editor da Veja, Policarpo Júnior. E até o seu advogado,
Marcio Thomaz Bastos, decidiu abandoná-lo no pior momento. Diante deste quadro
dramático, crescem os boatos de que Cachoeira optaria pela delação premiada.
A Folha tucana liga o ventilador no esgoto ao afirmar que a
opção pela delação premiada “causa apreensão entre políticos de todos os
partidos”. Na verdade, esta hipótese causa pânico principalmente no governador
de Goiás, o tucano Marconi Perillo, nos amigos de Paulo Preto – ex-tesoureiro
de Serra – e na direção do Grupo Abril, que edita a revista Veja e mantinha íntimas
ligações com Cachoeira. Ela também pode ofuscar o circo montado com o
julgamento do chamado “mensalão do PT”.
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