segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ciro fulmina Serra na Rede TV!

Insisti e insisto aqui nesse espaço que Ciro Gomes é um importante aliado e que houve um aproveitamento oportunista do que ele disse nas últimas entrevistas que concedeu. Ciro entende muito bem o jogo político, aproveita a vitrine para mandar os seus recados, duros, porém sinceros, mas não há dúvida quanto a seu lado nessa eleição.

Em entrevista ao programa “É notícia”, do jornalista Kennedy Alencar, na Rede TV, no domingo, ele soltou suas farpas, mas chamado a uma síntese sobre os principais candidatos à eleição presidencial, foi direto, fulminando José Serra: “É um brasileiro bastante preparado, mas uma personalidade autoritária, tenebrosa, que com o poder na mão me parece um perigo para o país.” Veja aí em cima

Acho que com essa declaração, Ciro encerra a falsa discussão e a manipulação escancarada de seu pensamento. Brizola Neto

Eleições cubanas tiveram ampla participação popular!

post do vermelho.

Os meios de comunicação cubanos informaram nas suas edições desta segunda-feira (26), sobre o processo de eleições municipais transcorrido na Ilha neste domingo, 25, destacando a participação de 8 milhões dos 8,5 milhões de eleitores inscritos e o ambiente de tranqüilidade. Foi a 14ª eleição deste tipo desde que se estabeleceu o Poder Popular em 1976.

Um total de 8.084.419 pessoas exerceram o direito de voto para eleger os delegados às Assembléias Municipais do Poder Popular (governos locais), de acordo com os dados preliminares da Comissão
Eleitoral Nacional.

A capa do jornal Granma, órgão do Partido Comunista Cubano, que dedica quatro das suas oito páginas ao tema eleitoral, destaca a foto de uma integrante da mesa quando depositou o voto do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro e outra do presidente Raúl Castro, no momento em que votava.

Entre os 37.766 candidatos nos 169 municípios, 35,76% são mulheres, 60,9% são atualmente delegados às Assembléias Municipais e três quartos nasceram com a Revolução de 1959. As listas de candidatos contam ainda com 41,3% de negros e mestiços e 87,3% tem o ensino médio completo ou formação universitária.

Das eleições deste domingo e do próximo, quando se realiza o segundo turno, sairão eleitos 15.093 delegados às Assembléias Municipais. O segundo turno ocorrerá nas circunscrições eleitorais em que nenhum candidato tenha alcançado metade mais um dos votos válidos.

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Lula: Belo Monte só não interessa à "indústria do apagão"!


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a importância da construção da usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), durante o programa semanal de rádio "Café com o Presidente" que foi ao ar nesta segunda-feira, 26.

O licenciamento ambiental da usina, disse Lula, foi o "melhor já ocorrido em todo o Brasil", com cinco anos de estudo para licença prévia. "Obviamente que sempre vai ter aqueles que não querem que a gente faça, porque tem aqueles que esperam que haja sempre uma desgraça no País para eles poderem encontrar um culpado; nós temos aí a indústria do apagão, pessoas que não querem que a gente construa a energia necessária porque querem que tenha um apagão para justificar o apagão de 2001", disse. Para Lula, o apagão de 2001 foi "incompetência, e nós não vamos ter atos de incompetência".

"Belo Monte é um projeto de 30 anos, não é um projeto de agora, Belo Monte levou muito tempo sendo discutida, foi muita gente que discutiu, se fazia projeto, se não fazia projeto, e nós conseguimos dar a Belo Monte um tratamento, diria, qualificado envolvendo todo o segmento da sociedade num debate", afirmou. De acordo com Lula, abandonar um potencial hídrico de, aproximadamente, 260 mil megawatts para começar a usar termoelétrica a óleo diesel será um "movimento insano", contra toda a ação que se faz no planeta pelo tema climático.

Para defender a tese de que a usina hidrelétrica é mais barata, Lula disse que as empresas que ganharam o leilão de Belo Monte ofereceram cerca de 78 reais o megawatt/hora, enquanto a administração federal fixou um preço mínimo de 83 reais o megawatt/hora. "É importante a gente fazer uma comparação para o povo saber o que nós estamos falando: a usina Belo Monte, ela vai custar 78 reais o megawatt/hora; uma usina eólica custa 150 reais o megawatt/hora, e uma usina a gás, mais ou menos, 200 reais o megawatt/hora", comparou. "Portanto, a energia hídrica ainda é a mais barata; o que nós precisamos é trabalhar com muito cuidado para fazer as hidrelétricas da forma mais cuidadosa possível, causar o menor impacto ambiental possível, e é por isso que eu estou muito feliz, porque depois de 30 anos, finalmente, Belo Monte vai sair."

Segundo o presidente, muitos pontos mudaram no projeto da usina desde que ele começou a ser discutido. Lula lembrou que houve redução de 60% na área que será ocupada pelo reservatório da usina. O tamanho do lago, declarou, hoje é 40% daquilo previsto anteriormente. O presidente afirmou ainda que o Poder Executivo cuida da preservação de áreas indígenas. Arara da Volta Grande, Xingu e Paquiçamba, que antes seriam afetadas, não serão mais, citou.

"Há previsão de realocação de 16 mil pessoas. Nós estamos pensando em fazer uma hidrelétrica que seja modelo, que seja exemplo de que o Brasil vai continuar fazendo a hidrelétrica, mas, sobretudo, o Brasil vai continuar dando importância ao povo brasileiro, cuidar dos nossos índios, cuidar dos nossos produtores rurais, cuidar dos nossos ribeirinhos", avaliou. "As pessoas não terão prejuízo, pelo contrário, o que nós queremos é que a hidrelétrica signifique um ganho para essas pessoas, uma melhoria na qualidade de vida dessas pessoas."

Terra indígena

Lula falou também de sua visita à Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, no dia 19, Dia do Índio. Ele afirmou acreditar que foi uma "coisa extraordinária" a demarcação da área. Desde 2003, afirmou, o Executivo homologou 81 terras indígenas. De acordo com Lula, o Brasil tem hoje 663 terras homologadas, declaradas, delimitadas e em estudo, somando 107.618.000 hectares - 12,5% do território nacional está preservado para os índios."Nós demos um passo definitivo para reconhecer os índios como cidadãos brasileiros, dono da sua cultura, homens livres que podem exercitar da forma que quiserem toda a sua cultura", disse.

Fonte: Agência Estado

1932: revolução ou golpe?


As declarações do Lula no Sindicato dos Metalurgicos de São Bernardo, afirmando que o movimento de 1932 em São Paulo foi um golpe e não uma revolução, acompanhado da constatação de que nenhum espaço público de importância leva o nome de Getúlio, o estadista mais importante do Brasil no século XX, têm uma dupla importância.

Em primeiro lugar, representa uma autocrítica de uma geração de sindicalistas muito hostil ao Getúlio nas suas origens e por um bom tempo. Nascida para a política durante a ditadura militar, aquela geração de sindicalistas desenvolveu forte ojeriza contra o Estado, no que assimilavam desde o regime militar até o sindicalismo nascido com Getúlio, incluindo a oposição ao imposto sindical e ao atrelamento dos sindicatos ao Estado através dele.

Lula reconheceu, a partir da análise comparativa da história brasileira, da sua própria experiência de governo e da atitude da oposição – incluindo a imprensa de direita – as similitudes com a luta do Getúlio. A trajetória da esquerda brasileira entre Getúlio e Lula – que eu analiso no primeiro capítulo do livro “O Brasil, entre o pasado e o futuro”, que organizei com o Marco Aurélio Garcia, publicado pela Boitempo e pela Perseu Abramo – é o fio condutor para entender o Brasil de hoje e a história do movimento popular brasileiro. A inauguração de uma auditório com o nome de Getúlio Vargas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, representa esse importante resgate e a reivindicação da luta nacionalista histórica no Brasil com as lutas contemporâneas contra o neoliberalismo.

No entanto, uma outra conotação é tão importante quanto essa. O movimento de 1932 representou uma tentativa da elite paulista de recuperar o poder, arrebatado pelo Revolução de 1930, que representaria a mais importante e mais popular transformação política que o Brasil teria ao longo de todo o século passado. O movimento tinha um sentido claramente elitista e separatista, com o lema “Non ducor, duco” – “Não sou conduzido, conduzo”, - com a idéia de que São Paulo seria a “locomotiva da nação” e o resto, vagões lentos e pesados, que São Paulo carregava. Tinha um sentido separatista e antinacional, opondo-se aos projetos que Getúlio começava a implementar.

Desde Washington Luis – carioca adotado pela elite paulista, notabilizado por sua frase “A questão social é questão de polícia” – que São Paulo não conseguiu eleger um presidente – até que outro carioca adotado pela elite paulista, FHC, se elegeu. Mesmo sendo o estado mais rico, não conseguia se erigir em líder do país. Os tucanos resgataram esse papel, essa continuidade com 1932, representando a elite branca dos jardins da capital paulista, que busca falar em nome do estado que abriga a maior população nordestina do Brasil.

O governo de FHC traduziu isso da forma mais clara: governo dos banqueiros, que desprezou o desenvolvimento e o resto do país, para priorizar a estabilidade monetária e remunerar aos bancos com taxas de juros que chegaram a 48% - em janeiro de 1999, numa das três crises e cartas de intencao do FMI a que FHC levou o país.

O mesmo sentimento de arrogância, de suposta elite nacional, foi herdado pelos tucanos. As declarações que escaparam a Serra de que a culpa pela deterioração da educação em São Paulo – uma evidência que fala muito mal de quem governou o estado mais rico do Brasil há década e meia – era dos nordestinos, pelo afluxo deles ao estado, expressa esse sentimento de elite “ bem cheirosa” , como se disse agora, com grande eloqüência.

É como se essa elite branca de São Paulo odiasse o Brasil e preferisse ter nascido em um país da Europa ocidental ou nos EUA, sem se dar conta que a São Paulo real representa uma amostra de todo o Brasil, bastando recordar que é a cidade que abriga a maior quantidade de nordestinos. Mas essa elite não se sente ligada ao Brasil, tem uma atitude discriminatória, olha com um olhar superior para os outros estados e regiões.

Os tucanos, com FHC, Serra, representam esse espírito da elite paulista. Luiza Erundina foi um caso de exceção: uma mulher nordestina e de esquerda governando a cidade. Essa elite considera Marta Suplicy como tendo traído suas origens de classe, ao desenvolver uma política social dirigida prioritariamente aos mais pobres.

Ter apontado o papel de Getúlio na história do Brasil, para redefinir o caráter de 1932, como fez Lula, demonstra como os nordestinos imigrantes não têm porque ficar subordinados à visão e aos interesses da elite paulista. Há uma outra São Paulo, que constrói cotidianamente a riqueza do Estado, que não se identifica com a elite dos jardins paulistanos e da imprensa conservadora paulista.

Postado por Emir Sader

Serra quer o fim. Europa fecha acordo com Mercosul!

Segundo Serra, Zapatero é um otário

Por sugestão do amigo navegante Éder Bezerra.

Deu no jornal espanhol El País:

UE-Mercosur, novios otra vez (União Européia – Mercosul, namorados outra vez)

España y Argentina reavivan la negociación de un acuerdo comercial

Un acuerdo de asociación política, de cooperación y libre comercio entre la Unión Europea y Mercosur (Argentina, Brasil, Paraguay y Uruguay) ha dejado de ser una utopía. Comenzó a negociarse en 1999, pero esta vez los países que presiden ambos bloques en esta primera mitad de año, España y Argentina, han tomado la decisión política de reanudar formalmente el diálogo interrumpido en 2004, y los diplomáticos han puesto manos a la obra con la mira puesta en la cumbre UE-América Latina del 17 y 18 de mayo en Madrid.


Fuentes diplomáticas de ambos bloques esbozan las razones del resurgimiento de esta negociación que estaba moribunda. La UE dejó de condicionar el acuerdo a un éxito de la fenecida Ronda de Doha de la Organización Mundial del Comercio (OMC), único escenario en el que los 27 estaban dispuestos a ceder en materia agrícola, sector en el que Mercosur es más competitivo. No es casualidad que el diálogo se reanude bajo la presidencia de España, que junto con Portugal son los dos países europeos que dan prioridad a la relación con Latinoamérica. Un relanzamiento de las negociaciones en la cumbre de Madrid supondría uno de los logros concretos de la presidencia española y conllevaría un rédito político interno para el presidente José Luis Rodríguez Zapatero, según fuentes diplomáticas europeas.

Clique aqui para ler a matéria completa de Alejandro Rebossio no site do El País

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domingo, 25 de abril de 2010

Quem vendeu a Vale?

Desvendada a rota do propinoduto da Alstom para tucanos!


Em longa reportagem de Carta Capital desta semana (02.09), o jornalista Gilberto Nascimento traz o rastreamento mais completo já feito sobre o propinoduto alimentado pela Alstom - às vezes, associada a Siemens - para manter o esquema de corrupção que de 1998 até agora, segundo as denúncias, paga suborno a políticos do PSDB e a autoridades do governo tucano paulista.

Aos que imaginavam que as relações dessas multis com o tucanato paulista cessou anos atrás, quando surgiram as primeiras denúncias, a revista mostra o contrário. "O governo Serra mantém a mesma relação com a Alstom", assinala Carta Capital para, em outro ponto, mostrar o levantamento a que chegou.

"Os recursos destinados à Alstom - mostra o rastreamento - aumentaram entre os governos tucanos de Alckmin e Serra. Houve uma elevação no valor dos contratos de 34,5%. Na gestão de Alckmin, entre 2001 e 2006, eles totalizaram R$ 3,1 bilhões. Nos dois anos e meio de Serra, R$ 2,08 bilhões. Por mês, Alckmin destinou à empresa R$ 51 milhões e Serra, R$ 69,5 milhões."

Pior, assinala o deputado estadual Roberto Felício do PT de São Paulo: “O governo (paulista) continua utilizando os mesmos contratos com aditivos e não fazendo novas licitações. Fizeram aditivos com valores muito diferentes dos originais, com os contratos de até cinco anos que não poderiam ser prorrogados”.

O levantamento de Carta Capital fundamenta-se em documento repassado ao Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo por alto funcionário da Alstom, cujo nome não é revelado. O relatório faz menção também a pagamentos para políticos de Brasília, governada pelo DEM; e da Bahia que até 2006 foi administrada por longo período por políticos também desse partido.

Lobistas traziam o dinheiro até SP

O mapeamento de Carta Capital aponta que a chegada do dinheiro a SP envolvia serviços dos lobistas Arthur Gomes Teixeira e Sérgio Meira Teixeira, donos da Procint Projetos e Consultoria Internacional e da Constech Assessoria e Consultoria Internacional, apontadas pelo informante do MPF-SP como responsáveis pelas offshore Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A, última escala no Uruguais do suborno antes de chegar a São Paulo. A revista localizou os dois, mas eles não deram retorno.

A propina, conforme foi informado ao MPF-SP e reproduzido pela revista, era repassado "a políticos e diretores de empresas públicas, por meio de notas frias, como um suposto pagamento a serviços de consultoria." Desde 2008 a Alstom é investigadas na Europa (e também a Siemens, na Alemanha) por esses pagamentos suspeitos que chegariam a US$ 2 bi, em vários países.

No Brasil, dentre outras, haveria irregularidades dessa natureza nos projetos da linha 5 - Capão Redondo, do metrô de São Paulo; na entrega de trens alemães para o governo do Estado; em contratos com uma empresa de energia paulista; e em outro contrato com o metrô de Brasília.

Em São Paulo, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, "é suspeito de ter ajudado a Alstom a conseguir um contrato de R$ 100 milhões em 1998, pouco depois de deixar a Casa Civil do governo Mário Covas", lembra Carta Capital. O MP da Suíça bloqueou uma conta com cerca de US$ 1 milhão que lhe é atribuída, mas ele nega ser o titular da conta.

A imprensa já levantou praticamente tudo, do roteiro do propinoduto aos beneficiários, mas o governo Serra não só mantém as mesmas relações com as empresas como impede qualquer CPI ou apuração no âmbito da administração estadual.

Veja a reportagem completa no site da Carta Capital.
http://www.cartacapital.com.br

Guerra Contra a Democracia

The War on Democracy 2007 legendado from olho.cósmico on Vimeo.

sábado, 24 de abril de 2010

VÁ CUIDAR DO SEU PAÍS!!!


Eduardo Bomfim *

O escritor e jornalista Nelson Rodrigues em uma das suas famosas crônicas esportivas declarou que o brasileiro livrou-se do complexo de vira-lata quando ganhou o primeiro campeonato mundial de futebol.

Antes disso, dizia ele, vivia como um cão de rua, abandonado, humilhado, principalmente após a memorável derrota para a seleção do Uruguai em 1950, e em pleno Maracanã, perante 200 mil torcedores nacionais absolutamente boquiabertos e irreversivelmente traumatizados.

No plano da política internacional brasileira, vira e mexe, há algo parecido quando determinadas elites conservadoras do nosso País alinham-se aos EUA de maneira incondicional e, às vezes, degradante mesmo.

Recentemente, durante o governo Fernando Henrique Cardoso o então ministro das Relações Exteriores Celso Lafer sujeitou-se a tirar os sapatos em uma revista de aeroporto para poder entrar nos Estados Unidos.

Não pode haver maior simbolismo negativo de uma diplomacia internacional do que semelhante cena que correu o mundo através da televisão e fotos, em troca de elogios da grande mídia norte-americana, enaltecendo a “civilidade e lucidez” do então governo brasileiro.

Atualmente o Brasil é considerado um País altivo, independente, que busca desempenhar um papel de primeira grandeza no cenário da geopolítica internacional. E por isso vem sofrendo duras e injustas críticas, da parte dos EUA e Inglaterra, por suas atitudes e posições nos principais fóruns mundiais.

Não tem sido por acaso a ofensiva norte-americana em oposição à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Porque ela produzirá muita energia de alta qualidade e absolutamente limpa, possibilitando a contínua industrialização do parque produtivo brasileiro, associado às políticas ambientais das mais consequentes e avançadas do mundo.

De olho nas riquezas da Amazônia, os EUA e a Inglaterra provocam sistemáticas ações contra a nossa soberania. Foi o caso da presença do cineasta James Cameron em nosso território, proferindo insultos à nossa inteligência e à verdade, acostumado como está, com o status de cidadão de um império colonial.

A grande mídia hegemônica nacional conferiu às declarações do cineasta, pretenso candidato a governador de províncias ultramarinas, a dimensão das suas verdadeiras intenções, a de que o Brasil deve retornar em 2010 ao posto de nação subalterna, sentada ao chão, subserviente, tirando os sapatos e despojando-se da sua independência.

* Advogado, Secretário de Cultura de Maceió - AL

Quem "controla" a mídia?


Você já ouviu falar em Alexander Lebedev, Alexander Pugachev, Rupert Murdoch, Carlos Slim ou Nuno Rocha dos Santos Vasconcelos? Talvez não, mas eles já “controlam” boa parte da informação e do entretenimento que circulam no planeta e, muito provavelmente, chegam diariamente até você, leitor(a).

Enquanto na América Latina, inclusive no Brasil, a grande mídia continua a “fazer de conta” que as ameaças à liberdade de expressão partem exclusivamente do Estado, em nível global, confirma-se a tendência de concentração da propriedade e controle da mídia por uns poucos mega empresários.

Na verdade, uma das conseqüências da crise internacional que atinge, sobretudo, a mídia impressa, tem sido a compra de títulos tradicionais por investidores – russos, árabes, australianos, latino-americanos, portugueses – cujo compromisso maior é exclusivamente o sucesso de seus negócios. Aparentemente, não há espaço para o interesse público.

Na Europa e nos Estados Unidos
Já aconteceu com os britânicos The Independent e The Evening Standard e com o France-Soir na França. Na Itália, rola uma briga de gigantes no mercado de televisão envolvendo o primeiro ministro e proprietário de mídia Silvio Berlusconi (Mediaset) e o australiano naturalizado americano Ropert Murdoch (Sky Itália). O mesmo acontece no leste europeu. Na Polônia, tanto o Fakt (o diário de maior tiragem), quanto o Polska (300 mil exemplares/dia) são controlados por grupos alemães.

Nos Estados Unidos, a News Corporation de Murdoch avança a passos largos: depois do New York Post, o principal tablóide do país, veio a Fox News, canal de notícias 24h na TV a cabo; o tradicionalíssimo The Wall Street Journal; o estúdio Fox Films e a editora Harper Collins. E o mexicano Carlos Slim é um dos novos acionistas do The New York Times.

E no Brasil?
Entre nós, anunciou-se recentemente que o Ongoing Media Group – apesar do nome, um grupo português – que edita o “Brasil Econômico” desde outubro, comprou o grupo “O Dia”, incluindo o “Meia Hora” e o jornal esportivo “Campeão”. O Ongoing detem 20% do grupo Impressa (português), é acionista da Portugal Telecom e controla o maior operador de TV a cabo de Portugal, o Zon Multimídia.

Aqui sempre tivemos concentração no controle da mídia, até porque , ao contrário do que acontece no resto do mundo, nunca houve preocupação do nosso legislador com a propriedade cruzada dos meios. Historicamente são poucos os grupos que controlam os principais veículos de comunicação, sejam eles impressos ou concessões do serviço público de radio e televisão. Além disso, ainda padecemos do mal histórico do coronelismo eletrônico que vincula a mídia às oligarquias políticas regionais e locais desde pelo menos a metade do século passado.

Desde que a Emenda Constitucional n. 36, de 2002, permitiu a participação de capital estrangeiro nas empresas brasileiras de mídia, investidores globais no campo do informação e do entretenimento, atuam aqui. Considerada a convergência tecnológica, pode-se afirmar que eles, na verdade, chegaram antes, isto é, desde a privatização das telecomunicações.

Apesar da dificuldade de se obter informações confiáveis nesse setor, são conhecidas as ligações do Grupo Abril com a sul-africana Naspers; da NET/Globo com a Telmex (do grupo controlado por Carlos Slim) e da Globo com a News Corporation/Sky.

Tudo indica, portanto, que, aos nossos problemas históricos, se acrescenta mais um, este contemporâneo.

Quem ameaça a liberdade de expressão?
Diante dessa tendência, aparentemente mundial, de onde partiria a verdadeira ameaça à liberdade de expressão?

Em matéria sobre o assunto publicada na revista Carta Capital n. 591 o conhecido professor da New York University, Crispin Miller, afirma em relação ao que vem ocorrendo nos Estados Unidos:

“O grande perigo para a democracia norte-americana não é a virtual morte dos jornais diários. É a concentração de donos da mídia no país. Ironicamente, há 15 anos, se dizia que era prematuro falar em uma crise cívica, com os conglomerados exercendo poder de censura sobre a imensidão de notícias disponíveis no mundo pós-internet (...)”.

Todas estas questões deveriam servir de contrapeso para equilibrar a pauta imposta pela grande mídia brasileira em torno das “ameaças” a liberdade de expressão. Afinal, diante das tendências mundiais, quem, de fato, “controla” a mídia e representa perigo para as liberdades democráticas?


Venício Lima é Pesquisador Sênior do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da Universidade de Brasília - NEMP - UNB

post do carta maior.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Quem Só Lê O PIG* Fica Sem Saber Disso!


Bird vê 'avanços dramáticos' em redução da pobreza no Brasil





A taxa de pobreza está caindo
desde 2003 no Brasil
Apesar de ainda ter uma das mais altas taxas de desigualdade do mundo, o Brasil conseguiu avanços "dramáticos" em redução da pobreza e distribuição de renda, diz um relatório com indicadores de desenvolvimento divulgado nesta terça-feira pelo Banco Mundial (Bird).
"Enquanto as desigualdades de renda se agravaram na maioria dos países de renda média, o Brasil assistiu a avanços dramáticos tanto em redução da pobreza quanto em distribuição de renda", diz um trecho do documento.
"A desigualdade permanece entre as mais altas do mundo, mas os avanços recentes mostram que nem sempre o desenvolvimento precisa vir acompanhado de desigualdade", diz o texto sobre o Brasil.
Segundo os indicadores do Bird, a taxa de pobreza do Brasil caiu de 41% no início da década de 90 para entre 33% e 34% em 1995. Depois de se manter nesse nível até 2003, a taxa de pobreza apresentou declínio constante, caindo para 25,6% em 2006.
O documento diz que as taxas de pobreza extrema seguiram padrão semelhante, caindo de 14,5% em 2003 para 9,1% em 2006.
"A redução do número de pessoas vivendo na pobreza foi acompanhada por um declínio na desigualdade de renda", diz o relatório.
De acordo com o Bird, fatores como inflação baixa e programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, tiveram papel importante nesse desempenho.
Outros indicadores
O relatório também destaca os avanços registrados pelo Brasil em outros indicadores sociais, como a redução da taxa de mortalidade infantil, que passou de 56 para 22 em cada mil no período entre 1990 e 2008, em parte devido a melhores índices de vacinação.
Segundo o documento, o Brasil registrou ainda uma rápida redução nos índices de trabalho infantil e aumentou os níveis de frequência escolar.
O relatório traz dados sobre o cumprimento das Metas do Milênio, estabelecidas pelas Nações Unidas em 2000. Elas preveem melhoras em vários indicadores até 2015.
De acordo com o Bird, dez anos depois do lançamento da iniciativa, o progresso tem sido desigual e somente pouco mais da metade dos países com dados disponíveis está no caminho para atingir as metas.
"Cerca de 41% das pessoas em nações de baixa e média renda vivem em países que não devem atingir as metas. E 12% vivem nos 60 países sobre os quais não há dados suficientes para medir o progresso", diz o relatório.
No entanto, segundo o Bird, houve progressos consideráveis nesses 10 anos e, apesar da crise econômica e financeira, "a meta de reduzir pela metade a proporção de pessoas vivendo na extrema pobreza ainda pode ser alcançada em diversas regiões em desenvolvimento".
Por Renê Amaral - Do Blog Amoral Neto

Extra! Extra! Depois da capa da Óia, agora o #Serra será capa da PlayBoi. #meiguiceserra. Veja a foto que vazou:

A mídia não comenta, mas Cuba realiza eleições neste domingo.(leia na íntegra)


Para algumas pessoas no mundo deve ter soado um pouco estranho o anúncio do Conselho de Estado da República de Cuba de que no domingo 25 de Abril se efetuarão as eleições para delegados às 169 Assembleias Municipais do Poder Popular.

Por Juan Marrero, em Cuba Debate

Isso é perfeitamente compreensível, pois um dos componentes principais da guerra mediática contra a revolução cubana tem sido negar, escamotear ou silenciar a realização de eleições democráticas: as parciais, a cada dois anos e meio, para eleger delegados do conselho, e as gerais, a cada cinco, para eleger os deputados nacionais e integrantes das assembleias provinciais.

Cuba entra no seu décimo terceiro processo eleitoral desde 1976 com a participação entusiasta e responsável de todos os cidadãos com mais de 16 anos de idade. Nesta ocasião, são eleições parciais.

Com a tergiversação, a desinformação e a exclusão das eleições em Cuba da agenda informativa de cada um, os donos dos grandes meios de comunicação tentaram afiançar a sua sinistra mensagem de que os dirigentes em Cuba, a diferentes níveis, não são eleitos pelo povo.

Isso apesar de, felizmente, nos últimos anos, sobretudo depois da irrupção da internet, os controles midiáticos terem começado a se quebrar aceleradamente, e a verdade sobre a realidade de Cuba, nas eleições e noutros acontecimentos e temas, ter vindo à tona.

Não dar informação sobre as eleições em Cuba, nem da sua obra na saúde, educação, segurança social e outros temas, decorre de que os poderosos do mundo do capital temem a propagação do seu exemplo, à medida que vai ficando completamente clara a ficção de democracia e liberdade que durante séculos se vendeu ao mundo.

Apreciamos, no entanto, que o implacável passar do tempo é adverso aos que tecem muros de silêncio. Mesmo que ainda andem por aí alguns comentadores tarefeiros ou políticos defensores de interesses alheios ou adversos aos povos e que continuam a afirmar que “sob a ditadura dos Castro em Cuba não há democracia, nem liberdade, nem eleições”. Trata-se de uma ideia repetida frequentemente para honrar aquele pensamento de um ideólogo do nazismo, segundo o qual uma mentira repetida mil vezes poderia converter-se numa verdade.

À luz das eleições convocadas para o próximo dia 25 de Abril, quero apenas dizer-vos neste artigo, dentro da maior brevidade possível, quatro marcas do processo eleitoral em Cuba, ainda suscetíveis de aperfeiçoamento, que marcam substanciais diferenças com os mecanismos existentes para a celebração de eleições nas chamadas “democracias representativas”. Esses aspectos são: 1) Registo Eleitoral; 2) Assembleias de Nomeação de Candidatos a Delegados; 3) Propaganda Eleitoral; e 4) A votação e o escrutínio.

O Registro Eleitoral é automático, universal, gratuito e público. Ao nascer um cubano, ele não só tem direito a receber educação e saúde gratuitamente, como também, quando chega aos 16 anos de idade, automaticamente é inscrito no Registro Eleitoral.

Por razões de sexo, religião, raça ou filosofia política, ninguém é excluído. Nem se pertencer aos corpos de defesa e segurança do país. A ninguém é cobrado um centavo por aparecer inscrito, e muito menos é submetido a asfixiantes trâmites burocráticos como a exigência de fotografias, selos ou carimbos, ou a tomada de impressões digitais. O Registro é público, é exposto em lugares de massiva afluência do povo em cada circunscrição.

Todo esse mecanismo público possibilita, desde o início do processo eleitoral, que cada cidadão com capacidade legal possa exercer o seu direito de eleger ou de ser eleito. E impede a possibilidade de fraude, o que é muito comum em países que se chamam democráticos. Em todo o lado a base para a fraude está, em primeiro lugar, naquela imensa maioria dos eleitores que não sabe quem tem direito a votar.

Plágio !!

Alstom e tucanos: tudo a ver !!!

Rede de corrupção tucana em SP pode explodir com o pedido oficial de quebra de sigilo no caso Alston. Esquema de pagamento de propinas inclui todos os governos tucanos desde 1995 até hoje. Lista de suspeitos é encabeçada por Robson Marinho, chefe da Casa Civil de Mário Covas,entre 1995 e 1997 e desde então conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Ao longo de sucessivas gestões tucanas, a Alston 'ganhou' licitações importantes no Estado de SP, entre elas a venda de trens para o Metrô. A contrapartida era o pagamento de milhões de dólares por consultorias fictícias a empresas e laranjas ligados a setores do PSDB.. No governo Serra aumentaram os negócios com a Alston: de R$ 51 milhões na gestão Alckmin para R$ 69,5 milhões .Entre os suspeitos de recebimento de propina figuram , além de Robson Marinho, Mauro Arce, atual secretário de Transportes do governo Serra; Jorge Fagali Neto, irmão de José Jorge Fagali , atual presidente do Metrô; o ex-secretário de Energia de São PAulo e ex-genro de Fernando Henrique Cardoso, David Zylberstajn e o homem de confiança de Serra, Andréa Matarazzo.
(Carta Maior, revisitando arquivos e nomes que a Folha esqueceu;23-04)

Leandro Fortes faz a autópsia da Idade Mendes. Vade retro !

Leandro mostrou como Ele manda e desmanda (em Diamantino e na mídia)


O Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu do corajoso jornalista Leandro Fortes, da Carta Capital:

Meus caros, o texto abaixo é meu réquiem para Gilmar Mendes que, hoje, 23 de abril de 2010, finalmente, deixa a presidência do STF. Foi a Idade Média do Judiciário brasileiro, seu mais sombrio período de trevas, mas sobrevivemos. O Brasil sobreviveu.

Forte abraço.

A Idade Mendes

Por Leandro Fortes (http://brasiliaeuvi.wordpress.com)

No fim das contas, a função primordial do ministro Gilmar Mendes à frente do Supremo Tribunal Federal foi a de produzir noticiário e manchetes para a falange conservadora que tomou conta de grande parte dos veículos de comunicação do Brasil. De forma premeditada e com muita astúcia, Mendes conseguiu fazer com que a velha mídia nacional gravitasse em torno dele, apenas com a promessa de intervir, como de fato interveio, nas ações de governo que ameaçavam a rotina, o conforto e as atividades empresariais da nossa elite colonial. Nesse aspecto, os dois habeas corpus concedidos ao banqueiro Daniel Dantas, flagrado no mesmo crime que manteve o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda no cárcere por 60 dias, foram nada mais que um cartão de visitas. Mais relevante do que tudo foi a capacidade de Gilmar Mendes fixar na pauta e nos editoriais da velha mídia a tese quase infantil da existência de um Estado policialesco levado a cabo pela Polícia Federal e, com isso, justificar, dali para frente, a mais temerária das gestões da Suprema Corte do País desde sua criação, há mais cem anos.

Num prazo de pouco menos de dois anos, Mendes politizou as ações do Judiciário pelo viés da extrema direita, coisa que não se viu nem durante a ditadura militar (1964-1985), época em que a Justiça andava de joelhos, mas dela não se exigia protagonismo algum. Assim, alinhou-se o ministro tanto aos interesses dos latifundiários, aos quais defende sem pudor algum, como aos dos torturadores do regime dos generais, ao se posicionar publicamente contra a revisão da Lei da Anistia, de cuja à apreciação no STF ele se esquivou, herança deixada a céu aberto para o novo presidente do tribunal, ministro Cezar Peluso. Para Mendes, tal revisão poderá levar o País a uma convulsão social. É uma tese tão sólida como o conto da escuta telefônica, fábula jornalística que teve o presidente do STF como personagem principal a dialogar canduras com o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.

A farsa do grampo, publicada pela revista Veja e repercutida, em série, por veículos co-irmãos, serviu para derrubar o delegado Paulo Lacerda do comando da PF, com o auxílio luxuoso do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que se valeu de uma mentira para tal. E essa, não se enganem, foi a verdadeira missão a ser cumprida. Na aposentadoria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá tempo para refletir e registrar essa história amarga em suas memórias: o dia em que, chamado “às falas” por Gilmar Mendes, não só se submeteu como aceitou mandar para o degredo, em Portugal, o melhor e mais importante diretor geral que a Polícia Federal brasileira já teve. O fez para fugir de um enfrentamento necessário e, por isso mesmo, aceitou ser derrotado. Aliás, creio, a única verdadeira derrota do governo Lula foi exatamente a de abrir mão da política de combate permanente à corrupção desencadeada por Lacerda na PF para satisfazer os interesses de grupos vinculados às vontades de Gilmar Mendes.

O presidente do STF deu centenas de entrevistas sobre os mais diversos assuntos, sobretudo aqueles sobre os quais não poderia, como juiz, jamais se pronunciar fora dos autos. Essa é, inclusive, a mais grave distorção do sistema de escolha dos nomes ao STF, a de colocar não-juízes, como Mendes, na Suprema Corte, para julgar as grandes questões constitucionais da nação. Alheio ao cargo que ocupava (ou ciente até demais), o ministro versou sobre tudo e sobre todos. Deu força e fé pública a teses as mais conservadoras. Foi um arauto dos fazendeiros, dos banqueiros, da guarda pretoriana da ditadura militar e da velha mídia. Em troca, colheu farto material favorável a ele no noticiário, um relicário de elogios e textos laudatórios sobre sua luta contra o Estado policial, os juízes de primeira instância, o Ministério Público e os movime ntos sociais, entre outros moinhos de vento vendidos nos jornais como inimigos da democracia.

Na imprensa nacional, apenas CartaCapital, por meio de duas reportagens (“O empresário Gilmar” e “Nos rincões de Mendes”), teve coragem de se contrapor ao culto à personalidade de Mendes instalado nas redações brasileiras como regra de jornalismo. Por essa razão, somos, eu e a revista, processados pelo ministro. Acusa-nos, o magistrado, de má fé ao divulgar os dados contábeis do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), uma academia de cursinhos jurídicos da qual Mendes é sócio. Trata-se de instituição construída com dinheiro do Banco do Brasil, sobre terreno público praticamente doado pelo ex-governador do DF Joaquim Roriz e mantido às custas de contratos milionários fechados, sem licitação, com órgãos da União.

Assim, a figura de Gilmar Mendes, além de tudo, está inserida eternamente em um dos piores momentos do jornalismo brasileiro. E não apenas por ter sido o algoz do fim da obrigatoriedade do diploma para se exercer a profissão, mas, antes de tudo, por ter dado enorme visibilidade a maus jornalistas e, pior ainda, fazer deles, em algum momento, um exemplo servil de comportamento a ser seguido como condição primordial de crescimento na carreira. Foi dessa simbiose fatal que nasceu não apenas a farsa do grampo, mas toda a estrutura de comunicação e de relação com a imprensa do STF, no sombrio período da Idade Mendes.

Emblemática sobre essa relação foi uma nota do informe digital “Jornalistas & Companhia”, de abril de 2009, sobre o aniversário do publicitário Renato Parente, assessor de imprensa de Gilmar Mendes no STF (os grifos são originais):

“A festa de aniversário de 45 anos de Renato Parente, chefe do Serviço de Imprensa do STF (e que teve um papel importante na construção da TV Justiça, apontada como paradigma na área da tevê pública), realizada na tarde do último domingo (19/4), em Brasília, mostrou a importância que o Judiciário tem hoje no cenário nacional. Estiveram presentes, entre outros, a diretora da Globo, Sílvia Faria, a colunista Mônica Bergamo, e o próprio presidente do STF, Gilmar Mendes, entre outros.”

Olha, quando festa de aniversário de assessor de imprensa serve para mostrar a importância do Poder Judiciário, é sinal de que há algo muito errado com a instituição. Essa relação de Renato Parente com celebridades da mídia é, em todos os sentidos, o pior sintoma da doença incestuosa que obriga jornalistas de boa e má reputação a se misturarem, em Brasília, em cerimônias de beija-mão de caráter duvidoso. Foi, como se sabe, um convescote de sintonia editorial. Renato Parente é o chefe da assessoria que, em março de 2009, em nome de Gilmar Mendes, chamou o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), às falas, para que um debate da TV Câmara fosse retirado do ar e da internet. Motivo: eu critiquei o posicionamento do presidente do STF sobre a Operação Satiagraha e fiz justiça ao trabalho do delegado federal Protógenes Queiroz, além de citar a coragem do juiz Fausto De Sanctis ao mandar prender, por duas vezes, o banqueiro Daniel Dantas.

Certamente em consonância com o “paradigma na área de tevê pública” da TV Justiça tocada por Renato Parente, a censura na Câmara foi feita com a conivência de um jornalista, Beto Seabra, diretor da TV Câmara, que ainda foi mais além: anunciou que as pautas do programa “Comitê de Imprensa”, a partir dali, seriam monitoradas. Um vexame total. Denunciei em carta aberta aos jornalistas e em todas as instâncias corporativas (sindicatos, Fenaj e ABI) o ato de censura e, com a ajuda de diversos blogs, consegui expor aquela infâmia, até que, cobrada publicamente, a TV Câmara foi obrigada a capitular e recolocar o programa no ar, ao menos na internet. Foi uma das grandes vitórias da blogosfera, até então, haja vista nem um único jornal, rádio ou emissora de tevê, mesmo diante de um gravíssimo caso de censura e restrição de liberdade de expressão e imprensa, ter tido coragem de tratar do assunto. No particular, no entanto, recebi centenas de e-mails e telefonemas de solidariedade de jornalistas de todo o país.

Não deixa de ser irônico que, às vésperas de deixar a presidência do STF, Gilmar Mendes tenha sido obrigado, na certa, inadvertidamente, a se submeter ao constrangimento de ver sua gestão resumida ao caso Daniel Dantas, durante entrevista no youtube. Como foi administrada pelo Google, e não pelo paradigma da TV Justiça, a sabatina acabou por destruir o resto de estratégia ainda imaginada por Mendes para tentar passar à história como o salvador da pátria ameaçada pelo Estado policial da PF. Ninguém sequer tocou nesse assunto, diga-se de passagem. As pessoas só queriam saber dos HCs a Daniel D antas, do descrédito do Judiciário e da atuação dele e da família na política de Diamantino, terra natal dos Mendes, em Mato Grosso. Como último recurso, a assessoria do ministro ainda tentou tirar o vídeo de circulação, ao menos no site do STF, dento do sofisticado e democrático paradigma de tevê pública bolado por Renato Parente.

Como derradeiro esforço, nos últimos dias de reinado, Mendes dedicou-se a dar entrevistas para tentar, ainda como estratégia, vincular o próprio nome aos bons resultados obtidos por ações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), embora o mérito sequer tenha sido dele, mas de um juiz de carreira, Gilson Dipp. Ministro do Superior Tribunal de Justiça e corregedor do órgão, Dipp foi nomeado para o cargo pelo presidente Lula, longe da vontade de Gilmar Mendes. Graças ao ministro do STJ, foi feita a maior e mais importante devassa nos tribunais de Justiça do Brasil, até então antros estaduais intocáveis comandados, em muito s casos, por verdadeiras quadrilhas de toga.

É de Gilson Dipp, portanto, e não de Gilmar Mendes, o verdadeiro registro moralizador do Judiciário desse período, a Idade Mendes, de resto, de triste memória nacional.

Mas que, felizmente, se encerra hoje.

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Constituinte: Serra votou sempre contra os trabalhadores. É o lobo em pele de cordeiro!


Na foto, Serra chega para votar contra os trabalhadores


O Conversa Afiada reproduz e-mail do amigo navegante Fernando:

É BOM SABER……….

COMO SE COMPORTOU JOSÉ SERRA NA CONSTITUINTE

a) votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas;
b) votou contra garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego;
c) votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias;
d) votou contra o monopólio nacional da distribuição do petróleo;
e) negou seu voto pelo direito de greve;
f) negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário;
g) negou seu voto pelo aviso prévio proporcional;
h) negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical;
i) negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio;
j) negou seu voto pela garantia do salário mínimo real;
Fonte: DIAP — “Quem foi quem na Constituinte”;pag. 621.

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Serra declara guerra à Argentina!

Mercosul: O que é bom para os EUA é bom para o Serra

Declaração de Serra sobre o mercosul provoca reação da imprensa argentina

Sugestão do amigo navegante Vitor:

deu no jornal argentino Clarin.

El candidato favorito en Brasil dice que el Mercosur “es una farsa”
Es el opositor José Serra. Dijo que cargar con esta unión “no tiene sentido”.
Por: Eleonora Gosman


El ex gobernador José Serra y ahora candidato presidencial por el Partido Socialdemócrata de Brasil no quiere la continuidad del Mercosur tal como es ahora porque, según definió en una reunión con una parte de la elite empresarial brasileña, el bloque “es un obstáculo para que Brasil haga sus propios acuerdos individuales en comercio”. El político opositor que lleva por ahora la delantera en las encuestas (34% frente a 30% de Dilma Rousseff) sostuvo que “cargar con el Mercosur no tiene sentido”. Subrayó que “la unión aduanera (o sea el Mercado Común) es una farsa excepto cuando sirve para poner barreras” a Brasil.

Serra confirmó de este modo que mantiene sus antiguas ideas, ya expresadas en la campaña presidencial de 2002 cuando compitió con el presidente Lula da Silva. La visión del candidato opositor, que va al frente de una coalición con el partido Demócrata (ex conservador PFL) y el socialista PPS (ex Partido Comunista en su momento pro soviético), supone que Brasil debe despegar de Argentina, Paraguay y Uruguay, porque es la única manera de que su país pueda consagrar áreas de libre comercio sea con Estados Unidos o con Europa sin necesidad de “arrastrar” a sus socios. Una resolución del Mercosur estableció que ninguno de los países del bloque puede realizar acuerdos comerciales por separado. Por el momento rige el criterio de “o todos juntos, o ninguno”.

Clique aqui para ler a matéria completa

Leia também Porque Serra é contra o mercosul

E clique aqui para ler o artigo de Miro Borges: ”Serra tira sapatinho para os Estados Unidos e diz que é contra o Mercosul”

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Suape é uma revolução em Pernambuco. O pernambucano quer voltar!

“Aqui só não tem emprego quem não sai de casa.”

É a frase do Carlos, garçom do restaurante Beijupirá, de Porto de Galinhas, perto de Recife.

A meia hora dali fica Suape.

Suape é um porto e um distrito industrial de 14 mil hectares (o maior porto da Europa, Roterdã, tem 5 mil ha).

Tem 96 empresas.

20 plantas em construção.

Vista do porto / Foto: Geórgia Pinheiro

A General Motors do Brasil também vai para lá.

São investimentos de US$ 20 bilhões, o que é igual a 28 anos de investimentos privados em Pernambuco.

Hoje, Suape emprega, diretamente, 30 mil pessoas.

Quase todos recrutados na região metropolitana de Recife – muitos, filhos de cortadores de cana e pescadores.

Suape será o destino de um ramal da Trans-Nordestina, o que se concretizará ano que vem.

(O outro será Pecém, no Ceará.)

No PAC2, Suape vai construir um terminal açucareiro, um novo terminal de containeres e um terminal de granéis sólidos.

A maior obra de Suape é a Refinaria Abreu e Lima, da Petrobrás, em parceria com a PDVSA, da Venezuela.

360 campos de futebol / Foto: Geórgia Pinheiro

(Abreu e Lima foi um militar pernambucano que lutou ao lado de Simon Bolívar.)

A refinaria é a primeira que a Petrobrás constrói em 30 anos.

Ocupará 630 hectares, ou seja, o equivalente a 630 campos de futebol.

Vai produzir, em 2012, 22 mil barris de petróleo por dia.

Em 2010, a refinaria emprega 9 mil trabalhadores.

Custará US$ 13 bilhões.

Em torno da Abreu e Lima serão instaladas unidades para produzir matéria prima para um pólo de indústrias têxteis.

Em torno de Abreu e Lima vão trabalhar seis estaleiros.

E o Brasil voltará a ser um dos fortes produtores mundiais de navios: “a retomada da indústria naval acontece em Pernambuco”, diz Inaldo Campelo, diretor de gestão de Suape.

Inaldo Campelo / Foto: Geórgia Pinheiro

Dia 3 de maio, o presidente Lula vai lançar ao mar o primeiro deles.

O estaleiro Atlântico Sul, da Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e da Samsung tem 22 embarcações contratadas, mais o casco da plataforma P-55.

Atlântico Sul tem o maior guindaste do mundo / Foto: Geórgia Pinheiro

92% dos funcionários do Atlântico Sul são pernambucanos.

A Bunge tem em Suape o maior moinho da América do Sul.

Suape tem a ambição de ser um centro produtor de plataformas e sondas para atender à demanda do Pré-Sal.

Suape permitirá que um navio chegue em 7 dias ao porto de Nova York, e, em 9 dias, a Roterdã.

Num raio de 800 km, Suape atinge 7 capitais do Nordeste, que representam 90% do PIB nordestino.

O governador Eduardo Campos criou doze escolas técnicas em doze micro-regiões de Pernambuco.

Uma delas fica em Suape, que já qualificou 3.800 jovens.

Tem um SENAI dentro de Suape.

O Hospital D. Helder Câmara está em construção.

O sistema de transportes integrará ao sistema de metrô e de transporte de toda a região de Recife.

O Governo de Pernambuco não quer reproduzir Camaçari, na Bahia, onde, ao lado de um complexo petroquímico, houve favelização.

Eduardo Campos criou 5 universidades e um Centro de Pesquisa Nuclear.

Eduardo Campos criou também um Centro Fármaco-Químico.

Uma Cidade Digital já existe nas instalações do antigo porto de Recife, com mais de cem empresas.

Suape vai recuperar a casa grande do engenho Massangana, onde viveu Joaquim Nabuco.

Que pena que Nabuco não esteve em Suape / Foto: Geórgia Pinheiro

Em 2009, o PIB de Pernambuco cresceu 3,8%, enquanto o do Brasil caiu 0,2%.

Pernambuco, sob Eduardo Campos, cresceu muito acima da média brasileira.

É uma China dentro do Brasil.

É a nova locomotiva do Brasil.

“Enquanto pernambucano, devemos tirar o chapéu para o Lula. Ele ajuda não só Pernambuco, mas o Brasil. Muitos pernambucanos já estão voltando, ” disse Campelo.

Eduardo Campos tem 43 anos.

Ele dá de 10 a 0 no José Serra, o “economista competente” que não é um nem outro.

Segundo o pernambucano Fernando Lyra, Eduardo Campos será presidente do Brasil.

Georgia Pinheiro e Paulo Henrique Amorim

Clique aqui para saber mais sobre Suape.

Serra tira sapatinho para os Estados Unidos e diz que é contra o Mercosul!


O presidenciável demotucano José Serra vai aos poucos soltando suas asinhas. Quando sua pré-candidatura foi oficializada, no início de abril, ele se fingiu de bonzinho. Evitando se confrontar com a alta popularidade do presidente Lula, afirmou que manteria o que há de positivo no atual governo e lançou o bordão adocicado “O Brasil pode mais” – que logo foi encampado pela TV Globo numa desastrada propaganda subliminar. Mas o “Serrinha paz e amor” não se sustenta. É pura estratégia eleitoral, coisa de marqueteiro esperto para embalar um produto falsificado.

Na semana passada, num evento com empresários de Minas Gerais, José Serra começou a fazer a demarcação dos projetos em disputa da eleição de outubro. Ele criticou o Plano de Aceleração do Crescimento, o que reforça a confissão à revista Veja do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, de que o PAC será extinto. Também afirmou que irá “rever o papel” do BNDES. O que chamou a atenção no seu discurso, porém, foi o ataque ao Mercosul. Para ele, o bloco regional “atrapalha as relações comerciais do Brasil”. O discurso deve ter agradado aos seus amos dos EUA.

“Alinhamento automático” com o império

De há muito que a política externa do presidente Lula, mais altiva e ativa na defesa da soberania nacional, é motivo de duras críticas da oposição neoliberal-conservadora. Os demotucanos nunca engoliram a prioridade dada ao Mercosul e à integração regional; tentaram sabotar o ingresso da Venezuela no bloco regional e são inimigos declarados dos governos progressistas da região; não se pronunciaram contra o golpe militar em Honduras, mas condenaram o governo por dar abrigo ao presidente deposto. Para eles, como revela José Serra, a integração latino-americana atrapalha.

Presença nauseante nos telejornais da Globo e nas páginas dos jornalões e revistonas direitistas, os embaixadores tucanos Celso Lafer, Rubens Barbosa e Luiz Felipe Lampreia sempre pregaram o retorno à política de FHC do “alinhamento automático” com os EUA. No episódio recente da ameaça do governo Lula de retaliar produtos ianques em oposição ao seu protecionismo, alguns deles saíram em defesa dos EUA. Eles temem qualquer postura mais soberana diante do império. São contra a política de diversificação comercial do Brasil, contra a ênfase nas relações Sul-Sul.

Complexo de vira-lata dos demotucanos

Este é o time do candidato José Serra. Essa é a sua orientação para a política externa. Na prática, a oposição neoliberal-conservadora sonha com o retorno ao “alinhamento automático”. Mercosul e outras iniciativas visando quebrar o unilateralismo imperial seriam enterradas com a eleição do demotucano. O Brasil regrediria para o triste período de FHC, de total subserviência às potências capitalistas – do complexo de “vira-lata”. Serra tenta se afastar da imagem desgastada de FHC, mas sua política externa seria idêntica – não como farsa, mas como tragédia no mundo atual.

Para entender o que representaria este retrocesso vale a pena ler o livro “As relações perigosas: Brasil-Estados Unidos (de Collor a Lula, 1990-2004)”, do renomado historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira. Ele comprova, como farta documentação, como a política externa regrediu nos oito anos de reinado de FHC. Neste período nefasto, o país só não aderiu ao tratado neocolonial dos EUA, a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), devido à reação da sociedade. Esta resistência também evitou que Alcântara, no Maranhão, virasse uma base militar ianque.

Tratamento humilhante para o Brasil

Entre outros casos vexatórios da política de FHC, Moniz Bandeira relata a sumária exoneração do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) do Itamaraty, por este ter alertado o governo para os graves riscos da Alca. Cita a atitude acovardada do ex-ministro Celso Lafer diante das pressões dos EUA para afastar o embaixador brasileiro José Maurício Bustani da direção da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), ligada à ONU, por este ter tentado evitar a guerra genocida no Iraque. Lembra ainda os discursos do ex-ministro de FHC propondo a participação do Brasil no genocídio no Iraque com base no draconiano Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR).

O ápice dessa postura subserviente se deu quando o diplomata aceitou tirar seus sapatinhos nos aeroportos dos EUA. “Em 31 de janeiro de 2002, Celso Lafer, ministro das Relações Exteriores do Brasil, sujeitou-se a tirar os sapatos e ficar descalço, a fim de ser revistado por seguranças do aeroporto, ao desembarcar em Miami. Esse desaire, ele novamente aceitou antes de tomar o avião para Washington, e mais uma vez desrespeitou a si próprio e desonrou não apenas o cargo de ministro, como também o governo ao qual servia. E, ao desembarcar em Nova York, voltou a tirar os sapatos, submetendo-se, pela terceira vez, ao mesmo tratamento humilhante”.

Subserviência ou soberania nacional?

Com base nas suas pesquisas, Moniz Bandeira garante que a eleição de Lula deu início a uma guinada na política externa, retomando a trajetória seguida por Vargas e outros nacionalistas. Ele lembra os discursos do então candidato contra a Alca, a indicação de Celso Amorim e de Samuel Pinheiro para o seu Ministério de Relações Exteriores, a prioridade às negociações do Mercosul, os esforços para a construção de um bloco regional sul-americano e a frenética investida na diversificação das relações com outros países em desenvolvimento – como China, Índia e Rússia. Cita ainda os duros discursos contra a ocupação do Iraque e o veto à base ianque em Alcântara.

Para o autor, após a longa fase de subserviência ao império, as relações do Brasil com os EUA voltaram a ficar tensas. Ele registra os vários discursos hidrófobos da direita estadunidense e não descarta manobras ardilosas e violentas para sabotar o atual projeto de autonomia nacional. Mas se mostra confiante na habilidade e ousadia da atual equipe do Itamaraty. Reproduzindo artigo do jornal O Globo, ele afirma que “há tempos (Celso Amorim) avisou a embaixadora dos EUA que não há força no mundo capaz de fazê-lo tirar os sapatos durante a revista de segurança dos aeroportos americanos. ‘Vou preso, mas não tiro o sapato’”. Conforme indica Moniz Bandeira, este é o dilema do Brasil na atualidade: subserviência ou soberania nacional?

Clique aqui para ir ao blog de Altamiro Borges.

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Folha e Globo contra a Sensus: PiG (*) não aguenta oito anos sem a grana do poder!

Guedes: vamos ver se a democracia sobrevive à baixaria do Serra

Conversei com amigo navegante sobre a violência da Folha (*) e da Globo contra a Sensus.

Ele disse: o PiG (*) não agüenta mais oito anos sem meter a mão na grana do poder.

O Conversa Afiada já disse isso: só Serra garante a sobrevivência econômica das empresas do PiG.

Sem o Serra, o PiG (e a promoção de filmes pornô – clique aqui para ver como a Veja faz outdoor com a capa do Serra.) morrre.

O meu amigo se lembrou do que disse o professor Wanderley Guilherme dos Santos, na Carta Capital, logo no começo do Governo Lula: vamos ver se as instituições da democracia brasileira agüentam a violência que se desfechará contra quem Lula escolher para sucessor.

Agora, a tática, de curto prazo, é intimidar a Sensus e a Vox Populi.

Calar o Ricardo Guedes e o Marcos Coimbra.

E jogar o PiG (*) e a Justiça contra eles.

Como disse o Ciro: o Serra numa campanha é garantia de baixaria.

Em tempo: a Dilma outro dia disse que ninguém a veria jogar o jogo sujo (do Serra).

Paulo Henrique Amorim

Clique aqui para ler “Serra vai à Justiça contra a Sensus”.

E aqui para ler “Globope disse que Souto ia ganhar no primeiro turno”.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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