quarta-feira, 21 de abril de 2010

Relações entre China e Brasil ultrapassam a bilateralidade.


Nos últimos anos, após o fortalecimento econômico de China e Brasil, se intensificaram os intercâmbios políticos, econômicos, comerciais, culturais e de cooperação internacional, apesar da grande distância geográfica entre as duas nações.

Diplomatas de ambos os países acreditam que as relações entre as duas nações ultrapassaram a bilateralidade, para ter a cada dia que passa maior influência global.

Os líderes de alto nível de ambos os países realizaram visitas mais frequentes, ação que reforçõu a confiança mútua política.

Na visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à China em 2009, os dois Estados conseguiram um amplo consenco em temas importantes e elevaram a Associação de Cooperação Estratégica a um nível mais alto.

Os dois governos concordaram em estabelecer um plano de ação para abrir novos passos de cooperação em todas as esferas e manter a coordenação e cooperação estreitas nos assuntos regionais e internacionais.

As economias da China e Brasil se complementam em muitos campos.

A China é um importante país produtor e possui uma grande reserva de divisas e o Brasil é um grande país exportador de recursos e produtos agrícolas.

Assim, as vantagens econômicas e comerciais das duas partes se satisfazem de maneira mútua.

De acordo com estatísticas brasileiras, o comércio bilateral entre as duas nações registrou US$ 9,151 bilhões em 2004 e cresceu para US$ 36,1 bilhões em 2009, ano em que a China ultrapassou os Estados Unidos para ser o maior parceiro sócio comercial do Brasil.

Os projetos de cooperação econômica entre os dois países se incrementaram e os investimentos são cada dia maiores.

Empresas estatais chinesas como a Gree, Traxx, Huawei, ZTE e CITIC já estabeleceram filiais no Brasil.

Empresas como a fabricante de automóveis Chery e a empresa petrolífera CNOOC já prospectam o mercado brasileiro.

Em março de 2010 foi inaugurado o maior gasoduto do Brasil, o Gasoduto de Integração Sudeste Nordeste (Gasene), em parceria entre as empresas Petrobras e Sinopec.

Brasil também investe na China

Empresas como a Embraer, fabricante de aeronaves reconhecidas mundialmente, obtiveram bons resultados com seus investimentos na China.

Em ciência e tecnologia, o projeto do satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres CBERS entrou em seus 22 anos e foi protótipo da cooperação Sul-Sul.

Os dois países lançaram três satélites CBERS, que forneceram muitos dados úteis e o quarto satélite CBERS será lançado em 2011.

Os dois países também desfrutam a cada dia de um amplo intercâmbio cultural.

Dois institutos de Confúcio passaram a funcionar em São Paulo, a maior cidade do Brasil e em Brasília, capital do país.

O embaixador chinês no Brasil, Qiu Xiaoqi disse que, em novembro de 2010, a China celebrará um mês de sua cultura no Brasil para mostrar as atrações desse campo da China na nação sul-americana.

Como dois importantes países emergentes, China e Brasil compartilham posições em muitos assuntos internacionais.

Sobretudo, desde a crise financeira, os dois países experimentaram uma cooperação mais estreita em temas globais como economia mundial, reforma do sistema financeiro internacional e mudança climática.

Ambas as nações se esforçaram para ampliar a voz e aumentar o direito à tomada de decisão dos países em vias de desenvolvimento, para garantir seus benefícios e promover um mundo multilateral.

Entrevistado pela Xinhua, o vice-secretário de Assuntos Políticos e Asiáticos do Ministério de Relações Externas do Brasil, Roberto Jaguaribe, assinalou que as relações entre Brasiul e China ultrapassaram a categoria bilateral, pois "os dois países desempenharam um papel cada dia mais importante no cenário internacional".

Jaguaribe afirmou que as duas nações possuem muitos sistemas de diálogo para analizar os temas de interesse comum e que cooperam em muitos assuntos concretos.

Nos grupos de países BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China), BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e no Grupo dos 20, no tema da mudança climática, assim como na Organização Mundial de Comércio (OMC), Brasil e China tem boas relações de cooperação.

Qiu também considera que "como dois importantes países emergentes, China e Brasil terão uma perspectiva brilhante. Sob o esforço conjunto de ambas as partes, nossa cooperação em todas as esferas chegarão a um nível mais alto e esta relação de cooperação trará seguraente mais benefício a ambos os povos".

Fonte: Observatório de la política china (http://www.politica-china.org/)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

se não tem nada a contribuir não escreva!