A oposição e a quase totalidade da mídia tentaram vender o caso como
“o maior escândalo da corrupção da história”, algo que os números, por
si só, desmentem.
Enquanto a Veja – que ainda é a revista semanal de maior
circulação no País, mas vem perdendo leitores em grande parte por causa
do descompromisso com a verdade factual e pelo engajamento escancarado
na campanha contra o PT e a esquerda em geral – e seus blogueiros tentam
sustentar essa versão, uma reportagem da revista Mundo Estranho,
da mesma Editora Abril, demonstra que o “mensalão” ocupa um modesto 9º
lugar entre os 10 maiores escândalos de corrupção dos últimos 20 anos
com um valor de aproximadamente R$55 milhões (mas que poderia chegar a
R$100 milhões).
À frente aparecem o dos “sanguessugas” (2006), com R$140 milhões; da
Sudam (1999), com R$214 milhões; da Operação Navalha (2007), com R$610
milhões; dos “anões do Orçamento” (1992), com R$800 milhões; do TRT/SP
(1999), de R$923 milhões; do Banco Marka (1999), com R$1,8 bilhão; dos
“vampiros” (2004), de R$2,4 bilhões; e das contas CC5 do Banestado
(2000), com um rombo de R$42 bilhões.
O ranking da Mundo Estranho não inclui a privataria tucana,
esquema de privatizações fraudulentas que deixou um prejuízo de R$100
bilhões aos cofres públicos no governo FHC (1995-2002), o equivalente a
pelo menos mil “mensalões”.
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