domingo, 4 de novembro de 2012

Mau jornalismo, Veja, pão de queijo e golpe

Que a prática jornalística no Brasil – apesar de termos profissionais excepcionais – não é das melhores todo mundo já está cansado de saber. Especialmente na autoproclamada grande imprensa, mas, cabe o destaque, não somente.
Independente a da linha editorial do veículo de comunicação, nunca se pode abrir mão do fazer jornalismo.
 
Já havia afirmado isso antes e reafirmo agora: Veja deveria ser usada nas faculdade de comunicação como exemplo do não jornalismo. Há muito tempo – e intensificado a partir de 2003- que a revista da Editora Abril abandonou os preceitos jornalísticos. Chega ao ponto de publicar entrevista sem áudio e requentar esta entrevista.
Refirmo-me à “entrevista de Marcos Valério” onde ele acusa Lula de todos os males da galáxia.
É mais fácil encontrar gremista na torcida do Internacional e vice-versa do que a fita dessa entrevista.

 
No requente de Veja a fita do além teria sido entregue ao Procurado Roberto Gurgel. E Valério procurado o STF para entrar no programa de proteção às testemunhas. Ela já havia feito isso antes e teve o pedido negado por não ter nada a dizer.
Além de uma entrevista psicografada, Veja se utiliza de fanfarronice.
 
E agora que ela está para se livrar da CPI do Cachoeira, deve perder ainda mais a noção do ridículo. Some-se a isso o desespero da possibilidade de ter seus contratos com a prefeitura de São Paulo não renovadas, perdendo milhões de reais do seu orçamento, vai virar bicho acuado. E bicho acuado ataca tudo que vier na frente.
 
Se o tucanato no governo paulista não repor o “dim dim” – em caso de término de contrato com a prefeitura – até penas de tucano voando poderemos ter nas capas da coisa feita em papel couché.
 
Além do “julgamento” da Ação Penal 470, temos a possibilidade de Joaquim Barbosa – o novo Batman do pedaço – aceitar o pedido de delação premiada de Valério, sem este ter nada de novo a dizer ou a provar.
Prato cheio para a mídia golpista. Manchetes e mais manchetes tentando incriminar Lula.
 
Valério deveria falar em rede nacional.
 
Isso mesmo, transmissão ao vivo para todo o país em todos os canais.
 
Somente assim acaba a mentirada de Veja, da grande imprensa e de setores importantes do Judiciário brasileiro.
 
Minas e o “apagão”
 
Tivemos os recentes “apagões”. Sua origem já foi confirmada. Trata-se da Cemig de Minas Gerais.
 
A Cemig é a principal opositora às mudanças propostas pelo governo federal das regras do setor. Entre elas a queda da tarifa de energia para os consumidores.
A empresa não realizou os procedimentos após a identificação da falta de energia. Entre elas uma coisa bem simples, ligar uma chave de segurança.
 
A Cemig alega que as mudanças propostas diminuirão os investimentos das concessionária do setor, mas todos os problemas ocorridos no “apagão” foram humanos e em nada tem a ver com investimentos. Não precisa de investimento para ligar uma chave ou realizar os procedimentos de segurança.
 
O agente do caos agora é mineiro
 
Com a morte política de Serra, Aécio assume a condição de liderança da oposição no Brasil.
 
E diz que se deve fazer oposição “classuda”, na política apenas.
 
Quem não conhece que compre o PSDB.
 
Em entrevista à CartaCapital, Aécio lembrar que essa postura da oposição liderada por Serra não condiz com a origem do partido. De fato, não condiz mesmo. Mas desde o governo FHC que o PSDB tornou-se o porta-voz do que tem de mais atrasado na política nacional.
 
Tanto que aliou-se, por exemplo, a quem construiu a ditadura militar no país.

 
Quem já fez o que essa turma fez com o Brasil não tem limites. Se somente nos atermos à famílias que ainda não enterraram seus parentes por conta da ditadura, não precisaríamos expor mais nenhum exemplo.
 
Pode-se também dizer da base militar em Alcântara no Maranhão, às portas da Amazônia, que FHC queria entregar aos estadunidenses.
 
Dá para fazer uma lista bem grande de ações antipovo do tucanato e seus aliados.
 
A privataria é a maior delas.
 
Deixar parte do território nacional às escuras; falsear a realidade ao ponto que fazem a anos; mudar jurisprudência no Supremo Tribunal como fizeram, invertendo o ônus da prova e retirando o direito de julgamento em primeira instância, para a direita brasileira é fichinha.
 

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