segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Nassif: Folha, que ajudou o crime organizado, "cobra" combate ao crime organizado
15/02/2010 - 09:05
As duas caras da Folha com o crime organizado
de Luís Nassif, no blog do Nassif
Junto com a Veja, a Folha fez a defesa escancarada de Daniel Dantas e o ataque sistemático à Satiagraha. Um dia as razões ainda serão conhecidas.
Ajudou a fuzilar reputações de juízes, a manipular informações sobre a operação, a criar ênfase falsa (como a viagem de Heráclito Fortes à Itália, que abafou a autorização para a abertura dos HDs de Dantas).
Agora, descobre – em matéria de capa – que as leis contra crime organizado e lavagem de dinheiro são frágeis.
Nela, são listadas razões para não se avançar na luta contra o crime organizado. Faltou uma: a cumplicidade escancarada da velha mídia com os criminosos.
Da Folha de S.Paulo:
Brasil não pune lavagem de dinheiro, aponta entidade
Órgão internacional diz que falta preparo de tribunais superiores para combater crime
Para o Gafi (Grupo de Ação Financeira), outro problema que influi na impunidade é o excesso de recursos judiciais que um processo permite
MARIO CESAR CARVALHO
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil não consegue combater e punir um tipo de crime que une traficantes de drogas, corruptos e criminosos de colarinho branco -a lavagem de dinheiro. Faltam leis, disposição das autoridades para sequestrar bens comprados com dinheiro ilícito e preparo dos tribunais superiores para tratar o tema com a complexidade que ele requer.
A avaliação é do principal órgão internacional que sugere e monitora políticas contra a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo, o Gafi (Grupo de Ação Financeira), em relatório de 302 páginas obtido pela Folha.
Especialistas do Gafi visitaram o Brasil entre 26 de outubro e 7 de novembro do ano passado e apontam num documento preliminar que a maioria dos crimes de lavagem acaba sem punição. A versão é preliminar porque o documento será debatido com autoridades brasileiras antes do texto final.
A lavagem ocorre quando recursos obtidos ilegalmente ingressam no mercado com aparência legal. Pode ser o dinheiro de um traficante que se converte em postos de gasolina ou o caixa dois do empresário que é usado para a comprar imóveis, joias ou obras de arte.
“A lei brasileira de lavagem de dinheiro não é suficiente para cobrir todas as categorias de infrações previstas, não inclui a responsabilidade penal das empresas, e não é efetivamente implementada em grande parte por causa de graves problemas estruturais do sistema judicial”, diz trecho do relatório.
O documento sugere que o governo, com maioria no Congresso, trabalhe para aprovar um projeto de 2008 que passou no Senado, mas está parado na Câmara. Das 20 recomendações que a entidade fez, só 7 foram implantadas, diz o texto. O Ministério da Justiça informa que a maioria das sugestões está contemplada no projeto.
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