O Conversa Afiada reproduz e-mail de Luiza Serpa, assessora de Ciro Gomes
Ciro diz que União e estados têm que trabalhar juntos no combate ao crime
Para o pré-candidato à Presidência da República tem que haver uma política única de Segurança, com divisão de tarefas, sob supervisão do Governo Federal
União e estados têm que trabalhar juntos no combate ao crime. Esta é a proposta do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidato à Presidência da República, na área de segurança. “Não adianta um botar a culpa no outro, tem que haver uma política única, com divisão de tarefas, se um não cumpre, o outro tem que cumprir”, afirma o deputado.
Ciro Gomes defende a federalização do sistema de segurança, o que, segundo ele, significa mudar a legislação do país para que todo o processo, em determinados tipos de crime, da prevenção à política penitenciária, seja responsabilidade da União. “Por exemplo, com a federalização no combate ao crime organizado, eu, governo federal, posso entrar no Rio de Janeiro sem pedir autorização para o governador, sem criar uma crise política e sem ficar dependente dele assinar um papel ou não.”
Na opinião do deputado, o Governo Federal tem condições de num trabalho conjunto com os estados fazer uma ação muito mais organizada e capacitada contra o crime, evitando acidentes como os de balas perdidas que atingem inocentes nas ocupações dos morros cariocas.
Para Ciro Gomes, há dois tipos de crimes. O organizado, que deve ser tratado pelo Governo Federal com os julgamentos na Justiça Federal e a pena sendo cumprida nos presídios federais. Nessa categoria de crime organizado, que Ciro classifica como “o mais grave”, ele enumera “a ladroagem do dinheiro público, o narcotráfico e o contrabando de armas”.
O outro tipo de crime é o “de rua e que mais incomoda a população pela sensação de medo que provoca”. Este crime deve ser combatido pelo estado, de acordo com Ciro Gomes. Ele cita como exemplo de sucesso os projetos Ronda do Quarteirão, do Governo do Ceará, e o Pacto Pela Vida, que resultou em queda constante do índice de violência em Pernambuco desde que foi implantado pelo Governo do Estado, em 2007.
Segundo o deputado, no Ceará, o cidadão aciona a rádio-patrulha de seu bairro e os policiais têm obrigação de atender o chamado em menos de cinco minutos. “Isso tem por regra funcionado. Ao mesmo tempo, o policial vai ser estimulado porque vai conhecer numa mesma base que pega toda sua região, uma mesma tripulação treinada de forma diferente, com recrutamento diferente, com equipamento de alta tecnologia”, explica Ciro Gomes.
Em Pernambuco, o Pacto pela Vida conta com a participação ativa da sociedade, que se organiza em conselhos municipais e comunitários para atuarem em parceria com o Conselho Estadual de Segurança Pública. Além da qualificação e valorização profissional, o projeto investe em tecnologia de informação, uso de inteligência e ações sociais como forma de prevenção.
Ainda sobre Segurança, Ciro Gomes define o sistema carcerário brasileiro, salvo algumas exceções, como “uma escola superior de violência e bandidagem”. Para ele, as leis brasileiras estão ultrapassadas.
Luiza Serpa
Assessora Ciro Gomes
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