quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Oi: no que deu a Privataria Tucana

As empresas européias que operam a telefonia no Brasil devem 104 bilhões de euros.
Saiu no Valor, o PiG (*) cheiroso:

BNDES aprova financiamento de R$ 5,4 bilhões para a Oi


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 5,4 bilhões para o Grupo Oi, destinados ao plano de investimentos relativo ao triênio 2012-2014. O projeto inclui investimentos na expansão e melhoria da capacidade instalada das redes de acesso de dados (banda larga), fixa e móvel, e na infraestrutura de TV por assinatura, além de investimentos em tecnologia da informação.

Saiu na Folha (**):

Oi receberá R$ 5,4 bi do BNDES para investimento


Valor é o maior já dado pelo banco a uma tele.

Entre os principais acionistas da Oi estão a Portugal Telecom, o BNDESPar -braço de participações do BNDES- e os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal).
Navalha
“As empresas européias que no Brasil controlam as operadoras de telecomunicações (Telefonica, da Espanha; Telecom Itália; Portugal Telecom; e Vivendi, da França) somavam no final do terceiro trimestre do ano de 2012 uma dívida de 103,6 bilhões de euros.”
A Telefonica devia 56 bilhões de euros; a Telecom Italia, 14 bilhões; e a Portugal Telecom 4,6 bilhões.
“Some-se a isso a dívida da América Móvil, mexicana (do Slim), equivalente a 21,8 bilhões de euros. Ao todo, as empresas que decidem o futuro das telecomunicações no Brasil precisam se preocupar com um papagaio de 125 bilhões de euros.”
Se nos países de origem as coisas vão bem – como no caso da mexicana -, tudo bem. Mas,
“… no caso das empresas europeias, o cenário é … preocupante. Em seus mercados domésticos, eles perdem receitas e base de clientes. Precisam, portanto, de mais receita ou reduzir o tamanho da dívida. ”
O Conversa Afiada se vale das aspas extraídas do excelente editorial de Samuel Possebon, “meros coadjuvantes”, na edição da Teletime, de Rubens Glasberg, de novembro de 2012.
Deu nisso a Privataria Tucana.
Quer dizer, a parte Cível.
Não, a Criminal.
A Oi, como se sabe, é a nova versão da BrOi, aquele mostrengo criado no BNDES para reunir a Brasil Telecom, que tinha sido dizimada pelo imaculado banqueiro Daniel Dantas , e a Telemar, dos empresários Carlos Jereissati e Sergio Andrade, que entendiam de telefone tanto quanto de Aramaico.
Foi o que aqui se chamou de “patranha da BrOi”.
Com dinheiro, inclusive dos trabalhadores, do FAT – já que dinheiro não tem carimbo – , o BNDES promoveu a fusão da Brasil Telecom com a Telemar para criar um “player” nacional que competisse mundo afora.
A Privataria Tucana deu naquilo.
A patranha deu nisso.
Para realizar a patranha, a nova empresa precisou dar US$ 1 bilhão ao Daniel Dantas, como um cala-a-boca para que retirasse da Justiça todas as ações que movia contra Deus e o mundo.
(Como se sabe, no business plan do imaculado banqueiro, mover ações na Justiça não é um meio de reparar uma injustiça; é um fim em si mesmo.)
Ao sair da Brasil Telecom, o imaculado banqueiro deixou problemas do tamanho de R$ 5 bilhões.
Quando os portugueses da PT compraram a BrOi, quer dizer, a Oi, o dinheiro que trouxeram não entrou na companhia.
Foi para pagar Jereissati e Andrade, que entraram na patranha sem botar um tostão do próprio bolso.
Resultado, os portugueses pagaram os acionistas brasileiros e herdaram os problemas que Dantas deixou de herança.
E agora recebem o maior empréstimo da História do BNDES para empresas de telefonia.
Vão investir aqui ou pagar o que devem ?
Viva o Brasil !
Viva Portugal !



Em tempo: o amigo navegante está satisfeito com os serviços de telefone que compra a preços exorbitantes ?


Paulo Henrique Amorim

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