Do blog do Rui Daher
(transcrito no portal
“Terra Magazine”)
“Antes
de ir para o agronegócio, prefiro retornar às perspectivas para a
economia, em
2013.
Leva-me a isso o cenário
publicado no jornal
“Valor” (02/01) que, depois de
consultar vários analistas, aponta um crescimento acima de 3% neste e no
próximo ano para o Brasil.
É um palpite na média.
Típico de quem
prefere não se expor nem errar demais. Alguns o chamarão de realista.
Como sei que é nenhuma a
consequência de
previsões sobre a economia que passam longe do alvo, prefiro seguir meus
palpites, argumentos e intuição, para entrar no palco incentivado pelo
grito de
“Quebra tudo!”.
Em 29/11/2012, neste
espaço pouco curtido,
arrisquei palpite, infeliz para muitos, mas que, realizado e Fla-Flu à
parte,
traria felicidade a todos.
Um mês antes do vaticínio
das consultoras
siglas expostas ontem no “Valor”,
mandei ver que acreditava num crescimento do PIB em torno de 5%, para
este ano.
Escândalo! Quer aparecer! A
ponto de um
leitor assim comentar: “Rapaz, você periga ser o analista que mais
distante
passou da triste realidade. Pelo menos, um recorde para você, mesmo que
negativo” (03/12/2012, 15h24).
Confesso que me comovi com
o termo “rapaz”,
mas vou logo dizendo que, àquela altura do campeonato, no calor da
divulgação
do “pibinho”, adivinhações tais estavam bem abaixo dos 3,0/3,5%, agora
anunciados pelo jornal, o que me faz preocupado com a possibilidade de
perder a
primazia do recorde que me seria creditado.
Aos argumentos, então. Do
lado de dentro:
1) Sou dos que
acreditam que as
medidas governamentais, primeiro de contenção e, recentemente, de
incentivo à
economia, começarão a mostrar seus efeitos já no primeiro trimestre
deste ano;
2) Isso inclui a
indústria de
transformação que, precavida, até agora, não desempregou, e estará mais
aliviada e confiante com taxas de juros menores, câmbio mais ajustado e
BNDES
disposto a financiar em longo prazo;
3) Com emprego e
renda crescentes, aumentará
o consumo das famílias;
4) Sim, a taxa de
inflação não voltará
ao centro da meta idealizado pela ortodoxia. Permanecerá ao redor do que
foi em
2012;
Lá fora:
5) Estão
consolidados os sinais de
expansão industrial na China. O crescimento do PIB chinês poderá voltar à
casa
dos 9%;
6) Como previsto
aqui, os EUA caminham
para acertar sua pendenga fiscal, em 10 anos, não sei se “no cartão”
democrata
ou republicano;
7) Tanto o FMI como
a OCDE estimaram,
para os EUA, aumentos de 1,8%, em 2011, 2,2%, em 2012 e 2013, e 2,8%, em
2014.
Para a maior economia do planeta, 1% a mais no crescimento é muita
coisa;
8) A Europa, que
despencou em 2012,
neste ano, iniciará uma lenta recuperação (é previsto as economias
avançadas
crescerem 0,4% e as emergentes, 2%);
9) Situações que
tendem a recuperar “o
pior saldo da balança comercial desde 2002”, como rolam as manchetes de
hoje.
Taí.
Uai, mas não eram 10 os
motivos?
FONTE: publicado no
blog do Rui Daher e transcrito
no portal “Terra Magazine”. O autor é administrador de
empresas, consultor da “Biocampo Desenvolvimento Agrícola”, produtor
rural.
Trabalhou por mais de 30 anos em empresas do agronegócio. Artigo
transcrito no
portal “Terra Magazine”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
se não tem nada a contribuir não escreva!