domingo, 17 de abril de 2011

EUA ABRIRAM CAMINHO PARA O RECENTE MASSACRE EM CAMP ASHRAF, NO IRAQUE


“Que a ocupação estadunidense no Iraque e Afeganistão são desastres militares, geopolíticos e humanitários, todos sabemos. Que a intervenção dos EUA nesses países obedece lógica de expansão capitalista pelo busca de insumos (petróleo), misturada a considerações maniqueístas, mas totalmente hipócritas, acerca dos povos que habitam esses pedaços de inferno na Terra, também sabemos todos.

Mas outra face desses conflitos vai tomando corpo, à margem do interesse da mídia mundial e, ou proporcionado pelo silêncio cúmplice dessas pautas, sob o olhar omisso das administrações de Washington.

É obvio que a inércia de Washington frente às barbaridades cometidas pelos governos títeres que instalaram em Bagdá e Cabul não é por acaso. Fazem parte de desastrada estratégia de impor governos ilegítimos, da incapacidade de reconhecer e ler os sinais das diversas forças políticas que ali se engalfinham, da impotência para prever as repercussões pelo mundo, e da tendência a mediar toda as disputas pela força. Tudo para manter suas "posições" em relação a Israel, e lógico, a "estabilidade" do fornecimento de combustível, dentre outras coisas.

O resultado de tantos fracassos se amontoa ao lado dos corpos dos civis. De acordo com a página eletrônica do “The Independent”, em matéria assinada pelo Lord David Waddington, do escritório britânico de assuntos exteriores, no dia 08 de abril, sexta-feira, por volta de 5 horas, 2.500 homens do Exército Iraquiano invadiram o Camp Ashraf, onde residem integrantes de um partido oposicionista ligado a Teerã, o “People's Mohajedin Organization of Iran” (PMOI). Saldo: 33 mortos e mais de 300 feridos, todos civis e desarmados.

Informações dão conta que os mililtares estadunidenses, que estavam sediados em Ashraf, receberam ordem de retirada e de não intervir de nenhum modo, o que coincidiu com a visita do Secretário de Defesa, Robert Gates.

Todos esses fatos indicam que, se não houve participação direta dos EUA, ao menos, houve concordância "tácita" para o massacre.

Um forma estranha de espalhar 'Democracia' pelo mundo.”

FONTE: publicado no Blog “Planície Lamacenta”

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