Ao contrário da turma da “roda-presa”, a Presidenta Dilma Rosseff avisou hoje, na China, que não vai entrar na onda de renunciar ao crescimento econômico em nome do combate à inflação. E disse sem meias palavras, segundo a agência Reuters:
“Eu gostaria de enfatizar que nós somos favoráveis ao controle da inflação e à estabilidade fiscal. Eu gostaria de destacar que, para nós, o controle da inflação e a estabilidade são fundamentais para a recuperação da economia mundial”, afirmou a presidente.
“Mas isso tem que ter como objetivo criar condições para o crescimento econômico, para a inclusão social, sobretudo naqueles países onde parcelas enormes da população ainda vivem em situação de pobreza ou de pobreza extrema”
E foi direta na crítica à enxurrada de dólares que as economias centrais estão despejando sobre os países em desenvolvimento:
“”A expansão da liquidez por parte dos países avançados pressiona a inflação mundial e aprecia as moedas de vários países, sobretudo dos exportadores de commodities, ao mesmo tempo em que promove a insegurança alimentar e energética em outras nações’.
Ontem,o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse que os preços estão próximos aos níveis de 2008 quando a carestia da comida provocou revoltas em muitos países pobres e advertiu que aumento de 10% dos preços dos alimentos pode provocar a queda de mais 10 milhões de pessoas no mundo na pobreza extrema,
-”Os pobres do mundo não podem esperar. Cerca de 1 bilhão de pessoas estão subnutridas no mundo”.
PS. Os nossos jornais, claro, “puxam” a matéria sobre o discurso de Dilma para a velha linha do “oportunidades para investir no Brasil”. Parece que eles escrevem não para as pessoas, mas para o “mercado“.
post do tijolaço
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