Uma matéria publicada ontem à noite na editoria de Negócios da agência Reuters dá idéia do que vinha sendo o avanço de grupos econômicos estrangeiros sobre terras brasileiras. Diz que, desde agosto, quando o presidente Lula assinou o parecer da AGU que restringe e regulariza a compra de propriedades no Brasil por pessoas físicas estrangeiras e por empresas que usam cidadãos brasileiros como “laranjas” para a aquisição de propriedades agrárias, deixaram de ser comprados o equivalente US$ 15 bilhões em terras por investidores estrangeiros.
Do tamanho desta “invasão” estrangeira sobre o Brasil, eu tratei naquela época: 25% dos municípios do Brasil tinham propriedades agrárias compradas com capital estrangeiro. Em 124 destes municípios, as terras compradas por estrangeiros já somam mais da metade de todas as grandes e médias propriedades.
A Associação Brasileira de Marketing Rural e a Sociedade Rural Brasileira, representando grandes agricultores, apresentaram os resultados de um estudo sobre os efeitos da alteração da legislação, concluindo que ela poderia contribuir para um aumento nos preços globais de alimentos.”Criar restrições para que estrangeiros comprem terras implica uma redução da expansão agrícola do Brasil nos próximos anos”, dizem.
Balela. O investimento estrangeiro no setor rural pode e deve continuar, mas sem excluir os brasileiros nem deixando empresas estrangeiras se apropriarem de enormes extensões do nosso território. Os chineses, que preferem fazer bons negócios a ficar fazendo lobby, mudaram de tática e estão investindopesado na agricultura brasileira através de acordos com nossos produtores.
Mas essa turma aí não quer negócios produtivos. Querem passar tudo nos cobres, até o pedaço mais simbólico de um país: seu chão. Têm a “filosofia agnelliana” de vender tudo, rápido, antes que o Brasil acabe.
Porque, se deixarmos, eles acabam mesmo com o Brasil.
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