Julian Assange |
Resposta preventiva ao asneirol
que os jornais e revistas brasileiros publicarão amanhã
De: Glenn Greenwald, em Salon (atualização)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Glenn Greenwald |
Assange não “fugiu” de coisa
alguma, não é fugitivo, nem está inventando algum tipo de “jogada” para escapar
da lei. O mundo todo sabe exatamente onde ele está nesse momento: no prédio da
Embaixada do Equador, em Londres.
Pedir asilo, motivado pela ameaça
de ter os próprios direitos violados (Assange teme ser injustamente extraditado)
é procedimento legal, plenamente reconhecido, nos termos da lei internacional,
da lei dos EUA e da lei da Grã-Bretanha, como viu-se no recente drama do
dissidente chinês Chen Guangcheng. É direito que Assange, que qualquer pessoa
pode legitimamente invocar no caso de sentir-se ameaçada.
Se o Equador recusar-se a lhe dar
asilo, ele voltará à situação em que estava antes de pedir o asilo: sob custódia
das autoridades britânicas, que, muito provavelmente, o extraditarão
imediatamente para a Suécia, cumprindo mandato de extradição que cobre todo o
território da União Europeia (mas não tem qualquer validade fora da Europa,
como, por exemplo, em território do Equador).
A situação de Assange é
extremamente grave, de alto risco. E – como qualquer acusado de prática de crime
grave (embora, no caso de Assange não exista acusação formal) — Assange tem
perfeito direito legal de invocar todos os procedimentos legais que encontre ao
seu alcance, para defender a própria vida e a própria segurança.
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