“Se os Estados Unidos, pela primeira vez, não puderem pagar suas contas, as consequências para a economia americana serão significativas e imprevisíveis”, disse o presidente americano Barack Obama em uma coletiva, hoje, na Casa Branca, segundo publicou há pouco a BBC.
Até o FMI afirma a dívida dos Estados Unidos está em uma “trajetória insustentável”, e um fracasso em elevar o limite irá causar “choques severos” na ainda frágil recuperação da economia americana e nos mercados globais. O endividamento americano chegou a seu limite legal, de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,5 trilhões), no mês passado. A data limite para aprovação da elevação do teto é 2 de agosto, data a partir da qual o Tesouro americano não terá mais como honrar seus compromissos.
É lógico que, ao contrário do que acontece com a Grécia e outros países, não haverá “pacotes” de ajuda condicionados a cortes de despesas.
Pena, pois quem sabe se recomendassem o corte de despesas estatais supérfluas, como a guerra, por exemplo.
Até porque quase 20% desta dívida se deve às despesas da escalada bélica começada em 2001.
Hoje, agência Reuters publicou uma matéria sobre os custos derivados da guerra que os EUA mantêm no Iraque e no Afeganistão.
Os diretos são, como se vinha comentando, cerca de US$ 1,3 trilhão.
Mas os indiretos, como os gastos com assistência médica, social e pensões podem representar outros US$ 2,4 trilhões, segundo o projeto de análise “Costs of War” , feito pelo Instituto Watson de Estudos Internacionais, da Universidade de Brown, em Rhode Island, Estados Unidos.
Num cálculo conservador, esclareça-se, porque o estudo admite que possam atingir, no total, até US$ 4 trilhões, até 2020.
É a economia – já está ficando chato citar aquele “estúpido” – que está levando à retirada de tropas. Mas guerra é isso: faz correr sangue e dinheiro, em grandes quantidades.
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