O Ministro da Defesa (de quem ?) acaba de confessar que acoberta crime hediondo: “sumiram” as provas contra os torturadores do regime militar.
Diz isso assim, em passant, numa conversinha com jornalistas para se jactar do fato de que conseguiu fazer com que a Lei do Sigilo não alcance os militares.
Daqui a pouco ele pode dizer, assim, em passant, que a Eunice Paiva, viúva do sequestrado Rubens Paiva (*), é quem tem a temer pela Lei do Sigilo.
Nada mais brasileiro.
Protógenes Queiroz e Fausto de De Sanctis sofrem mais processos que o Maníaco do Parque.
O notável (para quem ?) Ruy Barbosa queimou os arquivos da Escravidão.
O Superior Tribunal de Justiça (sic) sepultou a Operação Castelo de Areia, que incriminava empresários da Camargo Corrêa e políticos como Aloysio 300 mil, porque, a certa altura, e de forma redundante, a Polícia – com autorização do Juiz Fausto De Sanctis – se valeu de uma denúncia anônima.
Denúncia anônima serve para prender pedófilo e marido que bate em mulher – mas, mas não serve para investigar rico – nem senador do PSDB de São Paulo.
O mesmo Superior Tribunal de Justiça, sob a batuta de um juiz que emprega o filho no escritório do passador de bola apanhado no ato de passar bola, o notável Dr Macabu, sepultou a Satiagraha do Daniel Dantas.
Usou um argumento fajuto: o ínclito delegado Protógenes Queiroz – à falta dos quadros funcionais que lhe retirou o Dr Corrêa, aquele que até hoje não achou o áudio do grampo - usou funcionários da ABIN para checar endereço e colar selo em carta.
Quer dizer que, se um bombeiro estiver passando na rua na hora em que um alguém atentar contra a vida de outro, o bombeiro não poderá intervir.
Porque o acusado sempre dirá no STJ que função de bombeiro é apagar fogo e, não, salvar vidas.
O Tribunal Federal de São Paulo sepultou a Operação Chacal que flagrou Daniel Dantas e assemelhados na atividade de grampear até ministros de Estado para ganhar dinheiro.
(Além de jornalistas, como este ansioso blogueiro.)
Claro, Dantas é a Lei.
E, por coincidência, as decisões de uma desembargadora de São Paulo se casavam com uma luva com os argumentos dos advogados de Dantas.
Invariavelmente.
Uma coincidência notável.
Qual a surpresa, amigo navegante ?
Torturadores do regime militar.
Negreiros.
Executivos da Camargo Corrêa.
Daniel Dantas e assemelhados.
A destruição de provas é tão brasileira quanto goiabada com queijo.
Em tempo: como demonstrou a Cynara na Carta, esse pessoal não perde por esperar a Primavera Potiguar.
Paulo Henrique Amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário
se não tem nada a contribuir não escreva!