“É curiosa a maneira como o 'Estadão' ainda esconde a responsabilidade de José Serra nas enchentes de São Paulo. Fica-se num lero-lero danado.
A questão objetiva -e que deveria motivar uma ação pública contra a irresponsabilidade de Serra- é que o pior governador que São Paulo já teve simplesmente interrompeu o trabalho de desassoreamento do rio Tietê. Com isso reduziu em 30 a 40% a vazão do rio. A consequência óbvia foi o transbordamento. Em vez de trazer água para o rio, as galerias pluviais conduziam as águas do rio para a cidade.
Foi o erro de gestão mais grave da história de São Paulo. Duvido que alguém aponte outro erro que tenha afetado tal quantidade de pessoas e regiões.
No entanto, por conveniência eleitoral, varreu-se o erro para baixo do tapete. Apenas a blogosfera levou essa informação aos leitores.
Agora, fica-se na situação surreal de continuar escondendo a informação -ou colocando-a escondida em textos- para livrar a cara da falta de jornalismo que marcou a cobertura.
Olha o único vestígio da informação principal, escondido no texto da matéria:
"Todos os anos, cerca de 600 mil m³ de sedimentos vão parar no Rio Tietê, conforme estudos feitos pela Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos. A limpeza chegou a ser paralisada na gestão José Serra, como destacou Geraldo Alckmin após as enchentes de janeiro".(saopaulo - Estadao.com.br)
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