segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Brasil/Irã. A energia nuclear os une

Duas potências nucleares. Por isso o Padim Pade Cerra era contra

Saiu no Estadão:

Brasil planeja frota nuclear


Marinha brasileira vai ter seis submarinos atômicos e mais 20 de propulsão convencional até 2047


Roberto Godoy – O Estado de S.Paulo


A Marinha do Brasil está planejando uma formidável frota de seis submarinos nucleares e mais 20 convencionais, 15 novos e cinco revitalizados. Com seus torpedos e mísseis, será a mais poderosa força dissuasória do continente nos termos do Paemb, o Plano de Articulação e Equipamento da Marinha. A meta é de longo prazo, só será atingida em 2047. O custo estimado de cada navio de propulsão atômica é de € 550 milhões. O primeiro deles, incluído no ProSub, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos, já em andamento, sairá por € 2 bilhões, valor composto pelos custos de transferência de tecnologia e outras capacidades (como a de projetar os navios) por parte do estaleiro francês DCNS. As outras unidades estão cotadas apenas pelo preço de construção, no novo estaleiro de Itaguaí, no litoral sul do Rio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita as obras em dezembro


Qual é a importância da Força de Submarinos pretendida pela Marinha do Brasil?

A defesa do pré-sal, a necessidade da segurança marítima e a nova posição do Brasil no contexto internacional são fatores, que reforçam a necessidade de priorizar a estratégia da dissuasão. O País possui uma linha de costa com cerca de 8.500 km de extensão, ao longo da qual se estendem nossas águas jurisdicionais, totalizando uma área aproximada de 4,5 milhões de Km². No espaço junto à costa concentra-se a maioria das capitais de Estados, complexos industriais e portos marítimos; encontram-se distribuídas centenas de plataformas para exploração submarina, sendo que mais de 90% do nosso petróleo (cerca de dois milhões de barris por dia são extraídos do mar) bem como 95% do comércio exterior brasileiro – cerca de US$ 300 bilhões anualmente – são transportados por via marítima.

Por que a opção pelo navio nuclear?

Nos submarinos destaca-se a capacidade de ocultação. No caso de um submarino de ataque com propulsão nuclear, a ameaça a um potencial agressor se torna maior, em função da operação em maior profundidade; manutenção de elevada velocidade por tempo indeterminado, possibilitando patrulhar extensas áreas geográficas; e, claro, a capacidade de realizar ataques a múltiplos alvos, em vista de sua grande mobilidade, discrição e poder de fogo.



São Paulo está fora da corrida pela instalação de novas centrais nucleares no País. Estudos da estatal Eletronuclear sobre a localização das próximas quatro usinas, programadas para entrar em funcionamento até 2030, levantaram obstáculos técnicos à construção de instalação nuclear no Estado.

Grandes concentrações populacionais, pouca disponibilidade de água e, paradoxalmente, a presença de grande reservatório subterrâneo, o aquífero Guarani, são quesitos que desaconselham o funcionamento de uma central nuclear em São Paulo, de acordo com avaliação realizada pela estatal, a que o Estado teve acesso.

As duas próximas usinas nucleares brasileiras serão construídas no Nordeste, às margens do rio São Francisco. A localização exata depende de uma decisão política do futuro governo Dilma Rousseff. Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe disputam a central.

Com a saída de São Paulo do páreo, a Eletronuclear detalha estudos de outras localidades no Sudeste e não está descartada a ampliação das instalações de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, cidade que já abriga as duas primeiras usinas brasileiras.

Angra 3 teve as obras retomadas recentemente, depois de mais de 20 anos de paralisação.

Navalha

O infinito provincianismo do PiG (*) não consegue perceber o tamanho do Brasil.

Três países do mundo têm, ao mesmo tempo, urânio e capacidade de enriquecer urânio: o Brasil, os Estados Unidos e a Rússia.

Breve, cessará a hegemonia do petróleo e o mundo vai rodar à base de energia nuclear, muito mais limpa.

(Lamentavelmente, a Bláblárina, que é contra Darwin e a pesquisa com célula-tronco, ainda não entendeu o alcance de energia nuclear.)

Além do mais, o Brasil tem o pré-sal.

Nos últimos trinta anos, o pré-sal é, no mundo, a maior descoberta de petróleo – feita durante o Governo Lula, que sepultou a Petrobrax.

Aqui no Brasil, o PiG (*) e seus colonistas (**) consideram de mau tom usar expressão que é corriqueira nos Estados Unidos e em qualquer país que se leve a sério.

É a expressão “interesse nacional”.

O interesse nacional impõe a “saída nuclear”.

Para defender a exploração do pré-sal, por exemplo.

E, se um dia, a presidente americana Sarah Palin decidir entrar nas águas territoriais brasileiras em frente a Macaé, para chupar o pré-sal por baixo d’água ?

Quem vai defender o “interesse nacional” brasileiro ?

O Otavinho ?

O Ali Kamel ?

A urubóloga ?

O Fernando Henrique ?

O Padim Pade Cerra ?, agora abalado com a revolucionária decisão do Papa de deixar prostituto masculino usar camisinha,

O que dirá a estadista chileno-brasileira Monica Serra sobre essa Bolsa Família para a Johnson&Johnson ?

Se você, amigo navegante, fizer uma lista com os três maiores países do mundo em área; outra com os três maiores países do mundo em população; e outra com os três maiores países do mundo em PIB.

Sabe quais os únicos países que estarão em todas as três listas, amigo navegante ?

Estados Unidos, China e Brasil.

O Fernando Henrique corta os pulsos quando ouve isso.

O Brasil joga na “primeira liga”.

Lula tirou o Brasil da segundona.

Pois é, amigo navegante.

O Brasil não vota contra o Irã na ONU porque o Brasil pensa no “interesse nacional”.

Da mesma forma que os Estados Unidos na ONU passam a mão na cabeça dos assentamentos de Israel e no desrespeito aos direitos da mulher na Arábia Saudita.

Potência é assim.

O “interesse nacional” fala mais alto.


Em tempo: este ordinário blogueiro também é a favor da bomba atômica. Considera que Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso enfraqueceram o Brasil quando se alinharam com os Estados Unidos na questão da bomba. É o “complexo de vira-lata”.

Em tempo2: por que o Padim Pade Cerra criticou tanto a política brasileira para o Irã, na campanha ? Porque ele sabe que isso é do “interesse nacional” brasileiro e, não do interesse americano. A loucura do Padim Pade Cerra tem uma lógica: a dos Estados Unidos. A mesma que, segundo Gilmar Dantas (***), inspira Elio Gaspari.


Paulo Henrique Amorim

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