sexta-feira, 22 de outubro de 2010

De Candeias a Tupi, e não vamos parar

A primeira sonda chega a Candeias, desmontada, em carros de boi. Lá, Vargas faz o gesto histórico, que Lula repetiu no século 21

Quarta -feira próxima entra em operação comercial Tupi, o primeiro poço do pré-sal a produzir, e produzir 100 mil barris de petróleo para o nosso país.

Só daqui a seis meses, em abril de 2011, vão se completar 70 anos do início da exploração comercial de petróleo no Brasil. Mesmo o primeiro registro confirmado tendo sido em Lobato, na Bahia, o achado era antieconômico. A mesma sonda Oilwell usada lá foi desmontada e levada em carros de boi, pela falta de estradas, até Candeias, então um longínquo arraial de Salvador. A sonda furou, furou e , ao atingir 1150 metros, jorrou….água.

Muita gente quis parar a perfuração, mas os geólogos teimaram. Eram daqueles a quem a imprensa chamava de “burros” e “fanáticos” por acreditarem que havia petróleo no Brasil, quando os maiores sabichões da indústria petrolífera diziam: “no, no, Brazil no teim petroleum“.

E os “teimosos” furaram mais, mais, mais 700 metros, até que saíram de lá dez – é isso mesmo, dez – abençoados barris de petróleo num dia. Começava ali marcaram o início de uma caminhada industrial, tecnológica e política que levaria este país à autossuficiência, com seus atuais 2 milhões de barris diários.

Entre estes dois milhões, ao menos até 2006 – a última informação que consegui – ainda estavam, todo dia, heróicos sete barris saídos de lá, do velho poço C-1, de Candeias.

Estes setenta anos de história, infelizmente, não ensinaram a todos o quanto é importante que um país controle suas riquezas e, entre elas, as fontes de energia, como é a ainda mais valiosa delas, o petróleo.

Porque um país que cuida do que possui e que emprega esta riqueza em favor do desenvolvimento da economia e do bem-estar de seu povo é um país livre e capaz de alcançar a felicidade.

O que não o faz, sempre será um escravo.

Mas a realidade, se não ensina a todos, ensina a muitos. As fotos que ilustram este post mostram como o fio da história é caprichoso em seus meandros, mas inexorável em sua marcha.

Candeias, Tupi. Getúlio, Lula.

Diferentes, mas com o mesmo sentido: Brasil e brasileiros.

post do tijolaço

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