sexta-feira, 6 de maio de 2016

Novo líder da Câmara é aliado de Cunha e investigado pela Lava Jato


Da BBC:
Com o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, seu aliado Waldir Maranhão (PP-MA), o primeiro vice-presidente, assume o comando da Casa interinamente. Ele também é investigado na Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras.
Seu mandato tende a ser curto, no entanto. Se o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a decisão liminar do ministro Teori Zavascki, Maranhão terá que convocar novas eleições para escolha do novo presidente da Casa. A assessoria da Câmara, porém, não soube informar imediatamente quais seriam os prazos para realização do novo pleito, pois isso ainda dependerá da decisão definitiva do Supremo.
Após mais de quatro meses do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zavascki soltou nesta manhã uma decisão liminar determinando que Cunha fique afastado do cargo de presidente e do seu mandato de deputado federal, sob a justificativa de que o peemedebista usa suas prerrogativas parlamentares para atrapalhar investigações contra si.
O plenário do STF deve analisar a questão nesta tarde. Já estava marcado para esta quinta-feira o julgamento de outro pedido semelhante apresentado pela Rede, de modo que é provável que as duas ações sejam julgadas em sequência – denifição que caberá aos ministros na abertura da sessão.
Maranhão faz parte da tropa de choque de defesa de Cunha na Câmara. Como vice-presidente da Câmara, ele já tomou algumas decisões que contribuíram para retardar o processo contra o peemedebista no Conselho de Ética. Esse julgamento, no limite, pode levar à cassação de Cunha.
Em dezembro, por exemplo, Maranhão acatou recurso apresentado pelo deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), outro forte aliado de Cunha, para destituir o primeiro relator da denúncia no Conselho de Ética, deputado Fausto Pinato (PP-SP). A decisão fez a análise da denúncia retornar praticamente a estaca zero.
Já em abril, o vice decidiu que as investigações do conselho deveriam se limitar à acusação de que Cunha mentiu na CPI da Petrobras sobre possuir contas no exterior, proibindo o órgão de apurar as acusações de que ele recebeu propina.
Antes disso, ainda no ano passado, Maranhão já havia tomado também algumas decisões que resultaram no adiamento de sessões do conselho, contribuindo para a lentidão do processo.
Em seu terceiro mandato como deputado federal, o vice-presidente é alvo de inquérito aberto pela PGR, dentro da Operação Lava Jato. O parlamentar foi citado pelo doleito Alberto Youssef como um dos deputados do PP beneficiados por propinas de contratos da Petrobras. Seu partido é o que tem mais políticos investigados.

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