domingo, 1 de maio de 2016

Banco dos Brics: a primeira pedra que Serra vai desmanchar para os EUA

bricsusa
Fiquei penalizado, ontem, lendo o artigo do corretíssimo Paulo Nogueira Batista Jr. sobre os avanços do Banco dos Brics, integrado, além do Brasil, por Rússia, India, China e África do Sul. Batista é o diretor brasileiro, com mandato de dois anos e Serra, a esta altura, deve estar analisando a possibilidade de substituí-lo ou de “renunciá-lo”.
Gente do calibre de John Craig Roberts, economista, colunista do The Wall Stret Journal e ex-dirigente da Secretaria do Tesouro americano não usa meias palavras para descrever o interesse americano nisso: Washington está se movendo para colocar no poder político de um partido de direita que Washington controle, a fim de encerrar as  crescentes relações do Brasil com a China e a Rússia.
A inviabilização do Banco dos Brics é uma peça chave para a imposição da  política de “Aliança Transpacífico” dos Estados Unidos para manter seu controle sobre o comércio internacional e, acima de tudo, o poder incontrastável  do dólar no padrão monetário internacional.
Para quem não sabe, o fato de poder emitir sem gerar inflação interna – porque dois terços dos dólares circulam fora de suas fronteiras – e poder manter sua moeda sobrevalorizada – foi uma das chaves da hegemonia norte-americana desde o pós-guerra e qualquer pacto multinacional que trabalhe fora do padrão-dólar é perigoso a ele.
José Serra, portanto, fará o possível e o impossível para melar os Brics, com ou sem a prudência necessária para não criar um mal-estar. E melar a trajetória – ainda tímida – de sucesso, na nova instituição, que nogueira Batista Jr. descreve abaixo, inicialmente focada na área de energia sustentável.

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