De repente, o país se deu conta que a corrupção centenária que grassa em todos os órgãos de administração pública, em todos os níveis e em todas as esferas, pode ser combatida - e punida.
O exemplo vem da mais alta autoridade, a presidenta Dilma Rousseff, que tem um estilo de agir inteiramente oposto ao de seus antecessores.
Ela não contemporiza, não tergiversa, não titubeia. Ela simplesmente corta o mal pela raiz.
Por agir dessa maneira, tem chocado seus aliados, essa miríade de políticos e parlamentares abrigados num leque de partidos que vão desde o mais nanico dos nanicos até o robusto e esfomeado PMDB.
Eles parecem ter perdido o rumo ao ver alguns de seus integrantes serem pegos com a boca na botija - ou a mão no cofre.
Não sabem o que fazer a não ser exprimir, publicamente, de modo vacilante, o apoio às ações de faxina, e, privadamente, tramar represálias que não escondem todo o tormento em que vivem nestes dias de caça aos corruptos.
Por ser uma prática absolutamente arraigada nos costumes da nação, a corrupção é vista como a coisa mais comum para muitas pessoas. Por isso mesmo é muito difícil prever o que acontecerá com o governo Dilma se a limpeza continuar no ritmo atual.
O cenário mais improvável é que a presidenta sofra retaliações de todos os lados atingidos e acabe praticamente sozinha. Isso não deve ocorrer pela simples razão de que toda a opinião pública apoia o seu trabalho para exterminar do corpo administrativo esses sanguessugas.
O mais provável é que a sua base de apoio resolva frear a voracidade com que avança ao dinheiro público, num pacto velado para preservar a moralidade e o decoro.
De todo modo, o que se vê no país é algo inédito, de simbologia tão forte que é capaz, de por si só, mudar esses usos e costumes que tanto mal fazem à sociedade.
Está mais que na hora de aqueles que se dizem patriotas, que vivem apontando o dedo a tudo o que julgam ser contra o interesse do país, se manifestarem a favor dessa onda anticorrupção que se levanta no Brasil.
Esta é uma oportunidade única que não pode ser perdida por meros interesses eleitorais.
post do cronicas do mota
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