Daqui a poucas horas, a contar da noite deste domingo, os mercados mundiais estarão vivendo uma turbulência só experimentada em momentos em que eclodem as crises.
Como já disse antes, aqui, sempre é temerário fazer previsões de mercado, mas elas são feitas, sim, e a que se faz para a abertura do mercado de bolsas, amanhã, é perto do desastroso.
Há um fator que pode alterar isso, que será conhecido ainda de madrugada: o comportamento das bolsas europeias.
Mas não se aposta que o anúncio, feito esta noite, de que o Banco Central Europeu vai comprar os mambembes títulos das dívidas soberanas ( soberanas, a esta altura, é fina ironia) da Itália e da Espanha vá conter o tropel vendedor nas bolsas do Velho Mundo.
Até porque um anúncio destes, domingão à noite, só tem uma tradução. É como gritar: “pessoal, há um desastre e nós vamos tentar evitar o pânico”.
A “turma da bufunfa” – genial, porque óbvia, denominação criada pelo economista Paulo Nogueira Batista Jr. -vai se agitar amanhã.
Bovespa caindo abaixo de 50 mil pontos e dólar superando R$ 1,60 é, como diz o pessoal do turfe, “pule de 10”.
O genial, onisciente, sábio, divinatório “mercado” é assim.
Comporta-se com a inteligência de uma manada.
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