domingo, 4 de julho de 2010

A guerra pelo dinheiro - Mais conhecida como a guerra ao terrorismo

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Por: Anna Malm*

Combater terrorismo? Sem dúvida, mas dentro dos limites das juridições policiais. Em cooperação? De certeza, mas é preciso estar de olhos abertos e cérebros no alerta porque o que se esconde por baixo da respeitável fachada da idéia de estar contra o terrorismo em forma despersonificada é realmente uma emaranhada internacional para suster um quadro de poder conquanto em busca do dinheirocobiçado. No meio tempo essa emaranhada internacional avança suas posições militares, posições essas que pretendem manter, mesmo que não haja nenhum terrorista à vista.

Isso é assim porque o que interessa não são os terroristas mas as posições militares que possam assegurar baseados no pretexto dos terroristas que estão em tudo e por tudo, sobretudo dentro dos barris de óleo e dos bujões de gás. Pior ainda fica se os terroristas estiverem literalmente pisando no ouro que tem abaixo dos pés, nas reservas geológicas, que como no caso do Afeganistão, são como que incontávies. Isso para se mencionar só o ouro e não se insistir nas reservas de gás, petróleo ou outros minerais de alto valor tecnológico que também lá estão, de longa data. Condições e reservas essas que são conhecidas pelos americanos desde os anos oitenta através das pesquisas da União Soviética o que em 2000 puderam verificar por conta própria através das suas próprias pesquisas geológicas. Por motivos indecifráveis, apresentam o conhecimento dessas riquezas e reservas como uma surprêsa muito grande, uma notícia que se lhes foi dada muito recentemente, depois de lá já estarem à muito. Imagine! No valor de trilhões e trilhões de dólares dizem-nos. Quem diria! Surpreendente!.. É, muito surpreendente mesmo.

Suponha se que por mal dos pecados não se tenha nenhum terrorista para contar a história. O que fazem eles? Eles muito simplesmente o constroem. Já o fizeram inúmeras vêzes, o que em muitos casos específicos reconheceram oficialmente. Ataques com as chamadas “falsas bandeiras”. Assaltam, matam e destroem conquanto jogando a culpa e construindo falsas evidências para apontar “o terrorista.” Depois é só invadir e aos poucos desfrutar os frutos da sua conquista. Quanto à isso Cuba que o diga, que até hoje sofre os efeitos dessas políticas criminosas.

Há inúmeras questões sem respostas quanto ao ataque terrorista de 9/11, respostas essas que muitos gostariam de ter. Seja como fôr, evidências de culpas criminosas específicas nunca foram apresentadas, mas uma guerra ilegal, pois é uma guerra ilegal dentro de todos os padrões internacionais, se iniciou contra o Afeganistão, contra os Talibãs e contra os “terroristas.” Partiram e agiram muito simplesmente por suposições de culpa. Por suposição iniciaram uma guerra que já hoje dura nove anos e não se sabe quantos mortos acarretou.

Diga se de passagem, Osama bin Laden que é o suspeito de ter planejado o ataque, não é do Afeganistão. Nenhum dos dito terroristas do ataque de 9/11 eram do Afeganistão. Digo dito terroristas porque há muitas e muitas perguntas quanto aos reais perpetradores do ataque e pelos vistos nem sombras de evidências concretas. As evidências que tentaram apresentar quanto aos supostos perpetradores do ato terrorístico, parecem ter sido tão ridículas que ao que parece acharam melhor nem apresentá-las.

O que de facto se sabe é que Bush exigiu do Afeganistão que se lhes entregassem Osama bin Laden. Os representantes do Afeganistão não se opuseram à possibilidade, mas pediram provas ou evidências de que Osama bin Laden era o responsável pelo ataque. Se as provas ou pelo menos uma sequência de indícios a isso apontasse entregariam Osama bin Laden. Bush negou se. Aqui näo se dá provas a coisa nenhuma. Entreguem me o homem e isso é mais é já. Se não, já sabem o que acontece e até nós já sabemos o que aconteceu.

O que já não se sabe com tanta certeza é o que continua acontecendo agora que já lá estão. Êles não estão só matando e morrendo. Estão também ganhando terreno que pretendem manter. Como fazem? Bom, quanto mais atrocidades cometem, melhor para êles. Atrocidades garantem reações desesperadas. Quanto mais desesperadas, mais violentas e quanto mais violentas, melhor para êles. Tá ai. Não disse? São uns terroristas que precisam ser contidos através da nossa boa vontade e ajuda. Fogo neles. Aqui ainda se tem que trabalhar e é muito para pôr fim a êsses terroristas. Portanto, mais crianças, mais idosos, mais festas, mais enterros, tudo abaixo de fogo. Aqui se ficará livre de terroristas. Quem viu seu pai, sua mãe, seus irmãos ou seus filhos despedaçados acabará por explodir como uma bomba humana e isso é exatamente o que se espera deles. Porque quando explodirem de desespêro estarão dando razões para novos ataques ferozes das forças da hegemonia ocidental. A dita civilizada.

Parece incrível, mas ao que tudo indiga é a pura verdade. Ao que tudo indica essa tática está sendo usada não só no Afeganistão. Essa tática parece estar sendo usada de maniera generalizada através do globo. Essa tática garante que a presença militar seja assegurada para muitos e muitos anos. Para que não se lhes falte motivos para maiores atividades trabalham para semear novos conflitos e discórdias nas regiões vizinhas, mesmo se para isso tiverem que contratar diversos grupos terroristas, como comprovadamente já o fizeram em muitas ocasiões. O que se tem em mente em vista ao futuro é um contrôle econômico-militar total. Esse contrôle estratégico total pensam conseguir através da chamada guerra contra o terrorismo. Para assegurar que tudo correrá bem contratam terroristas de diferentes organizações para assegurar que terroristas não se lhes faltem

Se não há conflito o incitam e o mantem vivo pela maneira indicada acima e isso para a alegria e satisfação do complexo industrial militar e a todos a êles associados. Não há nenhuma indignação por parte de nenhum dêles? Pelo que eu pessoalmente pude observar essa indignação só se mostra quando algum dos atacados reage à altura. Para nós que conhecemos a história do Brasil, do Chile, da Argentina, do Uruguai, de Cuba, de El Salvador, de Guatemala, da Nicarágua, da Bolívia, do Vietnam, do Iraque, de Gaza, da Líbya e muitas e muitas outras não se nos apresentam muitas dúvidas à respeito do que são capazes para manter seus interesses econômicos.

Além do acima apresentado tome se cuidado e arregale-se bem os olhos e abram se bem os ouvidos quando se ver ou se ouvir falar de:

Situações caóticas ou de caos generalizado. De caóticas essas situações deverão ter é muito pouco ou nada, porque estão sendo planejadas minunciosamente de antemão para fins políticos determinados, ou seja, intervenção repressiva em massa. Note se por favor que não estamos falando dos anos sessenta ou setenta, mas de 2010. De fontes seguras se sabe que a idéia está na agenda de gente muito poderosa, gente essa nem de todo desconhecida por nós mesmos.

Crises econômicas exigindo medidas dracônicas. No final sempre se verá que de espontâneas essas crises também não tem é nada. Já é de conhecimento geral que os conglomerados especulativos lançam guerras econômicas contra países para fins econômicos específicos. O que se pode acrescentar é que essas manipulações também estão agendadas para fins socias de aspecto político-militar.

Guerras. Tenha se certeza. Não são guerras ao terror. São guerras de terror para avanço militar com fins sociais de natureza político-econômica. As táticas usadas foram apresentadas acima.

Fique se em estado de alerta quando êsses três pontos destacados, ou seja, cáos generalizado, crises econômicas exigindo medidas dracônicas ou guerras, se apresentarem exigindo medidas extras de segurança ou de abstinência no setor econômico. Êsses três pontos são três instrumentos na agenda das elites internacionais – leia se a dita hegemonia ocidental, para se manter no poder quando o descontetamento social e mais que tudo, a atividade político-social no mundo esteja a caminho de um ápice. Êsses três pontos são os instrumentos principais que as elites internacionais trabalhando em conjunto já prepararam de antemão em vista dos desenvolvimentos internacionais. Revolta popular internacional frente aos seus abusos é esperada. Isso é esperado por elas e medidas de contenção já estão preparadas, medidas essas que devem ser ativadas baseadas nas situações apresentadas acima, como por ex. caos generalizado, que pode mesmo ser instigado ou ativado pelos próprios interesses político econômicos para precipitar os acontecimentos. Se novas medidas ou pretestos forem contemplados faremos o nosso melhor para nos pôr à par e comunicar à galera.

Observe se que hoje em dia a comunicação internacional entre os diversos interesses das elites nacionais ou internacionais não se faz através de instituições internacionais oficiais reconhecidas para tal, mas em sistema de redes de comunicação informal, networks, divididas e caracterizada por setores. Temos por exemplo o setor econômico internacional, os devidos setores militares nacionais ou agregados assim como os setores políticos com todas as suas divisões e sub-divisões como por exemplo tribunais, conselhos, câmaras, agências reguladoras e executivas e mesmo setores de legislação. Do nacional ao internacional numa miríade de setores, o plano internacional se emaranha e não há quem possa mantê-los à parte para maiores investigações. Uma coisa é certa. Todos acham o seu caminho, porque já há muito estão sincronizados e trabalhando em conjunto.

No entanto, nós também temos uma arma poderosa que ao meu ver se chama informação, ou seja, comunicação em massa. Essa comunicação hoje em dia se faz pela mídia digital. Não foi por nada que uma das primeiras medidas tomadas pelos israelenses atacando a flotilha de Gaza foi o total isolamento das comunicações digitais do barco atacado por êles. Isso o fizeram porque compreendem o poder explosivo dessa comunicação.

Mas como não estamos em guerra ou em estado de sítio ainda podemos nos comunicar no dia a dia. Não é para menos que todos os orgãos militares dígnos do nome queiram se apoderar e ter controle do que se passa na internete e portanto das nossas vidas particulares e da nossa maneira de pensar e agir. Como se sabe, de certeza, porque aqui na Europa até se tem leis específicas para tanto, se guardam todos os dados a nosso respeito no que se refere as nossas vidas digitais no computador. Com quem falamos, o que falamos, quando, como, onde e porque. Pode parecer paranóia mas não é.

São os chamados sociogramas, ou seja, um quadro dos nossos hábitos de comunicação que as devidas autoridades guardam e compartilham entre si internacionalmente. Por exemplo, se eu moro na Alemanha e visito alguns sites interessantes na internete posso ter certeza que o conhecimento dêsse evento muito interessante será distribuido pelo menos às autoridades americanas e inglêsas, se não cair nas mãos das autoridades francesas e baixar na mão dos israelenses e porque não fazer o serviço completo e já dar de vêz para a OTAN?

Quem se comunica com quem e para que. Lá isso acham que é um assunto de alto interêsse militar e não há porque estranhar se se entender que o fim que tem em mente é contenção social conquando que seus abusos se tornam mais e mais repugnantes na esfera internacional. E que se tenha certeza. Êles mesmos compreendem o quão repugnante tudo é e portanto o que devem esperar como resultado de suas ações.

Portanto, toda calma e frieza é pouca. Que não se lhes dê a oportunidade de meter o pau. Êles cairão por conta própria. Nós só teremos que mostrar abertamente o que fazem às escondidas, atrás de portas fechadas, longe dos nossos olhos e ouvidos. Mas no final não adianta muito porque pelas consequências podemos tirar nossas conclusões altamente lógicas e sofisticadas. Estou brincando, mas a coisa é de doer. É só se pensar em Gaza que toda a alegria acaba.

Agora, nós temos uma vantagem. Somos muitos. Como representantes deles mesmo explicam para os seus aliados em armas. Uma população sendo submetida a à uma dominação na África tem hoje em dia a possibilidade de saber que está sendo submetida as mesmas formas de domínio que uma outra população no Oriente Médio, na América do Sul ou na Ásia e que por mal dos pecados elas podem perceber que estão sendo dominadas pelas mesmas estruturas globais de poder, ou seja, a dita hegemonia. Disso êles tem medo e aqui temos a nossa linha a seguir. Não precisamos fazer muito. É só desmascará-los e para tanto só precisamos de mostrar as coisas como são, pura e simplesmente como são, sem fazer muito alarde e sem pisar nos pés de ninguém. Nem um fio de cabelo precisará de ser torcido para que percebam que a guerra está perdida. Até me parece que na própria bíblia se encontra a idéia de que “a verdade me fará livre.”

Portanto, é o nosso ativismo social de massa, e em massa que nos dará a redenção. Mas, naturalmente, como vimos em Gaza, no Iraque, agora no Afeganistão e muito provavelmente como veremos no Irã, muito sangue ainda vai rolar antes que se deem por rendidos. Mas se renderão, lá isso se renderão e mais informação que deitemos a torto e a direito, o mais rápido essa rendição se materializará. É por a boca no trombone ou gritar aos quatro ventos, como fizemos nos assassinatos da flotilha de Gaza. O mundo inteiro a gritar e espernear. Terão que contemplar um Hamagedon para nos fazer a todos a calar a boca subjulgados.

Algumas estatísticas:

1% da população adulta no mundo utiliza ou mete as mãos em 40% das riquezas ou vantagens internacionais.

Vendo se do aspecto dos 10% mais ricos vemos que êsses 10% utilizam ou monopolizam 85% do total das riquezas ou vantagens mundiais.

Em contraste temos que a metade [50%] da população adulta mundial só e exclusivamente dispõe de 1% da riqueza mundial.

Ao dito junte se que todos os dias, cada um dos dias 34 000 crianças abaixo de cinco anos morrem de fome ou das consequências da fome. Isso quer dizer que 6.000.000 crianças por ano morrem de fome.


*Anna Malm é correspondente de Pátria Latina na Suecia

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