quinta-feira, 7 de julho de 2016

Há fortes indícios, mas quem vai investigar Moro?

Quem vai investigar Moro? 
Alex Solnik

Há fortes indícios.

Se Dilma pode ser investigada.

Se Lula pode ser investigado.

Sergio Moro também pode ser investigado.

Não por receber propina, fazer lavagem de dinheiro, corromper ou ser corrompido.

Mas por aceitar colaboração decisiva dos Estados Unidos na Lavajato.

Tal como em 64, o golpe de 2016 também teria sido estimulado por Tio Sam.

Naquela época, os americanos apoiaram um golpe de estado para evitar que o Brasil aderisse à União Soviética.

Em 2016, um golpe econômico contra a Petrobrás e um golpe parlamentar contra os governos do PT que se recusavam a dividir o pré-sal com Obama.

Os Estados Unidos só respeitam países do clube da bomba.

Os demais, ou aderem ou sofrem as consequências.

Principalmente na América Latina.

Não há provas de que isso aconteceu ou acontece. Mas há indícios.

É difícil acreditar que um juiz de primeira instância de Curitiba, de quem nunca ninguém tinha ouvido falar tenha conseguido reunir tantas informações de movimentações financeiras de tanta gente importante contando apenas com recursos da Polícia Federal.

Desestabilizar os governos petistas de Lula e Dilma interessa a Obama.

Eles se afastaram da órbita dos Estados Unidos, escolhendo como principal parceiro a China.

E se uniram no BRICs que concorre diretamente com o poderio econômico americano.

O petróleo é a matéria-prima mais importante do mundo.

Com Dilma ou Lula no poder os Estados Unidos jamais teriam acesso ao pré-sal.

E por meio de eleições no Brasil, a CIA constatou, como qualquer analista constata o PT permaneceria no poder sabe-se lá até quando.

Dilma ficaria até 2018.

E Lula se elegeria de novo em 2018.

O caminho mais fácil para Obama chegar ao pré-sal seria derrubar os governos Dilma e Lula.

Nada melhor para alcançar esse objetivo do que a Lavajato.

Não que a Lavajato tenha começado com essa finalidade. Mas quando ficou claro a utilidade que ela teria para alimentar o império americano, Obama entrou na parada.

De uma penada só a Lavajato destruiu a Petrobrás e criou um caldo de cultura para retirar Dilma da presidência e criminalizar Lula e o PT.

E inviabilizar a candidatura de Lula em 2018.

E destruiu as maiores empreiteiras do país.

É curioso notar que, apesar de todas as propinas, enquanto rolou o esquema na Petrobrás a empresa teve perdas, mas funcionava e era gigantesca; só foi destruída quando suas vísceras foram expostas pela Lavajato.

Não por acaso o Wikileaks revelou que Obama estava grampeando Dilma.

Não por acaso o senador José Serra bolou um projeto que tira exclusividade da Petrobrás sobre o pré-sal e em seguida virou ministro das Relações Exteriores de Temer.

Apesar de sua pose de legalista e de bom moço Obama jamais contestou a farsa e a ilegalidade do impeachment à brasileira.

Jamais criticou o golpe de Temer.

Há fortes indícios.

Mas quem vai investigar Moro?

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