terça-feira, 19 de julho de 2016

Direita com pedigree esquerdista


Oito em cada dez neo-reaças classe mérdia, aquele pessoal que subitamente descobriu que existe corrupção na esquerda depois de conseguirem um "bom" emprego (glossário capetalista: "bom", aquilo que paga bem), costumam a se apresentar como ex-petistas arrependidos. Eles pensam que isso dá um pedigree de humanidade e credibilidade à manjada bostalhada que sai de suas bocas. Mas eles nunca se decepcionaram com o PT. Se fosse isso, votariam agora em partidos que defendem o que o PT defendia quando eram seus simpatizantes. Eles simplesmente mudaram para eliminar a dissonância cognitiva entre o que fazem e o que defendiam, e de quebra, agradar ao patrãozinho. Enfeitam isso com aquela tradicional frase: "Quem não é de esquerda na juventude não tem coração, quem continua a ser quando adulto, não tem cérebro". É uma forma elegante de dizer que passar a cuidar só de seus interesses, se prostituir e se tornar um parafuso do sistema é uma necessidade racional. Não, não é. É perder a alma. E nem é para ganhar o mundo inteiro não. É pra pagar um aluguel, um carro usado e ganhar um salário.

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