segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Educação não rima com doutrinação


O Brasil tem escolas, ruas e rodovias com o nome de gorilas golpistas que se impuseram à força como governantes ignorando a vontade soberana do povo brasileiro; fatos importantes ocorridos nesses cinco séculos de nossa existência são tratados com irrelevância nas salas de aula e muito mais nos meios de comunicação daí não despertarem a curiosidade capaz de fazer o povo entender que, quando muito, lhe é ofertado conhecer apenas a versão dos vencedores quando se trata de nossa história.

Por isso, quando analfabetos funcionais e magarefes agressores do processo civilizatório como Marco Feliciano e Jair Bolsonaro resolvem atacar a prova do ENEM porque o tema da redação pediu uma reflexão a respeito da violência contra a mulher, uma das chagas a envergonhar a sociedade brasileira, sempre a exigir debate até que seja eliminada, devemos repudiar esses celerados e exaltar a iniciativa do MEC ao induzir o nosso docente a estudar com foco na reflexão a respeito da nossa realidade atual, até mesmo para que sirva de instrumento que ajude a conhecer o passado.

Bolsonaro, o jagunço eternamente saudoso da ditadura militar, deve defender que voltemos aos tempos da famigerada OSPB, disciplina abominada por todos os estudantes que foram obrigados a enfrentar aquela tortura pedagógica; e o malsinado Feliciano mostrou em que século vive mentalmente quando presidiu a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal e teve como fato mais marcante de sua administração a tentativa de aprovar uma teratologia legal chamada "cura gay", que de tão estapafúrdia acabou atirada atirada na lata do lixo.

Mais do que boçais convictos, os ditos cujos são instrumentos da elite atrasada deste país que não admite sob qualquer hipótese que a educação seja um direito pleno experimentado pela população. Vivem com a cabeça nos tempos da vinda da tal família real para o Brasil em que a escola tinha dono. Não espanta que governantes como os tucanos Alckmin, Beto Richa e Simão Jatene vivam maquinando contra a educação pública e gratuita. Afinal, para eles, educação é um privilégio, não um direito fundamental.

Combater os Bolsonaros da vida faz parte do aprendizado de nossa população e oxalá o MEC não perca esse norte, já que sem espírito crítico a tarefa de levar educação à população será tarefa tendente ao fracasso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

se não tem nada a contribuir não escreva!