segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Economês Para Humanos, Ou Marx Para Idiotas





A Economia é a ciência da riqueza, que por conceito, definição e egoísmo, só considera a riqueza; os pobres que se fodam, ou apelem para a meritocracia e trabalhem 500.000 anos pra ganhar o primeiro bilhão, se viverem tanto. Mas entendam, ninguém nascido pobre jamais ficará rico com trabalho HONESTO, nem em 500.000 mil anos.

Minha proposta aqui é explicar um pouco da linguagem que ouvimos nos meios de comunicação que, empresas riquíssimas que são, só atendem e entendem a lógica da Economia, das riquezas e dos ricos. Pretendo fazê-lo de forma simplificada, regras complicadas só servem para que a verdadeira mecânica da coisa permaneça oculta.

A Economia, sendo a ciência das riquezas, só entende a lógica dos endinheirados, grandes empresas e investidores, todos RICOS.

E aqui temos nosso primeiro verbete:

1) Investidor. É aquele  indivíduo que acha que se ele colocar duas notas de dólar num aquário, como que por milagre, em algum tempo, terá milhares de notas de dólares em enormes piscinas, como Tio Patinhas (que nadava em dinheiro) como se riquezas se reproduzissem por si mesmas, sem a intervenção da força produtiva (nóis). Não pense que, por ter algumas dezenas de milhares de dólares, quiçá centenas, investidos em ações você é automaticamente um "investidor", ou rico. 
Caia na real, você é bagrinho, lambari, arraia miúda que perde tudo num estalar de dedos, vide Eike Batista. Um investidor tem dezenas de milhões de dólares, quiçá centenas, investidos mundo afora em bolsas diversas, e negócios diversos, tráfico de drogas e armas, mulheres e seres humanos incluídos; um grande investidor terá bilhões, quiçá trilhões, investidos em tudo que é tipo de negócio, não importa qual, desde que lucre. Deu pra entender que isso é briga de cachorro grande? E você nessa brincadeira é menor que uma pulga. Já o investidor, em todas as suas formas de manifestação, é quase um deus.

A lógica das empresas e grandes investidores ignora solenemente tudo que é humano. 

Economia não é ciência exata, por conta das incalculáveis variáveis e imponderabilidades; mas está mais longe ainda de ser ciência humana, pois não considera o humano em seus cálculos e projeções, nem busca a melhoria e desenvolvimento do humano.
Aliás é o que há de desumano, para eles somos só números e estatísticas de somenos importância, zeros à esquerda ou frações milidecimais.

Na lógica da Economia o que interessa é o bem estar das grandes corporações, dos grandes grupos, dos podres de ricos. Ela só se preocupa se eles puderem vir (jamais acontece) a perder, ou deixar de lucrar (sinônimos) alguns bilhões de dinheiros (Eike sendo exceção nesse raciosuíno).

Prejuízo é o grande Capeta! E aqui entra um verbete misto, Pobreza (e Religião)


2) Pobreza? Enfia a meritocracia nesses vagabundos filhos da puta!
São pobres por que não trabalharam, não trabalham ou não trabalharão; estão nessa situação por incompetência própria, ou por castigo divino.
Lei do carma, entende?
Kardecismo, protestantismo, judaísmo, catolicismo e religiões monoteístas em geral, tudo é culpa da porra do deus, ou tua mesmo mané!
Quem mandou ter feito o que tu não tem nem noção de ter feito em vidas passadas? 
Quem mandou já ter nascido em pecado e acreditado nisso? A pobreza é condição si ne qua non da riqueza e a religião é o bastião dos ricos para dominar os pobres, além de ser ela mesma um grande investidor, um grande conglomerado e um enorme cartel de engrupição.


Povo é  feito para sofrer e quem ousar tentar mudar isso vai encontrar oposição viciosa e ferrenha, de todos  os lados, até daqueles a quem se pretende ajudar, principalmente se por meio de conscientização e informação. Eles estão mergulhados tão fundo na mentira e ilusão que lincharam quem quer que lhes mostre a luz, ou a escuridão.

E aqui temos o segundo verbete do  Economês para Humanos, Mídia


3) Mídia é ao mesmo tempo, o arauto, o correio e a escola da sociedade dominada, além de ser o espião, o manipulador, o assassino, o fofoqueiro e o mentiroso compulsivo e sempre bem sucedido. Se parece que estou descrevendo um psicopata é porque é mesmo. Uma entidade sem remorsos que existe tão somente para sua própria satisfação. Toda emoção que aparenta não passa de encenação. Afinal ela vive da morte, da destruição, da desgraça alheia e da vingança. 
Seus controladores estão inclusos no verbete 1. Eles nem precisam combinar as sacanagens com os parceiros, esse é um código antigo, milenar, onde quanto menos se fala, mais se entende. Seus sinais são truncados, entre eles, são mensagens de por onde agir; para os lacaios, coitados, que lhes caem nas garras, é a bíblia inquestionável e verdade fundamental, tire-lhes isso que lhe arrancaram os olhos. São canalhas vis e traiçoeiros, pregam e divulgam uma "verdade" própria, enviesada. Parecem servir ao poder, mas são eles próprios o poder, o 4° poder, obscuro, inquestionavelmente dogmático, omnipresente, omnipotente e omnisciente. Nada nem ninguém lhes escapa,
E para não perder a viagem, vamos logo ao 4° verbete


4) Povo, é a incógnita das equações econômicas, e por serem incógnitos se tornam invisíveis. São números numa planilha, o resto de uma divisão sem casas decimais. E como resto, só recebem restos das riquezas que efetivamente criam, os restos podres que caem dos banquetes fartos de quem manda na mesa. 
São como pessoas forçadas a permanecer em um cassino onde só podem perder, e do qual não podem sair. Às vezes, por manobras e manipulação, se lhes permite que ganhem uma rodada, uma mão, uma aposta. É nessa probabilidade de vitória, infinitesimalmente ridícula que se apegam ferozmente, e se propõe a enganar os iguais pela manutenção de um sistema que lhes oprime. 
Vivem na ilusão criada pelo sistema de que podem galgar degraus imaginários de uma escada que não existe, o sistema de classes. 
O Povo, em sua maioria, não entende que quem não nasceu rico, jamais o será. Só existem, na realidade, os Ricos e os Não Ricos. 
Os Ricos entretanto, em sua esperteza, infinita como sua maldade, os dividem em classes. A, B, C, D e E, uma escadinha social, que todos  pensam que podem galgar desde que acumulem méritos por: empenho em enriquecer ainda mais os ricos, por enganar o próximo com as mesmas ferramentas que são enganados, por abdicar de suas identidades e individualidade e aceitar mansamente ser o resto da divisão, seres sem vida e sem vigor que entregam seu sangue ao inimigo, sem possibilidade de vitória. É uma luta inglória, por que na batalha matamos os nossos para favorecer o inimigo sem percebermos nossa traição.
E para não cansar você que chegou até aqui vamos ver mais um verbete


5) Empresas. São aquelas entidades cuja única função é enganar você. Eles tomam seu dinheiro em troca de produtos e serviços caros e de péssima qualidade, na maioria das vezes são coisas que você não precisava até semana passada. Mas sua maior ferramenta, o marquetingue, te convence que sem aquilo, você não vai poder viver.  
Ao invés de comida, vendem venenos, e quando vendem venenos, se esmeram em produzir aqueles que além de matar as supostas pragas, matam quem compra e usa os venenos e quem compra os produtos "protegidos" por eles. 
Ao  invés de comunicação, vendem o caos do excesso de informação, e quando você mais precisa, eles estão fora de alcance, desconectados. Vendem notícias, mas só as que lhes interessam. Quando obrigados a  informar algo que não lhes favorece, mutilam e deturpam tanto a informação que somos levados a acreditar no oposto do que realmente se passou. Criam e destroem ídolos com a facilidade que eu acendo um cigarro ou o apago. Tem em suas fileiras verdadeiros  pitbulls e rotweillers prontos a te destroçar por mais um osso, mais um pedaço de carniça jogado de cima da mesa.
Enfim é  um glossário  enorme e vou parar por  aqui, mas não sem antes colocar uns verbetes de economês traduzidos para a realidade.

Gastos públicos: tudo que  o governo gasta pra funcionar, além do que gasta em projetos de distribuição de renda, aqueles que impulsionaram o crescimento em plena crise, incluindo a parte que é sonegada por empresas que defendem cortes nos gastos públicos.

Carga tributária elevada: aquilo  que  a gente paga pra cobrir os rombos deixados pela sonegação praticada pelas empresas que querem cortes nos gastos  públicos.

Em breve volto a atualizar esse glossário


*René Amaral Não é economista,  aliás, não é porra nenhuma; nunca se formou em nada, mas se informou sobre um monte de coisas e entende conceitos complexos de várias ciências, suas bases e fundamentos.
Não sabe fazer cálculos ou projeções econômicas mas entende que, como em qualquer questão, há sempre dois lados a serem considerados, mas a maioria só considera, por que assim foi treinada, um dos lados.

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