A
divulgação através da Revista Veja de uma pseudo pressão seguida de
chantagem por parte de Lula em relação ao Ministro Gilmar Mendes é só
mais um capítulo da Campanha orquestrada que vem sendo colocada em
prática, querendo um julgamento político dos réus do chamado caso
mensalão.
Através de veladas intrigas e de incompatibilização dos envolvidos
no caso, sejam Ministros, réus ou pessoas próximas a eles, visa essa
campanha sórdida, proporcionar um ambiente fabricado de clamor popular,
em torno de "exigir" a condenação dos referidos réus, não dando outra
alternativa como aceitável pela opinião pública.
Os Ministros do STF estão sendo gradativamente encostados na parede,
pautados pela MÍDIA que todos os dias lembra que há urgência na entrega
do processo revisado, para que o Presidente do STF marque o início do
julgamento e esse se inicie ainda no primeiro semestre, a tempo de ser
concluído antes das próximas eleições. Cobra a Mídia que o STF altere
seu rito de julgamentos e funcionamento para acelerar e priorizar o
caso do Mensalão. Nunca se viu tamanho interesse por parte da Mídia em
um julgamento. Essa mesma Mídia não tem em relação a tantos outros
casos, tão ou mais graves do que esse, a mesma postura interessada e
fiscalizadora. Do MENSALÃO MINEIRO não se houve nem falar.
Exercem essas forças da mídia e da
política, uma pressão constante, e usam a argumentação sub-reptícia de
que são os réus e seus aliados quem tentam pressionar o STF, invertendo
assim a real fonte de onde vem a inaceitável tentativa de desmoralizar
os membros do STF e a Justiça brasileira.
Há, ainda, uma segunda má intenção nessa campanha, que busca desmoralizar a CPMI ora em curso.
Da matéria veiculada pela Revista Veja, cujo teor foi confirmado
pelo Ministro Gilmar Mendes, mas, com os vários desmentidos que já
foram colocados, saltam aos olhos alguns tópicos bastante interessantes
e reveladores.
O Ministro Joaquim Barbosa é gravemente ofendido, a Ministra Carmen
Lúcia colocada sob suspeição, por ser, segundo a matéria, sujeita a
influência do ex-ministro Sepúlveda Pertence que seria acionado para
interferir junto a ela. O ministro Dias Toffoli seria instado a não se
considerar impedido a votar no julgamento do mensalão, e votaria pela
absolvição dos réus. O presidente do STF seria procurado para durante
um copo de vinho ser pressionado e, o ex-presidente Lula, a quem a
matéria atribui todas essas posições e falas numa conversa de 60
minutos na cozinha de um escritório, é quem controla a CPI, sendo todos
os demais seus fantoches. Restou ainda para Lula a posição de quem fez
chantagem com o Ministro Gilmar Mendes.
Todos esse "pequenos detalhes", intrigam, incompatibilizam e desmoralizam pessoas chave no futuro julgamento.
Tudo isso teria ocorrido no final do mês de abril, portanto, trinta
dias se passaram, mas, só agora, e por intermédio da Revista Veja é que
está sendo revelado. Gilmar Mendes teve todo o tempo do mundo para
revelar a tal conversa e não o fez.
O problema é que o DIABO MORA NOS DETALHES, e os detalhes desse caso
nos levam a ver que é simplesmente inaceitável um Ministro do STF se
submeter a uma situação dessas, sem reagir, sem tomar nenhuma atitude
oficial em relação ao caso. É totalmente fora de cabimento que um
político experiente como Lula, fizesse tais inconfidências diante de um
notório inimigo, passando inclusive para ele, o atual acusador, as
alegadas formas de como pretendia agir para alcançar seus objetivos.
Incrível ainda, é ver que o fato vem ao conhecimento público via uma
Revista que se encontra sob forte suspeição de manipular matérias por
ela publicadas, com fins de obter vantagens inconfessáveis, tratando a
pão-de-ló um chefe de quadrilha como Carlos Cachoeira.
Por último, FICOU NO AR, uma forte suspeição com cheiro de enxofre.
A matéria com a versão apresentada pelo ministro Gilmar Mendes para a
"conversa" que teve com Lula não se sustenta, independente de todos os
desmentidos já postos aos fatos ali apresentados, e deixa transparecer
que algo muito grave pode estar para ser revelado, deixando pessoas
prestes a queimar no caldeirão do descrédito e da desonra.
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