segunda-feira, 14 de maio de 2012
Este é o novo
documentário da equipe responsável por Dividocracia.
Chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacto da privatização massiva de bens materiais e serviços públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás.
Chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacto da privatização massiva de bens materiais e serviços públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás.
Catastroika denuncia exemplos concretos na Rússia, Brasil, Chile,
Inglaterra, França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em setores como os
transportes, a água ou a energia. Produzido através de contribuições do público,
conta com o testemunho de nomes como Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda,
Ken Loach, Dean Baker e Aditya Chakrabortyy.
De forma deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos
daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos fundamentais,
repassaram emrepassam bens materiais a preço vil, alienaram e alienam riquezas
do subssolo e “off-shore” com contrapartida ínfima e criminosamente elegeram os
funcionários públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a
privatização como solução óbvia e inevitável.
Sacrifica-se e sacrificaram a qualidade, a segurança e a
sustentabilidade, provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da
qualidade de vida dos cidadãos.
As consequências mais devastadores registam-se nos países obrigados, por
credores e instituições internacionais (como a Troika – FMI, BCE e CE), a
proceder a privatizações massivas, como contrapartida dos planos de «resgate».
Catastroika evidencia, por exemplo, que o endividamento consiste numa
estratégia para acabar com a democracia e implementar medidas que nunca nenhum
regime democrático ousou sequer propor antes de serem testadas nas ditaduras do
Chile e da Turquia.
O objetivo é a transferência para mãos privadas da riqueza gerada, ao
longo dos tempos, pelos cidadãos.
Nada disto seria possível, num país democrático, sem a implementação de
medidas de austeridade que deixem a economia refém dos mecanismos da especulação
e da chantagem — o que implica, como está se vendo na Grécia, Espanha, Portugal,
Itália e outros a tentativa e prática do total aniquilamento das estruturas
basilares da sociedade, notadamente as que garantem a sustentabilidade, a coesão
do tecido social e níveis de vida condignos.
Se a Grécia é o melhor exemplo da relação entre a dividocracia e a catastroika, ela é também, nestes dias,
a prova de que as pessoas não abdicaram da responsabilidade de exigir um futuro.
Cá e lá, é importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com
o discurso hegemônico omnipresente na mídia-de-mercado, tornando bem claro que o
desafio que temos pela frente é optar entre a luta pela democracia ou a barbárie
neoliberal.
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