No Estado de São Paulo, o mais rico da União em que os tucanos governam há mais de 16 anos, fundamentos como saúde, educação, segurança e transportes não tiveram melhoria considerável. Os funcionários recebem salários pífios; desmontaram a educação paulista, na segurança até moradores de bairros que constituem a base dos tucanos estão a fazer passeata em frente ao palácio dos Bandeirantes, como os do Morumbi, por não agüentarem mais os latrocínios nessa região. A imprensa cobre isso como se fosse normal, não cobram do governador. Não questionam a sua capacidade administrativa.
- por Evaristo Almeida, no blog Economia e Política
O Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB foi criado a partir de um racha do PMDB em 1988. Surgiu prometendo ser o novo na política brasileira.
Só que com o tempo o PSDB se transformou no partido da elite subordinada brasileira. Como se sabe essa elite subordinada é vassala do capital estrangeiro no Brasil. Ela não se entende como brasileira e sim como uma sub-classe mundial. Há toda uma hierarquia na qual ela se subordina. Para ela o Brasil é irrelevante, o que conta é o quanto pode subtrair do país em recursos para que possa se fantasiar de europeu ou estadunidense.
O programa da elite subordinada brasileira não tem como finalidade desenvolver o Brasil. Ele se formou com os princípios da divisão internacional do trabalho. Se não fosse a Revolução de 1930, feita por nacionalistas, intelectuais e operários, o Brasil ainda hoje na concepção da elite subordinada seria um imenso cafezal.
Na eleição presidencial de 1994, os tucanos se aliaram aos representantes do latifúndio e escravocratas brasileiros, o Partido da Frente Liberal, que tinha se formado do PDS, partido da direita brasileira que por sua vez se originou da Arena, o simulacro de partido que deu uma feição legal à ditadura militar.
O PSDB que de social democrata não tinha nada, pois não era constituído de trabalhadores, apenas usou o termo social democracia como grife, descobriu que era simétrico ao PFL. Foi a união do pretenso moderno com o Ancien Régime, finanças e indústria com o latifúndio. Isso para que não houvesse mudanças, mantendo a desigualdade social e o Brasil como um país subordinado aos interesses estrangeiros.
Aderiram de corpo e alma ao neoliberalismo difundido pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, o FMI e o Banco Mundial. Aplicaram um programa de desestatização, sob o manto da modernidade, que na verdade repassou várias empresas nacionais para grupos transnacionais que atualmente prestam serviços sofríveis como de energia e telefonia. As tarifas dessas empresas aumentaram em ritmo progressivo enquanto a qualidade caia na mesma proporção. Ao contrário do que foi prometido, as tarifas subiram, tanto que a energia elétrica vendida no Brasil, apesar da matriz ser de baixo custo, é a terceira mais cara do mundo, e os apagões e explosões de bueiros são uma constante. A telefonia e o serviço de banda larga no Brasil estão entre os mais caros do mundo e a qualidade é muito ruim. Ao venderem as empresas de gás eles tinham prometido que todo mundo teria o serviço. Pura propaganda, pois o serviço continua restrito aos centros urbanos. As periferias ainda usam o velho bujão.
A proposta do PSDB é acabar com o Estado, assim nos estados onde eles governam os servidores públicos tem seus salários achatados e muitos serviços são privatizados. A utopia dos tucanos é repassar todas as empresas e atribuições do Estado para empresas privadas.
Eles têm urticária de Estado e a servidores públicos.
Adotaram o mantra de cunho fiscal permanente e junto com a imprensa brasileira criaram o simulacro de que são modernos e gestores competentes.
Não é o que se observa onde são governos. Os oito anos que estiveram à frente do governo federal foram um verdadeiro desastre para o povo brasileiro. Apesar de terem multiplicado a dívida pública por dez, o país teve um crescimento pífio, o desemprego era enorme, o país vivia de joelhos e com pires na mão, mendigando recursos no FMI. A juventude não tinha perspectiva de futuro e muitos foram trabalhar no Japão, nos Estados Unidos e na Europa. Os programas sociais eram tímidos e insuficientes. A teologia neoliberal deitava e rolava.
O enfraquecimento do Estado e a confiança cega no mercado levaram ao apagão de energia elétrica que custou bilhões de reais em crescimento ao país.
Os tucanos jogaram a possibilidade de desenvolvimento do Brasil na lata do lixo no período em que foram governo, pois os neoliberais acreditavam que “fazendo a lição de casa” como um colegial, conforme receitavam o FMI e o Banco Mundial, atrairiam capital internacional que seriam investido no país para seu crescimento. Apesar de alunos aplicados, só conseguiram criar desemprego, inflação e juros altos. O capital nunca veio para transformar o crescimento do Brasil idêntico ao da China.
Há uma relação profunda entre o PSDB e a mídia nacional. As denúncias que envolvem tucanos são escondidas nos jornais ou relativizadas. Eles são blindados pela imprensa nativa. Não se sabe onde começa um e termina o outro. A impressão que dá é que o PSDB é apenas uma parte do que os meios alternativos de imprensa chamam de velha imprensa ou de Partido da Imprensa Golpista. São eles que dão a pauta para que os tucanos tenham alguma ressonância no congresso Nacional.
A velha imprensa não reconhece a oposição onde os tucanos são governos. Em São Paulo na Assembleia Legislativa, quase nunca ouve a oposição. Até 2004 a Câmara Municipal de São Paulo tinha cobertura ampla da imprensa, a partir de 2005 foi muito reduzida. E quando acontece alguma coisa desfavorável eles não acusam o governo diretamente. Por exemplo, até 2004, o congestionamento de São Paulo e a inundação eram culpa do governo do período. Os locutores de rádio na parte da manhã insuflavam o povo contra a prefeita. Era culpa dela. Depois de 2005, os congestionamentos aumentaram, mas não são mais culpa do prefeito e sim do aumento de vendas de carros e as inundações acontecem por causa de São Pedro.
O furor contra a corrupção da velha imprensa acaba quando se fala da Lista de Furnas, que pelos nomes contidos nela, nunca foram objeto de matéria da Folha de São Paulo, da Veja, da Globo ou do Estado de São Paulo. E o que falar do mensalão mineiro que levanta suspeitas de irregularidades do PSDB de Minas Gerais?
No Estado de São Paulo, o mais rico da União em que os tucanos governam há mais de 16 anos, fundamentos como saúde, educação, segurança e transportes não tiveram melhoria considerável. Os funcionários recebem salários pífios; desmontaram a educação paulista, na segurança até moradores de bairros que constituem a base dos tucanos estão a fazer passeata em frente ao palácio dos Bandeirantes, como os do Morumbi, por não agüentarem mais os latrocínios nessa região. A imprensa cobre isso como se fosse normal, não cobram do governador. Não questionam a sua capacidade administrativa.
É muito fácil ser governo tucano, pois apesar dos fracassos a mídia dá cobertura favorável. O governo Alckmin encheu os jornais nas últimas semanas com programas de transportes, sendo que a maioria deveria estar pronta em 2007, conforme preconizava programa de governo do próprio Alckmin.
Fica a pergunta, qual o papel do PSDB no Brasil?
Visto que não possuem um programa de desenvolvimento soberano nacional, sempre que podem transferem o controle de empresas nacionais para estrangeiros, são contra a Petrobras, conforme ficou demonstrado na CPI que montaram e na tentativa de privatizá-la com o nome Petrobrax?
Muitas vezes agem como porta-vozes de interesses estrangeiros em projetos no Congresso que privilegiam o interesse nacional e não fomentam políticas contra a desigualdade social?
Seria um partido de ocupação, assim como foram transformadas as forças armadas na América Latina no período das ditaduras pelos Estados Unidos, cujo objetivo era manter a situação em estado de inércia, ou seja, sem mudanças sociais e econômicas?
Por representar uma elite sem vínculo com o desenvolvimento brasileiro e que é subordinado às elites do resto do mundo, tem um papel de retrocesso na sociedade brasileira, conforme ficou demonstrado no seu programa de governo na última eleição presidencial?
São indagações necessárias, pois estamos vivendo no Brasil um período que o país encontrou o seu caminho. Isso porque implantou um programa de governo totalmente diferente do defendido pelo PSDB.
Estamos crescendo com distribuição de renda, inflação sobre controle, reservas internacionais abundantes, expansão do sistema de ensino, amplos investimentos em infraestrutura, crescimento do salário real dos trabalhadores, perspectiva de juros civilizados até 2014, forte presença internacional com soberania. Somos sujeitos e não coadjuvantes no mundo. Estamos construindo um país que sem ser imperialista pode ser transformado numa potência.
As forças que se opõem ao Brasil moderno com distribuição de renda, de poder, de educação, de saúde, de seguridade e igualdade social estão todas representadas nos programas dos tucanos.
O objetivo desse texto é refletir nos interesses que estão representados no Brasil atualmente e as forças da inércia que se põem contra um projeto soberano de desenvolvimento social e econômico.
Afinal o desenvolvimento social e econômico é um parto de montanha para qualquer nação em que interesses mesquinhos internos e externos exercem pressão contra ele.
Se transformar em nação é um desafio para qualquer povo. Estamos nele agora em que temos todas as condições históricas para nos posicionarmos entre os grandes do mundo.
Mas o programa que os tucanos apresentaram em 2010 e a sua atuação junto com outros partidos de oposição no Congresso Nacional deixam claro que são contra um projeto de nação soberano e igualitário.
post do tudoemcima
- por Evaristo Almeida, no blog Economia e Política
O Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB foi criado a partir de um racha do PMDB em 1988. Surgiu prometendo ser o novo na política brasileira.
Só que com o tempo o PSDB se transformou no partido da elite subordinada brasileira. Como se sabe essa elite subordinada é vassala do capital estrangeiro no Brasil. Ela não se entende como brasileira e sim como uma sub-classe mundial. Há toda uma hierarquia na qual ela se subordina. Para ela o Brasil é irrelevante, o que conta é o quanto pode subtrair do país em recursos para que possa se fantasiar de europeu ou estadunidense.
O programa da elite subordinada brasileira não tem como finalidade desenvolver o Brasil. Ele se formou com os princípios da divisão internacional do trabalho. Se não fosse a Revolução de 1930, feita por nacionalistas, intelectuais e operários, o Brasil ainda hoje na concepção da elite subordinada seria um imenso cafezal.
Na eleição presidencial de 1994, os tucanos se aliaram aos representantes do latifúndio e escravocratas brasileiros, o Partido da Frente Liberal, que tinha se formado do PDS, partido da direita brasileira que por sua vez se originou da Arena, o simulacro de partido que deu uma feição legal à ditadura militar.
O PSDB que de social democrata não tinha nada, pois não era constituído de trabalhadores, apenas usou o termo social democracia como grife, descobriu que era simétrico ao PFL. Foi a união do pretenso moderno com o Ancien Régime, finanças e indústria com o latifúndio. Isso para que não houvesse mudanças, mantendo a desigualdade social e o Brasil como um país subordinado aos interesses estrangeiros.
Aderiram de corpo e alma ao neoliberalismo difundido pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, o FMI e o Banco Mundial. Aplicaram um programa de desestatização, sob o manto da modernidade, que na verdade repassou várias empresas nacionais para grupos transnacionais que atualmente prestam serviços sofríveis como de energia e telefonia. As tarifas dessas empresas aumentaram em ritmo progressivo enquanto a qualidade caia na mesma proporção. Ao contrário do que foi prometido, as tarifas subiram, tanto que a energia elétrica vendida no Brasil, apesar da matriz ser de baixo custo, é a terceira mais cara do mundo, e os apagões e explosões de bueiros são uma constante. A telefonia e o serviço de banda larga no Brasil estão entre os mais caros do mundo e a qualidade é muito ruim. Ao venderem as empresas de gás eles tinham prometido que todo mundo teria o serviço. Pura propaganda, pois o serviço continua restrito aos centros urbanos. As periferias ainda usam o velho bujão.
A proposta do PSDB é acabar com o Estado, assim nos estados onde eles governam os servidores públicos tem seus salários achatados e muitos serviços são privatizados. A utopia dos tucanos é repassar todas as empresas e atribuições do Estado para empresas privadas.
Eles têm urticária de Estado e a servidores públicos.
Adotaram o mantra de cunho fiscal permanente e junto com a imprensa brasileira criaram o simulacro de que são modernos e gestores competentes.
Não é o que se observa onde são governos. Os oito anos que estiveram à frente do governo federal foram um verdadeiro desastre para o povo brasileiro. Apesar de terem multiplicado a dívida pública por dez, o país teve um crescimento pífio, o desemprego era enorme, o país vivia de joelhos e com pires na mão, mendigando recursos no FMI. A juventude não tinha perspectiva de futuro e muitos foram trabalhar no Japão, nos Estados Unidos e na Europa. Os programas sociais eram tímidos e insuficientes. A teologia neoliberal deitava e rolava.
O enfraquecimento do Estado e a confiança cega no mercado levaram ao apagão de energia elétrica que custou bilhões de reais em crescimento ao país.
Os tucanos jogaram a possibilidade de desenvolvimento do Brasil na lata do lixo no período em que foram governo, pois os neoliberais acreditavam que “fazendo a lição de casa” como um colegial, conforme receitavam o FMI e o Banco Mundial, atrairiam capital internacional que seriam investido no país para seu crescimento. Apesar de alunos aplicados, só conseguiram criar desemprego, inflação e juros altos. O capital nunca veio para transformar o crescimento do Brasil idêntico ao da China.
Há uma relação profunda entre o PSDB e a mídia nacional. As denúncias que envolvem tucanos são escondidas nos jornais ou relativizadas. Eles são blindados pela imprensa nativa. Não se sabe onde começa um e termina o outro. A impressão que dá é que o PSDB é apenas uma parte do que os meios alternativos de imprensa chamam de velha imprensa ou de Partido da Imprensa Golpista. São eles que dão a pauta para que os tucanos tenham alguma ressonância no congresso Nacional.
A velha imprensa não reconhece a oposição onde os tucanos são governos. Em São Paulo na Assembleia Legislativa, quase nunca ouve a oposição. Até 2004 a Câmara Municipal de São Paulo tinha cobertura ampla da imprensa, a partir de 2005 foi muito reduzida. E quando acontece alguma coisa desfavorável eles não acusam o governo diretamente. Por exemplo, até 2004, o congestionamento de São Paulo e a inundação eram culpa do governo do período. Os locutores de rádio na parte da manhã insuflavam o povo contra a prefeita. Era culpa dela. Depois de 2005, os congestionamentos aumentaram, mas não são mais culpa do prefeito e sim do aumento de vendas de carros e as inundações acontecem por causa de São Pedro.
O furor contra a corrupção da velha imprensa acaba quando se fala da Lista de Furnas, que pelos nomes contidos nela, nunca foram objeto de matéria da Folha de São Paulo, da Veja, da Globo ou do Estado de São Paulo. E o que falar do mensalão mineiro que levanta suspeitas de irregularidades do PSDB de Minas Gerais?
No Estado de São Paulo, o mais rico da União em que os tucanos governam há mais de 16 anos, fundamentos como saúde, educação, segurança e transportes não tiveram melhoria considerável. Os funcionários recebem salários pífios; desmontaram a educação paulista, na segurança até moradores de bairros que constituem a base dos tucanos estão a fazer passeata em frente ao palácio dos Bandeirantes, como os do Morumbi, por não agüentarem mais os latrocínios nessa região. A imprensa cobre isso como se fosse normal, não cobram do governador. Não questionam a sua capacidade administrativa.
É muito fácil ser governo tucano, pois apesar dos fracassos a mídia dá cobertura favorável. O governo Alckmin encheu os jornais nas últimas semanas com programas de transportes, sendo que a maioria deveria estar pronta em 2007, conforme preconizava programa de governo do próprio Alckmin.
Fica a pergunta, qual o papel do PSDB no Brasil?
Visto que não possuem um programa de desenvolvimento soberano nacional, sempre que podem transferem o controle de empresas nacionais para estrangeiros, são contra a Petrobras, conforme ficou demonstrado na CPI que montaram e na tentativa de privatizá-la com o nome Petrobrax?
Muitas vezes agem como porta-vozes de interesses estrangeiros em projetos no Congresso que privilegiam o interesse nacional e não fomentam políticas contra a desigualdade social?
Seria um partido de ocupação, assim como foram transformadas as forças armadas na América Latina no período das ditaduras pelos Estados Unidos, cujo objetivo era manter a situação em estado de inércia, ou seja, sem mudanças sociais e econômicas?
Por representar uma elite sem vínculo com o desenvolvimento brasileiro e que é subordinado às elites do resto do mundo, tem um papel de retrocesso na sociedade brasileira, conforme ficou demonstrado no seu programa de governo na última eleição presidencial?
São indagações necessárias, pois estamos vivendo no Brasil um período que o país encontrou o seu caminho. Isso porque implantou um programa de governo totalmente diferente do defendido pelo PSDB.
Estamos crescendo com distribuição de renda, inflação sobre controle, reservas internacionais abundantes, expansão do sistema de ensino, amplos investimentos em infraestrutura, crescimento do salário real dos trabalhadores, perspectiva de juros civilizados até 2014, forte presença internacional com soberania. Somos sujeitos e não coadjuvantes no mundo. Estamos construindo um país que sem ser imperialista pode ser transformado numa potência.
As forças que se opõem ao Brasil moderno com distribuição de renda, de poder, de educação, de saúde, de seguridade e igualdade social estão todas representadas nos programas dos tucanos.
O objetivo desse texto é refletir nos interesses que estão representados no Brasil atualmente e as forças da inércia que se põem contra um projeto soberano de desenvolvimento social e econômico.
Afinal o desenvolvimento social e econômico é um parto de montanha para qualquer nação em que interesses mesquinhos internos e externos exercem pressão contra ele.
Se transformar em nação é um desafio para qualquer povo. Estamos nele agora em que temos todas as condições históricas para nos posicionarmos entre os grandes do mundo.
Mas o programa que os tucanos apresentaram em 2010 e a sua atuação junto com outros partidos de oposição no Congresso Nacional deixam claro que são contra um projeto de nação soberano e igualitário.
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