A coisa mais corriqueira é ver nos jornais personagens de novelas
tratados como se fizessem parte do mundo real. Junto a uma notícia a
respeito de um acidente realmente ocorrido nas ruas das cidades
brasileiras, às vezes há uma manchete 'informando' que fulano(a) sofreu
um acidente e foi parar no hospital. Se você para pra ler, constata que,
no segundo caso, tudo não passa de antecipação promocional daquilo que
ocorrerá nos próximos dias em alguma telenovela, misturando-se ao
cotidiano e contribuindo para que muita gente viva esse embaralhamento
alienante e responsável pela fuga da realidade vivida.
Atualmente, essa mistura entre ficção e realidade no cotidiano acabou por contribuir com o incremento de
um insólito elemento subjetivo, de forma dolosa, no noticiário que deveria basear-se em fatos e informar decentemente o público. Todavia, como se fosse obra de ficção, atua a priori com a finalidade de emitir juízos de valoração não tendo qualquer pudor em acanalhar-se, desde que consiga fazer aquilo que Pulitzer dizia que já estava fazendo: criar um sentimento coletivo de ódio contra pessoas de bem, mas desafetos dessa engrenagem.
O caso presente da decisão monocrática da ministra do TSE Laurita Vaz(não parece o nome de uma dessas vilãs do gênero citado?) é emblemático. Proibiu as inserções da propaganda petista porque esta afirmava em linhas gerais que no passado a taxa de desemprego, a desassistência social e as condições de vida adversas da população eram fruto de políticas públicas excludentes aos extratos sociais mais carentes; e liberou a propaganda oposicionista que diz exatamente isso do governo atual. Ou seja, como diz magistralmente o jornalista Fernando Brito em seu blog Tijolaço, "dizer que o Brasil está um caos, pode; que estava um caos, não pode". Com a agravante que os atuais números de nossa economia são melhores do que os do passado colocado sob blindagem jurídica, o que acaba conferindo mais verossimilhança à peça que foi proibida do que a que foi liberada.
Não se vai aqui afirmar que o senso de justiça da ministra Laurita foi guiado por algum sentimento novelesco visando inflamar a população. Mas não há como negar que feriu de morte a razoabilidade e imparcialidade que devem presidir decisões dessa natureza, contribuindo negativamente para eventual contaminação do processo eleitoral por sua influência absurda na vontade individual e coletiva, algo deplorável tanto na realidade quanto na ficção.
Atualmente, essa mistura entre ficção e realidade no cotidiano acabou por contribuir com o incremento de
um insólito elemento subjetivo, de forma dolosa, no noticiário que deveria basear-se em fatos e informar decentemente o público. Todavia, como se fosse obra de ficção, atua a priori com a finalidade de emitir juízos de valoração não tendo qualquer pudor em acanalhar-se, desde que consiga fazer aquilo que Pulitzer dizia que já estava fazendo: criar um sentimento coletivo de ódio contra pessoas de bem, mas desafetos dessa engrenagem.
O caso presente da decisão monocrática da ministra do TSE Laurita Vaz(não parece o nome de uma dessas vilãs do gênero citado?) é emblemático. Proibiu as inserções da propaganda petista porque esta afirmava em linhas gerais que no passado a taxa de desemprego, a desassistência social e as condições de vida adversas da população eram fruto de políticas públicas excludentes aos extratos sociais mais carentes; e liberou a propaganda oposicionista que diz exatamente isso do governo atual. Ou seja, como diz magistralmente o jornalista Fernando Brito em seu blog Tijolaço, "dizer que o Brasil está um caos, pode; que estava um caos, não pode". Com a agravante que os atuais números de nossa economia são melhores do que os do passado colocado sob blindagem jurídica, o que acaba conferindo mais verossimilhança à peça que foi proibida do que a que foi liberada.
Não se vai aqui afirmar que o senso de justiça da ministra Laurita foi guiado por algum sentimento novelesco visando inflamar a população. Mas não há como negar que feriu de morte a razoabilidade e imparcialidade que devem presidir decisões dessa natureza, contribuindo negativamente para eventual contaminação do processo eleitoral por sua influência absurda na vontade individual e coletiva, algo deplorável tanto na realidade quanto na ficção.
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