segunda-feira, 2 de setembro de 2013

POR QUE SERÁ QUE TUCANOS NÃO SÃO INVESTIGADOS?

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247 – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nomeou Carla Elias Rosa, mulher do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, para trabalhar no Palácio dos Bandeirantes. Elias Rosa está à frente do Ministério Público de São Paulo, que tem como função investigar denúncias que envolvam o governo. Alckmin diz não ver nenhum conflito ético, mas desde que o caso do propinoduto foi revelado, fica cada vez mais evidente a blindagem tucana no Estado.

Recentemente, as três gestões do PSDB no governo de São Paulo – Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, se tornaram alvo de suspeitas de envolvimento em esquema de cartel montado para superfaturar em até 20% contratos de trem e metrô no Estado. As primeiras denúncias sobre o propinoduto tucano remetem a 1998. No entanto, a blindagem só foi vencida por uma multinacional alemã, a Siemens, que tomou a decisão de pedir um acordo de leniência junto ao Cade, confessando duas décadas de práticas condenáveis.

Leia a nota de Mônica Bergamo, da Folha:

DIÁRIO OFICIAL

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) nomeou Carla Elias Rosa, mulher do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, para trabalhar no Palácio dos Bandeirantes. Ela integrará a assessoria jurídica do governo, na Casa Civil.

OFICIAL 2

Elias Rosa lidera o Ministério Público de SP, que tem entre suas prerrogativas investigar denúncias que envolvam o governo.

OFICIAL 3

"É uma assessoria jurídica técnica, e não política. Do Estado, e não do governador. Ela não teve aumento de salário. É procuradora desde 1987", diz Márcio Elias Rosa. Carla é funcionária de carreira da PGE (Procuradoria-Geral do Estado), que defende o Estado em ações judiciais.

CONHECIMENTO

Questionado se haveria problema ético na nomeação, em função da relação conjugal de Carla, o governo Alckmin afirmou que a indagação revela "profundo desconhecimento sobre o funcionamento" da PGE. Não há "qualquer conflito ético". A assessoria é órgão complementar da PGE, onde ela já trabalhava. "Eventual ação do procurador-geral de Justiça [o marido de Carla] contra o governador não tramita na assessoria jurídica do governo", diz a nota.

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