Neil Young
“NUM FESTIVAL QUE TEVE LANCES PATÉTICOS, COMO O CANTOR NEIL YOUNG CANTANDO "HAPPY BIRTHDAY TO YOU" PARA O PLANETA TERRA, O QUE REALMENTE ESTÁ EM JOGO É A COLONIZAÇÃO MENTAL DA JUVENTUDE BRASILEIRA”
Por Claudio Julio Tognolli, no "Brasil247"
“Um fantasma ronda o mundo: a farsa de que o superaquecimento global só ocorre por fatores endógenos, ou a emissão de poluentes na terra. No Brasil, só há dois intelectuais que apontam a ideologia por detrás disso: Gildo Magalhães dos Santos Neto, da História, e Aziz Ab Saber, da Geografia, ambos da USP.
Fatores extraterra conduzem ao superaquecimento: como as fases de hiperexpansão do sol, a cada seis mil anos, como a que ora vivemos. Os vikings, antes de descerem Mar do Norte abaixo, paravam, para construir seus barcos, num local chamado ‘Terra Verde’, por acaso Groenlândia, que vem de “Green Land”. A natureza na ‘Terra Verde’ era laboriosa em construir madeiras de primeira cepa. Mas ela se congelou. Uai: por que se congelou?
A quem interessa dizer que a Terra pode acabar por superaquecimento gerado por fatores apenas “internos”?
Interessa a uma elite neoliberal. Há 80 anos, começaram a tramar a ideia de que oferecer um literal e figurativo fim do mundo pelo superaquecimento era a forma de congelar os futuros países desenvolvidos. Queriam, e ainda querem, que Brasil, Índia e China sejam eternos exportadores de matéria prima.
Trata-se da mais nova-velha ideologia: fazer o povão engolir goela abaixo que o desenvolvimento já atingiu os seus limites. Querem ver a Amazônia um território “internacional”. Eis todo o babalaô do ex-vice dos EUA, Al Gore, com aquela cascata (comprada por ele de uma assessoria de imprensa), lastreado em seu “Uma verdade inconveniente”.
O festival SWU ("Starts with you" ou "Começa com você"), que movimentou milhões com inserções pagas, mas disfarçadas, na mídia, é subproduto desse tipo de golpe. Não é para menos que Neil Young abriu o ‘cascatol’ cantando “parabéns” para a Terra.
Querem tornar o rock algo passivo, com babacas defendendo a todo o custo a preservação da terra, e o consequente congelamento do desenvolvimento do parque industrial ‘brazuca’. Querem-nos eternos exportadores de grãos. Querem-nos enxergando que o superaquecimento global só se dá por fatores da terra e do homem. Isolam a Terra do resto do universo.
Veja você: até James Lovelock, criador da famosa ‘Hipótese Gaia’ (segundo a qual o ser humano é um dos “órgãos” do corpo que é a ‘Mãe Terra’), agora defende a energia nuclear. E expõe ao osso os babacas do Partido Verde (que usam em suas propagandas políticas os moinhos de vento eólicos). Saiba você: um moinho de vento eólico consome dez mil toneladas de concreto para ser construído. Em toda a sua existência, o moinho de vento eólico jamais produzirá energia limpa que compense a poluição gerada para poder produzir as milhares de toneladas de concreto que o erigiram...
Toda essa babaquice da preservação da terra a todo o custo foi lentamente engendrada por um bando de intelectuais “New Age”. O trabalho não é novo, mas com subprodutos novíssimos. A pré-coerência ideológica que se consome no SWU tem epígonos famosos e antigos. Datam da ‘Escola de Copenhaque’: composta de físicos que defendiam que a base do universo é o “caos”. E, já que o caos é imutável, referem, não nos resta modificar nada: apenas surfar o caos.
Físicos como Wolfgang Pauli, Niels Bohr, o filósofo Bertand Russell, deram as mãos com o misticismo de Jung: reivindicavam que deveríamos adotar o Taoísmo como preceito fundamental. Justamente o Taoísmo que, ao contrário do confucionismo (uma teoria da ação) prevê o que os chineses chamam de “wu wei”, ou não ação. Defendiam a meditação. Postulavam que a natureza resolve as coisas “sozinha” –justamente o que os neoliberais pregam, a existência da “mão invisível” do mercado, tão defendida por Adam Smith. Todos esses ‘calcetas’ da preservação da Terra, supõem-se místicos do caos.
Grandes intelectuais do Primeiro Mundo há anos estão envolvidos na ideologia que tenta engessar, com esse tipo de droga, o desenvolvimento do parque industrial de nações emergentes, como o Brasil.
Apesar de serem roqueiros, amam no fundo que o Brasil idololatre o “agrobrega” e o “sertanojo”, porque é ao “campo” que o Brasil pertence.
Trata-se de um cadinho cultural de místicos que amam Paulo Coelho, e veem na Terra uma entidade capaz de gerar babalô místico-mágico.
É necessário aqui fazer uma pausa sobre o guru dessa moçada,Wolfgang Pauli, de resto o pensador predileto de Fritjof Capra, autor do incensado “O Tao da Física”.
Veja a barbaridade que chegou a resgatar. Para os neoplatônicos, a causa de todas as mudanças era a anima mundi , a alma do mundo. As ciências experimentais do renascimento e a ideia da causalidade substituíram a anima mundi.
A divisão entre alma e matéria é posta em caixa alta por Descartes, que passa a distinguir nitidamente a “substância pensante” (res cogitans) e substância caracterizada pela sua extensão no espaço, ou matéria (res extensa).
Wolfgang Pauli passa a tentar destruir o cartesianismo. Diz que ateoria dos quanta substituiu isso, referindo que cada sistema individual é substancialmente livre e não sujeito a leis. É o que ele chama de “irracionalidade do real”. Pauli volta ao medieval pré-cartesiano. Refere que é necessário voltarmos ao irracional para que se fuja dos ‘a priori’. Nesse sentido, disse: “Temos de tentar despir a túnica de Nesso que a revolução do século XVII teceu. É tempo de reconhecer o elemento irracional da realidade –e o lado obscuro de Deus”.
Karl Jung, de resto coautor de Pauli, torrou sua existência em tentar fazer crer a todos que a psicanálise e o oculto poderiam ser duas faces da mesma moeda, cujos destinos seriam loucamente prefixados por um universo essencialmente caótico e não-linear.
As tentativas de Pauli, junto a Jung, de tentar nivelar, lado a lado, a pulsões do Id com certo “livre-arbítrio” dos elétrons, consistiram numa potente tentativa de retorno ao mundo pré-cartesiano da anima mundi. E Einstein, ao ver tudo isso, escreveu: “Não posso suportar a ideia de que um elétron exposto a um raio de luz possa, por sua própria e livre iniciativa, escolher o momento e direção segundo a qual deve saltar. Se isso fosse verdade, preferia ser sapateiro ou até empregado de uma casa de jogos em vez de ser físico”.
Em 1968, o industrial italiano Aurelio Peccei fundou o ‘Clube de Roma’, quando se falou a primeira vez em ‘desenvolvimento sustentável’. (veja aqui http://pt.wikipedia.org/wiki/Clube_de_Roma)
Por que você acha que o Príncipe Charles, e outros milionários de países de primeiro mundo, são patrocinadores e padroeiros do WWF? Porque a nova ideologia faz uso de ongueiros preservadores da natureza para drogar jovens com a febre antidesenvolvimentista. Neil Young, que há duas semanas saiu nas ‘Páginas Amarelas’ de ‘Veja’, veio aqui no SWU com um único papel: ele é agente do ‘capetalismo’ internacional, contra o desenvolvimento do parque industrial brasileiro.
post do brasil274
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