quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Joaquim tanto fez que conseguiu


Ion de Andrade
O Ministro Joaquim Barbosa tanto fez, tanto fez, que caiu do cavalo. Conseguiu hoje e por unanimidade, um feito memorável junto à OAB federal: um pedido UNÂNIME de investigação de sua conduta ao CNJ que, dada a imponência do resultado na OAB, não poderá furtar-se a abrir o processo. O motivo: a substituição do juiz titular de execução penal do DF, (responsável pela execução penal dos condenados da AP 470) por um juiz substituto filho, nada mais, nada menos, de um deputado eleito pelo PSDB do Distrito Federal. Um colega mais confiável aos seus olhos. ( http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/121901/Un%C3%A2nime-OAB-pede-ao-CNJ-que-investigue-Barbosa.htm )
Antes que Aécio Neves concedesse nova medalha de honra ao mérito a Joaquim Barbosa a OAB veio estragar a festa de verdadeiro congraçamento cívico entre a presidência do STF e o PSDB, um grande namoro patriótico, platônico e desinteressado.
Simultaneamente as associações de magistrados repudiaram o mesmo ato, tornando a situação do Ministro muito próxima da insustentabilidade. Quem se aliará a ele nesta hora difícil?
A situação embora focada num problema de execução penal torna transparente de forma vergonhosa e acintosa a parcialidade do julgamento como um todo, fato que deve estar provocando a felicidade geral dos seus colegas togados que votaram com ele pela condenação dos reus e que agora aparecem como padrinhos do episódio. É demais, estão todos nus devido a uma voracidade e ao autoritarismo  (coronelismo jurídico)  exposto no ato.
Arma-se assim um inferno astral. No front interno o processo no CNJ não poderá deixar de ser aberto, e não terá como não concluir pela responsabilidade do reu, pior a Globo vai ter que noticiar, o fato e as razões... No front externo o cenário se ensombrece ainda mais, porque Pizzolato sequer começou a falar e já vai ganhando condição de favoritismo absoluto na missão que tem agora de demonstrar que o STF cometeu grande, imperdoável e claro desrespeito aos direitos dos reus. O último ato é a chave de leitura para todo o processo.
joaca
Joaquim conseguiu o impossível, no último segundo do segundo tempo, quando a torcida já estava indo embora, num jogo em que vencia de goleada, levar a partida aos pênaltis e pior correndo o sério risco de levar um cartão vermelho. Sim vermelho.
Se levar o cartão vermelho encerrará a sua carreira no Tribunal Interamericano de Direitos Humanos, porém como reu.
Turva ou não, a água vai para o mar.

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