quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Procurando emprego pro filho...

Richard Jakubaszko



O filho termina o segundo grau e não tem vontade de fazer uma faculdade. É a realidade brasileira. O pai, meio mão de ferro, dá um apertão:
- Ah!, não quer estudar? Então tá perfeito! Vadio dentro de casa eu não mantenho, então vai trabalhar...
O velho, que tem muitos amigos, fala com um deles, que fala com outro até que ele consegue uma audiência com um político que foi seu colega de escola, muito tempo atrás:
- Rodrigues!!! Meu velho amigo!!! Você se lembra do meu filho? Pois é, terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer estudar. Será que você não consegue nada pro rapaz não ficar em casa vagabundeando?
Depois de 3 dias, Rodrigues liga:
- Zé, já tenho. Assessor na Comissão de Saúde no Congresso, é R$ 13.700,00 por mês, prá começar.
- Tu tá louco!!! O guri recém terminou o colégio, não vai querer estudar mais, consegue algo mais abaixo...
Dois dias depois:
- Zé, consegui como secretário de um deputado, salário modesto, R$ 9.800,00, tá bom assim?
- Nãooooo, Rodrigues, algo com um salário menor, eu quero que o guri tenha vontade de estudar depois... Consegue outra coisa.
Mais dois dias:
- Zé, não sei se ele vai aceitar, mas tem um cargo de assessor da câmara, que é só de R$.6.500,00...
- Não, não, ainda é muito, aí que ele não estuda mais mesmo.
- Olha Zé, a única coisa que eu posso conseguir é um carguinho de ajudante de arquivo, alguma coisa de informática, mas aí o salário é uma merreca, R$ 3.800,00 por mês e nada mais...
- Rodrigues, isso não, por favor, consiga alguma coisa de 1.000,00 a 1.200,00 no máximo.
- Isso é impossível Zé!
- Mas, por quê?
- Porque com este salário aí só tem vaga pra professor ou médico, e aí precisa de CURSO SUPERIOR, MESTRADO, até DOUTORADO... aí é difícil, e ainda precisa passar em concurso!

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO:
A piada é velhíssima, era contada nos anos 1970, adaptada naquela época para outra do mesmo teor lá nos anos 1960, só atualizaram os valores e os cargos, pois a metodologia do jeitinho brasileiro continua a mesma, independentemente dos políticos e partidos.

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