quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Novos tempos para o Nordeste e seu Banco


É fato que a região Nordeste tem sido beneficiada com políticas públicas federais nos últimos oito anos. Isso se reflete no aumento do consumo, redução da miséria, crescimento industrial etc. Segundo o IBGE, a região foi a que mais ganhou participação no PIB brasileiro nesse período. Para a mudança de cenário, foi decisivo o papel do Estado, por meio de suas instituições, entre elas o Banco do Nordeste do Brasil.

Por Rita Josina Feitosa*

A instituição tem alcançado cifras recordes, consolidando-se enquanto indutora do desenvolvimento, graças às políticas nacionais e, sobretudo, ao esforço, dedicação e determinação de seus funcionários, que depositaram toda sua vontade de reconstruir o Banco, após o processo de desmonte durante o governo FHC.

Apesar do que representa para a região, os rumos do Banco ainda são incertos. Observa-se o “leilão” entre setores políticos, cada um reivindicando uma fatia do poder na região. Isto é lamentável. Esse processo gera insegurança e temor de que interesses outros prevaleçam sobre os da região.

A Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste, entidade que este ano completa 25 anos, mesmo com os avanços dos últimos anos, entende que muito mais poderia ter sido feito no Banco. Por isso defende novos caminhos para o BNB, que resultem em novas atitudes e formas de enfrentar velhos problemas.

Gestores do BNB devem ter, além de características como reputação ilibada, competência e experiência técnica, capacidade de diálogo com as diferentes forças da região e respeito ao contraditório, peculiar da relação capital/trabalho, bem como da diversidade de pensamento. Devem adotar uma gestão transparente, ética e democrática, com respeito às pessoas e à dignidade do trabalho e não compactuar com atos ainda presentes no dia a dia do Banco, como assédio moral e nepotismo em terceirizações.

Além disso, que tenha autonomia para buscar interlocução junto aos órgãos do governo no sentido de solucionar antigos problemas institucionais de interesse do Banco, como aumento do número de agências, mais fontes de recursos e aumento do capital social,bem como relacionados aos direitos dos trabalhadores da instituição.

*presidente da AFBNB

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