BNDES vai financiar a democratização da mídia
26/4/2013, Cesar
Fonseca, Independência Sul-americana
Enviado pelo
pessoal da Vila Vudu e Bárbara Szaniecki
Comentário/pergunta
de Bárbara Szaniecki: E os
PONTOS DE MÍDIA LIVRE? Será que Dilma e Jandira
já ouviram falar deles? Caso positivo, será que vão se lembrar deles?
Vamú rezá
pra que sim!
Entreouvido
na Vila Vudu: NOTÍCIA
IMPORTANTÍSSIMA! (algum jornalão publicou? Deu
na Globo? NÃÃÃÃÃÃÃO!)
Jandira Feghali |
A deputada federal Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), presidenta da Comissão de Cultura da Câmara, comanda o
início de uma
grande revolução no Brasil, abrindo o debate sobre a democratização
midiática
nacional, a partir do dia 7 de maio, terça feira, 14 horas, no Congresso
Nacional. O tema central é o financiamento pelo BNDES para as mídias
comunitárias.
O grande banco
estatal brasileiro,
que até hoje assistiu apenas os grandes grupos midiáticos, que atuam,
oligopolizadamente, alienando o povo, agora, sob orientação da
presidenta Dilma
Rousseff, abre as portas para os pequenos.
Com certeza, o
oligopólio
midiático brasileiro, formado por meia dúzia de plutocratas, vai chiar
brabo.
A democratização
midiática
começará a ser alavancada pelo poder dilmista por meio de
financiamento do
BNDES às “micro e pequenas empresas de comunicação nas diversas
plataformas”.
Abre-se um mundo de novas oportunidades que balançará e renovará a
cultura
nacional. Isso significa que os empresários de pequeno porte, bem como
associações comunitárias, terão oportunidade de explorar o setor de
comunicação
no Brasil, levando informações variadas, sintonizadas com os interesses
da
comunidade, a mais prejudicada pelo massacre midiático oligopolizado,
que vende
à população o pensamento único neoliberal, tanto no plano da política,
como da
economia e, também, da cultura.
O país está,
praticamente,
estagnado em termos culturais, sem movimento de renovação. A
oligopolização
midiática, sintonizada com o pensamento único neoliberal, não interessa
por essa
questão fundamental para formação da nacionalidade soberana. Ela está,
unicamente, interessada em servir aos seus verdadeiros patrões, os
grandes
bancos, cuja missão tem sido, apenas, a de especular financeiramente com
a moeda
nacional, empobrecendo o povo, no processo de desorganização e
fragilização da
economia, sustentando, consequentemente, a colonização cultural.
Os grandes
financistas, cujo
discurso básico é o de atacar a orientação nacionalista imprimida pela
presidenta Dilma à economia, odiarão, certamente, mais essa ação do
BNDES.
Participantes dos conselhos de administração dos principais veículos de
comunicação do país, porque os financiam e, dessa forma, orientam sua
linha
editorial, voltada ao anti-nacionalismo, os representantes da
bancocracia
rearmarão suas baterias para os novos ataques.
No momento em que o
mundo vive
crise econômica global, detonada , justamente, pelo pensamento único
neoliberal,
não interessa ao oligopólio midiático discutir com a sociedade a
orientação
econômica que os grandes grupos financeiros imprimem como verdade
absoluta,
incontestável. Afinal, esse oligopólio é parte dessa “verdade”. Não há
no
Brasil, hoje, uma discussão livre sobre o que o imperialismo monetário,
colocado
em
prática pelos Estados Unidos , sob orientação dos
grandes bancos
privados, que mandam no Banco Central americano, produz de prejuízos
intensos
para as economias dos países emergentes, em forma de exportação da
inflação
especulativa.
O jogo, que jamais é
discutido, a
fundo, pelo poder midiático tupiniquim, se assenta na ação americana de
jogar
moeda desvalorizada, sem limites, na praça mundial, encharcando o meio
circulante, ao mesmo tempo em que são mantidas taxas de juros na casa
dos zero
ou negativo, para dar calote na dívida que vai se ampliando.
Enquanto isso, esse
dinheirão que
tende a apodrecer, por não dispor de lastro real, é exportado para o
Brasil,
Argentina, Venezuela, Paraguai, Colômbia, Chile, Equador, ou seja, para
toda a
América do Sul e outros continentes, em nome da salvação do capitalismo,
expresso na figura dos EUA.
Os americanos se
especializam em
exportar sucata monetária como produto acabado do monetarismo ortodoxo
que
praticaram até levar o mundo à maior crise da história, superior, em
muitos
graus, ao crash de 29. Quando esse
dinheirão podre entra nas fronteiras nacionais valoriza artificialmente a
moeda
brasileira e a de outros países, desorganizando suas economias, elevando
importações, aumentando dívidas, juros, afetando salários, promovendo
desemprego, quedas de arrecadação e investimentos públicos e
comprometendo
perigosamente as contas nacionais por meio do avanço da inflação.
Enquanto isso, o
poder das
empresas-imprensa, a serviço desse capital volátil, desestabilizador das
instituições democráticas, anunciador de violentas crises políticas,
fica pondo
no tomate e no chuchu a culpa pelas pressões inflacionárias, desviando
atenção
da sociedade. Aposta na alienação e na mentira.
Chegou a hora de
esclarecimentos
verdadeiros, que somente poderão acontecer, se houver uma ampla
democratização
das comunicações, para que as verdades falsas sejam desmascaradas e a
consciência política, social e econômica avance celeremente, para o
fortalecimento da democracia, a partir das organizações comunitárias.
Serão estas,
mediante liberdade
ampla para discutir os problemas nacionais por meio de mídia
alternativa,
comprometida com os interesses comunicatários, as únicas capazes de
mudar o
sistema político-eleitoral, dominado pelas elites que comungam com o
poder
midiático colonizador.
A América do Sul,
em meio à crise
global, está sob pressão de uma outra forma de recolonização.
O grande império
financeiro
americano e europeu em crise de realização do capital super acumulado,
tendente
à deflação destrutiva do capitalismo, pretende estender o seu domínio
por meio
da moeda desvalorizada impressa pelos seus bancos centrais.
Inflacionando as
moedas dos outros e, com isso, fragilizando e desestabilizando suas
economias,
suas fontes de riqueza e de pensamento naturais, ampliam e renovam o
velho
domínio que exercem, salvo se essa farsa fantástica for desmascarada
pelo debate
livre. A conquista de uma mídia independente torna-se, portanto, fator
de
segurança nacional.
O BNDES,
impulsionado pela
presidenta Dilma, vai nessa linha de promover a libertação das
consciências. É
por isso que esse grande banco estatal está sob violento ataque do poder
midiático oligopolizado, antinacional.
Junto com o Banco do Brasil e
a
Caixa Econômica Federal, evitaram colapso econômico financeiro das
empresas
brasileiras, no momento em que estourou a crise mundial, em 2007-2008.
Eles
socorreram a produção e o consumo, garantindo os empregos, cujas taxas
atuais
são as mais elevadas no mundo, enquanto os governos das nações ricas,
que
enfrentam o oposto, ou seja, taxas elevadas de desemprego, lamentam não
possuírem instrumento de dinamização da economia nesse porte.
O BNDES sofre os
ataques violentos
da oligarquia midiática porque promove não apenas o desenvolvimentismo
nacional,
mas, igualmente, o sul-americano, afastando os perigos da crise
internacional.
O banco estatal
brasileiro está,
nesse momento, a serviço da expansão de grandes empresas brasileiras em
todo o
território sul-americano, alavancando obras de infraestrutura, ao lado
de
governos nacionalistas, na Argentina, na Bolívia, na Venezuela, no
Equador,
em Cuba,
Colômbia etc..
É o grande banco de
desenvolvimento sul-americano, enquanto o Banco do Sul não é criado por
força de
pressões internacionais. Desloca, com sua ação desenvolvimentista
continental,
os grandes bancos estrangeiros e mesmo o Banco Mundial e o Banco
Interamericano
de Desenvolvimento, comandados por Washington, dominada pela
bancocracia,
irritada com esse estado de coisas.
Agora, o BNDES se
volta para o
avanço da consciência social latino-americana, para apoiar
financeiramente a
democratização midiática, colocando-se a serviço da superação das mentes
colonizadas. Isso é um crime, para a bancocracia e seus serviçais da
grande
mídia.
O debate que a
deputada Jandira
Feghali abre no Congresso é histórico e começará a balançar as
estruturas do
poder midiático conservador antinacional a serviço do capital
internacional.
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