Blog do Miro
Por Altamiro Borges
O
decreto beneficia diretamente os setores de jornais, revistas, livros,
rádio, televisão e internet. Ele reduz as contribuições sociais das
empresas, de 20% da folha de pagamento para 1% a 2% do faturamento.
“Estima-se que o setor de mídia venha a economizar R$ 1,2 bilhão por ano
a partir de janeiro de 2014, quando o benefício entra em vigor”, revela
o jornalista Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa. Para
piorar, o governo não impôs qualquer contrapartida, como a manutenção do
emprego dos trabalhadores.
Na sua perigosa política de desoneração da folha de pagamento, o governo
Dilma anunciou nesta semana um presentão para os donos da mídia. Globo,
Veja, Folha e Estadão, entre outros veículos, nem festejaram a bondade
presidencial, já que o seu esporte favorito é atacar o governo, ocupando
o lugar da oposição demotucana. Segundo o sítio Meio&Mensagem, o
ministro Guido Mantega baixou duas medidas que reduzem os tributos das
empresas de comunicação, acatando proposta do senador Francisco
Dornelles.
Desde o final do ano passado, os impérios midiáticos têm desempregado
centenas de profissionais. Nesta semana, o Estadão demitiu um quarto dos
seus jornalistas. Como antídoto contra a crise mundial, o governo
desonera a folha de pagamento e não exige qualquer contrapartida. Baita
presentão! Uma bondade, à custa dos cofres públicos, de R$ 1,2 bilhão.
Se a intenção é acalmar a ira dos barões da mídia, não passa de mais uma
ilusão da presidenta Dilma no seu “namorico” com o principal partido da
direita nativa. Lamentável!
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